Life Is Not Easy escrita por MrsFancyCar


Capítulo 8
NÓS temos que pagar?


Notas iniciais do capítulo

UMA MERDA.

NÃO LEIAM.

NÃO PERCAM O TEMPO DE VOCÊS.

Mentira, preciso que leiam meus capítulos. Mesmo sendo uma porcaria.

:)



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“- Você... Não acha que isso também é culpa minha? – perguntei a Edward. Ele estava chorando, por conta de sua mãe também ter sido sequestrada. Bom, não diria chorando... Estava aos prantos.

Eu não aguentava o ver daquele jeito. No dia anterior, quando ele disse que seus amigos da banda também tinham desaparecido, suas lágrimas me partiram o coração. Mas dessa vez era pior...

– Quer saber mesmo? – ele levantou sua cabeça, que estava em meu colo. Seu rosto estava vermelho, assim como seus olhos. E furiosos. – Isso é culpa minha! – ele gritou a última frase, dando ênfase na palavra “minha”.

– Não!

– Claro que é! Você acha que se eu estivesse com a minha mãe, ela seria sequestrada?

– Você mesmo disse pra eu parar de por a culpa sempre em mim mesma. Acha que isso significa colocar a culpa em você? Você não fez nada Edward...

– Exatamente! Eu não fiz nada! Não fiz nada pra que ela não sumisse!

– Acredita em mim, a culpa não é sua. É minha... Eu que deixei você ficar aqui me escutando chorar e te irritando com o fato de eu não ser brasileira...

– Você só me contou a verdade. E eu agradeço por isso. Mas... Eu não sei onde minha mãe está! Você também tem que contar isso!

– A minha mãe também está desaparecida Ed! Eu também estou sofrendo! E agora que me convenci que não tenho nada a ver com isso, você começa a se culpar? Sinceramente... A culpa é da minha mãe.

Ficamos num silêncio estranho e longo, até Edward se render às lágrimas.

– Você tinha razão... A gente devia ter voltado naquela casa enquanto podíamos.

– Mas não voltamos. Você devia ter me ouvido.

– Essa proposta... Ainda está de pé?”



E lá estávamos nós, em frente àquela casa. Uma casa normal, eu diria. Como qualquer outra.



– Por que você não entra logo? – Edward me perguntou.

– Vai na frente, foi você que quis vir.

Eu o empurrei, e ele tentou abrir a porta. Obviamente, estava trancada, como qualquer pessoa deixa a casa quando sai.

Edward ficou me olhando depois da tentativa fracassada de entrar. Ele não era a melhor pessoa em encontrar soluções.

Fomos até os fundos, para o nosso azar, não tinha uma porta lá.

– Acho que agora devemos ir embora, não é?

– Pare de ser medroso Edward!

Depois de dar uma volta completa na casa, consegui achar uma janela, que suponho que seja a janela do porão, ou de um quartinho qualquer.

– Você não pretende entrar por aí... Ou pretende? – Edward estava se parecendo com uma criança. Não conseguia esconder suas mãos tremendo.

– Já disse pra parar de ser medroso! Nada pode acontecer com a gente. Só vamos dar uma olhada na casa.

Para evitar estragos, abri a janela em vez de quebrá-la. Ela não tinha proteção alguma, o que só facilitou minha entrada.

A janela ficava no chão do lado de fora da casa, mas, infelizmente, quase no teto do que acho que seja um porão.

Me pendurei e procurei com os pés algum lugar onde poderia me colocar em pé sem cair. Perto, não havia nada, mas avistei, um pouco ao lado, uma espécie de caixa de madeira. Não seria muito difícil chegar até lá. Pelo menos não tão difícil se eu pulasse.

E foi o que eu fiz.

Escutei uma espécie de gemido quando meus pés tocaram na caixa, e logo olhei para Edward.

– Edward! Cale a boca! – sussurrei.

– Mas eu...

– Vem! Desce logo!

Edward fez o mesmo que eu. Se pendurou e pulou na caixa. Não era necessário ser muito esperto para dizer que ele era desajeitado. A maioria das coisas que estavam ao seu lado agora estavam no chão.

