Estrela Negra escrita por Sophia Santos


Capítulo 14
Capitulo 13 – Complicações...


Notas iniciais do capítulo

Boa tare amores... Ninguem comentou nada :( fiquei triste! mas trouxe esse capitulo cheio de romance e mistérios... e espero que gostem e comentem :) eu fiiz ele com bastante carinho :)



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Lucinda acordou com uma enorme dor de cabeça. Ela não se lembra de como deitou na cama, na verdade, o dia anterior foi como um borrão para ela. Levantou da cama e parecia que suas costas iam quebrar. Um terrível mal estar dobrou sobre a garota.

Desejou intensamente que alguém estivesse lá para ajuda-lá. Luce não iria agüentar sair do quarto neste estado. Uma vontade de chorar inundou sobre ela. “O que esta acontecendo comigo?” pensou. Seus olhos arderam intensamente e sentiu algo levemente quente descendo sobre sua bochecha. Estava chorando. O porquê disse, não entendeu. A única coisa que Lucinda conseguiu fazer foi correr para o banheiro e vomitar.

Ela sentou no chão. Não tinha forças para sair de lá. Toda sua energia foi gasta vomitando. Luce escutou batidas na porta, mas não conseguiu responder ou levantar para atender. Esse foi a ultima coisa que se lembrou antes de desmaiar.

-Luce! –Molly gritava sem parar. –Alguma coisa esta errada... –Sussurrou e deu um chute forte na porta. Nada aconteceu. Deu outro e conseguiu abrir.

Deparou-se com coisas jogadas no chão e um lençol amassado.

-Luce? –Perguntou e ninguém respondeu. “Ela deve estar com Daniel... ou com Cam. Ah Lucinda, você nunca se decide!” Molly pensou e deixou o quarto.

Pelo corredor estreito, Molly reconheceu um cabelo dourado no fundo do corredor.

-Molly, sabe onde a Luce esta? –Daniel pergunta gritando, e se aproxima rapidamente da garota.

-Achei que ela estivesse com você... Será que o Cam sabe onde a Lucinda se meteu? –Quando Molly insinuou que Luce, a amada de Daniel, estivesse com o Cam, ele sentiu o corpo queimar e sua raiva subir. Daniel tinha varias virtudes, mas algo incontrolável nele era aquele tal de ciúmes.

-Não, vou procurar... Com certeza ela deve estar no refeitório ou no quarto. Já procurou lá?

-Foi a primeira coisa que eu fiz né inteligente. –Molly virou os olhos e debochou.

-Procurou no quarto inteiro dela? –Daniel quis ter certeza.

-Você acha que ela se escondeu aonde? Debaixo da cama?! O quarto dela é tão pequeno quanto o meu!

-Ela poderia estar no banheiro...

-Daniel, larga de ser paranóico! Admite logo que ela deve estar com o Cam. Admite! –Molly gritou e virou as costas. Daniel seguiu e foi procurar Roland. O Cam ia ser a ultima pessoa que ele iria achar.

Foi até o jardim, e nenhum sinal de Roland, nem de Luce. Apenas de um homem perfeitamente reconhecível... Um homem pelo qual ele preferiria nunca mais ver.

Cam.

Já que ele estava logo ali, Daniel foi ver logo se Cam sabia onde a amada estava e deixou de ser teimoso.

-Cam! Sabe onde a Luce esta? –Daniel soou desesperado.

-Pela primeira vez não. –Cam sorriu, mas vendo a expressão de Daniel, o sorriso desapareceu. –Aconteceu alguma coisa?

-Não, mas talvez possa acontecer. Ela sumiu. Já procuramos e nenhum sinal dela.

-O quarto dela esta limpo? –Cam perguntou.

-Como assim? Você acha que a Luce limpa o quarto dela? Claro que não né... –Cam quase deu um murro em Daniel depois disso.

-Como Luce conseguiu achar alguma coisa interessante em você? Idiota! Vocês a procuraram no quarto?

-Molly procurou.

-Molly! A Molly é mais preguiçosa que você para procurar as coisas! Como vocês são inúteis... –Cam correu em direção ao quarto da Luce, atropelando tudo que tinha pela frente, correndo pelos corredores e não se importou em ver se Daniel o seguia.

