Ignorance Is Your New Best Friend. escrita por Triz


Capítulo 17
The start.


Notas iniciais do capítulo

VOCÊS SÃO PERFEITOS, E EU NUNCA VOU CANSAR DE LHES DIZER ISSO. OBRIGADA DE CORAÇÃO.
Capitulo dedicado pra Ammy que fez recomendação, obrigada! *-*



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- Ai, Malfoy! - Eu ralhei, sentindo ele em cima de mim. Havíamos caído na neve, e ele sobre mim.

– Desculpe. – O loiro levantou-se, puxando-me pelo braço, me ajudando a levantar.

Levantei e limpei a neve de meu cabelo.

– Vamos logo antes que Hogwarts feche. – Eu disse em um sussurro e, aos poucos, eu comecei a andar em direção o grande portão do castelo.

– Eu sei. Mas, temos um problema. – Malfoy alertou, e apontou para o portão.

Uma figura com vestes pretas e longas, cabelos oleosos e curtos - não tão curtos assim - estava de vigia. Droga! Snape estava de vigia.

Eu, honestamente, não sabia qual era a dele. Mas de uma coisa eu sabia: Snape trairia Dumbledore, assim como Draco, assim como eu. Se não ele não iria para a reunião.

Ele não era comensal, e uma coisa que Harry ouviu não sei onde Igor Karkaroff - o diretor de Drumstrang - falando, era verdade: "Ninguém, NINGUÉM deixa de ser um comensal."

Desviei meus devaneios. Estávamos no meio da rua que possuía lojas do lado, e que por acaso ficava bem ao ponto de visão de Snape. Havia uma curva ali, como se fosse uma esquina escura, onde dava caminho para um prédio abandonado no final da pequena e estreita rua. Nas laterais, conseguíamos ver as janelas com os depósitos das lojas de Hogsmeade. Vimos ali o porão da dedos de mel, e do lado esquerdo o porão da Zonko's. Fred e Jorge queriam usar o prédio abandonado pra fazer uma espécie de "filial" a Gêmialidades Weasley.

Puxei Draco para aquela rua escura e estreita, e agachei, de forma que não ficasse no ponto de visão das janelas que haviam ali. As lojas ainda estavam abertas. Escorreguei minhas costas pela parede e encostei.

– Ele ainda não nos viu – Eu disse em um grito sussurrado.

– Eu sei Hermione, mas consequentemente vai nos ver – Malfoy rolou os olhos, e se encaminhou para o portão. Puxei-o novamente com força.

– Tem como você me ouvir? – Ralhei irritadiça, e revirei os olhos.

– Fala. – Ele disse, mas sua atenção não se fixava a mim. Puxei seu braço, e revirei os olhos.

– Olha pra mim – Eu disse, irritada. – Desculpe. – Ele me olhou nos olhos.

Nossos lábios estavam próximos, porque estávamos apertados. Draco tinha um hálito maravilhosamente bom.

– Escuta, eu conheço uma passagem secreta que vai para Hogwarts pela Dedos de Mel. – Eu sussurrei.

Desviei meu rosto para fixar a janela ao meu lado, porque a proximidade do meu rosto ao de Draco estava me incomodando plenamente.

– E como vamos fazer pra entrar lá? – Perguntou o loiro.

– Eu tenho um plano. – Murmurei baixinho, suspirando e incomodada com meu plano. Meramente incomodada.

– E qual é? – Ele disse.

– Espere, e verá. – Eu forcei um sorriso.

Caminhamos até a dedos de mel, entrando lá, senti o cheiro de açúcar e chocolate entrar por minha narinas.

– Pois não, posso ajudá-los? – Um atendente magricela perguntou. Eu nunca havia visto ele lá. Olhei em seu crachá, e estava escrito "Substituto."

– Aquelas cervejas amanteigadas estavam ótimas! – Eu disse, forçando uma voz de bêbada, e me dependurando ao pescoço de Malfoy.

Draco me olhou confuso, mas logo que eu lhe dei uma piscadela ele entendeu o que eu estava querendo dizer.

– Estavam mesmo! – O loiro concordou. Comecei a me arrastar para o porão da Dedos de Mel, fingindo que não havia visto/ouvido o atendente ali.

– Ah meu amor! – Eu senti nojo de mim mesma por estar fazendo aquilo. Isso tudo para poder entrar em Hogwarts.

