Beauty And The Beast escrita por Annie Chase


Capítulo 16
Notícia.


Notas iniciais do capítulo

Oi meus amores, demorei? Sim, eu sei! De fato, mas eu tenho uma boa explicação: Meu PC deixou-me na mão, o que pede que eu passe algum tempo na casa de um amigo para postar, como aconteceu nesse capítulo. Até que meu novo notebook seja formatado e aceite algumas das minhas frescuras para com esse site, estaremos um pouco atrasados. Desculpem.
Pois bem, espero que gostem. (eu gostei)
Boa leitura.
Agradecimentos especiais para Jenny di Angelo, que mandou minha última recomendação. Falando nisso, seria bem legal se eu recebesse mais uma... sabe? Para ajudar no estímulo ;)



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Pov: Annabeth.

 Querida Silena,

Essa não é a primeira vez em que sento em minha escrivaninha com uma pena e papel em mãos para lhe escrever um carta que falasse um pouco sobre o meu cotidiano na mansão, indiferente a isso, sinto como se fosse a primeira vez que mantemos contato depois de uma separação (sendo que essa acabou sendo bem mais tranquila do que a primeira, tenho certeza que você se lembra). O fato, cara amiga, é que sinto como se fosse a primeira vez. Talvez seja porque meu cotidiano mudou ou mesmo porque o sentimento é diferente. Antes eu escrevia cartas para contar o quão diferente minha vida vem sendo aqui, hoje, eu apenas quero lhe contar o que provoca minha imensa e total felicidade.

Você estava certa. Em sua última visita você mostrou um lado meu que era desconhecido para mim mesma. Estranho, de fato, porém real. Você veio até aqui e observou-me brevemente, porém com seus conhecimentos sobre minha pessoa não foi difícil perceber que eu estava mudada, não é mesmo? Você descobriu a verdade e apresentou-me a ela com toda a boa intensão de seu coração, mas eu, orgulhosa como sempre, acabei por rejeita-la. Parece engraçado agora pensar que neguei aquilo que estava bem debaixo de meu nariz, apenas encoberto por minha forma de defesa favorita: o orgulho.

Hoje eu não tenho mais medo de admitir que o amo. Eu amo Perseu Jackson... mesmo que isso vá contra todas as minhas indicações.

É realmente divertido pensar no que eu era antes de vir para esta casa e encarar o depois. Parecia que a Annabeth de antes estava plenamente concentrada em ser apenas mais uma filha de Atena que nem mesmo dava-se conta de que havia muito mais esperando por mim, talvez o fato de encarar a vida apenas como mais uma inconstante em um universo paralelo onde eu não representava nada mais além de uma partícula de poeira ajudasse um pouco quando levamos em conta minhas pouco produtivas ações. Porém aqui as coisas são diferentes, acabei encontrando um universo diferente, onde eu não era apenas uma partícula de poeira. Era mais, muito mais. Como se dessa vez eu estivesse mais perto do sol, um sol que iluminava-se apenas quando eu entrava em contato com ele. Em uma mesma órbita perfeita.

Eu não temo mais em dizer, Silena, ele é o meu sol. -Espero que Apolo não sinta-se ofendido, afinal, o sol tem sua importância, apenas tiro seu exemplo com a licença poética. -Sinto que sem ele, tudo o que restaria de mim seria o vazio e a poeira, mais uma vez.

Qual foi a última vez que você imaginou-me escrevendo coisas assim? Nem mesmo com Luke eu tirava meu tempo para filosofar um pouco mais sobre o que sinto, talvez seja porque as dimensões do que sinto por Percy nem chegam perto daquelas que senti por Luke. Não que fora menos verdadeiro, mas... nunca seria a mesma coisa. Talvez Afrodite possa explicar mais claramente o que sinto, mas enquanto não tirarmos um tempo para debater sobre o amor acho que não saberei corretamente. Mas qual é o mal dos questionamentos? No fim, eles acabam por nos ajudar a ver as possibilidades, que apesar de trazer ideias falsas, podem nos ajudar com as opções.

Queri que você estivesse aqui para que eu pudesse dar-te todas as minhas melhores desculpas e oferecer meus melhores e mais profundos agradecimentos. Sem você, talvez eu nunca pudesse entender o que sinto.

Essa coisa que explode em peito... devo confessar, é amor! O mais profundo e verdadeiro... é amor.

