O Mundo Secreto De Ágatha. escrita por Koda Kill


Capítulo 4
É muito feio judiar de unicornios


Notas iniciais do capítulo

Não esqueçam de comentar!! Espero que gostem. ^^



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Musica irritante... Pensei enquanto despertava sonolenta e preguiçosa, rodando em meio aos lençóis macios e cheirando a amaciante. Eu realmente tentei ignorar aquele som estridente vindo da cabeceira, mas parecia impossível. Aparelho dos infernos! 

- Alo? - Falei sonolenta.

- Estava tentando te ligar feito louco, adivinha só?

- Falou a voz animada de Adalto.

- O que?

- Perguntei sem animação nenhuma. (Uhul acordar de manhã.)É que a animação estava mais interna.

- Eles querem assinar um contrato com você! A editora quer assinar com você! - Cai de costas no chão soltando um palavrão. - Alo? Ágatha, tudo bem?

- Você esta falando serio? - Perguntei me levantando dolorida.

- Claro. Você tem uma reunião com eles amanha ás oito.

- Ai brigada, brigada, brigada. - Ok isso meio que apagou minha raiva eterna pelo telefonema. Desliguei o celular e comecei a dançar freneticamente pelo quarto, como uma louca, ate que eu percebi meu irmão olhando aquilo tudo da porta com uma cara de: Que merda é essa? Então como se não fosse mico suficiente eu me assusto que nem uma idiota solto um grito dou de cara com a porta do armário e caio no chão de novo.


Olha eu não costumo sair por ai tacando minha cara em armários ok? São lapsos. Mas acho que devo ter apagado por alguns instantes porque quando levantei meu irmão não estava mais lá. Senti um galo enorme latejando na minha testa e fui avaliar o estrago no banheiro.


Aquele mondrongo na minha testa estava tão grande que poderiam ser dois galos juntos e ninguém notaria a diferença. Acho que vou chamar eles de Bill e Fill, assim eles podem revesar nas marteladas. Delicia.Tentei cobrir a vermelhidão com pó mas acho que não disfarçou muito devido aquele troço ser tao grande que eu poderia simplesmente sair trotando e todos pensariam que eu era um unicórnio.

Coloquei a franja por cima e comecei a me arrumar pra escola. Colocar o uniforme ridículo, os livros na mochila e coisa e tal. 


- Já pegou a vassoura esquisita? Papai ta apressado. - Falou meu irmão entrando no meu quarto sem permissão.

- Cala a boca e sai do meu quarto. - Falei expulsando-o de lá e seguindo pelo corredor.

Já na aula resolvi conferir o caderno. Rapidinho, enquanto o professor copiava o assunto no quadro.

- Ágatha. - Chamou Danandra.

- Sim? - Perguntei  me virando.

- Mensageiros do reino do norte. - Eu a encarei esperando por mais informações, mas com danandra era assim. Ela acha que nos sabemos adivinhação!

- Sim, o que dizem? - Perguntei.

- Trazem noticias do rei. - Me segurei para não revirar os olhos ou suspirar.

- Certo que noticias? - Instiguei.

- O rei quer se encontrar com você, em sete luas. - Ela anunciou sem cerimonia.

- Estranho, o que será que ele quer comigo? - Falei pensando alto. Danandra deu de ombros. Acho que ela devia cuidar do dinheiro do castelo porque com ela tudo era uma economia!

- Mas você está sabendo? - Perguntou ela se sentando. Eu não sei porque eu ainda tinha esperanças de que ela terminasse a frase.

- Do que?

- Do cavaleiro negro.

- Que cavaleiro negro? - Ela deu de ombros mais uma vez.

- Apareceu por essas bandas e parece que vai ficar um tempo.

- Bom você já sabe muito bem o que vai acontecer não é? Perca de tempo pensar nisso. Mas se eu pegar ele vou surrar ate ele desaparecer. - Olhei para danandra que apenas me encarava inexpressiva. Desisto. 


Guardei o caderno debaixo da carteira e tentei prestar atenção na aula.