– Realmente estava.... E.. Vamos ali naquela porta, vamos? – Eu perguntei.

– Hey, moça. – O atendente disse tocando meu ombro.

– Para de tocar na minha namorada! – Draco gritou, forçando um tom bêbado e irritado.

– Desculpa, mas vocês não pode... – Não deixamos o atendente terminar de falar, e eu fui forçada a me agarrar ao loiro e selar nossos lábios.

Ele fingiu retribuir e me arrastou para o porão. Entramos e eu me afastei dele rapidamente, limpando minha boca com as costas da mão.

– Desculpe por isso. – Eu murmurei, meramente arrependida, e tranquei a porta com magia.

Ouvimos alguns murros na porta e o atendente gritando e dizendo que não era pra roubarmos o estoque de doces.

Caminhei em direção a passagem secreta, e arrastei Draco comigo. Ao entrarmos, eu destranquei a porta, e nos afundamos no túnel curto. Com um aceno tampei a passagem, e saímos em Hogwarts.

Desculpe de novo. – Eu agora estava constrangida. Draco riu abafadamente.

– Você beija bem. – Ele disse em tom divertido e caiu na gargalhada.

Dei-lhe um soco no ombro, e bufei.

– Idiota. – Murmurei, agora vermelha.

– Desculpe. – Ele riu mais uma vez – Mas desde o momento em que você me beijou lá eu pensei em fazer essa piada – Eu estava roxa, mas de raiva.

– Desculpe, eu sei que não foi a sério.

– Tudo bem Draco, tchau. – Eu revirei os olhos, e tomei o caminho da sala comunal da Grifinória.

Sangue de Salamandra – Eu disse a mulher gorda, que cedeu a passagem.

Fui acolhida pelo ar quente e confortável da sala comunal da Grifinória.

Mas isso demorou muito pouco, senti um par de braços envolver minha cintura e me suspender, girando-me alegremente no ar.

– Quem é minha nerd favorita?! – Senti ele bagunçar meu cabelo.

Finalmente pude sentir os pés tocarem no chão, e sorri, encarando o ruivo a minha frente.

– Que alegria é essa, Fred? – Eu perguntei rindo da cara de bobão dele.

– Luna... Ela me aceitou, Hermione! Obrigado! – Eu sorri, largamente, satisfeita.

– AAAAH FRED, isso é ótimo! – Eu o abracei, cumprimentando-o. – E aí, ela beija bem? – Sorri e o vi ficar vermelho por debaixo das sardas.

– Hermione, eu preciso conversar com você – Sussurrou ele, me puxando para o sofá e me sentando a sua frente.

– Pode falar. – Eu disse, sentando sobre minha perna direita e o fitando.

– Eu ando percebendo... Você e o Rony estão distantes. O namoro de vocês era tão, lindo, próximo... E agora estão tão frios. O que está acontecendo?

Suspirei. Eu sabia que Fred era um bom amigo. Talvez até o meu melhor amigo, era confiável contar a ele.

– Rony me traiu, Fred. – Eu disse e suspirei.

– ELE O QUÊ? – Fred se levantou, revoltado

 – Se acalma. – Eu o puxei pelo pulso, fazendo-o se sentar novamente.

Fred estava tão vermelho quanto seu cabelo, a raiva era visível em seus olhos.

– Por que você ainda está com ele, você é idiota?! – Ele perguntou, nervoso, esmurrando o sofá.

Notava-se que Fred se importava comigo. Sorri, feliz por isso.

– Eu quero ver até onde ele vai chegar. Tenho um... Plano pra ele.

– Eu sorri, e contei a história de como eu fiquei sabendo da traição e sobre a ajuda de Harry

. – Eles são.... Argh! Falsos! Meu Merlin, como eu tenho um irmão desses? – Outro murro no sofá vermelho.

– Eu tenho um plano pra eles, eu só não posso contar o quê agora. Espere, e verá.

– Tudo bem. Mas... Hermione eu... – Ele começou, se embolando nas falas.

– Está tudo bem, Fred, só não exploda na frente dele.

Nesse momento, o quadro se abriu, e pelo curto corredor passou uma figura ruiva e outra morena. O ruivo ao meu lado bufou de raiva e frustração, e Rony veio até mim. Era visível a luta de Fred consigo mesmo pra não arrumar briga com Rony ali mesmo.

