Back To Your Heart escrita por Sora Takenouchi Ishida


Capítulo 29
Festa de Aniversário




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Capítulo 29: Festa de Aniversário
As coisas tinham melhorado muito desde que a Sora admitiu que precisava de ajuda. Ela tentou ficar mais feliz, embora a situação fosse difícil. Sua vida estava lentamente voltando ao normal; Yamato estava realmente a encorajando a voltar ao trabalho assim que eles chegaram a um acordo sobre as tarefas de casa.
“Eu não sei como me sinto em relação a isso, Yamato.” Ela disse insegura. “Você tem certeza mesmo disso?”
“Claro que tenho.” Ele respondeu enquanto a empurrava em direção à porta. “Eu tenho tudo sob controle. Além disso, vai ser bom para você.”
“Eu não sei.”
“Vamos, Sor. É só meio período. Você estará aqui á tarde. O pessoal da Força Aérea Japonesa foi compreensivo o bastante em me deixar trabalhar à tarde e á noite.”
“Você me promete que vai visitar a Yukino?”
“Sim.” Ele disse um pouco irritado. “Eu já prometi isso.”
“Eu sei. Por favor, não fique bravo, estou tentando.”
“Não estou bravo.” A expressão dele suavizou um pouco e ele puxou sua esposa para um abraço. “Eu amo você, Sor.”
“Eu também te amo, Yama.”
“Agora vá. Você vai se atrasar para o trabalho.”
“Certo. Ligue se precisar de algo.”
“Pode deixar.”

Takeru e Hikari estavam fazendo os últimos ajustes para a primeira festa de aniversário de Yamazaki na noite seguinte. O escritor estava pendurando algumas bexigas azul-bebê e brancas enquanto a professora decorava a mesa com personagens de Toy Story.
“Não acredito que nosso filho já tem um ano.”
“Eu sei. O tempo voa, não é?” Hikari acariciou sua barriga invisível. “Em sete meses teremos mais um.”
“Sim, teremos. Mal posso esperar para segurar ele ou ela em meus braços quando você der a luz.”
“Mal posso esperar para segurá-lo também.” Ela mordeu o lábio inferior. “Takeru, nós precisamos conversar.”
“Sobre o que?” Ele olhou para ela com preocupação e pulou da cadeira.
“Eu te devo desculpas.”
“Do que está falando, Hikari?”
“Você nunca pôde ver o Yamazaki nascendo. Eu estava tão assustada com a reação das pessoas que eu te proibi de vivenciar isso.”
“Mas eu não te culpo por isso, Hikari. Tá bom, eu gostaria de ter visto você parindo meu filho, mas você me permitiu ser parte da vida dele desde então.”
“Então você não está irritado ou chateado?”
“Bem, quando eu penso nisso, sim. Mas você aprendeu sua lição e tem a oportunidade de fazer certo desta vez.”
“Eu amo você, sabe disso?”
“Eu também amo você.” Ele sorriu. “Sabe no que eu estava pensando?”
“O que?”
“Podíamos cantar Parabéns para a Ayumi e o Masanori. Eles fizeram um ano e não tiveram festa.”
“É, a Sora e o Yamato estavam tão preocupados com a Yukino. Essa é uma ótima idéia, aliás. Eu acho que eles vão adorar.”
“Eu também acho.”
“Acho que terminamos aqui. Só faltam a comida e as bebidas, mas podemos trazê-los amanhã.”
“Tudo bem.” Takeru colocou um braço ao redor da sua quase esposa. “Vamos buscar nosso filho na escola.”