Quando a campa tocou mandando todos para o recreio permaneci na sala. Era muto melhor ficar ali no friozinho, no silencio tentando escrever algo do que naquela barulheira infernal do lado de fora.

- anh oi. – Voz desconhecida, masculina, entendi imediatamente que não era comigo. E mesmo que fosse receava que eu não quisesse saber. Mas ate parece que era comigo. Puff a unicornia esquisita.- Alo? Alguém ai? – Insistiu o garoto. Continuei a escrever. Pulei de susto quando senti uma mão no meu ombro. – Oi. – Virei-me para o garoto novo. Ele ate que era bonitinho. Cabelo castanho curto, alto, olhos azuis. Nada mal. Quer dizer, xô assombração!


- Sim? – Ele puxou uma cadeira e se sentou ao meu lado.

- Sou novo aqui, você deve ser a Ágatha. – Ele sorriu, permaneci seria.

- Sim sou eu, posso ajudar? – Perguntei sem entusiasmo.

- Ouvi dizer que é escritora... 

- E o que mais ouviu sobre mim? – Perguntei sarcástica.

- Que não e muito sociável.- Pode dizer esquisita, por incrível que pareça eu também escuto o que dizem de mim.

- É eles também dizem isso.

- Sim ainda não entendi o que você esta fazendo aqui.

– Olhei-o interrogativamente.

- Eu só...

- Ta,ta já entendi não precisa explicar. Te mandaram aqui falar com a esquisita ou algo do gênero, não quero nem saber. Porque não fingimos que isso não aconteceu e você pode se enturmar com o resto do pessoal. Ai se tudo der certo em pouco tempo você também vai estar me chamando de tudo que eles chamam e todos poderemos ser felizes. Fim. – Olhei pra ele e sorri sarcástica. Ele foi pego de surpresa e me encarou exasperado.

- Eu...

- Olha você é ate bonitinho, mas não sabe como as coisas funcionam por aqui. Eu sei. Então porque não fingimos que você me xingou e eu fiquei muito decepcionada e magoada, chorei na sua frente e assim eu te ajudo a se enturmar e você não precisa fingir que quer conversar comigo. Fica bom assim pra você? – Falei levantando e pegando meu livro e o caderno debaixo da carteira.

- Eu não...

-Ótimo! Te vejo mais tarde seja lá qual for o seu nome.

- Dante.

- Ok tchau Dante. – Falei e quase corri da sala ate a biblioteca onde era seguro e me foquei em ler o livro. Eu estava meio esbaforida, ofegante. Eu não gostava exatamente de ser assim o tempo todo, mas eu sabia muito bem o que acontecia quando eu não fazia isso e não era nada legal.


- Não se preocupe. – Falou Rafael. – Voce fez a coisa certa. Alem do mais ele não merecia mesmo a sua atenção. Nenhum deles merece. – Ele se deitava preguiçosamente no sofá, alongado como um gato e com a cabeça pensa m uma posição desconcertante com os cabelos caindo em cascata  e o brilho dos olhos pretos faiscando na minha direção. Ele simplesmente se apossara do sofá do meu quarto.Sentei próxima a sua cabeça e fiz cafune. Ele era mesmo parecido com um gato, seus olhos se fechavam da mesma maneira, só faltava ronronar.

- Eu sei mas... Eu queria não precisar fazer isso. Será que eu vou ter que viver o resto da minha vida fugindo das pessoas? Sozinha?

- Você não vai estar sozinha. – Falou ele meio ressentido girando no sofá para me encarar.

- Eu quis dizer sem pessoas reais...

- Então nos não somos reais? É isso que está dizendo? – Seus olhos se estreitaram perigosamente como se ele estivesse pronto pra dar o bote.

- Eu não quis dizer isso. Claro que vocês são reais. Eu me referia a pessoas do mundo real.- Ele não saiu da pose ainda não totalmente convencido. Sua pele levemente bronzeada ondulou com seu pulo para longe do sofá. Ele se empertigou e me olhando de soslaio pegou um copo e um pouco de Rum.

- Sim, então eu ouvi dizer que você vai pra festa amanhã.

