POV Rodrigo

Acordei, me arrumei e fui tomar café:

–Bom dia família!- eu disse sentando à mesa com eles

–Bom Dia!-eles responderam

–Filho, não arrume nada para fazer amanhã a noite ok?- Minha mãe disse

–Ok, mais por que?- eu perguntei enquanto tomava um pouco de café

–Nós vamos jantar na casa da Mari e do Biel- ela disse e eu apenas concordei com a cabeça

Depois do Café, eu e a Ana fomos pra escola, cheguei lá e fiquei conversando com os meninos:

–E ai, vocês vão no jantar na casa da Tia Mari amanhã?-Arthur perguntou

–Claro- respondemos

–A Sabrina vai né?- Arthur pergunta e nos olhamos maliciosos para ele

–Vai sim, Por que?-Vitor pergunta

–Nada, só queria saber ué!-ele diz e então bate o sinal.

As horas passavam mais do que devagar, simplesmente odeio a escola! Acho que nisso puxei pro meu pai! Finalmente a tortura acabou, fui pra casa e fiquei esperando a Manu chegar. Eram 14:25 e ela chegou, bate a porta do quarto e eu corri para abrir:

–Oi Manu!- disse sorridente- Entra ai!- eu disse sentando na cama

–Oi!- ela disse fechando a porta e vindo em minha direção, ela ia sentar na cama mas tropeçou no meu chinelo e acabou caindo em cima de mim. Nossos rostos estavam quase colados, via perfeitamente seus olhos mel, e sua bochecha que estava vermelha.- Me desculpa.. eu..-ela ia dizendo enquanto saia de cima de mim mais eu a interrompi.

–Ei calma. Eu to bem.- eu disse e ela confirmou com a cabeça

–Ah, toma sua camiseta, esqueci de devolver ontem-ela disse então começamos o nosso ensaio:

“Ah doce Romeu, não sabes como é triste o meu penar, jurei aos céus nunca mais me apaixonar pelo que quer que seja, mas tu doce Romeu me fazes quebrar tão tolas promessas. E agora eis me aqui, tão boba, tão tola, tão tua. Tão melancólica, dramática, apaixonada, deitada aos teus pés como o mais fiel dos cães.
Meus sentimentos podem se parecer ingênuos e pueris, mas te juro que são os mais sinceros que já tiveram para contigo. Despojo-me das meras formalidades e me entrego novamente nos braços do sádico e maquiavélico amor. Mas não tenho mais amor pela vida, e em ti o depositei. Meu amor é profundo e não conhece fronteiras.
Os poucos momentos que passei ao teu lado foram eternos, e somente o anseio do reencontro ainda mantêm em mim a vontade de viver. Cada segundo que tuas mãos permanecem unidas as minhas num ato ilícito de amor, elevo a Deus uma prece com todas as forças que ainda restam em meu ser para que não me deixes, fiques comigo e compartilharei contigo os últimos resquícios de vida que ainda me restam, prometendo te fazer mais feliz do que jamais fostes.
Teus olhos são poços sem fundo, repletos de encantamentos, e mesmo sem dizer-me uma palavra teus olhos revelam-me todas elas. Ah, e teus sorrisos maliciosos, me escondem segredos maiores do que o da própria morte.
Serei a mais feliz de todas as donzelas quando os teus braços forem os meus braços, quando as minhas forem as tuas pernas, quando as nossas bocas forem só uma, e quando os nossos corpos, de tal maneira unidos, se confundam e fundam um no outro.
Meu doce Romeu, aqui te juro, e prometo cumpri-lo, que se me deixares, degustarei com deleite o pior veneno já inventado. Sorverei a indiferença, que correrá por minhas veias como um soro, esconder-me-ei do carrasco que é o amor, vestir-me-ei do mais negro dos lutos, o luto da solidão.
É assim que te amo, apaixonadamente, com todas as minhas forças, é assim que te sonho, sempre ao meu lado, para nunca te perder... Trago-te à flor da pele para não sufocar com a tua ausência, é assim que saboreio cada segundo, cada momento que a emoção me faz sentir...
Sonha comigo meu doce Romeu... Sinta o calor deste beijo que te mando, que a tranquilidade se aninhe em seu peito...
Da sempre sua: Julieta...”

–Nossa, ficou muito bom!- eu disse

–Obrigado, espero que seja essa cena que eu tenha que interpretar- ela disse rindo e eu ri também.

–Rod, Rod!- Mel entra no quarto, parecia preocupada

–Que foi Melzinha?- eu disse a pegando no colo

–A mamãe desmaiou!- ela disse agora chorando

–Oque?-eu disse descendo as escadas correndo.

Cegamos lá e mamãe estava inconsciente no chão. Ana Paula estava ligando pro papai e eu estava desesperado. Deixei a Mel com a Manu e fui la ver ela. Voltei e peguei Mel no colo, pra tentar acalma-la, mais foi em vão. Logo papai chegou e a levou para o hospital. Ana Paula foi junto, e eu fiquei com a Mel:

–Vai ficar Tudo bem..-Manu disse enquanto eu colocava Mel, que dormia feito uma bonequinha, na cama.