– Edward!

– Me desculpe. – ele disse, tentando arrumar a bagunça, mas só conseguia piorar a situação.

– Deixa isso aí. – tirei os objetos das suas mãos. – Vem.

Eu não tinha a mínima ideia para onde ir. A única coisa que consegui avistar foi a escada.

Não havia nada o que fazer naquele porão, então saímos de lá.

– A gente vai aonde? – Edward me perguntou, olhando em volta.

– Não sei. Onde a gente deve ir?

– Talvez no quarto dele?

– E o que a gente vai fazer ou procurar lá?

– Eu não sei nem o motivo de nós estarmos aqui.

Eu sinceramente não sabia o porquê de termos que ir justamente ao quarto. A gente ia fazer o que? Procurar o que exatamente? Procurar pistas? Pistas do que? Procurar corpos? Se é que nossas mães estão mortas.

Mas não hesitei, fui com Edward procurar o tal quarto.

Existiam apenas dois quartos, pelo que percebi. Um, parecia ser dele, com uma cama de casal, um guarda-roupas, e as normalidades de um quarto.

O outro, que foi o que mais me chamou a atenção, parecia ser um quarto de criança. Um quarto de uma menina. A mobília toda daquele quarto era de madeira branca, com desenhos de ursinhos. Assim como o papel de parede, que tinha esses desenhozinhos, e era rosa. Aquele quarto parecia não ser usado há muito, muito tempo. Estava empoeirado, e a tinta estava desgastada.

Não pude deixar de perceber que além de aquele papel de parede estar velho, tinha algumas marcas. Como se fosse sangue, mas com a tentativa de ser retirado. Isso em apenas uma das paredes. Os móveis daquele mesmo lado, estavam caídos. Empoeirados. Sujos. Intocados.

Eu havia entrado nesse mesmo quarto. Fiquei apenas pensando. Pensando em à quem aquele quarto pertenceria. Poderia ter sido à filha do tal sequestrador. Mas seria meio difícil um assassino ter uma filha.

Contando com as marcas de sangue que estavam espalhadas pelo quarto, eu diria que ele matou sua filha. Seria uma crueldade, sim, mas ele era um assassino, quem sabe o que se passa na cabeça dele.

Meus pensamentos foram interrompidos por um barulho. Um barulho de porta se abrindo, e chaves sendo jogadas na mesa.

No mesmo instante, me virei, e meus olhos se encontraram com os olhos assustados de Edward.

– Rose, se esconde. – Edward sussurrou no meu ouvido, depois de termos ficados congelados por um minuto.

– Onde? – sussurrei de volta.

– Tem alguém na cozinha. Portanto, se esconde em qualquer lugar em que não necessite passar por lá. Quando der, você sai dessa casa, e eu faço o mesmo. Vai! – ele me empurrou.

Eu não tinha ideia de onde me esconderia. Edward foi para o quarto do lado, suponho que se esconder também.

Fiquei parada até ouvir passos na escada. Só então percebi que deveria me mexer.

Vi apenas um lugar onde poderia me esconder.

Quando fui fechar a porta do armário onde estava, percebi que ele não fechava por completo. O único jeito era torcer para que quem queira que fosse que estivesse subindo as escadas não entrasse no quarto, ou muito menos abrisse o armário.

Torcer não funcionou. O homem, dono da casa, e assassino, entrou no quarto. Ele sentou na cama (a única mobília que não estava suja), pegou um urso de pelúcia que estava lá, e começou a chorar.

Certo, eu não entendi o porque de um assassino estar chorando, num quarto que suponho que seja de alguém que já morreu, sem nenhum motivo aparente.

– Me desculpa filha. – o homem dizia. – Eu sei que não é certo, mas fizeram isso com você. Não é justo que nada foi feito pelos policiais depois de nove anos. E agora eles têm de pagar. Todos eles.


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Notas finais do capítulo

E então? Gostaram?

Eu tava meia sem criatividade, mas esperem pelo próximo, que eu melhoro.

:)



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