– Hermione, ainda bem que te encontramos... – Harry começou.

Rony veio ao meu encontro e me beijou de forma lasciva. Senti sermos separados bruscamente, e o ruivo que a momentos estava com os lábios nos meus estava na parede, com outro segurando-o pelo colo.

– SEU DESGRAÇADO, COMO VOCÊ TEM CORAGEM DE BEIJAR A GAROTA QUE VOCÊ TRAIU??! – Fred perguntou, enfiando-lhe um murro na cara.

– DO... DO.. QUE.. VOCÊ.. VOCÊ... ESTÁ... FALANDO? – Rony respondeu no mesmo tom.

É, Fred não conseguia se controlar facilmente. Anotação mental sobre isso, por favor Hermione.

– VOCÊ TRAIU HERMIONE E AINDA TEM CORAGEM DE BEIJÁ-LA, FINGIR QUE NADA ACONTECEU!

– FRED! VOCÊ ESTÁ FORA DE SI. – Eu tinha que encenar, não é? Ai, isso já está ficando cansativo.

– RONY NÃO ME TRAIU! – Eu gritei. Fred entendeu o que eu quis dizer.

– EU VI, EU VI COM MEUS PRÓPRIOS OLHOS. – Ele desviou o assunto.

– VOCÊ É UM CANÁLIA. – Rony tentava se livrar das mãos do irmão, mas esse não permitia. Claro, que ser rebatedor de quadribol lhe deu muitas vantagens nessa briga. Fred acertou-lhe o canto da boca, e fez com que o mesmo sangrasse.

– CANÁLIA! – Ele gritou mais uma vez, Harry foi tentar separar a briga, mas Fred lhe deu uma cotovelada no estomago. – VOCÊ NÃO DEVIA SER MEU IRMÃO! – Seu rosto estava roxo de raiva, e eu por mais que gostasse de ver Rony apanhando e Fred fazendo justiça a mim, fui fazer o teatro de novo

. – PELO AMOR DE DEUS, FRED, VAI MATÁ-LO! ELE NÃO ME TRAIU, EU CONFIO NELE! – Gritei, e separei a briga. Rony tremia e estava branco por debaixo das sardar ruivas, aparentemente apavorado.

O seu irmão caiu no sofá, bufando de ódio, não querendo olhar pro rosto de Rony.

– Eu confio em você, Ron. – Eu disse falsamente, indo até ele e o beijei com nojo.

– Eu sei que confia, eu nunca traí você.

– Eu vou me retirar. – Fred disse, ligeiramente irritado. "Desculpe", gesticulei com os lábios, assim que ele fitou meu rosto. Ele apenas assentiu e subiu as escadas em direção ao dormitório.

– Hermione.... Precisamos ir, agora. – Harry disse, e me puxou, sendo seguido por Rony.

Saimos da sala comunal, sem que eu tivesse tempo de fazer perguntas.

– Estamos indo a onde? – Eu perguntei.

– Dumbledore. Agora. Viajem. Horcruxes. – Ele disse, e eu entendi. Me soltei de sua mão, e mandei uma mensagem na moeda para Draco.

Mande uma carta, avise Voldemort. Partiremos em uma hora. – Eu torcia pra que fosse em uma hora, e enrolaria o suficiente pra isso.

– Muito bem, tudo pronto? – Dumbledore perguntou, em um tom despreocupado.

Os pergaminhos, as coisas, estavam tudo separado e pronto. Por Merlin. Mantimentos, poções, bezoar, feitiços anotados, essas coisas. E havia passado uma hora, em ponto.

– Sim – Eu, Harry e Rony dissemos em uníssono.

– Muito bem, vamos. – Dumbledore estendeu o braço pra que eu pegasse. Rony se segurou em mim e Harry do outro lado dele.

– Mas pensei que não pudesse aparatar em Hogwarts, senhor. – Harry disse.

– Sendo eu quem sou, tenho meus privilégios. – Dumbledore sorriu. E mais uma vez, senti eu ser puxada pra dentro de mim. Aparatar era horrível.



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Notas finais do capítulo

TCHAAAAAAAAAAAANS. Gostaram? hahahahaha, fui muito má com vocês, eu sei. Maaaaaaas o próximo capitulo PROMETE.
Nos vemos nos comentários. : )