Depois do Fim escrita por Agatha Lovato


Capítulo 9
Capítulo 9 - How can the day be so long?


Notas iniciais do capítulo

Oi, leitores de DDF. Trago hoje a Parte 2 da "Festa" ou quase isso. Enfim, vocês sabem que eu adoro vocês, né? Então, por que me deixam tão preocupada com a minúscula quantidade de comentários? Vejo o número de leitores aumentando, mas nem 15 ~menos da metade~ comentam. É meio desmotivante fazer algo e não haver retorno. Então, por favor... Comentem, digam o que estão achando e sei lá, nem que seja pra dizer "Oi", em um comentário, eu não me importo, sabendo que você leu já é o suficiente. Se quiserem conversar comigo também fiquem à vontade. E bem, obrigada aos que estão comentando e pensam em recomendar, de verdade. Não deixem de ler as notas finais. IGNOREM QUALQUER ERRO.



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Suspirei pesado e sorri de lado – Não sei.

Passamos um tempo ali só debruçados. Freddie, então, pediu uma dose de vodka.

– Onde está a Candice? – Perguntei.

– Banheiro.

– Ah.

– E o Brad?

– Banheiro.

Ele colocou as mãos na têmpora, parecia massagear e fechou os olhos.

– Você tá bem?

– Tô... – Ele pegou a dose e praticamente jogou goela abaixo.

– Não, não... Você não tá bem. – Acenei para o barman e ele veio – O que ele bebeu?

– Essa é a quarta dose.

Eu sabia, sabia! Você não é acostumado a beber, Freddie Benson!

– Vem comigo. – Eu disse descendo do banco e ele fez o mesmo.

Saímos do salão e fomos para o jardim, ainda assim, era abafado. Estava lotado e fazendo muito calor.

Nos afastamos para o lugar onde tinha a piscina, e uns arbustos.

– Tá muito abafado lá dentro. – Eu disse e ele assentiu. – Tira a camisa.

– Calma, Sam – Ele disse rindo.

– Deixa de ser idiota. – Dei um peteleco na sua testa, depois sorri.

Escutamos uns beijos. Tinha um casal se amassando por perto, mas decidi ignorar.

Não se fazem mais motéis? E casa, essas criaturas não tem?

– Eu te amo. – Escutei a garota dizendo entre gemidos.

– Eu não p... - O garoto foi interrompido por beijos, ou sei lá, hormônios.

O Freddie mexeu o cabelo e colocou a outra mão no bolso. Parecia meio tonto, mas tonto ele sempre foi.

– Eu vou lá zoar eles.

– Sam, tá louca? – Freddie me puxou.

– O que tem? – Perguntei.

Na mesma hora que o Freddie ia falar alguma coisa, os arbustos se mexeram.

Prestei bem atenção e o casal saiu de lá.

– Sam? – Meus olhos se encontraram com os dele e eu congelei.

Voltei o olhar para garota que estava com o cabelo totalmente desgrenhado.

– Brad? – Eu pronunciei baixo e continuei os encarando.

O que estava acontecendo? De novo?

– Sam, não é o que você tá pensando...

“Não é o que você tá pensando”? Bufei.

Não perceberam que começar dizendo isso nunca vai resolver as coisas?

Mesmo assim continuei parada esperando uma explicação.

Eu sabia que eles tinham namorado mas achei que se odiavam.

Que sentido faz duas pessoas se odiarem e se beijarem minutos depois?

Senti um vulto passar por mim.

O Freddie praticamente voou em cima do Brad.

Socou seu rosto, seu nariz e chutou seu estômago, perna, e eu não conseguia mais acompanhar o que ele estava chutando ou onde estava sendo chutado.

Eles estavam aos tapas e murros no chão.

Era muita informação para pôr em ordem, mas mesmo assim, comecei a tentar separá-los. Candice só gritava e dizia que ia chamar a polícia.

Em segundos já havia se formado uma platéia.

– Parem, por favor! – Candice gritava.

As pessoas comentavam e alguns garotos vieram tentar apartar.

– Chamem a polícia! – Alguém disse.

– Freddie, para! – Eu gritei – Vão chamar a polícia!

Meu desespero era grande, lágrimas começaram a brotar e escorrer em sequência.

Eu nem sei porque eu tava chorando. Talvez porque tudo estava dando errado, talvez porque eu não conseguia fazer nada para que eles parassem.

– Se não pararem eu começo a bater na Candice! – Gritei.

Freddie na mesma hora empurrou Brad. Brad, então, se desequilibrou e caiu na piscina.