Mimi e Palmon saíram da estação de TV e seguiram até o trabalho do Koushiro. Elas tinham uma companhia especial hoje; Tentomon queria ver como era trabalhar num programa de TV e a Mimi o convidou para aparecer no dela.
Koushiro estava esperando por eles do lado de fora do prédio, para eles poderem ir almoçar juntos.
“Koushiro!”
“Finalmente! Estava me perguntando por que estavam demorando tanto.”
“Sinto muito.” Ela disse enquanto se aproximava e colocava seus braços ao redor do pescoço dele. “O Tentomon estava muito curioso com tudo.”
“É claro. Ele é meu parceiro. É de esperar que ele estivesse curioso.”
“Você é tão humilde que me impressiona. Você vai me beijar ou não?”
“Ah, eu não sei. Você não merece neste momento.”
“Você é tão cruel.” Ela estapeou o braço dele de brincadeira. “É assim que vai ser?”
“Você não me deixou terminar.” Ele a envolveu com seus braços e a puxou para perto, beijando-a apaixonadamente.
Eles tiveram de se separar porque o Tentomon e a Palmon começaram a reclamar do beijo deles. Eles começaram a andar pela rua até o estacionamento.
“Então como foi na estação de TV?” Koushiro se dirigiu ao seu parceiro.
“Foi incrível!” Tentomon respondeu animadamente. “Há tantas coisas lá. Nós também vimos o pai do Yamato. Parece que ele é um dos diretores do programa da Mimi.”
“Sério?” Ele olhou para sua namorada. “Acho que você nunca me contou isso.”
“É, desculpe. O Yamato foi gentil o bastante para ser o mediador quando eu terminei a faculdade. O pai dele viu potencial em mim e tem sido meu diretor desde então.”
“Como é trabalhar com ele?”
“Ele é rígido. Muito. Dá para saber de onde o Yamato puxou isso. Mas ele também permite que eu faça o que eu quiser com o programa. Eu pude aprender muito com ele.”
“É bom ouvir isso.”
“E quanto a você? Como foi seu dia de trabalho?”
“Foi muito bom, mas…”
“O que?”
“Eu sei que não apareceu mais nenhuma força maligna do Mundo Digital desde que derrotamos o MaloMyotismon, mas eu me pego sentindo falta de lutar contra os inimigos.”
“Aww, sei como se sente. Mas se alguma força maligna aparecer novamente, talvez nossos filhos sejam quem a derrotará. Ninguém diz que não podemos ajudá-los, aliás.”
“É claro.” Koushiro sorriu. “Podemos definitivamente fazer isso. Tenho certeza que podemos fazer algo no ano que vem.”
“Eu adoraria isso.” Mimi olhou para baixo e segurou a mão esquerda dele. “Sabe no que eu estava pensando?”
“O que?”
“Lembra o que o Taichi disse sobre tentar ter outro filho?”
“Está dizendo que quer tentar novamente?”
“Sim. Acho que aprendemos a nossa lição. Podemos ser mais cuidadosos desta vez.”
“Eu não sei.”
“Vamos, Koushiro. Eu sempre quis ser mãe e você ficou tão feliz em ser pai.”
“Bem, acho que podemos fazer isso.”
“Obrigada!” Ela disse animadamente.

Sora e Yamato acordaram cedo naquele sábado de manhã para levar as crianças ao parque. Aiko e Kouji não queriam acordar, mas a menina quase imediatamente pulou da cama quando Sora disse que eles iam visitar a Yukino depois. Yamato voltou ao seu quarto quando eles estavam inteiramente acordados. Ele viu Sora ainda deitada na cama. Ele deitou ao lado dela e colocou seus braços ao redor da cintura dela enquanto a beijava na nuca. Ela fechou os olhos e colocou suas mãos sobre as dele.
“Você não vai ao parque com a gente?”
“Eu vou. É só que… parece tão injusto fazermos coisas legais com eles enquanto a Yukino está numa incubadora.”
“É apenas temporário. Eu não acho que ela vá ficar lá por muito mais tempo. Ela tem ficado bem maior neste ultimo mês. Logo ela vai adorar ir ao parque com a gente.”
“Eu espero que sim.” Ela suspirou. “Sinto que sou uma péssima mãe.”
“Por quê?”
“Nossos gêmeos fizeram um ano e eles nem ganharam uma festa como a Aiko e o Kouji ganharam.”
“Mas não foi porque não quisemos fazer. Estávamos preocupados com outras coisas. Podemos dar uma agora.”
“Não parece certo celebrar sem a Yukino.”
“Eu sei, Sor. Mas a festa do Yamazaki é esta noite e você terá de fazer o seu melhor para ficar feliz por ele, Takeru e Hikari.”
“Eu sei.” Ela rolou e o encarou. “Por que não é tão difícil para você?”
“É difícil para mim. Eu sou o pai dela. Estou sofrendo também; só estou deixando minha dor de lado por você. Eu quero poder te ajudar.”
Os olhos de Sora arregalaram um pouco e ela cobriu a boca com a mão.
“Yamato, você nunca me disse isso. Por que você…?”
“Eu acabei de te contar. Você já tinha tanto peso nos ombros que não quis colocar mais um.”
“Você nunca poderia fazer isso, você sabe disso, certo? Eu me sinto péssima por isso. Você não deveria se sacrificar por mim.”
“O amor às vezes requer sacrifício, Sor. Eu não me importei. Você sacrificou muito por mim também.”
“Mesmo assim, eu não mereço nada disso.”
“Pare com isso, tá bom?” Ele disse tão firmemente que a assustou. “Eu quis fazer isso. Então não se sinta culpada e nunca, nunca pense que você não merece o meu amor. Você merece. Você merece.”
Sora piscou forte e abraçou seu marido o mais apertado que conseguiu. Ele retribuiu o abraço com a mesma intensidade.
“Ah Yamato! Por favor, me perdoe. Eu sinto muito!”
“Você não precisa se desculpar por nada, Sor. Você não teve intenção de fazer nada disso. Essas coisas acontecem e estão além do nosso controle.”
“Tem razão. Eu deixei o meu lado emocional tomar conta do racional. Tenho ciência de que isso é bom para a nossa filha, mas meu coração a quer perto de mim.”
“Isso é normal.” Sua expressão era tão calma e seus olhos azul-bebê tão reconfortantes que Sora aliviou sua tensão. “Eu a quero perto de mim também. Mas como você disse, isso é bom para ela.” Ele suspirou e desviou o olhar enquanto começava a levantar. “Vamos, as crianças estão prontas.”
Sora pegou a mão dele e o puxou para baixo de um jeito que ele caiu sobre ela. Ela aproveitou a oportunidade para colocar seus braços ao redor do pescoço dele e levantou a cabeça até pressionar seus lábios contra os dele levemente. Yamato segurou o rosto dela e sorriu maliciosamente.
“Nós precisamos ir.”
“As crianças podem esperar um pouco mais.”
“Você sabe que eu não consigo resistir quando você faz isso.” Ele sussurrou no ouvido dela.
“Isso é bom.” Ela sussurrou de volta de maneira sexy. “Significa que eu ainda consigo excitar você.”
O louro rapidamente removeu sua camisa preta e a jogou no chão antes de voltar sua atenção à sua esposa e a beijar apaixonadamente e furiosamente.

