Luz, Câmera, Matando! escrita por André Chris


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Neste primeiro capítulo há mais tragédia do que comédia, vocês vão perceber ao decorrer dele o motivo disso. Espero que gostem, e que comentem. E se tiver erros ortográficos me comuniquem, porque eu odeio! Bom, sem mais enrolação, degustem!



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Era noite. Sandrele estava em seu quarto, sentada em sua cama, apenas com um hobby e preparava-se para dormir, passando seus cremes em sua pele macia, como de costumava fazer. Ela era uma linda morena de cabelos compridos. O quarto estava iluminado apenas com a luz da lua vinda de sua janela e a luz vinda de seu banheiro. Sandrele ouviu um barulho, se assustou, parou o que estava fazendo e perguntou:

– Quem está ai?

Sandrele achou que estivesse ouvindo coisas, então mais calma voltou a se embelezar. Mais uma vez, ouviu um barulho, dessa vez, vindo da porta do seu guarda-roupa. Ela se levantou de sua cama e foi em direção ao guarda-roupa. Seu coração começou a bater cada vez mais rápido, sua respiração estava ofegante. Ela tremia de tanto medo, mas mesmo assim, corajosamente ela falou:

– Isso não tem graça, seja quem for pode sair daí.

Ela caminhou lentamente até o guarda-roupa. Dava para sentir o medo em seus olhos. Ela não sabia o que podia encontrar ali. Ela estava muito próxima, e quando chega bem perto, a porta de seu quarto abriu de uma só vez. Um homem alto de cabelos arrepiados apareceu. Ele usava um casaco de capuz cinza. Tirando o capuz, ele falou:

– Falando sozinha, Sandrele?

Sandrele gritou histericamente. Mas ao mesmo tempo se viu aliviada, pois viu seu amigo entrar pela porta ao invés de alguém que pudesse machucá-la.

– Que susto, Jim - disse Sandrele, tentando se acalmar -! O que faz aqui na minha casa tão tarde?

– Você esqueceu seu celular lá no clube, Sandrele. Então liguei para seu telefone, mas só caía na secretária eletrônica. Resolvi vir entregá-lo pessoalmente - disse Jim, tentando se explicar.

– Já ouviu falar em bater na porta antes de entrar na casa de alguém? - disse Sandrele, que estava com um pouco de raiva com o susto que levou.

– Foi mal, achei que você estivesse dormindo, a porta estava aberta, não quis incomodar.

– Mas deveria ter pelo menos batido a porta.

– Me desculpe. Há certos hábitos que são difíceis de a gente perder. É que ainda não me acostumei com a ideia de que somos apenas amigos agora. É estranho! Até semana passada eu entrava aqui como o seu noivo e agora como seu amigo - disse Jim, um pouco confuso com a situação.

– Eu sei. Eu entendo. Mas já está tarde agora, obrigado pelo meu celular, mas vê se não me assusta de novo!

Sandrele abriu um sorriso no rosto, acariciou o rosto de Jim e logo após ele foi embora. Sandrele mais uma vez estava sozinha em seu quarto. Ela voltou a passar seus cremes e quando menos esperou, ela ouviu o barulho mais uma vez. Ela desta vez ela se levantou e pegou um estilete que guardava na gaveta da cômoda, o estilete que usava para abrir suas correspondências. Ela ficou ofegante, estava preparada para atacar qualquer coisa que aparecesse em sua frente. Muito assustada, ela gritou:

– Jim, você ainda está aí?

Ela olhou para todos os lados, mas nada viu. Ela sentiu que poderia estar perto da morte, que aqueles poderiam ser seus últimos momentos de vida. Ela se desesperou e começa a chorar.

– Por favor, se tiver alguém ai, diga o que quer, mas não me machuque - disse Sandrele entre soluços.

Ela foi se afastando até à porta do seu quarto, ela estava indo conferir se Jim tinha fechado a porta antes de sair, estava tremendo, quase desmaiando. Mas quando ela abriu a porta se deparou com um homem, e desta vez não era o Jim, seu ex-namorado. Ele usava uma máscara, tinha uma jaqueta marrom que chegava até o joelho e um lenço vermelho no pescoço. Sandrele gritou, mas nem terminou de gritar e o homem deu-lhe um soco e Sandrele caiu para longe. O estilete do qual ela usaria para se defender parou embaixo da cama. Sandrele tentou se levantar, mas o assassino misterioso a derrubou mais uma vez com um soco no diafragma, o qual a deixou sem ar. O assassino foi até o estilete que ela usaria para se defender e usou o mesmo para enfiar nas costas de Sandrele, que não podia se defender. Ela sangrava, estava sem fôlego. Choramingava, tentava falar, mas apenas conseguia balbuciar algumas palavras. Estava sentindo uma dor insuportável e o pior era que ela nem sabia o porquê que aquilo estava acontecendo. Ela foi se arrastando pelo chão, toda machucada e sangrando... Ainda tinha alguma esperança de fugir daquele homem perverso. Parecia não se render. Ela ia em direção ao celular que Jim havia deixado. O assassino apenas observou. Ela pegou o celular. Ele percebeu o que ela tentaria fazer e se aproximou dela. Ela arregalou os olhos, e só chorava. Ele tomou o celular da mão dela, retirou o estilete de suas costas. Ela pensou que ele tinha desistido de matá-la, mas quando ela menos espera, o assassino enfiou o estilete em seu pescoço num só golpe. Sandrele não teve tempo nem de gritar com a dor. O estilete atravessou imediatamente seu pescoço, perfurou suas artérias, fazendo com que sangue jorrasse para todos os lados. Não demorou muito, e morreu. O frio assassino saiu de seu quarto e a deixou Sandrele sangrando lá mesmo. Morreu de olhos abertos, mas tinha algo estranho, algo estava errado naquele lugar.

