[Cidade de Nishihara, próximo ao Porto local. 13 de Abril de 2013, 01:39]

Eu poderia cumprir a promessa póstuma que havia feito com Masara-san?

Entramos no porto. Vários navios estavam ancorados, mas talvez um pouco menos do que algumas horas antes, quando caímos na armadilha de conhecer aquele lugar. A partir daquele ponto, era estaca zero, pois não sabíamos qual navio era o certo.

(Oro): Não podemos contar com o serviço portuário, não tem ninguém aqui das 00:00 até as 04:00. Então, os navios liberados vão sair quando puderem e não podemos obter informações sobre o barracão.

(Yukihana): Ah, que ótima notícia. Vamos ter que procurar sozinhos. Provavelmente deve estar perto do barracão, já que eles precisam carregar e...

Fiammata sentiu primeiro que eu a presença que acabara de surgir em nossas costas. Foi tempo suficiente de me jogar para trás e levar Yukihana junto consigo ao chão, enquanto nós três víamos um homem, enorme, golpear o ar com um facão grande, de aproximadamente um metro e meio, com uma lâmina larga com manchas vermelhas simbolizando sangue.

(Oro): Quem é você? É um deles?

(Yuudai): Fiammata, é o cara que levou as crianças. Se moveu em um instante de algum lugar direto para as costas.

(Otsumo): Então vocês realmente já sabem. Isso me deixa nervoso!!! Meu nome é Otsumo, e eu vou matar vocês. Foi um prazer.

Então, ele inicia um golpe forte, porém não muito rápido com o facão, que provavelmente era sua Form. Foi o tempo de Fiammata e Yukihana se levantarem.

(Oro): -Ativa a Form- Eu vou segurá-lo!

No meio do golpe, o homem que se chamava Otsumo sumiu da frente de Fiammata. Eu procurei por perto para ver onde ele estava. Atrás de mim!

Senti seu golpe sendo finalizado. Não daria tempo de eu defender, eu tinha que sair dali. Não, talvez eu tivesse que fazer com que o golpe fosse superficial, era a única coisa que daria tempo...

Então, o golpe para. Yukihana havia defendido o golpe que atingiria meu peito com seu leque.

(Yukihana): Yuudai, eu sei como é difícil, mas esse é um combate real. Pense menos e fique mais alerta.

(Otsumo): Bom, pirralha. Bela percepção.

Ele sumiu novamente. Rapidamente, viu-se Fiammata parando um ataque vindo de suas costas.

(Oro): Yuudai! Vá na frente procurar o navio e as crianças. Nós vamos deter esse aqui.

(Yuudai): ...Certo. Desculpe, pessoal.

[Cidade de Nishihara, Porto local. 13 de Abril de 2013, 01:51]

(Oro): Yukihana-san, as costas.

(Yukihana): Certo.

Então, eles se deram as costas um ao outro, com suas forms empunhadas, olhando para o rapaz enorme ao lado.

(Oro): O padrão de ataque dele é lógico. Forte e quase lento, pelas costas. Um cuida da retaguarda do outro, ok? No momento certo, enxergue para onde ele vai se mover e tente congelá-lo. Você tem alguma técnica de longa distância?

(Yukihana): Não me subestime, cara. ICICLE PETALS!

Enquanto Yukihana balança fortemente o leque duas vezes, várias estacas de gelo saem pela diagonal em movimentos sutis e descem ao chão com força, direto para Otsumo, seu alvo.

(Otsumo): Inútil.

Ele se teleporta para outro ponto, na frente de Fiammata, fazendo com que as fortes estacas somente acertem o chão, trincando o asfalto. Fiammata, por um momento de guarda baixa, se impressiona com a força da técnica.

(Oro): Agora eu te peguei. FIAMME SCRATCH!

Fiammata golpeia com a lâmina de eu machado em chamas, inutilmente, pois Otsumo se teleporta novamente. Dessa vez, para o espaço de quatro passos que Fiammata usou para desferir o golpe. O inimigo estava com os dois virados de costas para ele. Este golpeia lateralmente para o lado de Yukihana, que se joga ao chão, sofrendo somente um arranhão nas costas. Fiammata o ataca novamente com a mesma técnica, falha, mas serviu para que os dois voltem à formação.

(Yukihana): Você observou o padrão dos ataques, não é?

(Oro): Sim. Repita ese movimento novamente.

