Life Is Not Easy escrita por MrsFancyCar


Capítulo 11
Assassinato


Notas iniciais do capítulo

Poxa, desculpem pela demora.
Estou tendo muitos deveres esses dias.
Espero que entendam. :)



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   Um cômodo pequeno, mas com grandes proporções para fazer uma pessoa não querer mais continuar vivendo.

   Paredes pretas. Não tintura, mas queimadas. Elas eram, em seu natural, brancas. Mal dava para perceber isso, pois o incêndio que suponho que aconteceu ali, não afetou o teto, nem a parte mais alta da parede.

   A janelinha, havia aumentado de tamanho. Ou talvez eu apenas houvesse me acostumado com ela. Pois, quatro dias vivendo em um lugar, você acaba tendo que suportar tudo de ruim que contém nele.

   Banheiro? Diria um “quartinho” com o que um banheiro normal precisa. O mínimo pedaço de espelho que tinha estava um pouco preto, por causa do incêndio também.

   Recebíamos comida de vez em quando. De manhã, nos davam um pão, em que tínhamos que repartir, e dois copos com leite. E só recebíamos mais algumas coisas por volta das seis da tarde.

   - O que acha dessa ideia Rose?

   - Não sei. É um tanto perigosa. Mas faço tudo pra poder sair daqui.

   - Então vai ter que fazer isso.

   E lá estávamos nós, seguindo o “plano” de Edward. Mas eu não me importava se era perigoso ou não. Tínhamos que sair de lá, e isso era o principal.

   Ed conseguiu abrir a porta do cômodo em que estávamos. Não vi com o que, mas parecia que ele sabia lidar com fechaduras.

   Ele simplesmente agarrou sua mão direita no meu punho, e me puxou, correndo.

   Passamos por vários quartos iguais ao que estávamos. Todos eram mais iluminados. Me pergunto se não nos colocaram lá simplesmente por causa disso. Porém, todos tinham o mesmo aspecto, as mesmas coisas, as mesmas marcas de incêndio.

   O lugar em que paramos, que suponho que seja uma recepção, tinha dois corredores. Um na direita, e um na frente dele.

   Edward hesitou, mas não soltou meu punho, e muito menos me perguntou algo.

   - Vai pela direita, deve ser por lá. – falei.

   - Shh! Escute isso! – ele cochichou, tampando minha boca.

   - Isso o que? – cochichei de volta.

   Meus próprios ouvidos me responderam.

   Passos.

   Apressados.

   Cada vez mais perto.

   E depois, uma sombra passando por perto nós.

   Ed me puxou para debaixo de um balcão.

   - Eu não disse para vocês não saírem do quarto? – um homem gritou. Uma voz grossa horrivelmente brava, brutalmente cuspida para fora de sua boca.

   O homem parecia procurar por nós dois. Passava de um lado para o outro, adivinhando que estávamos ali.

   - Me respondam! – ele gritou novamente, mais bravo ainda, fazendo minhas pernas amolecerem.

   - Rose, corre, agora! – Edward cochichou pra mim e soltou meu braço, na hora em que o homem sumiu de nossas vistas.

   Não hesitei. Levantei dali, o mais rápido que consegui. Saí correndo, e depois de dois segundos ouvi um barulho.

   Ignorei.

   Mas não deveria.

   - Ei, ei, ei. Onde está indo, mocinha? – o homem perguntou, com uma voz meio calma. Me fazendo paralisar. – Pode olhar para trás, queridinha.

   Obedeci.

   O homem sorria. Balançando uma arma que tinha na mão.

   Apontando-a para Edward, que ainda estava atrás do balcão.

  Ed estava assustado. Seus olhos só faltavam saltar das órbitas. Assim como os corpos que ele encontrou. Assim como eu estava naquele momento.

   - Venha aqui, moça. – ele me chamou, estendendo a mão direita, que estava sem nada.

   Fiquei parada.

   - Venha aqui, moça. – ele repetiu, agora num tom bravo, apontando a arma para mim. Me chamando para a morte.

   Estava a mais ou menos uns dez metros na frente dele. Dei dois passos. Ed se mexeu. A arma voltou a ficar apontada para ele. Ele se encolheu.

   - Vocês não deviam ter saído do quarto. – o homem disse no tom mais amigável possível. Mas sua expressão não condizia com sua voz.

   - Quem é você? – perguntei.

   - Ora – ele riu. -, nomes não são importantes agora, Rose.

   - Então por que mencionou o meu? E como sabe?

   - Seu eu não soubesse os nomes de vocês não estaria aqui, não é mesmo?

   - Você trabalha para o assassino do meu pai?

   - Para quem? Pro Mark? Ora, ele assassinou seu pai? – ele pareceu se interessar mais.

   - Meus pais.

   - Então não seria problema eu matar você para acabar com a família, não? – ele riu, e apontou a arma novamente para mim.

   Fiquei paralisada. Não sabia o que fazer. Ou falar.

   Pode me matar, pensei, mas não vai acabar com a família.

   Mas percebi que Edward sabia. Estava se esticando para pegar alguma coisa.

   Um pedaço de vidro, no meio de uma bagunça com pedaços de madeira, blocos e estilhaços de janelas.

   Nos entreolhamos, e ele assentiu, querendo que eu continuasse a tentar “distrair” o tal homem.

   - Você não vai acabar com a família. – eu disse a primeira coisa que veio à minha mente. O primeiro erro.

   - Você tem mais parentes? Fiquei sabendo que todos haviam morrido. – ele riu.

   - Tenho uma irmã. – outro erro cometido. Eu não deveria ter dito isso. Agora ele poderá matá-la também, acabando com nossa família por vez.

   - Irmã? – ele debochou. – Você não tem irmã, garota.

   Antes de eu tomar providências com aquilo, Edward se levantou rapidamente e enfiou o pedaço de vidro no pescoço daquele homem.

   Nós saímos correndo, deixando ele para trás, gritando, no chão, com as mãos ensanguentadas.

   Novamente, como sempre acontecia quando meu coração acelerava muito, não escutava mais nada.

   Apenas enxergava a minha frente.

   Enxergava meus pés correndo o máximo que eu podia.

   Enxergava a saída a poucos metros.

   E enxerguei Ed caindo.

   Pensei que ele havia tropeçado. Mas quando parei de correr e olhei pra ele, percebi que era algo muito pior do que um simples tropeço.

   Ele tentou se levantar, mas sem sucesso.

   Eu não ouvia nada, mas tinha que tentar.

   Tinha que me concentrar. Eu tinha que saber o que estava acontecendo.

   Percebi minha audição voltando ao normal.

   Olhei para o homem que Ed havia matado. Sim, ele estava morto. Edward conseguiu matar um homem. Em que mal conhecíamos. Que tentou nos matar. Que disse que eu não tinha mais irmã. Que merecia morrer. A arma, ainda na mão dele, estava apontada para nós.

   Seus olhos, abertos. Um sorriso de satisfação no rosto.


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Notas finais do capítulo

Me desculpem se ficou ruim.
Posto o próximo o mais rápido possível.
:)



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