Ela estava fungando o nariz, começa a coçá-lo, aparentava estar agonizada. E quando menos espera, Sandrele deu um grande espirro. Uma voz grave que vinha do fundo do seu quarto grita:

– Cooooooooooorta! Está cena está um lixo! Onde já se viu: mortos espirrarem? Vamos começar tudo de novo.

As luzes se acenderam. Apareceu um homem com um megafone na mão e uma cara muito mal-humorada. Ele usava óculos e uma boina xadrez. Tinha um corpo de um homem aparentemente forte, recoberto com uma camisa de manga comprida branca. O nome dele era Horus. Era o diretor Horus. Isso mesmo. Tudo não passava de uma gravação. A mulher que estava até pouco tempo no chão se levantou como se nada tivesse acontecido e falou:

– Ah não diretor Horus! Já repetimos esta cena pela terceira vez... Estamos cansados, temos que ir para casa, já está tarde!

Do nada, surgiu uma mulher. O nome dela era Carla. Ela tinha o cabelo longo e preso, tinha o corpo muito bonito que ficava ainda mais realçado pela blusa decotada e a saia com a qual estava vestida. Era uma mulher muito sensual. Então, Carla apareceu falando:

– Não ouviu o Diretor Horus? Se a cena não está boa você deve voltar e fazer melhor, Sandrele - falou isso com um grande ar de ironia.

– Para começo, me chame pelo nome. Meu nome é Cintia Ferrari! E depois, ninguém pediu opinião de contrarregra aqui.

Horus ao ver a discussão gritou pelo megafone:

– Por hoje é só pessoal.

Carla ficou enfurecida e foi em direção a Horus. Indignada, ela começou a se queixar da decisão de encerrar a gravação do dia naquele momento. Com o mega fone ligado, Horus começou a gritar no rosto de Carla:

– Calada! Quem dá as ordens por aqui sou eu! E EU digo que por hoje é só! Fique no seu lugar de contrarregra e vá pegar um copo d'água com gelo seco para mim - disse isso e deu uma jogada de cabelo, como se tivesse longos cabelos para jogar.

– Mas, diretor Horus, você não pode deixar os atores fazerem o que querem. E eu não sou paga para pegar água para ninguém - disse Carla, assustada com o que Horus falou.

– Você é paga para fazer o que eu lhe pedir. Agora vá!

Carla saiu correndo. Correu como se estivesse fugindo de alguém, mas na verdade, ela não queria que todos a vissem chorando. O que ela tinha de beleza também tinha de orgulho e talvez esse fosse seu maior problema. Horus se voltou a Cintia, e ela estava de boca aberta com a rudez daquele homem, que acabara de presenciar. Ele começou a agir como se nada tivesse acontecido. Até que Cintia perguntou:

– Você bebe água com gelo seco?

– Não. Mas foi a primeira coisa que me deu vontade de pedir - disse isso dando uma risada maléfica. Riu histericamente, até que engasgou com sua própria saliva, que foi quando parou de rir e tossiu sem parar. Estava ficando vermelho, quando Cintia ajudou o seu diretor.

Cinta ainda estava espantada com Horus, e sem entender o motivo de tanta arrogância com Carla. Ele completou depois da crise de tosse:

– Olha, você deve estar achando que fui grosso com ela, mas temos que dar nomes aos bois. Isso deve ser assim, se não cortar o mal pela raiz, depois ela vai querer mudar a marcação, mudar minhas decisões e agir como se fosse diretora. Bom, vou indo, até amanhã. Não se atrase.

Cintia deu um sorriso e se despediu do diretor. Seguiu em direção ao camarim para se arrumar e, finalmente ir embora depois de um longo dia de gravação. Enquanto tirava a maquiagem, a porta se abriu lentamente. Uma mulher entrou no camarim sorrateiramente sem que Cintia veja. Batendo a porta de uma só vez, ela falou:

– Quer uma carona para casa, sua vadia peituda?

Continua...


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Notas finais do capítulo

Mas quem será essa pessoa que já chegou chamando a Cintia de vadia? Enfim, foi mais tragédia do que comédia, como havia falado... Porém, a cada capítulo aparecerão personagens novos, e com eles muita surpresa! Aguardem.



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