– Você tá louco? – Gritei – Que raiva! Você é idiota?

Abracei o Freddie. Consegui senti seu coração acelerado e acho que o meu batia no mesmo ritmo.

Finalmente me afastei e olhei seu estado. Tinha sangue em todo o corpo, com certeza teria hematomas e precisava levá-lo a um hospital urgente.

Checar se não quebrou nada ou sei lá.

– Você é idiota? – Continuei a perguntar, entre as lágrimas.

Ele, por sua vez, sorriu de lado com esforço.

– Acho que sim. – Sussurrou.

– Você tá bêbado, eu devia ter te levado direto para casa... – Disse sentindo seu hálito de álcool.

– A culpa não é sua.

Seus olhos marejaram. Ele devia estar com o corpo muito dolorido.

– Cala a boca! Você não pode ficar se esforçando! – Reclamei – Vou ligar pro Rick, ele trabalha aqui nessa rua, você não pode esperar os paramédicos, provavelmente chamaram a polícia.

– Liga logo pro cara! – Freddie sussurrou meio desesperado.

***

Voltei para o local da briga e estavam cuidando do Brad e ainda tinha um tumulto infinito perto da piscina.

– Ele vai ficar bem?

– Ele tá muito machucado, mas acho que sim. – Falou Candice um pouco mais calma. Depois olhou fixamente nos meus olhos e disse: – Isso é tudo culpa sua!

Não falei nada, só deixei a festa e a bagunça e entrei no carro.

Freddie deitou sua cabeça sobre meu ombro e dormiu. Não protestei, ele estava no seu direito.

***

Becca e o Rick ajudaram a levar o Freddie até a minha cama. Ele ficaria lá até descansar um pouco, talvez dormisse na minha casa. Sua mãe não gostaria de saber que seu filho se meteu numa briga em uma festa, muito menos os motivos dela. Se a Mrs. Benson souber que, em parte, a culpa foi da Sam Puckett, vai ser ótimo. Aquela mulher já me odiava o suficiente.

– Vai ficar tudo bem? – Becca me perguntou, preocupada.

– Vai... Eu acho. – Disse e dei um sorriso calmo.

Ela me deu um abraço rápido e saiu. Ela teria que buscar seu filho na casa da avó, provavelmente.

Nem fiz questão de saber onde tinha se metido a Pam, não adiantava.

Enfim o Rick levou a Rebecca e sobramos nós, eu e o Freddie. Teríamos que conversar sobre acontecido.

Peguei uns comprimidos para dores no corpo, um exclusivamente para dores de cabeça, e também uma pomada para passar nos ferimentos, uns curativos e coisas desse afim.

Bati na porta do quarto e escutei um “Entra”.

Ele logo endireitou-se na cama, sentando.

Sentei ao seu lado e esperei que dissesse alguma coisa. Ele só suspirou e pareceu não saber bem o que dizer, mas:

– Me desculpa. – Ele sussurrou olhando para os próprios pés.

– Na verdade – Disse tentando não julgá-lo, ele ainda estava sob efeito do álcool -, eu queria agradecer... Valeu. – Sorri de lado e ele assentiu ainda sério – Mas eu ainda queria saber o porquê. Não era assunto seu.

– O Brad feriu a minha amiga, minha Sam. – Ele disse em tom óbvio.

– Ele não me feriu, isso é bobagem. Mas ele foi um idiota, um babaca, ele me usou, isso foi repugnante, escroto e... – Revirei os olhos.

Ele disse “minha”?

– É que... – Freddie fez uma cara de indignação e voltou a falar – Você está tão linda, Sam. Me deixa louco saber que ele não soube aproveitar.

– Isso é meio irônico, cara. – Falei achando graça, e depois bufei.

“Você também não soube aproveitar... Você.”

A vontade de dizer era enorme, mas me controlei. Eu me controlei.

“Ele tá ferido, Sam, ele tá ferido” tentava convencer a mim mesma que não era hora de tocar no assunto do beijo dele e da Carly.

– Irônico?

– Deixa pra lá... Mas por quê tanta indignação? Acho que nunca namoramos de verdade, é uma pena, eu achava que ele fosse legal e diferente.

Isso realmente não foi no sentido amoroso, mas desde que a Carly foi embora, tenho ficado meio que sem ninguém pra conversar e ele foi a primeira pessoa a me procurar e a me chamar pra sair.