- Provavelmente eu apareça lá.

- Porque? Você sabe que não vai se divertir.

- Quem sabe? – Perguntei sem encara-lo. Ele me olhou cético.

- Serio Ágatha? Quem sabe? Eu esperava mais de você... – Ele virou o copo de uma só vez.

- Ok, eu sei que não vou me divertir.

- Então porque você vai?

- Deu vontade. - Falei emburrada.

- Eu não te entendo sabia? – Falou ele pegando a garrafa e após um longo gole sentando-se ao meu lado.

- A editora quer assinar um contrato comigo. – Ele me encarou desconfiado. As palavras sempre saiam mais lentas dele, como se ele a saboreasse pra testar se são verdade.

-Hum... Você esta só tentando mudar de assunto.- Arriscou ele, eu o encarei de volta.

- Talvez, mas é verdade. Tenho uma reunião amanhã as oito.

- Da manhã?

- Sim.

- Então cabe a mim lembra-la talvez de que estamos no meio da semana e amanhã tem aula?

- Ah droga, estou ferrada.

- Mas de qual livro?

- O labirinto das pétalas azuis. 

- Droga ainda não é a minha hora de ser adorado por centenas de fãs.

- Você sabe que é o vilão da história né? – Perguntei encarando-a incrédula.

- As garotas se amarram num caso perdido.- Falou subindo de novo no sofá como um gato e se deitando de cabeça pra baixo. Após um tempo em silencio ele  me olhou de soslaio. – Mas você sabe que não devia ir naquela festa Ágatha.

- Que seja, eu vou mesmo assim. Você não pode me impedir.

- Ótimo! Então não venha me chamar depois.- Falou ele irritado.

- Ótimo!- Falei dessa vez em voz alta, assustando a pessoa ao meu lado na biblioteca (Lapsos, Lapsos) que me olhou com raiva e murmurou um esquisita saindo de perto.

De volta a biblioteca, percebi que não poderia ficar ali por muito mais tempo. Andei todo o caminho de volta completamente distraída e esbarrando nas pessoas de vez em quando, mas mantendo-me distante  sem nem ao menos murmurar um desculpa ou algo do gênero.Chegando á sala ignorei todas as poucas pessoas que já estavam ali, como sempre e sentei no meu lugar.

Percebi um papel cuidadosamente dobrado na minha cadeira, meio mal cortado e eu que já estava irritada comecei a fumegar de raiva. Amassei o papel e sai resmungando xingamentos ate joga-lo na lixeira.

- Porque você jogou fora sem ler? – Perguntou uma voz que eu identifiquei como sendo a voz do garoto novo. Dante, eu acho.

- Não é da sua conta. – Eu já devia estar vermelha. Era  sempre a mesma coisa. Sera que eles não se cansavam nunca? E o que esse idiota tinha haver com isso de qualquer jeito? Não era da conta dele o que eu fazia ou deixava de fazer.

- Bom eu escrevi aquele bilhetinho então sim, eu acho que é da minha conta.- Aquilo me pegou de surpresa mas eu estava tao irritada que nem me importei.

- Então você já é um deles. Parece que nossa conversa anterior foi bem produtiva pra você, parabéns. Posso ir embora agora? Ou você ainda não se cansou de me humilhar? – Virei de costas sem esperar por uma resposta.

- É eu acho que eles estão errados afinal.- Falou ele estático. Ok. Eu realmente queria ignorar aquilo mas a minha curiosidade sempre falava mais alto. Eu sei que estava caindo que nem uma idiota na conversa dele, mas ah que se dane.

- Do que você esta falando? – Perguntei.

- Me disseram que você é uma pessoa maravilhosa e uma escritora incrível. Me disseram que você escreve tao bem que deixa qualquer um no chinelo, e que a maioria das pessoas dessa sala odeiam o fato de você aparecer mais que elas, porque isso é tudo que elas querem. Aparecer. Então elas fazem de tudo para que se você tenha que aparecer seja como esquisita ou ridícula ou com alguma forma de humilhação, para que você pareça inferior a eles. Porque eles sabem que se você revidasse eles não teriam chance. Então eles te atacaram tanto que você se fechou pra todos como forma de defesa e agora é rude e desagradável com qualquer um que tenta se aproximar. – Ele deixou essa revelação pairar no ar sobre nós.- Mas eu acho que eles estão errados.

