Minha Auto-biografia - por Mim Mesmo escrita por The B Sakakibara


Capítulo 1
A Vida e as Mentiras Jiraya2010 Dumbledore


Notas iniciais do capítulo

Prólogo

Olá!
Essa é a minha história, portanto devo avisar que esta pode ser (e com certeza será) uma experiência traumática e inútil. Mas se você é um inconseqüente que gosta de histórias cabeludas, saiba que sou careca. Costumo não conceder autógrafos, mas abro uma exceção pras tietes, pois elas me agarram em público e isso faz bem pro meu ego. O imenso problema disso tudo é que na realidade não tenho nenhuma tiete.



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“Ele quase quebrou o placar do estádio” - Narrador do Pró Evolution Soccer quando a bola passa raspando a trave.

“Minha vida é um livro fechado!” - Eu sobre minha vida

“Quem é ele?” - Homer Simpson sobre eu

“Rest in Peace!” - Undertaker depois de dar um PILÃO em qualquer um

“É o Draco Malfoy!” - Algum retardado me confundido

"Topo, topo, topo... Nóis vamo... Porque não? Vamo caí pra dentro!" - Zina sobre viver uma vida idêntica à minha

 

 

PARTE I 

     O dia em que vim pro mundo, por coincidência, foi o exato dia que nasci, e o extraordinário disso, o registro único na memória da humanidade, é que esse dia também é o dia do meu aniversário! Mas quem vê essa feliz (ou infeliz) coincidência, pode ser levado a crer que minha vida é afortunada, que é só mulherada e cerveja, é só fingir que estuda com o pai pagando tudo, etcétera e tal, e mais essas outras coisas estranhas que já ouvi, mas vamos mais devagar.

     Lembro-me que instantes antes de voltar, eu e todos os outros que vieram ao mundo naquele dia fomos chamados por uma voz que pediu que a gente fizesse uma linha, tipo aquelas de soldados, na direção de onde vinha a voz. Nós fizemos e então a voz disse:

     - Todos aqueles que irão se dar bem na vida, dêem um passo a frete... NÃO TÃO RÁPIDO JIRAYA2010!!!!

    Eu me assustei, mas mesmo assim vim confiante ao mundo, certo que poderia me dar bem. Por isso, quando eu nasci, vim todo alegre esperando ser bem recebido, mas já de cara um médico FDP me pegou pelo tornozelo, me virou de cabeça pra baixo e me deu um forte tapa no traseiro. Eu fiquei sem reação. Pense bem, é traumático pra um bebezinho que vem ao mundo todo alegre ser recebido com pancadas. Percebi de imediato que eu não era bem vindo e que minha vida não seria nada divertida. E, embora houvesse a incrível coincidência de eu vim ao mundo no exato dia de meu nascimento e aniversário, eu sempre quis (mas nunca pude) comemorar, fazer uma pequena festinha no meu aniversário em Outubro... Eu nasci em Dezembro.

     Depois que nasci, percebi que crescia pros lados ao invés de pra cima. Depois de uns anos, passei a crescer pra cima, mas também continuei crescendo pros lados. Hoje parei de crescer pra cima e até diminuí o tamanho dos lados, mas nada que me deixe muito atraente pro sexo oposto. A vantagem desses crescimentos pros lados é que aprendi o que é vertical (onde eu deveria crescer) e horizontal (onde eu crescia).

     Nasci perto de um natal, ou seja, fui um presente pra meus pais. Sei que eles mereciam um médico, um cantor famoso ou alguém importante, mas eles são pobres, e como todo pobre sempre se ferra na vida, nasci eu, pra chatear a todos lá em casa.

 

     E eu sei que não sou importante, porque quando eu morrer a Globo não vai anunciar e nem vai haver venda de ingresso pras pessoas irem no meu velório. E até você leitor, que se aventura por aqui provará o quanto sou desimportante não deixando nenhum rewien ao final da leitura, nem de um capitulozinho sequer! Mas já que sobreviveu até aqui, leia até o final.

PARTE II

     Tive uma infância difícil. Um dia, enquanto brincava de Jiraya com meu irmão, tomei uma pedrada na cabeça. Eu logo percebi que era uma pedra grande e pontuda, pois a dor e o corte foram instantâneos. E confesso que sentir minhas costas encharcada de sangue foi uma experiência forte e traumática, que não contribuiu muito para a minha auto-estima.  Eu deveria ter uns 6 anos. Como já disse, ao invés de crescer pra cima eu crescia pros lados, principalmente na região da cintura. E de brinde veio apelidos como Jaime Palilo, Seu Barriga, Faustão, Amarelinho e até Ronaldo Fenômeno (bom, eu menti em alguns, pra ficar mais dramático).

     No início achei massa Seu Barriga, porque o cara era dono de uma vila e cobrava aluguel, mas quando vi que o cara é sempre recebido com pancadas, que até macarrão serviu de peruca pra ele... Sabe, é um pouco traumático pra uma criança de 5 anos ser chamada assim...

     Em casa logo tiver que disputar a atenção dos meus pais com meus 2 irmãos. Sabe, pode até parecer egoísmo meu, mas bem que eu queria que papai vendesse os dois e comprasse brinquedos pra mim. Ah, e foi traumatizante quando descobri que tinha uma irmã mais velha que era filha de outra mãe... Pô, num bastava os dois ainda tinha mais uma????

