November Rain escrita por Smile


Capítulo 5
Sonhos improváveis, realidade impossível ... Será?


Notas iniciais do capítulo

Desculpem-me pelo atraso aqui, escola não me deixa ter tempo livre D:
Bem, mas aqui está, quando puder eu posto mais :3



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Por que eu sai de lá correndo? Nem eu mesmo sabia. Eu só precisava sair dali, sentia isso, e foi isso que fiz. Eu queria ficar perto dele, algo me atraía, mas eu não podia, eu recebi uma ameaça, pelo menos foi o que pareceu pra mim, quem era aquele cara? Namorado dele? Talvez. Ele parecia ser bem próximo do Takano, mas de que isso me importava? Eu nunca poderia gostar de um homem, e não gostaria.
Cheguei ao meu apartamento totalmente encharcado, dos pés à cabeça, retirei minhas roupas e as joguei por qualquer canto do banheiro, logo depois liguei o chuveiro com água quente e me coloquei embaixo do jato de água. Era relaxante, sem dúvidas. Mas ainda não conseguia tirá-lo da cabeça, não poderia estar gostando dele, poderia? Tirei essa idéia da minha cabeça rapidamente e me concentrei no banho, já estava ficando de noite, então quando sai, fui esquentar qualquer coisa para ser meu jantar de hoje. Comi rapidamente e então fui deitar, estava esgotado, bloqueei qualquer tipo de pensamento para poder dormir calmamente.
Acordei no outro dia bem mais cedo do que devia, mas mais disposto e menos cansado de ontem. Ontem... Bem, devo tirar isso da cabeça. Arrumei-me rapidamente e fui para a escola.
Cheguei um pouco mais cedo que o esperado, mas tudo estava aberto, estava com sorte, entrei na sala e sentei na minha carteira e fiquei olhando pela janela. Vários alunos ainda chegavam, eu os observava andando até o portão, outros optavam por ficar lá fora mais um pouco, quando percebi que meus olhos seguiam uma certa pessoa. Takano. Ele andava com Yokozawa até o portão, eu suspirei, porque meus olhos se prendiam nele?

– Até mais Yokozawa.

– Até.

Os dois estavam no corredor. Ouvi passos vindo nessa direção... Takano?
Confirmei meu pensamento quando o vi entrando pela porta.

– Olá, Onodera – Disse ele entrando e se sentando no seu lugar.

– Oi – Digo tentando me manter calmo. Pensando melhor, porque estava nervoso?

– Porque chegou cedo? – Ele se virou de lado.

– Acabei chegando sem querer mais cedo, quando acordei não tinha mais sono – Disse olhando para a janela, fazendo de tudo para não olhar para seu rosto me observando – E você, porque está aqui mais cedo?

– Chego esse horário todo dia, é chato ficar em casa.

– Por quê?

– Bem, não é nada demais, só não tem nada pra fazer.

– Entendo...

Ficamos em silêncio por alguns minutos, mas logo ele se cessou, pois o resto dos alunos começaram a chegar.
O dia passou bem rápido, o que foi bom. Estávamos na penúltima aula, quando me senti mal, tudo estava girando e eu não conseguia enxergar direito, quando a única coisa que vi foi à escuridão.

*

Quando abri os olhos, estava em um quarto, grande e branco, me sentei na cama onde eu estava, procurando por alguém, mas ninguém estava lá. Quando ouvi o barulho da porta.
Uma silhueta reconhecível parou em minha frente, já conseguia ver mais nitidamente, era o Takano.

– Takano-san? Onde eu estou?

Nenhuma palavra.

– Takano, pode me responder, por favor?

Mas ele não falava nada. Ele então se aproximou e me deitou na cama. Perguntava-me o que ele estava fazendo.

– Takano...? – Não pude dizer mais nada, ele me impediu de falar mais uma única palavra, me impediu com sua boca, um beijo. Um beijo calmo, mas ao mesmo tempo voraz. Eu queria impedir, mas não conseguia, eu acabei cedendo, ele beijava muito bem... Espera, ele é um homem! Porque estou gostando de um homem me beijando?
O empurrei de cima de mim, indo para o canto da cama, ofegando.

