Argonautas I escrita por Argonautas


Capítulo 2
Ricardo Monteiro




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MAIS UM DIA COMO SEMIDEUS, tava tudo calmo até um monstro me atacar, era um ciclope, possuía cerca de 2 metros e meio, coloração cinza e com apenas um olho castanho no rosto. Meu nome é Ricardo Monteiro.
Meu sátiro corria ao meu lado, seu nome é Thomas Greentree, ele tocava a sua flauta feita de carvalho para tentar impedir o monstro enquanto fugíamos. Eu tentava acerta-lo com as minhas flechas, mas ele sempre as desviava.
Sempre que me escondia para tentar acertá-lo sem que ele percebe-se, ele me encontrava e sorria dizendo:
– Isso é inútil semideus, eu posso sentir seu cheiro a quilômetros, não tem como se esconder de mim.
Finalmente Thomas conseguiu pará-lo com as raízes de uma árvore, quando ele se dobrou para se desamarrar, acertei uma flechada bem na cabeça e ele se dissolveu ate desaparecer.
Minhas flechas são feitas de bronze celestial, um dos materiais usados para matar os monstros, meu arco é feito de vibranium, que é o mesmo material de qual foi feito o escudo do Capitão América, ele absorve as vibrações e as repele, ou seja, praticamente indestrutível, tinha uma pequena mira à laser que ajudava na precisão, seu fio era feito de prata e se transforma em cordão e seu pingente é a aljava para disfarçar, sempre que queria usar, bastava arranca-lo do meu pescoço.

Passado o ataque do ciclope, Thomas e eu estávamos voltando para o Acampamento Meio-Sangue, lugar mais seguro que existe para os semideuses, lá treinamos todos os dias com atividades extremamente perigosas, para nos preparar para o mundo mortal.
Eu tinha descoberto que era um semideus a cerca de seis meses, estava no meio de uma partida de futebol quando o arbitro transformou-se em uma mantícore, ele é uma criatura mitológica, semelhante às quimeras, com cabeça de homem - por vezes com chifres, três afiadas fileiras de dentes de ferro e com voz trovejante - e corpo de leão (geralmente, com pêlo ruivo) e cauda de escorpião ou de dragão com a qual pode disparar espinhos venenosos e me atacou.
Thomas que é o meu melhor amigo, saiu correndo de arquibancada e começou a tirar a sua calça, quando tirou mostrou uma parte inferior toda peluda e ao invés de pés, ele possuía cascos. Ele entrou no campo e deu um chute no manticore e arremessou um dispositivo pequeno de couro e gritou:
– APERTA O BOTÃO VERMELHO, RÁPIDO!!!!
Quando apertei, ele transformou-se em um arco feito de madeira, talvez de pinheiro, seu fio de cobre e uma aljava com dezenas de flechas, eu adorei a arma, porque sempre era o melhor da classe no arco e flecha. Thomas estava levando a pior na luta contra o arbitro, me armei rapidamente com o arco, pus a flecha no fio e atirei, ela acertou exatamente entre os dois olhos da fera, fazendo-o desaparecer.
Olhei para todos pensando que eles tinham visto toda aquela cena e me achassem um tremendo estranho, mas pelo contrario, ele continuaram a jogar como se nada tivesse acontecido. Thomas me disse que é por causa da névoa, uma magia que distorce a realidade pros mortais.
Thomas disse que tínhamos de ir embora, saímos correndo do campo. Perguntei a Thomas o porquê de ele possuir pernas de bode, ele me contou um pouco da minha história da qual eu não conhecia, me disse que ele era um sátiro, o meu protetor, foi enviado para me levar ao acampamento e que eu era filho de um deus olimpiano.
Eu tinha 13 anos, em poucas semanas eu iria completar 14, sou órfão de pai, tenho cabelos pretos, olhos verdes como a grama e um tom de pele bronzeada. Thomas disse que eu tinha de fazer minhas malas e viajar rapidamente com ele.
Chegando em casa contei a minha mãe o que tinha acontecido no jogo e ela disse que temia que esse dia chegasse, tava tudo muito confuso, mas fazia um pouco de sentido por que minha mãe não falava do meu pai, apenas dizia que ele era um belo homem que teve de ir embora, contra a sua vontade, quando eu tinha 8 meses. Minha mãe se chamava Richelyne Monteiro, possui 31 anos, é linda, olhos verdes de um tom mais claro que o meu e possuía cabelos pretos, mas agora são loiros.
Parti em viagem com o Thomas e 3 dias depois chegamos ao acampamento, Quíron foi o primeiro a me receber.
– Jovem semideus, qual o seu nome?
– Ricardo- eu o respondi
–você ainda não foi reclamado pelo seu pai certo?! Não se preocupe, talvez isso aconteça essa noite na fogueira.
Fiquei conversando com Thomas por horas, ate que ele disse que já estava na hora da fogueira, chegando lá, me sentei na mesa com Quíron e Thomas, e Quíron começou a contar sobre a minha chegada. Enquanto ele contava um Audi R8 amarelo vindo do céu estacionou a poucos metros de onde estávamos, dele desceu um homem com uns 25 anos, com um rosto muito belo e possuía porte atlético bem definido.
Por algum motivo me senti tentado a ir conversar com aquele homem, parecia que eu já o conhecia.

–Senhor Apolo, é uma honra a sua presença aqui, o que o trás ao nosso acampamento?. –disse Quíron.
– affz o que fazes aqui irmão exibido?- disse Dionísio, o deus do vinho e chefe do acampamento, estava por um castigo dado por Zeus.
– Vim resolver umas coisas e falar com um certo garoto. – respondeu Apolo.
Ele veio na minha direção, todos olharam assustados.
–Garoto, meu nome é Apolo e eu sou seu pai, desculpa por esses anos não poder estar com você, mas eu sempre o tentei ajudar das formas na qual eu podia, Zeus proibiu os deuses de manter contato com os seus filhos. Como está sua mãe?
–bem. – foi a única coisa que consegui falar naquele instante, queria perguntar várias coisas, mas não conseguia.
– Vi a sua atuação contra o manticore, você foi incrível filho, tome de presente esse arco, é o meu preferido. – disse Apolo.
Quando ele me deu o arco transformou-se em um colar com pingente no formato de Sol, depois de conversar um pouco com Dionísio, ele foi embora.
Aquela foi a única vez que vi meu pai, agora tenho 14 anos e desenvolvi varias habilidades medicinais, na utilização do arco e também possuo uma adaga de 65 centímetros que utilizo no combate a curta distancia.


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