Apaixonei-me justo pelo homem que acusei, injustamente, de arruinar minha vida. Quando na verdade, tudo o que ele fez foi mostrar-me que havia algo mais além dos deveres que nos são impostos. O homem que todos dizem ser amaldiçoados mostrou-me o quão poderosa poderia ser a benção do amor (amor esse que compartilhamos e sentimos em igual proporção)... Quantas moças você que conhece tiveram a honra e a sorte de se apaixonarem pelo homem com quem casaram? Poucas? Nenhuma? Talvez eu seja a primeira... ou apenas uma das raras variações.

Com amor,carinho e saudades:

Oficialmente: Annabeth Chase Jackson.

-Acho que vou acabar matando-a do coração. -eu disse depois de terminar minha carta. Tinha a plena certeza de que Silena sentiria-se mais do que feliz por mim ao descobrir o bem que me fizera ao declarar a verdade sobre meus sentimentos. No mínimo, ela sairia por aí dizendo que finalmente conseguira igualar suas habilidades a de seu irmão cupido. Espero apenas que isso não lhe deixe em dívida com ele.

-Falando sozinha? -perguntou uma voz rouca e conhecida vinda detrás de mim. Eu a conhecia muito bem e para falar a verdade, estava mais do que contende em ouvi-la desde que chegara nesta casa.

-Apenas pensando alto. -eu rebati. Virei-me de costa para poder encará-lo. Ele estava encostado na solteira da porta olhando para mim, seu rosto estava mais uma vez encoberto pela famosa máscara branca que cobria quase que todo o vestígio de pele de seu rosto. Eu estava quase acostumada com ela, mas isso não mudava o fato de que ainda iria convencê-lo a tirá-la na minha frente. -Quanto tempo está aí? -perguntei curiosa.

-Desde a sua segunda troca de tinta. -ele respondeu divertido, mas percebi que ele falara sério.

-Por que não chamou mina atenção antes? -perguntei confusa. -Não precisava ficar aí parado me observando escrever, mal posso imaginar o quanto isso não lhe foi maçante. -eu disse e ele riu.

-Não... na verdade foi muito interessante. Eu gosto de observar você. -ele admitiu tímido. -Já percebeu que você escreve aplicando muita força no papel? Tanta que que a pena produz um ruído estranho quando entra em contato com o papel e a tinta. -ele disse e eu o observei abismada.

-Não sabia que era tão observador. -comentei.

-É que passei muito tempo sozinho, durante todo esse tempo tudo o que podia fazer era observar e apontar cada detalhe. -ele respondeu pensativo. -Fico feliz por não precisar fazer isso a todo momento, mas mesmo assim não deixei os velhos hábitos para trás. -ele respondeu dando os ombros.

-Bom... -falei levantando-me lentamente da cadeira, passei tanto tempo sentado que meus músculos reclamaram quando os mandei realizar movimentos bruscos repentinos. -você veio até aqui por um motivo, que creio não ser sua paixão pela observação, pode compartilhá-lo comigo agora? -perguntei animada.

-Claro... Vim até aqui apenas para dizer que terei de fazer uma viagem. -ele disse em um tom um pouco descontente.

-Viagem? -perguntei surpresa. -Achei que não saia dessa casa.

-Pois bem, não é uma verdade totalmente equivocada. Uma vez ou outra tenho que fazer algumas viagens que não demoram mais do que dois ou três dias. -ele disse e eu apenas o observei falar. -Tenho que visitar meu pai, ele solicitou minha presença para uma reunião emergencial. -ele disse  eu pude ver o quanto ele temia tal visita.

-Quando você vai partir? -perguntei desanimada.

-Agora mesmo. -ele respondeu com a voz baixa.

-Justo agora? -perguntei sem acreditar.

-Lamento, eu não queria ir, mas...

-Está tudo bem... eu sei que é o seu dever. Então... apenas tome cuidado... e tente não demorar muito. -eu pedi sem coragem de olhar em seus olhos.

-Eu prometo que farei de tudo para voltar o quanto antes. -ele disse e eu apenas assenti.

-É... acho que estou satisfeita com isso... por enquanto. -eu disse desgostosa. Não posso negar que imaginei que eu e ele ficaríamos todos os momentos juntos agora que nossos assuntos foram de certa forma "esclarecidos", mas essa viagem não poderia arruinar as coisas, poderia? É claro que não. Ele voltaria logo e podíamos simplesmente seguir com os planos.

-Volto logo. -ele disse se aproximando um pouco mais de mim. -Enquanto eu estiver fora você pode chamar Silena para fazer-lhe companhia, ou melhor, pode chamá-la para hospedar-se aqui, três dias não poderiam fazer mal à ela, poderiam?

-Vou checar isso com ela. -prometi.

-Bom... então... eu devo ir me preparar e arrumar as malas. -ele disse, fez um reverência e dei meia volta. Poucos segundos se passaram antes que ele voltasse para minha frente.