Mesmo que tenha sido tudo mentira, o Brad realmente me deve explicações... Sei que o Freddie quis ajudar e tudo mais, mas quem cuida dos meus assuntos sou eu, e ninguém brinca com Samantha Puckett e fica por isso mesmo.

– O Brad me irrita profundamente e me deixa com um pouco de ciúmes.

– Ciúmes?! – Tentei retirar dele informações que ele não diria caso estivesse totalmente sóbrio.

– É... Não é qualquer garoto que mexe com a Sam Puckett e a deixa mal.

– “Não é qualquer garoto”. – Repeti com sarcasmo.

– O quê?

– Nada, Freddie. Você é bobo ou se faz?!

– Por que? O que, Sam?

– Toma logo esse comprimido! – Eu disse enfiando na boca do garoto. Ele me olhou com indignação como se pensasse “Tá louca, Puckett?”, consequentemente fazendo-me revirar os olhos. O entreguei um copo d’água e o mesmo engoliu em alguns segundos.

Ainda estávamos com as mesmas roupas. Freddie sem a camisa e com calça totalmente suja e esfolada. Os sapatos sabe se lá onde estavam.

– Fica quieto, vou passar pomada na sua barriga. – Disse, depois de ter passado em uns cortes do braço.

– Sim, senhora. – Ele fez uma cara feliz. Sim, de malícia.

Freddie Benson, olhe bem para suas condições e pare de fazer essa cara.

– Se você fizer essa cara de novo te faço engolir seus olhos depois de arrancá-los.

– É assim que se trata alguém doente? – Ele perguntou.

Olhei para ele fazendo pouco caso.

Freddie sorriu de lado. Ele ficou parado e coloquei o remédio no algodão, depois fui pressionando devagar sobre uns ferimentos no peitoral, ele fazia umas caretas e eu sentia vontade de rir.

– Quando foi que começou a ficar tão forte? – Me referia ao modo de como bateu no Brad, talvez tenha sido impulsivo, ou pela raiva, ou pela bebida.

Ele empinou o nariz de forma divertida e falou:

– Acho que no mesmo tempo que a voz engrossou. Sempre quis ganhar na quebra de braço contra Sam Puckett, precisava fazer alguma coisa.

Dei uma gargalhada sarcástica, realmente era engraçado.

– Ah, claro, como se fosse possível Sam Puckett perder para um nerd, ainda mais um que perdeu várias vezes.

– Acha que não? Quer tentar agora?

– Depois. Agora você vai descansar.

Ele assentiu e balbuciou algo como “Tudo bem, mamãe” e rendeu-se com as duas mãos.

***

Senti fome e preparei algo para jantar, depois fui checar se o Freddie ainda estava acordado.

Bati na porta e entrei com um prato e um copo de suco de limão.

Ele continuava sentado, eu acho que não conseguia dormir.

– Acho que é a primeira vez que venho aqui. – Ele disse claramente olhando ao redor – Quarto legal!

Entreguei o prato e o suco. Ele pegou e começou a comer no mesmo segundo. Com certeza estava faminto.

– Odeio essa casa. – Disse entre os dentes. - Eu não gosto de ficar aqui.

– Por quê?

– Não sei, simplesmente não gosto de ficar aqui.

– Por isso vivia na casa da Carly?

– É, também.

Conversamos por mais um tempo, depois fui tomar banho e trocar de roupa.

Ele faria o mesmo amanhã de manhã, estava muito cansado e acabado – literalmente - para se levantar ou fazer qualquer movimento brusco; dormi num sofá que tinha em frente a minha cama para o caso dele precisar de alguma coisa.

Mas não precisou.

Eu dormi quase que instantaneamente e só acordei de manhã. Foi um sono só.


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Notas finais do capítulo

Então... Oi de novo. Cara, minha tendinite só vem nas piores horas, tipo quando preciso fazer algum trabalho importante, ou atividade, ou quando me dá inspiração pra escrever - o que não vem conta frequência assim -, é triste. Um dia desses uma leitora de DDF veio falar comigo no twitter, eu fiquei muito feliz, muito mesmo... A Luiza (@LuuhMile), uma fofa =3 AHAUAH Se vocês também quiserem me seguir e teclar comigo, vou adorar (@ComeHereDemi). E minha semana de testes é a próxima, então não vou poder postar... Estarei de volta dia 15, provavelmente. Enfim, Gostaram do capítulo? Comentem o que acharam, por favor. Favoritem e recomendem, se acharem necessário. O que vocês acham que a Carly dirá no próximo capítulo? Lembram que elas vão se encontrar, certo? E o que acharam do Brad e da Candice?