Os pais de Hikari foram os primeiros a chegar à festa de aniversário de Yamazaki. A mulher foi recebê-los com seu filho nos braços.
“Olá, mãe. Oi, pai.”
“Olá, querida.” Yuuko a beijou na bochecha. “Como está o menininho da vovó?”
Yamazaki deu risadinhas e esticou seus bracinhos em direção a ela. A Sra. Yagami o pegou enquanto Hikari ficou na ponta dos pés e beijou seu pai na bochecha.
“Somos os primeiros a chegar?”
“Sim. Os outros devem chegar logo. Takeru está só arrumando algumas decorações.”
“Entendi.”
“Tem alguma coisa com a qual eu possa ajudá-lo?”
“Eu não sei, pai. Mas você pode perguntá-lo.”
“Certo.”
“Então, como está minha filha?” A Sra. Yagami perguntou enquanto sentava numa cadeira.
“Estou bem, eu acho. Planejar um casamento é muito estressante. Some isso a planejar o aniversário do Yamazaki.”
“Você não deveria se esforçar tanto, Hikari. Você precisa lembrar que há um bebê crescendo dentro de você. Takeru deveria estar te ajudando.”
“Eu sei, mãe. Ele está me ajudando com o que e sempre que pode. Eu não estou doente, aliás. Ainda consigo fazer coisas sozinha.”
“Ah, eu sei, querida. Eu não quis dizer isso. Eu só disse que ajuda é sempre bem-vinda.”
“Eu disse que ele está me ajudando. Agora podemos falar sobre outra coisa, por favor?”
“Tudo bem. Eu não quis te chatear, sinto muito.”
“Tudo bem.”
“Olá, mãe. Oi, mana.”
“Ainda bem que está aqui!” Hikari se levantou e pegou a mão do Taichi. “Eu quero sua opinião em algo.”
“Certo, o que você precisa?”
“Nada, eu só precisava sair de perto da mamãe antes de perder a cabeça.”
“Por quê? O que aconteceu?”
“Ela basicamente insinuou que o Takeru deveria me ajudar porque estou grávida.”
“Bem…”
“Taichi!”
“Acalme-se, estou brincando. Ele te ajuda, certo?”
“Sim. Mas essa não é a questão. Eu ainda estou no começo da minha gravidez. Posso perfeitamente cuidar de mim mesma.“
“Eu sei que pode, Hikari. Mas você conhece a nossa mãe. Ela sempre foi super preocupada com a gente. Eu achei que já teria percebido isso agora.”
“Eu percebi. Eu adoro saber que ela se importa, mas ela não precisava dizer aquelas coisas sobre o Takeru e eu.”
“Vamos, você sabe que ela não teve intenção de ser desrespeitosa. É a festa do seu filho, então tente não ficar tão chateada com isso.”
“Tem razão. Meu filho está fazendo um ano.” Hikari sorriu docemente. “Ah, aliás… espero que não se importe, mas eu convidei a Akiko.”
“Hikari…”
“Desculpe. Ela é tia dele, apesar de tudo. Já passou da hora de vocês dois se acertarem.”
“Eu acho que não vamos voltar a ficar juntos a esta altura.”
“Eu não teria tanta certeza disso.”
“O que? Você sabe de alguma coisa?”
“Não.” Ela cruzou os dedos atrás das costas dela. “Não falamos sobre você.”
“Certo.” Taichi não pareceu muito convencido. Ele olhou por cima do ombro da irmã e sorriu. “Parece que a festa vai começar.”

