Pura Indecisão escrita por Liz


Capítulo 21
Capítulo 21 - Não vou cometer o mesmo erro.


Notas iniciais do capítulo

Esse é o último capítulo, mas eu ainda vou postar o epílogo. Espero que gostem e eu peço desculpas pela demora, mas tive que forçar a mente para ter muita inspiração essa semana.
Boa leitura!



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No capítulo anterior

Nós chegamos em casa e minha mãe estava na cozinha, preparando algo para comer. Eu fui para o meu quarto e deitei em minha cama. Voltei a pensar sobre hoje a tarde. Thales não parecia tão entusiasmado comigo, o que me deixou muito desapontada. Eu pensei em Yuri também. Não desejava nada de ruim para ele, mas gostaria de me afastar depois de tudo o que Thales me contou no hospital. Eu precisava dele, mas será que ele precisava de mim?

Nós chegamos em casa e minha mãe estava na cozinha, preparando algo para comer. Eu fui para o meu quarto e deitei em minha cama. Voltei a pensar sobre hoje a tarde. Thales não parecia tão entusiasmado comigo, o que me deixou muito desapontada. Eu pensei em Yuri também. Não desejava nada de ruim para ele, mas gostaria de me afastar depois de tudo o que Thales me contou no hospital.

Eu precisava dele, mas será que ele precisava de mim?

POV Thales

Eu havia pegado no sono de novo e acordei com o barulho da porta batendo. Alguém saiu do meu quarto. Olhei através do vidro e vi a enfermeira no corredor. Por um momento, pensei que podia ser Eduarda e meu coração se encheu de alegria, mas logo passou. Voltei a dormir. 

POV Eduarda

Acordei com a forte luz do sol invadindo meu quarto. Era sábado e, como de costume de uns dias para cá, frequento a cafeteria da esquina para tentar interagir com pessoas diferentes, como minha psicóloga recomendou. Saí de casa e fui até lá. Sentei em uma dos bancos que ficam perto do balcão.

- Olá, Duda! - A garçonete, que já sabe meu nome, me cumprimentou. - O de sempre?

- Oi! Sim, o de sempre. - Eu sorri.

- Você por aqui? - Olhei para o lado e vi que uma moça, que aparentava ter a idade da minha mãe, sorria para mim.

- Sim... E você é a...

- Mãe do Yuri.

Arregalei os olhos e me apavorei. Ela deve pensar que eu sou culpada de tudo o que aconteceu.

- Meu filho está melhorando. - Ela se sentou ao meu lado. - Um café simples, por favor. - Ela pediu para a mesma garçonete que me atendeu.

- Que ótima notícia. - Eu sorri.

- Ele está muito arrependido do que fez com você. - Eu a olhei, esperando que prosseguisse. - Ele vai continuar naquela escola. Mas gostaria de pedir que não contasse esta história a ninguém porque, dessa forma, ele não conseguiria sobreviver, pois seria vítima de acusações e piadas. Sabe como são os adolescentes, não sabe? - Ela conversava comigo como se eu não fosse uma adolescente.

- Sei sim. Pode contar comigo para o que precisar. - Ela me encarou por alguns segundos e sorriu, levemente. - O que foi?

- Como consegue ser tão boa assim?

- Boa?

- Meu filho te enganou e chantageou seu namorado.

- Ah, não. - Eu ri. - O Thales? - Ela assentiu. - Ele não é meu namorado.

- Mas, pelo que o Yuri contou, ele, aparentemente, sofreu mais do que você. E eu pensei que vocês eram... - Não fez sentido ela ter pensado que estávamos juntos, eu e Thales, mas ignorei esse detalhe.

- Mais do que eu?

- Sim.

- Impossível.

- Acredite.

- Eu... Eu preciso ir. Bom dia. - Sorri e saí dali.

Quando cheguei em casa, percebi que esqueci de pegar e pagar meu pedido "de sempre". Sentei no sofá e pensei: nada mais nos impede de ficarmos juntos. Mas por que ele não me parou para ir embora no hospital? Talvez seja algum mal entendido e eles pensam que Thales está apaixonado por mim só pelo fato de me tratar bem. Nosso relacionamento, se é que existe, talvez, nunca mais será o mesmo. 

Meu celular vibrou, era a Fernanda. Ela havia me mandado uma mensagem:

"Vai fazer algo hoje a tarde? Beijos."

Pensei e olhei para o teto. Talvez ela estava planejando algo para mim e para Thales. Ouvi meus pais falando sobre ir ao aeroporto, então, respondi:
"Meus pais estão falando sobre ir ao aeroporto."

POV Thales

Eu estava indo embora do hospital. O doutor que está cuidando de mim havia me examinado e disse que eu poderia ir. Eu fiquei muito feliz, já que poderia correr atrás de Eduarda. Cheguei em casa e já começamos a preparar o almoço. Depois de uma hora, mais ou menos, começamos a comer. Eu havia acabado de comer.