     Eu assistia muito o Snoop, até hoje digo “que puxa...” igualzinho ao Charlie Brown. Mas era muito triste ver a Paty Pimentinha sempre vencendo, a Lucy sempre xingando e o Lino ou a Cely, que ficavam “eu avisei Charlie Brown”. Isso foi muito traumatizante.

     Ah, mas não posso deixar de falar no Sujeirinha! Muito show ele!

     E também assistia muito o Jiraya, que foi meu Mestre. Mas eu morria de medo do Dell Star. Será que ninguém percebe que pra um garotinho de 5 ou 6 anos é traumatizante ver seu herói favorito ser cruelmente atacado por um espírito vingativo de 2300 anos? Imagine como foi pra eu ver o cara sem cabeça. E por falar nisso, minha prima mais velha simplesmente A-DO-RA-VA ir lá pra casa pra me fazer assistir junto com ela “Sexta-Feira 13” e “O Ataque das Aranhas Gigantes” quando eu tinha 7 anos. Foi realmente traumático. E eu não tenho medo de aranhas, que esse bicho a gente mata pisando em cima (embora eu concorde com o Rony Weasley que Aragogue não é criação de Deus). Mas assistindo Jiraya aprendi a dizer coisas emocionantes com o locutor, tipo: “Porque a Espada Olímpica brilha? Jiraya pergunta pro seu intimo, porem não obtêm nenhuma resposta...”

     E ver o Brasil perder a Copa de 90 pra Argentina, quando eu tinha 5 anos foi uma experiência vergonhosa e traumática.

     Um dia aprendi um poema:

Jeremias de Jesus/ Era um sujeito popular/ Sempre ao lado do seu jegue/ Nunca para de falar.

Jericó é o companheiro/ Arrematado num leilão/ O coitado de tão magro/ Parecia assombração.

 

     Repetia esses versinhos o dia todo, na maior alegria. Você pode imaginar o quanto foi traumático pra mim quando descobri que o Jeremias, o cara que comprou um jeguinho chamado Jericó, e que fez minha infância mais divertida através de versinhos, vira um cachaceiro que se pudesse matava 1000 e pior, vende o Jericó pra comprar uma lambreta envenenada e ser pego dirigindo bêbado e cair na net com um funck? É leitor, você não sabe como foi difícil pra mim ver meus exemplos de vida sendo destruídos... E ao escrever essas linhas, me vêem lágrimas nos olhos...

PARTE III

     Mas cresci!

     Cresci mas num foi uma coisa assim que se diga: “Supimba! Como ele cresceu... Mas...”

     Mas eu já tive até uma namorada! Vivíamos um amor quente e louco. Eu sempre ia a pé buscá-la pra passear, até que numa noite ela me disse que queria terminar. Eu fiquei muito triste, principalmente quando descobri que ela me trocou por um cara que tem um Chevette e uma moto. Sabe, isso não contribuiu muito pra minha auto-estima...

     Hoje estou sozinho, mas sou destaque entre minha turma porque tenho o maior número de fracassos amorosos de todos, mas a minha fama não contribui em nada para a minha felicidade... E até tentei seguir aquele conselho: “se a vida lhe virar as costas, mete a pé na bunda dela”, mas ela revidou e me bateu mais forte ainda...

     Faço parte de uma seita. Essa seita louva um deus chamado Sônius e pratica um ritual louquíssimo, onde devemos manter o maior tempo possível de contato entre o corpo e um colchão. A seita chama-se Adoradores do Sono, e amo cumprir os rituais.

     Estudei e hoje  sou físico e astrônomo, mas confesso que ficar trancado num observatório no alto de uma montanha, dia e noite, e ter ligar pra pizzaria pra poder conversar com alguém não é auto-estimulante. Nem tenho dinheiro e nem bens matérias.

     Outro dia pedi uma reunião com Deus. Disse a Ele que gostaria de uma nova vida onde eu pudesse ganhar na mega sena acumulada 6 vezes e namorar dezenas de mulheres lindas. Ele ouviu atentamente, e em seguida caiu na gargalhada, dizendo que estava mesmo precisando ouvir umas piadas, e me dispensou. Penso que ele não me levou a sério e não irá atender meu humilde pedido.

     Mesmo assim, outro dia eu sonhei que uma menininha de uns 8 anos chegava pra mim e me dava uma caneta e um caderno. De repente uma voz começa a anunciar uns números, e rapidamene eu os anotei. Quando acordei de verdade, anotei os números do sonho e corri pra uma casa lotérica, pra jogar na Mega-Sena.
- E aí, o que foi que aconteceu? - Você deve se perguntar. E, meu amigo, o que aconteceu foi que....
Saí 2 reais mais pobre!...

     E assim termino de escrever, porque se eu morrer antes de ter feito algo mais interessante, quero que pense que fiz. Bom, nem eu sei o que eu quis dizer aqui.

     Até!!!!

 

     Obs:. Lembra que eu disse que ninguém se importa comigo? Viu? Você vai embora e nem vai deixar um rewien...

     Aposto também como não vai comprar ingresso pro meu velório, daqui a uns 60 anos...

 


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