“Como está se sentindo?” Yamato perguntou a Sora, que tinha sua cabeça apoiada no ombro dele.
“Melhor do que esperava, mas ainda é difícil.”
“Bem, eu acho que está fazendo um ótimo trabalho. Não poderia estar mais orgulhoso de você.”
“Obrigada. Isso significa muito para mim.”
“Eu sempre soube que você conseguiria. Você é mais forte do que imagina.”
Sora segurou o braço dele e ele lhe deu um beijo na testa.
“Às vezes eu me pergunto o que fiz para merecer você.”
“Você foi você mesma. Simples assim.”
Ela ergueu a cabeça e seus olhos se encontraram por um momento. A estilista desviou o olhar e sorriu timidamente antes de olhar nos olhos azuis dele novamente. Yamato segurou a nuca dela e a puxou da perto, pressionando seus lábios contra os dela.
“Você acreditaria se eu disser que me apaixono a cada dia mais por você?”
“Acreditaria.” Ela assentiu. “Porque isso acontece comigo. Aqui estamos dezesseis anos depois… você iria imaginar que teríamos tantos filhos?”
“Não.” Ele riu. “Mas eu não mudaria nada. Eu amo o fato de que em breve a Ayumi, o Masanori e a Yukino estarão correndo pela casa enquanto brincam. Eu acho que eles provocariam muito o Kouji.”
“Aposto que provocariam. A Aiko lhes diria para deixá-la em paz. Ela ficaria muito irritada com eles.”
“Com certeza.”
“Os dois pombinhos vão ficar sentados aí a noite toda?”
“O que? O Takato e o Kouji já te cansaram?”
“Bela tentativa, Ishida. Eu deixei o Agumon brincando com eles. Aquele idiota tem energia infinita, eu juro.” Taichi sentou ao lado do seu melhor amigo. “Então, do que estão falando?”
“Estamos refletindo sobre nossa vida, na verdade. Você imaginava que era aqui que estaria há cinco anos?”
“Há cinco anos eu estava prestes a terminar a pós-graduação.”
“Eu tinha ido ao espaço algumas vezes. Kouji ainda era um bebê.”
“A vida era muito mais simples naquela época.”
“Deus, essa conversa é deprimente.” Taichi suspirou. “Essa é uma festa de aniversário. Deveríamos estar nos divertindo.”
“Certo.”
“Não é estranho termos um sobrinho em comum? Quem iria imaginar?”
“Há alguns meses não fazíamos ideia de que tínhamos um sobrinho. Eu sempre quis ser tia. Vocês dois têm sorte de ter um irmão ou uma irmã.”
“Não consigo imaginar como é crescer sem um irmão para dividir as coisas.”
“Eu sei.”
“Vocês dois estão me fazendo sentir horrível.”
“Desculpe, Sor.” Yamato a puxou para um abraço e beijou o cabelo dela. “É uma pena que seus pais não tenham tido outro filho.”
“Meu pai Morava em Kyoto, lembra? A menos que houvesse um jeito de conceber enquanto mora em outro lugar, eles não podiam fazer muito.”
“Seria ótimo conceber com alguém que está longe de você.” Yamato disse sugestivamente e olhou para Sora.
“Cara, qual é. Isso é nojento, ugh. Eu não preciso saber quando ou como você e a Sora decidem conceber.”
“Se liga, Taichi. Não podemos ter outros filhos naturalmente.”
“Nós vamos mesmo falar sobre isso? É nossa vida pessoal, Yamato.”
“Ela te chamou de Yamato.” Taichi zombou. “Parece que alguém está encrencado. Bem, eu vou sair daqui antes que seja o próximo. Ah e vocês não vão querer perder o que está para acontecer.”
“O que?”
“Vocês vão descobrir logo.”
“Você sabe de algo que não sabemos?”
“Não vou falar. Vamos, a Hikari quer cantar Parabéns para o Yamazaki e depois haverá uma surpresa.”