- Gente, vou visitar Eduarda.

- Não! 

- O que foi, Fernanda?

- Bom... - Ela olhou para os meus pais.

- Ah, - eu fui em direção a porta. - tchau! Fiquem com Deus!

- Vá com Ele, filho. Qualquer coisa liga aqui!

- Tá, mãe!

Destranquei o portão e saí. Tranquei-o e fui para a casa de Eduarda. Cheguei lá em uns vinte minutos e apertei a campainha na portaria.

- Pois não? - O porteiro disse.

- Eu gostaria de falar com a Eduarda.

- Você sabe o número do apartamento?

- Não... - Eu fiz um esforço para tentar lembrar o número. - Lembrei! É o apartamento 54. - Ele interfonou. 

- Ninguém atendeu. - Ele disse, depois de um pequeno tempo.

- Você pode tentar de novo? - Ele fez uma expressão de pouco caso, mas interfonou.

Senti meu celular vibrar. Era Fernanda me ligando. Atendi.

- O que foi? - Eu disse. Estava estressado e sei que fui bem grosso com ela.

- Eduarda não está em casa.

- Não?

- Não, e acho que ela não volta mais.

- E por quê?

- Porque ela vai viajar. - Eu não tive reação. Não sabia o que fazer.

- Nada, novamente. - O porteiro disse.

- Está bem. Obrigado. 

Eu fui andando, sem rumo.

- Era esse o motivo que você não quis que eu viesse aqui, não é? - Sequer a deixei responder. - Onde ela está agora?

- Talvez, no aeroporto. Ou, quem sabe ela já esteja no avião.

Desliguei o telefone e corri para o aeroporto. Procurei por algum funcionário, mas não achei nenhum. Uma placa dizia que uma sala de espera para embarcar ficava a esquerda. Virei a esquerda e corri até lá. Nada de Eduarda. Voltei para o local e me senti perdido. Sem Eduarda, toda aquela dor voltaria e eu me sentiria péssimo novamente

- Thales? - Ouvi uma voz familiar vindo por trás de mim.

Virei para trás e vi Eduarda, com expressão de dúvida e vergonha alheia. Olhei em volta e vi que estavam todos olhando para mim. Não era para menos: eu estava correndo pelo aeroporto feito um louco atrás de Eduarda e ela sequer se importa com isso.

- O que você tá fazendo aqui? - Ela falava baixo.

- Eu vim atrás de você. Não vai, por favor.

- Para onde?

- Você não vai viajar?

- Viajar? Acha que eu estaria tão tranquila assim, se fosse viajar?

- Não vai, então?

- Não.

- Afinal, veio fazer o que no aeroporto?

- Meu tio abriu uma loja de doces ali. - Ela apontou para uma loja colorida e cheia de muitas crianças. Mas tinham mais adultos do que crianças.

- A loja já fez sucesso.

- Eles divulgaram bastante. - Nós sorrimos. - Por que veio aqui?

- Eu já te disse.

- Não... O que te motivou, sendo que fui embora do hospital?

- Você errou e eu te perdoo por isso.

POV Eduarda

- Tá brincando comigo, né?

Achei que ele estava brincando porque não era de se imaginar que uma coisa dessas sairia da boca de Thales.

- Por que estaria brincando?

- Porque você não foi atrás de mim! Se gostava tanto assim, por que me deixou ir?

- Porque você quis. Eu te amo demais para te prender como fiz da outra vez.

- Não sabe como eu adoraria que me prendesse daquele jeito, novamente. - Fui em direção aos meus pais.

- Ei! Onde você vai? - Thales disse.

- Preciso descansar. - Virei para ele e logo voltei a andar na direção em que eu estava. - Eu posso ir para casa, mãe?

- Por que, filha?

- Eu tô com muita dor de cabeça.

- Não aguenta ficar? Quer que eu compre um remédio?

- Eu quero ir para casa.

- Está bem. Não vou poder ir agora. Tome o dinheiro para o táxi e me ligue assim que chegar. Tá bom?

- Tá bom.
Minha mãe beijou a minha testa.

- Vai com Deus, filha.

- Fica com Ele.
Fui até o lado de fora do aeroporto esperar por um táxi.

- Eduarda? - Ouvi uma voz familiar por trás de mim. Essa voz parecia contente.
Antes de virar para trás, já sabia quem era. 

- Thales. - Sorri e me aproximei dele.

- Te deixei ir embora uma vez. - Ele se aproximou de mim. - Não vou cometer esse erro de novo. - Ele sorriu e acariciou meu rosto.
Nossas bocas se encontraram e tudo parecia como meses atrás. 
- Tudo volta a ser como antes? - Eu disse.
- Não. - Ele sorriu. - Tudo vai ficar bem melhor. - Ele me beijou.


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Notas finais do capítulo

Obrigada por ter lido!
Aguarde o epílogo!!!
Fiquem com Deus...
Beeeeeeijos :*



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