 Chegou ao quarto de Lucinda e só viu bagunça. Mas algo o chamou atenção. Um sussurro. Uma voz fraca sibilando:

-Ajude-me... Por favor...

Cam correu e abriu a porta do banheiro. Luce estava jogada no chão, sem forças para levantar.

-Daniel? –Luce falou sem abrir os olhos. A luz a incomodava muito.

-Cam. Não fale nada Luce. Poupe suas forças. –Cam a pegou no colo delicadamente e acariciou os cabelos dela. A deitou na cama e cobriu.

-Não me machuque Daniel! Vá embora, eu estu bem! Sai daqui... –Ela delirava. Cam viu se tinha alguém no corredor e viu Molly andando em direção contraria, provavelmente para o quarto dela.

-Molly! Aqui! Ajude-me! –Ela o viu e saiu correndo. Os cabelos dela balançaram e cobriram seu rosto. Ela os arrumou e parou na frente dele. Cam notou nesta hora que Daniel provavelmente não acreditou nele e deveria estar procurando Luce em outro lugar. –Ela não esta bem, nada bem! Traga comida e água, e alguém que saiba o que esta acontecendo com ela. –Molly assentiu e correu.

Cam pegou uma toalha e molhou-a. Tirou o excesso de água e molhou a testa dela.

-Daniel? –Luce perguntou novamente.

-É o Cam.

-Daniel, eu estou com fome. –Luce ignorou o que ele falou e tentou levantar. Ela gemeu de dor e desistiu.

-Molly já vai trazer comida para você. –Cam desistiu de falar que era ele ali.

-Mas eu quero agora Daniel! Você não faz nada que eu quero. –Ela resmungou e fez uma birra. Cam nunca desejou tanto que Molly chegasse tão rápido quanto agora.

-O Daniel vai embora e agora o Cam que esta aqui.

-Daniel, por que você esta ficando rosa? –Os delírios dela não paravam e nada de Molly chegar.

-Eu virei gay e gosto dessa cor. –Com se aproveitou e segurou o riso.

-Cam? Por que você virou gay? Que desperdício, você é um tremendo gato! –Luce disse e começou a chorar, sem nenhum motivo.

-Ei, relaxa. Eu não sou gay. Daniel é. –Luce começou a tremer. Cam ficou desesperado, e por incrível que pareça, queria que Daniel estivesse aqui.

-Faz parar! –Ela implorou. –Por favor! Quem quer que seja você, faz parar! Por que esta fazendo isso comigo? –Luce estava tremendo e chorando. De repente ela parou e desmaiou. Cam ficou desesperado. E alguém chegou nesse momento.

-O que esta acontecendo? –Daniel chega e vê Luce desmaiada e Cam do lado. –O que você fez com ela?

-O que EU fiz com ela? –Cam se estressou e deu ênfase na palavra “eu”. –Cheguei e ela já estava assim.

-Eu fico aqui! Vá procurar ajuda! –Daniel exigiu e Cam ficou incrédulo.

-Daniel, larga de ser esse idiota mesquinho que você é. Fiquei ate agora cuidando dela, você não pode chegar e começar a dar ordens. Procura ajuda você e esqueça-se do seu ciúme. Ou fica aqui e ela não será acudida por ninguém. –Cam quase gritou e olhou de uma maneira ameaçadora. Daniel saiu sem dar uma única palavra.

Cam fez carinho no rosto de Luce e isso foi como um choque para ela. Ela tremeu e começou a ter um ataque parecido com uma crise de epilepsia. Molly chegou e ficou assustada.

-O que esta acontecendo? Eu trouxe a comida, mas...

-Ela esta tendo crises e delírios. Ai eu toquei nela e isso aconteceu.

Molly olhou para Cam assustada e disse:

-Afaste-se dela. –Molly pegou um biscoito de água e sal e encostou aos lábios de Luce. O ataque acabou e Lucinda comeu o biscoito. Molly segurou a mão de Luce e os ataques voltaram, mas dessa vez com mais delírios.

-Não se encoste a mim... Pare de me machucar... Por favor... –Luce estava implorando.

