Pura Indecisão escrita por Liz
Notas iniciais do capítulo
Esse é o último capítulo, mas eu ainda vou postar o epílogo. Espero que gostem e eu peço desculpas pela demora, mas tive que forçar a mente para ter muita inspiração essa semana.
Boa leitura!
No capítulo anterior
Nós chegamos em casa e minha mãe estava na cozinha, preparando algo para comer. Eu fui para o meu quarto e deitei em minha cama. Voltei a pensar sobre hoje a tarde. Thales não parecia tão entusiasmado comigo, o que me deixou muito desapontada. Eu pensei em Yuri também. Não desejava nada de ruim para ele, mas gostaria de me afastar depois de tudo o que Thales me contou no hospital. Eu precisava dele, mas será que ele precisava de mim?Nós chegamos em casa e minha mãe estava na cozinha, preparando algo para comer. Eu fui para o meu quarto e deitei em minha cama. Voltei a pensar sobre hoje a tarde. Thales não parecia tão entusiasmado comigo, o que me deixou muito desapontada. Eu pensei em Yuri também. Não desejava nada de ruim para ele, mas gostaria de me afastar depois de tudo o que Thales me contou no hospital.
Eu precisava dele, mas será que ele precisava de mim?
POV Thales
Eu havia pegado no sono de novo e acordei com o barulho da porta batendo. Alguém saiu do meu quarto. Olhei através do vidro e vi a enfermeira no corredor. Por um momento, pensei que podia ser Eduarda e meu coração se encheu de alegria, mas logo passou. Voltei a dormir.
POV Eduarda
Acordei com a forte luz do sol invadindo meu quarto. Era sábado e, como de costume de uns dias para cá, frequento a cafeteria da esquina para tentar interagir com pessoas diferentes, como minha psicóloga recomendou. Saí de casa e fui até lá. Sentei em uma dos bancos que ficam perto do balcão.
- Olá, Duda! - A garçonete, que já sabe meu nome, me cumprimentou. - O de sempre?
- Oi! Sim, o de sempre. - Eu sorri.
- Você por aqui? - Olhei para o lado e vi que uma moça, que aparentava ter a idade da minha mãe, sorria para mim.
- Sim... E você é a...
- Mãe do Yuri.
Arregalei os olhos e me apavorei. Ela deve pensar que eu sou culpada de tudo o que aconteceu.
- Meu filho está melhorando. - Ela se sentou ao meu lado. - Um café simples, por favor. - Ela pediu para a mesma garçonete que me atendeu.
- Que ótima notícia. - Eu sorri.
- Ele está muito arrependido do que fez com você. - Eu a olhei, esperando que prosseguisse. - Ele vai continuar naquela escola. Mas gostaria de pedir que não contasse esta história a ninguém porque, dessa forma, ele não conseguiria sobreviver, pois seria vítima de acusações e piadas. Sabe como são os adolescentes, não sabe? - Ela conversava comigo como se eu não fosse uma adolescente.
- Sei sim. Pode contar comigo para o que precisar. - Ela me encarou por alguns segundos e sorriu, levemente. - O que foi?
- Como consegue ser tão boa assim?
- Boa?
- Meu filho te enganou e chantageou seu namorado.
- Ah, não. - Eu ri. - O Thales? - Ela assentiu. - Ele não é meu namorado.
- Mas, pelo que o Yuri contou, ele, aparentemente, sofreu mais do que você. E eu pensei que vocês eram... - Não fez sentido ela ter pensado que estávamos juntos, eu e Thales, mas ignorei esse detalhe.
- Mais do que eu?
- Sim.
- Impossível.
- Acredite.
- Eu... Eu preciso ir. Bom dia. - Sorri e saí dali.
Quando cheguei em casa, percebi que esqueci de pegar e pagar meu pedido "de sempre". Sentei no sofá e pensei: nada mais nos impede de ficarmos juntos. Mas por que ele não me parou para ir embora no hospital? Talvez seja algum mal entendido e eles pensam que Thales está apaixonado por mim só pelo fato de me tratar bem. Nosso relacionamento, se é que existe, talvez, nunca mais será o mesmo.
Meu celular vibrou, era a Fernanda. Ela havia me mandado uma mensagem:
"Vai fazer algo hoje a tarde? Beijos."
Pensei e olhei para o teto. Talvez ela estava planejando algo para mim e para Thales. Ouvi meus pais falando sobre ir ao aeroporto, então, respondi:
"Meus pais estão falando sobre ir ao aeroporto."
POV Thales
Eu estava indo embora do hospital. O doutor que está cuidando de mim havia me examinado e disse que eu poderia ir. Eu fiquei muito feliz, já que poderia correr atrás de Eduarda. Cheguei em casa e já começamos a preparar o almoço. Depois de uma hora, mais ou menos, começamos a comer. Eu havia acabado de comer.