[Cidade de Nishihara, próximo ao Porto local. 13 de Abril de 2013, 01:54]

Eu havia chegado ao barracão. Deveria ser algum dos barcos próximos àquele ponto. Mas qual deles?

(Voz misteriosa): Uma magia similar... conhecida... assim como dizia a profecia. À sua frente, 230 metros.

O que era aquilo? Alguém? Imaginei que fosse Kuryuu, mas a voz era diferente. Não havia ninguém ali... Espera. Era uma voz na minha cabeça? Sim, sem dúvidas. Era estranho, mas tudo que eu podia fazer era checar.

Realmente havia um navio há um pouco mais de 200 metros dali. Não havia um nome nele. Rapidamente eu corri até lá para checar.

Não havia uma forma de acessar. Era um navio relativamente grande, alto.

(Voz misteriosa): Você possui o Hakai. Mire-o para o chão.

Outra vez? EU tentei me comunicar, o que a merda é você? Não, não havia uma resposta. Entretanto, era uma ideia válida. Mas quebraria o chão de madeira do porto e não daria sustentação. Eu pensei que a única solução era utilizar o solo do mar, que ali era bem fundo, por se tratar de um porto. Ainda deveria haver outro Arcano, fora o que estava lutando com os outros. Mas era a única solução. Teria que ser um Hakai extremamente forte pra usar o solo marítimo e me levantar. Mas era a unica solução.

(Yuudai): HAKAI!

Eu disparei pulando no mar para não acertar o cais. Entretanto, saiu completamente errado, me lançando para trás. Eu tentei mover um pouco para o lado oposto ao barco, e deu certo. Consegui me agarrar à corda da âncora. Então, subi na proa do barco, um pátio enorme. havia uma cabine que levava à parte de baixo do navio, e algumas caixas atrás disso.

(Voz): Não acha que invadir navios alheios é contra a lei, Arcanist?

Eu me virei em uma reação rápida e vi o homem, loiro, com um topete alto, saindo de dentro da cabine.

(Ranmaji): Então Otsumo estava certo, vocês viriam mesmo. Nesse caso, eu vou te parar. Eu sou seu adversário, meu nome é Ranmaji.

(Yuudai): Eu sou Hitori Yuudai, Arcanist. Estou aqui para te deter e soltar as crianças.

(Ranmaji): Olha, vejam só, é o mesmo babaca que ficou olhando pra trás com uma puta cara de retardado depois que eu matei aquela velha nojenta e detonei a casa. Não foi nada pessoal, mas com aquilo tudo de informação, aquela casa não podia existir. Muito menos aquela mulh...

Então, o ataquei furiosamente com um soco. Ele desviou para o lado facilmente.

(Ranmaji): Matar a velha realmente te deixou irritado? Imagina então quase ter deitado pro Scchinfler-sama, você deve ter ficado puto.

(Yuudai): SCCHINFLER? O QUE VOCÊ SABE DESSE DESGRAÇADO? AFINAL, VOCÊS SÃO REALMENTE A DARK CORP?

(Ranmaji): Somos, caralho. Você ainda nem tinha se tocado? Ou foi por...

(Yuudai): Para de tagarelar!!! HAAAAAAAKAI!!!!

Enquanto meu hakai viajava no ar, Ranmaji ativou o que parecia ser sua form. Era como um sabre, com uma lâmina curta porém larga, cinza-escura. Meu hakai se chocou com aquilo e refletiu para o lado, atingindo o mar. Não iria funcionar?

(Voz misteriosa): Está muito fraco. Não vai vencê-lo com isso.

(Yuudai [em pensamento]) Essa voz de novo... O que é você??? Eu estou louco???

(Voz misteriosa): Escute. Por enquanto você só deve saber que eu sou uma forma do seu poder. Agora, confie em mim e me escute.

(Yuudai [em pensamento]) Tudo bem.

Enquanto isso, Ranmaji se recuperava do meu Hakai e me atacava frontalmente com o sabre, visivelmente mirando minha garganta.

(Voz misteriosa): Estenda sua mão esquerda para o lado, concentre seu poder e repita comigo.

[Falas simultâneas]

(Voz): Fração demoníaca, trevas do julgamento, ouça meu contrato. Vinde, Lâmina das trevas!
(Yuudai): Fração demoníaca, trevas do julgamento, ouça meu contrato. Vinde, Lâmina das trevas!

YAMI NO SETSUDAN!