-Calma. Eu só quero ajudar! –Molly disse o mais doce possível.

-Quer me ajudar? Então tira isso de dentro de mim? –Lucinda apertou a barriga. Molly olhou para Cam e os dois não entenderam.

-Tirar o que de você Luce? –Cam se desesperou.

-Essa coisa... Esta me matando! –Gritou.

-Não tem nada dentro de você Luce, você só esta delirando...

-Tem algo dentro dela. –Cam disse.

-Como assim? –Molly levantou uma sobrancelha.

-Nosso filho. Lucinda esta grávida.

-Por favor... Ajude-me! –Luce sussurrou.

-Isso significa que... O filho de vocês esta matando ela por dentro? –Cam deu de ombros. –Como? Isso nunca aconteceu antes! –Cam quase acariciou Luce, mas lembrou o que aconteceu da ultima vez que ele fez isso.

-Luce, você se lembra de mim? –Cam perguntou para ela. Soou uma pergunta idiota, mas ele tinha que faze-lá.

-Sim. –Ela só disse isso.

-Quem eu sou?

-Você é o Cam... O pai do meu filho e o meu melhor amigo. –Ele sorriu ao ouvir “melhor amigo”.

-É o nosso filho                que esta fazendo isso com você? –Cam torceu para que a resposta fosse não. Luce demorou a responder.

-Eu não sei... –Luce começou a chorar. –Eu não quero que isso seja verdade. Quer dizer, eu não sei... Não pode ser. –Molly colocou as coisas que ela trouxe na ponta da cama e saiu para deixar os dois conversarem sozinhos. –Eu quero ter esse filho Cam! Mesmo que isso signifique perder o Daniel. Eu sinto que isso fosse a coisa certa a fazer. A coisa que meu coração manda.

-Eu também quero esse filho Luce.

-Por quê? –Ela pergunta.

-Como assim por quê? Ele é o meu filho e... –Luce o interrompeu e disse:

-Você é um demônio. Achei que vocês não se importassem com isso. Daniel me falou que você escolheu isso.

-Você também escolheu isso Luce. Há muito tempo atrás. Talvez cada um tenha o seu próprio motivo para isso. –Cam encolheu os ombros.

-Por que escolheu ir para as trevas Cam? Ficar do Lado de Lúcifer?

-Daniel deve ter te falado que você foi para o lado de Lúcifer há muito tempo atrás. Mas ele não deve ter te contado que, antes disso os dois eram apaixonados. E quando você foi para o lado contrario dele, ele te perdeu. Por séculos e mais séculos ele tentou fazer com que você voltasse para o lado da luz. O lado de Deus. –Cam fez uma pausa e continuou. –E em segredo, eu sempre te amei. E quando Daniel perdeu você, eu achei que a única maneira de te ter era indo para o mesmo lado. O lado da escuridão. O lado de Lúcifer. –Luce arregalou os olhos. –Criando esse filho, será como cuidar de uma parte de você. A parte que eu consegui. A parte que Daniel não dominou. A única coisa que espero que me ame, assim como eu amo este filho. Antes mesmo dele nascer.

-Eu te amo Cam. –As palavras surpreenderam a Luce e o Cam. Ela ficou assustada, mas continuou. –Sempre quando nós nos vimos, meu coração acelera. É como se você fosse o que meu coração quer. Mas parece que Daniel é o certo. O que minha cabeça fala para eu seguir. Mas eu te amo. Não posso negar isso. Não agüento mais negar isso. –Cam sorriu e se aproximou dela. Os lábios dos dois quase se juntaram, mas Daniel chegou com um livro nas mãos e interrompeu o momento deles.

-Eu descobri o que aconteceu com você! –Daniel veio com um sorriso nos lábios. –Quando uma mortal se engravida de um demônio e não tem sentimentos reais ou não tem consciência que tenha, o sangue dela não aceita o sangue demoníaco, ou seja, o sangue da criança. E a única maneira de...

-Acabou Daniel. –Lucinda falou. –A dor sumiu.


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Notas finais do capítulo

vejo voces nos comentarios! Ate o proximo capitulo...



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