- Gente, vou visitar Eduarda.
- Não!
- O que foi, Fernanda?
- Bom... - Ela olhou para os meus pais.
- Ah, - eu fui em direção a porta. - tchau! Fiquem com Deus!
- Vá com Ele, filho. Qualquer coisa liga aqui!
- Tá, mãe!
Destranquei o portão e saí. Tranquei-o e fui para a casa de Eduarda. Cheguei lá em uns vinte minutos e apertei a campainha na portaria.
- Pois não? - O porteiro disse.
- Eu gostaria de falar com a Eduarda.
- Você sabe o número do apartamento?
- Não... - Eu fiz um esforço para tentar lembrar o número. - Lembrei! É o apartamento 54. - Ele interfonou.
- Ninguém atendeu. - Ele disse, depois de um pequeno tempo.
- Você pode tentar de novo? - Ele fez uma expressão de pouco caso, mas interfonou.
Senti meu celular vibrar. Era Fernanda me ligando. Atendi.
- O que foi? - Eu disse. Estava estressado e sei que fui bem grosso com ela.
- Eduarda não está em casa.
- Não?
- Não, e acho que ela não volta mais.
- E por quê?
- Porque ela vai viajar. - Eu não tive reação. Não sabia o que fazer.
- Nada, novamente. - O porteiro disse.
- Está bem. Obrigado.
Eu fui andando, sem rumo.
- Era esse o motivo que você não quis que eu viesse aqui, não é? - Sequer a deixei responder. - Onde ela está agora?
- Talvez, no aeroporto. Ou, quem sabe ela já esteja no avião.
Desliguei o telefone e corri para o aeroporto. Procurei por algum funcionário, mas não achei nenhum. Uma placa dizia que uma sala de espera para embarcar ficava a esquerda. Virei a esquerda e corri até lá. Nada de Eduarda. Voltei para o local e me senti perdido. Sem Eduarda, toda aquela dor voltaria e eu me sentiria péssimo novamente
- Thales? - Ouvi uma voz familiar vindo por trás de mim.
Virei para trás e vi Eduarda, com expressão de dúvida e vergonha alheia. Olhei em volta e vi que estavam todos olhando para mim. Não era para menos: eu estava correndo pelo aeroporto feito um louco atrás de Eduarda e ela sequer se importa com isso.
- O que você tá fazendo aqui? - Ela falava baixo.
- Eu vim atrás de você. Não vai, por favor.
- Para onde?
- Você não vai viajar?
- Viajar? Acha que eu estaria tão tranquila assim, se fosse viajar?
- Não vai, então?
- Não.
- Afinal, veio fazer o que no aeroporto?
- Meu tio abriu uma loja de doces ali. - Ela apontou para uma loja colorida e cheia de muitas crianças. Mas tinham mais adultos do que crianças.
- A loja já fez sucesso.
- Eles divulgaram bastante. - Nós sorrimos. - Por que veio aqui?
- Eu já te disse.
- Não... O que te motivou, sendo que fui embora do hospital?
- Você errou e eu te perdoo por isso.
POV Eduarda
- Tá brincando comigo, né?
Achei que ele estava brincando porque não era de se imaginar que uma coisa dessas sairia da boca de Thales.
- Por que estaria brincando?
- Porque você não foi atrás de mim! Se gostava tanto assim, por que me deixou ir?
- Porque você quis. Eu te amo demais para te prender como fiz da outra vez.
- Não sabe como eu adoraria que me prendesse daquele jeito, novamente. - Fui em direção aos meus pais.
- Ei! Onde você vai? - Thales disse.
- Preciso descansar. - Virei para ele e logo voltei a andar na direção em que eu estava. - Eu posso ir para casa, mãe?
- Por que, filha?
- Eu tô com muita dor de cabeça.
- Não aguenta ficar? Quer que eu compre um remédio?
- Eu quero ir para casa.
- Está bem. Não vou poder ir agora. Tome o dinheiro para o táxi e me ligue assim que chegar. Tá bom?
- Tá bom.
Minha mãe beijou a minha testa.
- Vai com Deus, filha.
- Fica com Ele.
Fui até o lado de fora do aeroporto esperar por um táxi.
- Eduarda? - Ouvi uma voz familiar por trás de mim. Essa voz parecia contente.
Antes de virar para trás, já sabia quem era.
- Thales. - Sorri e me aproximei dele.
- Te deixei ir embora uma vez. - Ele se aproximou de mim. - Não vou cometer esse erro de novo. - Ele sorriu e acariciou meu rosto.
Nossas bocas se encontraram e tudo parecia como meses atrás.
- Tudo volta a ser como antes? - Eu disse.
- Não. - Ele sorriu. - Tudo vai ficar bem melhor. - Ele me beijou.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Obrigada por ter lido!
Aguarde o epílogo!!!
Fiquem com Deus...
Beeeeeeijos :*