–Espero que sim..-eu disse desanimado

Ficamos na sala, esperando notícias, já estava tarde e nada deles aparecerem:

–Manu, vai pra casa, você deve estar cansada- eu disse e ela negou com a cabeça

–Não vou deixar você sozinho Rod..- Manu disse e eu sorri torto

Logo meu pai, Ana e a mamãe chegaram. Ela estava com o braço apoiado no ombro do papai e quando sentou no sofá corri até ela e disse:

–Oque aconteceu? Você ta bem Mãe?- eu disse indo em direção a ela

–Sim, nós estamos bem- ela disse fazendo todos ficarem surpresos

–Nós?- Eu disse como se não estivesse acreditando

–Sim Rod.. eu estou grávida, por isso passei mal, você vai ter um irmãozinho, ou irmãzinha- ela disse sorridente

Depois de conversar mais um pouco me despedi da Manu e subi pro meu quarto. Era muita coisa pra um só dia. Não que eu não estivesse gostando da ideia de ter um irmãozinho mais, sei lá, estava tudo confuso.

POV Manu

Depois de conversarmos um pouco mais, tia Lícia subiu pro quarto, tinha que ficar o máximo em repouso. Fiquei conversando um pouco com Ana sobre essa surpresa, realmente ninguém esperava por isso. Logo me despedi dela e fui pra casa.

Contei pra minha mãe a notícia, no mesmo minuto ela correu para o telefone para saber detalhe por detalhe. Entrei no quarto, joguei minha bolsa a cama, peguei meus patins e estava descendo as escadas quando Nah e Sabrina perguntam:

–Ondem você vai?- disseram em coro

–Tomar um ar. Querem vir?- eu perguntei descendo os últimos degraus da escada

–Vai indo na frente, nós já vamos!-responderam e eu fui

Simplesmente adorava esse residencial, tinha um parque perfeito para andar de patins. Cheguei lá, coloquei os patins e comecei a andar. Logo as meninas chegaram, e depois de algum tempo, Austin e Leonardo também:

–Olá meninas!-Leo disse parando com a bicicleta perto de nós

–Oi Léo- respondemos

–Vão amanhã lá em casa né?- Austin perguntou

–Sim- eu disse- Gente vou dar uma volta por ai ok?-eu disse levantando do banco

–Ok- eles disseram

Estava andando quando vi Rodrigo, sentado na grama olhando pro nada com os fones no ouvido.Fui até la ver como ele estava:

–Oi..- disse me sentando do seu lado e tirando um de seus fones.

–Ah, oi Manu!-ele disse me olhando

–Eai, como sua mãe ta?- perguntei

–ta bem...- ele disse olhando o chão

–E você, como ta?- eu disse percebendo seu jeito triste

–To bem, quer dizer, eu acho que to bem, é muita coisa de uma só vez Manu!-ele disse agora me olhando nos olhos

–Eu sei como é, se eu fosse você também ficaria meio confusa.- eu disse então seu celular tocou

–Manu, vou ter que ir, minha mãe não quer que eu demore, mais valeu por me ajudar! É dessa Manu que eu gosto!- ele disse dando um beijo na minha bochecha, me fazendo corar, e saindo.

Voltei pra casa e a Sabrina já estava la, mais a Nah não:

–Cadê a Nah Sabrina?- perguntei enquanto trocava de roupa

–Ta la no parque com o Austin- ela disse e eu revirei os olhos

–Bom, eu avisei pra ela, agora se ela não quer escutar, problema é dela! –eu disse e desci na cozinha pra comer alguma coisa

POV Nayara

Austin me pediu pra ficar um pouco la no parque, porque ele queria me dizer alguma coisa:

–E ai? Oque quer?- perguntei enquanto sentava do seu lado

–Sabe, eu queria te fazer uma pergunta- ele disse me olhando nos olhos

–Olha Austin, se quiser ficar comigo de novo, esquece ok?- eu disse e ela pegou na minha cintura

–Não, eu quero mais que ficar, namora comigo?-ele disse e eu quase não acreditei

–É sério isso Austin?- eu disse e ele confirmou com a cabeça e me beijou- Claro que eu aceito!-eu disse sorrindo

Depois de “conversar” mais um pouco, fomos pra casa. Ele me deixou em casa, e depois foi pra dele. Cheguei ela com um sorriso enorme no rosto. Entrei no quarto e logo a Sah veio perguntando:

–E ai, oque ele queria?- ela disse me puxando para dentro do quarto

–Ele me pediu em namoro - eu disse e ela e a Manu ficaram paralisadas

–Como é que é? O Austin Medsen Bittencourt pediu pra NAMORAR com você?-Manu disse espantada

–Sim! E eu aceitei- eu disse sorrindo enquanto guardava meus patins

–Ai tem coisa!- Manu disse e eu mostrei a língua

POV Austin

Depois do parque fui pra casa. Cheguei lá e fui falar com o Léo:

–Perdeu a aposta!- eu disse entrando no quarto

–Como assim?-ele disse enquanto mexia no computador

–Você apostou comigo que eu não aguentaria namorar ninguém certo?-eu disse e ele confirmou com a cabeça

–Mais eu disse pelo menos 1 mês! Então ainda não perdi a aposta. – ele respondeu

–Deixa comigo, eu aguento um mês!-eu disse saindo do quarto

–Ah, só lembrando, que você tem que assumir esse namoro ok?-ele disse e eu voltei

–Como você quer que eu faça isso?- perguntei e ele ergueu uma das sobrancelhas

–Simples, amanhã vai ter um jantar aqui em casa, é só você falar pra todos do jantar que esta namorando- ele disse e eu concordei som a cabeça.

Tomei um banho e depois fiquei mexendo no computador. Se o Léo esta pensando que ele vai ganhar essa aposta, ele ta muito enganado!

Continua...