Ismira escrita por Giu Sniper


Capítulo 3
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Gente, muito obrigada pelos reviews, fico feliz por estar agradando a todos.
E aqui está mais um capítulo, continuando em POV Ismira.



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O dia já estava anoitecendo, Ismira havia acabado de se banhar. Olhou pela janela, os preparativos para a festa já estavam sendo feitos lá fora, e também haviam preparativos dentro de sua casa. Estendido sobre a sua cama, um lindo vestido azul com a saia cheia de babados e as mangas feitas de renda, o qual sua mãe havia passado todo o inverno costurando. Ismira ficou feliz ao ver que sua mãe não fizera questão de que usasse sapatos, dando-lhe um par de botas azuis.

Ela sentou-se no banquinho da sua penteadeira, vestida por enquanto apenas com as roupas de baixo e pôs-se a escovar o cabelo. Embora o seu corpo estivesse ali, sua mente voava. Ismira não conseguiu parar de pensar um segundo na reação de Hodric mais cedo, não era aquilo que esperava, conhecendo-o o tanto que ela conhecia não esperava mesmo que ele agisse daquela forma; ela esperava dele euforia, ansiedade, talvez, mas nunca aquilo. O que estava acontecendo? Aquele dia era para Ismira esquecer todos os seus problemas, para se divertir, era um dia pra se sentir pisando sobre nuvens, mas não conseguia. Ismira apenas voava em pensamentos perturbadores, ele era seu amigo, e havia alguma coisa errada com ele.

— Ismira! Ismira! — era sua mãe chamando-a, logo atrás dela. — Filha!? Está dormindo?

— O que? Ah, sim. Desculpe não vi que você estava aí.

— É, eu percebi. — disse sorrindo para a filha. — Mas hoje não é dia para pensar nessas coisas. É seu aniversário e a sua festa logo logo vai começar. Deixa eu te ajudar a arrumar o seu cabelo. — dizendo isso ela correu até Ismira e pegou a escova de cabelo das suas mãos, logo já estava finalizando um lindo coque com alguns grampos. — E isso, é um presente do Hodric. — disse colocando em sua cabeça uma linda e delicada tiara de flores do campo, as suas favoritas. — E agora filha, isso é um presente meu pra você. — disse entregando-lhe uma pequena caixinha delicada, de madeira e fecho dourado. — Quando eu e seu pai voltamos para Carvahall depois da guerra, essa caixinha foi a única coisa de família que eu consegui salvar. O que está aí dentro foi meu, e antes de mim da minha mãe e antes dela, a mãe dela, e agora, é seu.

Ismira destravou o fecho da pequena caixa de madeira, lá dentro um lindo anel de ouro com uma pequena ônix no centro. Era a única jóia de família que tinha, e era de uma aparência um tanto peculiar, mas que combinava com ela. Ismira pegou uma pequena correntinha de ouro que tinha dentro de um porta-jóias e pôs o cordão no pescoço usando o anel como pingente. Nesse momento a pequena pedra de ônix se acendeu, para logo depois apagar-se, como se tivesse todo esse tempo esperando por ela. Sua mãe, notou, não havia visto nada, tinha virado-se de costas exatamente no momento em aquilo havia acontecido.

— Agora que já lhe dei o seu presente, vou deixá-la terminar de se arrumar. Mas não demore muito, a festa já vai começar. — disse e saiu.

Ismira levantou-se e foi até sua cama, pegou delicadamente o vestido que sua mãe tanto trabalhara para fazer, e o colocou em frente ao corpo como se estivesse experimentando-o e admirando-se no espelho, iria vestir-lhe muito bem.


Mais tarde, quando Ismira desceu as escadas já podia ouvir o som das flautas e das harpas do lado de fora de sua casa. O vestido e as botas que sua mãe lhe dera, vestidos. Perto da porta seu pai lhe esperava para acompanha-la à festa. Ela caminhou até ele com um sorriso estampado no rosto.



— Você está linda, filha! — disse sorrindo-lhe de volta. — Podemos ir? —ele então perguntou, oferecendo-lhe o braço.


— Claro que podemos. — disse aceitando.

Ismira não gostaria de admitir, mas estava nervosa com o fato de entrar na festa de braços dados com seu pai, todos os presentes olhando para ela. E o pior vinha depois, a dança de aniversário, uma tradição de Carvahall conforme havia ouvido falar.

As portas de sua casa se abriram e uma música lenta começou a tocar. Seu pai guiou-a pelos degraus que desciam depois da varanda de sua casa até um círculo formado pelos presentes, próximo aos músicos e começaram a dançar. O nervosismo a impedia de dizer qualquer coisa que fosse, de modo que a única coisa que fez foi sorrir. Enquanto dançavam com convidados batiam palmas conforme a música, que gradualmente ia ficando mais agitada. Logo a música acabou, livrando-a daquela tortura.

Havia tantas pessoas naquela festa! Ismira teve de cumprimentar a todas, e isso levou algum tempo. Mas, dentre tantas pessoas não achou exatamente aquela que queria ver: Hodric. Onde ele estaria? De todas as pessoas que ela e seus pais haviam chamado a única que tinha certeza de que não faltaria era ele, e era exatamente ele que não estava lá. Um sentimento estranho subiu pelo seu corpo, não saberia dizer o que era. Não estava entendendo mais nada, porque ele não viria? O que foi que ela havia feito? A única coisa que se lembrava era de ter feito era ter contado a ele sobre o ovo de dragão, afinal, ser cavaleiro era o maior sonho dele. Ismira então obrigou-se a se acalmar, talvez ele apenas não tivesse chegado ainda.


Já havia se passado uma hora desde o início da festa e nem sinal de Hodric. Ismira havia se sentado em um banco próximo à mesa do banquete, normalmente ficaria se divertindo na festa com seu melhor amigo, mas ele simplesmente não estava lá. Decidiu então ir atrás dele, talvez tivesse acontecido alguma coisa. Lenvantou-se, mas nesse momento Hodric surgia no meio da multidão, indo em sua direção.



— Aonde você estava? — Ismira começou a atacá-lo — E por que demorou tanto?


— Calma! Eu... Bom, eu não tenho como explicar, apenas me desculpe, está bem!?

— Está bem? Como assim? Não posso te desculpar Hodric, não dessa maneira. O que aconteceu? Por que você demorou tanto? — até que por fim a pergunta que já estava lhe sufocando saiu — E por que você agiu daquele jeito quando eu te contei sobre o ovo de dragão?

— Bom, por onde eu começo? É um pouco difícil falar sobre isso. — declarou ele com um sorriso sem graça, e logo Ismira percebeu que estava nervoso — Noite passada, eu... Bem, eu percebi que eu gosto de você, e que eu não quero e não consigo mais ser apenas o seu amigo.

— Hodric, você... — Ismira começou a dizer, logo mudando completamente o seu semblante.

— Sim! — ele disse, chegando o rosto cada vez mais perto do seu e, por fim, beijando-a. Só mais tarde, em sua casa, depois do fim da festa é que ela percebeu que Hodric não havia respondido a nenhuma de suas perguntas.


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Notas finais do capítulo

Bom, espero que tenham gostado. Vou melhorar nos próximos capítulos, achei que esse ficou um pouco sem ação. Ok! Logo, logo escrevo o próximo.



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