– Takano, porque fez isso?!

– Eu te amo, Onodera.

– O que? – Eu estava assustado, havia entendido direito? – Repita, por favor – Eu queria que ele repetisse mesmo?

– Eu...

*

Acordei em cima de uma cama novamente, dessa vez em um ambiente mais colorido, agradável, me levantei lentamente meio tonto ainda procurando por alguém.

–Onodera, deveria continuar deitado – A voz havia vindo da cama ao lado e era familiar.

– Takano? – Eu olhei assustado, no momento me lembrei do sonho, me enrubesci – O que faz aqui? – Digo de cabeça baixa.

– As aulas já acabaram e eu me ofereci pra cuidar de você até você se recuperar, já que não tem mais ninguém pra fazer isso – Disse ele se levantando. O que queria dizer com isso?

– Recuperar? Não estou doente, só uma pouco tonto – Digo me sentando na cama, não conseguia ficar em pé por muito tempo.

– A enfermeira disse que é desnutrição, você não está comendo adequadamente e isso causa a tontura que está sentindo, ela pediu para cuidar de você, dar-lhe comida adequada e não só energético e comida da loja de conveniência, porque aposto que sua dieta é essa.

– É... Não sei cozinhar – Digo sem jeito – Sou, digamos um desastre na cozinha – Dei um pequeno sorriso.

– Deveria me agradecer por estar fazendo isso por você – Disse ele me olhando.

– É... Obrigado por isso.

Ele se levantou e pegou sua mochila.

– Ande, pegue a sua também, está do seu lado, vamos pra minha casa.

– Pra sua casa, como assim?

– Não posso ficar indo na casa do Sr. Só como comida da loja de conveniência toda hora, não é? - Disse ele em tom de sarcasmo.

– Não quero atrapalhar...

– Se não quiser ir simplesmente não vai, não me responsabilizo se você desmaiar em sua casa sozinho – Disse ele saindo do quarto.

– Tudo bem, eu vou com você – Eu disse correndo atrás dele.

– Ótimo, vai me poupar trabalho.

Fomos para sua casa, não era muito longe dali, e na verdade era um apartamento. Quando entramos, me pus a observar o ambiente para me adequar a ele.
Era claro por dentro e grande, grande demais pra uma pessoa só.

– Mora com alguém, Takano-san?

– Não – Disse ele entrando e colocando sua bolsa no sofá, fiz o mesmo – Sei que é grande demais pra uma pessoa só, mas não arranjo alguém pra dividir.

– Entendo... – Disse me sentando e retirando os livros da bolsa.

– Quer algo pra beber?

– Quero sim, obrigado.

– Café ou chá?

– Café – Disse pegando minhas coisas para fazer a lição de casa. Observei-o preparando o café, nunca havia percebido que ele era tão alto assim, de longe ele parecia menor, sua boca era tão... Bonita que dava vontade de beijá-la... Espera, porque estou pensando isso? Enrubesci com esse pensamento e abaixei a cabeça. Não deveria pensar nessas coisas, esse não é o momento, preciso me concentrar no dever de casa, quando mais rápido terminar, melhor pra mim, terei mais tempo livre.

– Aqui está o café – Ele estendeu a caneca com o líquido dentro para mim. Eu levantei a cabeça, seu rosto estava muito perto, tão perto que a vontade de beijá-lo aumentava cada vez mais, mas não podia fazer isso... Ou não queria? O que me impedia?

– Obrigado, Takano-san – Peguei a caneca e tomei um gole, logo depois voltei ao meu dever. Ele ligou a TV e se deitou no outro sofá, mas logo adormeceu ali mesmo.

Não conseguia me concentrar direito nos exercícios, mas não pelo fato da TV estar ligada, mas por ele estar ali, do meu lado, dormindo feito um anjinho, exatamente por isso não me concentrava, tinha vontade de aninhá-lo ao meu colo, beijá-lo, abraçá-lo, mas não conseguia nem me mover, quem diria fazer isso. Decidi desistir do dever e ver TV, o que não deu muito certo, pois acabei adormecendo também.


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