- Quem disse isso?

- O resto da sala que não quer aparecer o tempo todo.

- Bom, parece que você já tem uma opinião formada de mim não é mesmo? Quem sou eu então pra contestar. – Falei virando-me de costas novamente e voltando a minha mesa. Tentei me concentrar no livro que eu estava lendo mas duas coisas me impediram. Primeiro eu estava com raiva e magoada demais. Segundo Ítalo o idiota da sala tomou o livro das minhas mãos.

- Olha só! Vejamos o que temos aqui. – Uma rodinha começou a se formar ao meu redor. Isso não era nada bom. – A sardenta esta lendo mais uma historia de amor! Que comovente! – O grupinho riu

- Me devolve isso! – Falei firme.

- Cala a boca sardenta. – Falou Viviane.

- Essa ai ta mais pra sarnenta! – Falou Augusto. – Mais uma vez o grupinho riu. Sim eu tenho sardas, mas faço de tudo pra esconde-las.

- Sarnenta! – Exclamou Viviane as gargalhadas. – Uma sarnenta brega!

- Não encosta nela!- Falou Ítalo Jogando o livro para augusto.

- Oh! Não Jeremias! Não me deixe novamente- Disse ele imitando uma donzela em perigo. – Que coisa ridícula quem leria uma bosta dessas.

- Me devolve! – Gritei pra ele

 - O que passaram na sua cara hein sarnenta? Tem um monte de manchas nela!- Falou Cíntia.

- Ta sujinho aqui. – Falou Letícia Apontando o dedo na minha cara. – Caiu com a cara no barro foi?

Meus olhos ameaçaram chorar. Mas eu não podia chorar. Não mesmo. Prendi a respiração  e soltei devagar, empurrei Letícia com força e me sentei na cadeira fechando os olhos pra tentar aprisionar as lagrimas. Não que estivesse funcionando muito bem.

- Ei, ei ei calma, calma meu amor. – Falou André me abraçando. Eu mal conseguia falar. Eu queria dizer um monte de coisas mas elas simplesmente não saiam. Se agarravam na minha garganta todas juntas formando um imenso nó. – Esta tudo bem deixa eles pra lá.

- Você... – Minha voz falhou. Respirei fundo e tentei mais uma vez. – Você acha minhas sardas feias também? – Perguntei magoada.

- Claro que não já te disse isso uma centena de vezes. Elas são lindas. Te deixam sexy. – Falou ele com um quê de maliciosidade. Ri nervosa. Ele só pensava nisso de qualquer maneira.

- Estou falando serio... Eu sei que elas são horríveis. Será que tem um jeito de tira-las?

- Pare de pensar essas besteiras. Isso é inveja deles. Você é linda... – Bufei.- É sim, cala a boca. Linda, sexy, inteligente... Porque acha que todos nos somos apaixonados por você?

- Porque eu criei vocês. Vocês são fruto da minha cabeça. 

- E só por causa disso não temos vontade própria? Se fosse assim as historias sempre seguiriam o rumo que VOCÊ quer. Mas não é bem assim, é? – Fiquei em silencio me acalmando enquanto ele acariciava minhas costas e beijava minha testa. 

-tenho que voltar pra aula.

- Tudo bem. Ate mais tarde.

Quando fechei o caderno e voltei a sala todos da rodinha ainda me encaravam e tiravam sarro de mim, baixinho, como se eu não soubesse o que eles estivessem dizendo. Ítalo segurava o livro novamente e o balançava na minha frente. Ele abriu em uma pagina qualquer.

Eu sabia o que viria a seguir, mas como todas as outras vezes não consegui desviar o olhar. Ele selecionou um pequeno amontoado de duas ou três paginas  e as rasgou olhando maldosamente pra mim.O professor entrou na sala encerrando e dispersando a rodinha, mas de seu lugar Ítalo continuava a rasgar cuidadosamente cada pagina, deixando-as em pedacinhos tão pequenos que seria quase impossível recupera-las.