-Algum problema? -perguntei confusa.

-Sim, na verdade é uma coisa bem simples... -ele disse nervoso e eu percebi que ele estava chegando ainda mais perto de mim.

-E o que seria -perguntei.

-Eu não queria despedir-me de maneira tão fria. -ele disse. -Ainda mais depois de... depois do que houve entre nós. -eu corei logo em seguida.

-E também não. -admiti sem consegui encará-lo. 

-Então... pode me permitir tentar algo, digamos assim, novo? -perguntou ele inseguro.

-Creio que uma tentativa não será de todo mal. -respondi.

-Então, por favor... feche seus olhos. -ele pediu e eu o encarei confusa.

-Desculpe?

-Apenas... apenas feche seus olhos, você confia em mim? -perguntou ele tentando parecer confiante.

-Sim. -respondi, antes mesmo que ele pudesse dizer outra coisa, eu rapidamente fechei meus olhos.

Não ouvi e nem senti mais nada enquanto estive assim, ele pediu para que por nenhum motivo nesse mundo os abrisse mais uma vez, apesar de minha curiosidade intensa, eu mantive minha palavra e permaneci de olhos fechados. A mão dele tocou a minha lentamente e a apertou calorosamente e continuou pedindo para que eu permanecesse da mesma forma. Obedeci, não estava entendendo direito o que estava acontecendo... isso até o momento em que os lábios quentes e doces deles encostaram nos meus.

Era como encontrar o paraíso! Os lábios deles se encaixavam perfeitamente nos dele e parecia que formos feitos uma para o outro. Era um beijo doce, tímido, mas ao mesmo tempo perfeito. Minhas mãos foram para sua nuca, enquanto as deles encostravam um lugar em minha cintura. Nosso beijo ficava a cada segundo mais profundo e intenso. As mãos dele passaram a subir e descer por minhas costas, enquanto nossa bocas se moviam em ritmo um pouco mais rápido que o inicial. A língua dele parecia encaixar-se na minha em uma dança ritmada e perfeitamente sincronizada. Eu nunca havia beijado Luke da mesma forma, não que ele não tenha roubado um beijo ou dois durante o período de namoro e mais alguns durante o tempo que ficamos noivos, mas isso era complemente diferente. Não tinha a mesma intensidade nem a mesma... a mesma paixão. Desejei que aquele momento nunca fosse interrompido.

Porém... o ar se fez necessário, como todos nós, simples humanos mortais (apesar da parte divina que corre em nosso sangue) necessitamos respirar. Nos separamos calmante, ele colocou seu rosto em meu ombro para garantir que eu não pudesse vê-lo, sem nem mesmo saber que eu não ousaria estragar aquele momento.

-Meus olhos estão fechados. -garanti rapidamente.

-Jura? -ele perguntou inseguro.

-Juro... -sussurrei. Ele voltou-se para minha frente, eu podia sentir.

-Eu esperei um longo tempo para que pudesse finalmente beijá-la, ouso dizer que espero ansiosamente por esse momento desde a primeira vez que vi seus olhos... o cinza tempestade nunca apresentou-se tão convidativo e encantador... -ele tocou meu rosto com delicadeza, como se um toque mais bruto pudesse acabar com o momento.

-Ouso dizer que venho sonhado com esse momento também, mas que de fato não esperava que, algum dia de minha vida, pudesse realmente ser beijada por um mascarado. -eu disse com um tom um pouco mais divertido. Ele riu um pouco.

-Também não esperava que algum dia pudesse amar alguém dessa forma, nada se compara ao sentimento que tenho por você agora.

-Posso dizer o mesmo. -eu sussurrei.

-Infelizmente, tenho que ir. -ele disse triste.

-Pelo menos tivemos uma boa despedida. -eu comentei, ainda de olhos fechados.

-A melhor possível. -concordou.

-Vejo você quando voltar?

-É claro. -ele disse. -Espere um momento, preciso colocar minha máscara. -ele disse e assim o fiz. Não poderia desperdiçar o momento, não queria estragar tudo aquilo que estávamos construindo com tanto esforço. -Pode olhar. -abri meus olhos e encontrei mais uma vez a máscara branca.

-Prometa-me que não vai se demorar.

-Estarei aqui antes mesmo que possa sentir minha falta.

-Impossível, eu já estou sentindo-a. -comentei por fim.


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Notas finais do capítulo

Recomendem (please, sejam legais comigo)
Deixem reviews *--*
Digam nosso famoso "Oi" para a autora :) ela adora
Estarei disponibilizando spoilers do capítulo que vem nos reviews.
Beijos =*
até mais *--*