Hikari e Takeru se aproximaram de Sora e Yamato com o filho deles nos braços do louro.
“Olá, casal.”
“Oi.” Sora cumprimentou.
“Queremos lhes perguntar algo.”
“Certo.”
“Takeru e eu estávamos conversando e pensamos em cantar Parabéns para os gêmeos. Por causa da situação toda com a Yukino, eles não tiveram festa e nós queríamos mudar isso.”
“O que? Sério, vocês não precisam.”
“Nós queremos. Eles são parte da nossa família.”
Os guardiões do Amor e da Amizade se entreolharam, visivelmente tocados pelo gesto deles.
“Isso é muito gentil de vocês dois.”
“Então o que vocês dizem?”
“Acho que tudo bem. Eu acho que eles vão amar. Mas… só se for depois do Yamazaki. É a festa dele, antes de tudo.”
“Tudo bem.” Hikari sorriu. “Vamos cantar para eles em uns três minutos.”

Hikari, Takeru e Yamazaki pareciam uma pequena linda família para a foto oficial antes de cortar o bolo. O menino estava vestido como Buzz Lightyear, seu personagem favorito do Toy Story. Depois os pais deles se juntaram para outra foto. Taichi, Akiko e Takato foram os próximos e a família Takenouchi Ishida foi a última antes da foto com todas as Crianças Escolhidas.
Depois de terminar de cantar Parabéns, Yamazaki ganhou um beijo duplo na bochecha de seus pais. Hikari então chamou a atenção de todos.
“Antes de cortarmos o bolo, nós queremos cantar Parabéns para a Ayumi e o Masanori. Por motivos óbvios que todos sabemos, eles não tiveram festa e pensamos em mudar isso. Sora, Yamato, por favor, venham aqui.”
O casal se dirigiu à parte de trás da mesa com os gêmeos nos braços enquanto o Takeru acendia as velas no bolo. O olhar nos rostinhos deles quando todo mundo começou a bater palmas e cantar não teve preço. A Sra. Takaishi gravou o momento todo para assistir dali alguns anos. Ela estava visivelmente tocada com tudo.
“Muito obrigada, Hikari e Takeru.” A voz de Sora falhou. “Foi muito legal da parte de vocês.”
“Obrigado.” Yamato disse com um sorriso.
“Sem problemas.” Hikari sorriu de volta. “Takeru, vamos cortar o bolo.”
“Claro.”
A família feliz posou para outra foto e segurou a faca para cortar o bolo do Yamazaki.

Koushiro e Mimi estavam passando um tempo com os gêmeos de Sora e Yamato. A cozinheira não conseguia parar de sorrir com os barulhos suaves que o Masanori fazia enquanto comia. Ela o abraçou um pouco mais apertado e olhou para o seu namorado.
“Ele não é fofo?”
“É, sim. Os dois são.”
“Eu quero um bebê, Kou.” Mimi apoiou sua cabeça sobre a de Masanori.
“Estamos tentando, Mimi. Você sabe que às vezes leva tempo.”
“O que há de errado? Por que está tão irritado?”
“Não estou, desculpe. Só estou nervoso.”
“Nervoso com o que?”
“Certo. Hmm.” Ele colocou a Ayumi no sofá e se virou para sua namorada.
“Está me assustando.”
“Não, por favor não se assuste. Eu já estou o bastante.”
Nesse momento todos os outros Escolhidos estavam na sala. Yamato estava com os braços ao redor de Sora. Taichi estava sorrindo como um idiota. Takeru não conseguia controlar seu sorriso e Hikari parecia meio ansiosa. Jyou era o único que aparentemente não demonstrava emoção, mas as mãos dele estavam prensadas nervosamente. Mimi olhou para o rosto de todos e começou a se sentir incomodada.
“Por que todos vocês estão com esses olhares? Aconteceu alguma coisa ou…” Ela parou de falar e seus olhos se arregalaram quando ela sentiu o Koushiro segurar sua mão.
“Oh é agora.” Taichi disse em tom baixo.
“Espera, você sabia disso?” Sora sussurrou, com a mão cobrando a boca. “Era disso que estava falando momentos antes?”
“Eu não queria estragar tudo para o Koushiro.”
“Aparentemente o Yamato e eu somos os únicos que não sabiam.”
“Agora não é a hora, Sora. Podemos só ouvir o Koushiro?”
“Ótimo.”
“O que está havendo aqui?”
“Mimi.” Koushiro se sentou corretamente e respirou fundo. “Eu quero te perguntar uma coisa.”
“Então pergunte.”
Ele ficou de joelhos e tirou uma caixinha do bolso. “Quer se casar comigo?”


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