Não me segurei e deixei uma lagrima escorrer. Mas limpei rapidamente antes que alguém visse e respirei fundo tentando prestar atenção ao que o professor dizia. Mas foi tarde demais, quando os meus olhos encontraram os de Dante ele me encarava daquele mesmo jeito estático, que me encarou a pouco, como se estivesse tentando analisar cada movimento meu, e o que mais me irritava era que eu não tinha ideia do que ele estava pensando, mas eu sabia que ele tinha visto. Que ele tinha me visto chorar. Então eu olhei pra ele com a pior cara que eu tinha e gesticulei uma coisa não muito educada na sua direção. Ele apenas me encarou por mais um tempo e depois virou-se concentrando-se na aula.

Coisa que eu não sei se conseguiria fazer devido ao barulho irritante e revoltante de papel sendo rasgado a algumas cadeiras de distancia. Eu não tinha pra onde fugir. Mesmo que eu pedisse pra ir ao banheiro ou algo do gênero ítalo apenas pararia enquanto eu estivesse fora e quando eu voltasse começaria tudo de novo.Senti alguém se inclinando na carteira atrás de mim. Escutei apenas aquela voz irritante e enojante de Letícia.

- Se você contar pra alguém já sabe o que vai acontecer, não é? Sarnenta... – Disse ela soltando uma risadinha e voltando a sua cadeira. É claro que eu sabia o que ia acontecer. Eu ia me ferrar. Como das outras vezes. Não adianta. Como eu disse, não tem como escapar.

Ainda não acabou. – Pensei quando cheguei em casa e deitei na cama, ainda fragilizada pelos ataques. A tortura ainda não acabou. Ainda tem mais. Me preparei o máximo que pude, eu já estava mais ou menos acostumada com o que aconteceria em seguida, mas ainda assim... Ainda assim.

Fechei os olhos quando escutei os passos no corredor. Torci para que fosse o meu irmão pra tirar sarro de mim mais uma vez naquele dia, mas eu sabia que não era.

- Filha. – Chamou meu pai da porta. Ele andou pelo quarto com um ar de reprovação, enquanto eu me sentava. – Você não cansa não de viver nesse chiqueiro? Que porcaria, tudo bagunçado, parece coisa de gente porca. – Suspirei e virei-me para encara-lo.

- Diga pai.

- Cadê o livro?

- Que livro? – Perguntei me fazendo de desentendida. Como se fosse funcionar com ele...

- O que você levou pra escola hoje. Cade?

- Eu perdi...

- Você o que?

- Perdi pai, deixei em algum lugar e alguém deve ter pegado.

- Minha filha, tem quer ter responsabilidade. Será que você vai ser sempre assim? Não dá nem gosto de comprar as coisas pra você. Eu compro com o maior carinho e amor e você nem se importa, esquece em qualquer lugar. - Agora o quarto, pensei. - Ajeitei esse quarto do jeito que você queria, e você não tem o zelo de cuidar, de deixar arrumado. É tudo jogado em qualquer lugar, de qualquer jeito... Eu não compro mais nem um livro pra você esse ano ouviu? Já é o terceiro que você perde! Garota impossível. - Falou ele saindo do quarto e batendo a porta.

Agora acabou. Chorei silenciosamente, encolhida na cama ate as lagrimas secarem e então sentei para fazer meus deveres. 

Algum tempo depois minha cabeça cansou de dar nó. Levantei, peguei minha carteira e andei ate uma loja de roupas próxima de casa. Comprei a roupa mais extravagantemente chique e cara que eu encontrei, dei adeus ao resto do meu rico dinheirinho e voltei pra casa animada.


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Notas finais do capítulo

Capitulo meio triste, mas quem sabe não melhore? E o que será que vai aconteçer nessa festa? Será que ela vai encontrar alguem interessante? E o que será que o rei quer com ela? Continuem lendo e descubram! ;D Mas antes, comentem. .-.