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( Os fatos, agora relatados, ocorrem no mesmo período em que o casamento de Sarah e Seth está sendo planejado. )

Em algum lugar em Praga…

Ele passou muito tempo procurando. Viu seu povo quase ser extinto completamente, pelas mãos frias do seu maior inimigo.

Mas ele, enfim, tinha encontrado-a, ou teria sido ela, quem o encontrou. Ele não se importava realmente. Ela vai dar e ele, o que precisa. Seu povo não confiava nela. Ele também não. Ela, assim como ele, parecia querer algo.

A curandeira disse que ela estava pronta. Então todos os rostos se voltaram para ele, para ter certeza. Ele olhou pelas frestas, nas pedras, permitindo que ele visse o céu. A lua está cheia. É a noite exata, onde a sua força estava total. Ele já podia sentir o sangue mais quente, percorrendo por seu corpo. Seus irmãos também sentiam.

–Avici...

Seu irmão chamou. De todos, era o que mais desconfiava dela. Ele tinha pedido, desde que ela chegou, para ele se livrar dela...

Mas Aleatar não entendia. Seu povo ainda não entendia. Mas ele é o rei. O último rei dos lobisomens. E ali, naquela caverna, escondidos na toca mais escura dos confins do mundo, eles eram obrigados a viver escondidos, porque era tudo que restavam da raça Lycan. E ele, como rei, tinha que mudar isso…

Avici desceu do seu trono de pedra. Passou por seus irmãos, e ficou de frente com Aleatar. Tocou seu ombro, em silêncio. Aleatar baixou a cabeça, submisso.

Em silêncio, Avici caminhou até seu covil, com a velha curandeira a frente, segurando uma tocha. Ela afastou o couro que cobria a entrada, entregando a tocha para ele. Com um sorriso podre e vazio, fez uma reverência debochada, para seu rei.

Avici não prestava mais atenção na velha, que saiu, tampando a entrada.

Os olhos dele já estavam cravados na mulher que estava no chão, coberto com pele de animais. Ela estava nua e com algemas.

Ela se voltou para ele, com olhos assustados e nervosos. Desde que a tinha visto, a queria. Mas tinha medo de despedaçar a criatura. Ela parecia muito frágil e humana. Mas não era. Seu sangue, é frio, como água que escorre de uma geleira. Na lua cheia, seu instinto estava mais forte. Mais controlado. Não queria matá-la.

–Não precisa me prender, já disse. Não ofereço risco para seu povo.

Ela falava com a voz musical dos mortos frios. Mas seu coração batia acelerado.

Avici se aproximou, fascinado. Ele não confiava nela. Não ia ser tolo de novo, em confiar em uma mulher. Mesmo ela sendo tão tentadora, e de espécie tão única.

Ele tinha procurado tanto por esta criatura. Ele sabia que ela era a chave. A encruzilhada, que levava a muitos caminhos.

Retirou sua roupa, sem desviar os olhos dela. Ela também não desviou seu olhar. Ela estava curiosa, e se encolheu quando ele se abaixou, para ficar mais próximo dela. Ela não era pequena, mas é magra e curvilínea. Ele, uma massa de músculos. Gigante. O maior de sua espécie.

–Não precisa me machucar. Eu vim até você, por minha própria vontade...

Avici calou suas palavras, com os dedos sobre sua boca. Não queria falar com ela. Não queria ser seduzido pelas palavras dela. Não conseguiria fazê-la se submeter, por não ser de sua família. Mas podia dominá-la com sua força, caso fosse necessário.

Ele passou a mão pelo seu pescoço, em um groçeiro gesto, que tanto poderia ser um afago, quanto uma clara ameça e aviso do seu poder sobre ela.

–Não tem nenhum poder especial, criatura. Se tivesse, já teira usado. Mas não confio em você.

Ela não respondeu. Parecia assustada agora. Provavelmente, avaliando sua decisão de ter ido procurar o último covil dos Lycans.

Avici separou suas pernas, para acomodar seu corpo sobre o dela. Sem gentileza, a penetrou por completo, estranhando que ela o acomodou completamente, sem gritar, ou demonstrar dor. E foi surpreendido pelo calor que ela emanou pela parte que estavam unidos. Ele não esperava por isso. Não esperava que o corpo dela tivesse essa reação. E então, ela enlaçou suas longas pernas em volta dele, esticando sua coluna. Avici puxou as correntes que a prendiam, separando suas mãos. Uma urgência de sentir suas mãos sobre ele, o dominou, sem ele poder entender.

E quando seis meses depois, a curandeira o chamou de novo. Ele soube que a hibrida, tinha na verdade, poder. Ele olhou para a mulher quando entrou no covil e ela sorriu para ele, com os braços cheios, com suas duas crias. O seu legado. O legado poderoso de seu povo. Seus filhos, um macho e uma fêmea. Fortes e sadios. E ele sabia que também extraordinários.

Beijou sua, agora, rainha. Levantou seus filhos nos braços, levando eles para apresentar a seus irmãos, cheio de orgulho. Não apenas um. Mas dois herdeiros. Era mais que ele poderia pedir.
A mulher olhava o rei dos Lycans, para o seu marido, aquelas crianças era a continuação forte de sua raça. Para ela, aquelas crianças tinham uma função muito mais específica. Não apenas suprir seus instintos maternos. Não apenas garantir que ela fosse agora, a rainha dos Lycans, mesmo sendo de outra espécie. Não também conseguir o olhar venerativo de seu marido, e agora, também de todo o seu povo. Não... Não era isso que ela precisava. Ela precisava que seus filhos fossem fortes e poderosos. Que o sangue dos rei dos Lycans estivessem em suas veias, assim como o dela . Então ela faria o que jurou fazer, vingaria sua família .

–Minha amada Nadina. Hoje me fez muito feliz. Peça o que quiser

Avici disse, voltando para sua esposa, devolvendo a ela, seus filhos.

Nadina sorriu sedutora, para ele.

–É chegada a hora de sairmos da escuridão. Nossos filhos não vão crescer nesta caverna. Eles serão rei e rainha. Dê a eles, um reino, nesse mundo. Que eles, quando crescerem, darão o mundo a você.

–