[Cidade de Nishihara, Província de Okinawa. Cena do crime. 12 de Abril de 2013, 22:14]

Labaredas altas já cercavam a casa. Estava tudo em chamas! Que tipo de coisa havia acontecido ali? Minha reação foi de entrar rápido atrás de Masara-San. Fiammata invadiu a casa comigo. Enquanto a casa desmoronava, afastávamos tábuas e outros escombros que caíam usando técnicas. Encontramos Masara-san caída no meio da cozinha, perto da mão dela a carta, carbonizada. Seu corpo também estava com algumas feridas, e uma poça de sangue a cercava. Fiammata a cobriu com um lençol de mesa parcialmente queimado e a carregou para fora.

(Oro): Yuudai-san! Me dê cobertura aqui!

(Yuudai): O estado dela é muito grave! Precisamos de uma ambulância!

(Oro): Já está vindo! Eu liguei para lá quando encontrei os dois policiais. Agora vamos sair daqui, vai desmoronar!

(Yuudai): ...Não adianta mais... ela está...

[Cidade de Nishihara, Província de Okinawa. Sala de reunião do distrito policial local. 13 de Abril de 2013, 00:03]

Tudo o que aconteceu foi rápido. Rápido demais para que eu tentasse pensar no que houve até o presente momento. Estávamos usando a sala da delegacia como base. Tudo o que tínhamos até aquele momento eram os folhetos que Yukihana havia guardado, além disso três corpos e uma casa completamente carbonizada.
O Chefe Tanaka chega para apresentar os laudos finais.

(Tanaka): Os dois policiais foram mortos com cortes na garganta, um deles, alguns minutos antes de vocês os encontrarem. Já o outro, há pelo menos uma hora e meia antes.

(Yuudai): Uma hora e meia? Isso é ridículo! Ainda estávamos lá, e quando saímos ambos estavam na viatura!

(Oro): Mas é verdade, Yuudai-san. Depois daquilo, eu também fui checar. Definitivamente, os traços de sangue do primeiro policial estavam indicando que ele foi morto há um tempo antes. Além disso, os dois foram mortos com cortes na garganta. Provavelmente por trás, um assasinato preciso, rápido e silencioso.

(Tanaka): Exato. A senhora foi morta da mesma forma, mas dessa vez foi diferente. Segundo o laudo do próprio Fiammata-sama, ela foi morta um pouco depois do último policial.

(Yuudai): Naquela situação e você teve tempo de analisar?

(Oro): Sim. Rápido e não preciso, mas pelo sangue no lençol eu pude ter certeza. Ela foi morta antes da explosão, também com um corte no pescoço, mas esse foi menos preciso, mais profundo, como que no desespero. Provavelmente, naquela hora, o assassino desligou o seu telefone e a matou, mas ela havia notado a sua presença. Entretanto, não foi tempo suficiente para conseguir escapar. Mas ela resistiu, levando em conta o fato que ela foi morta segundos antes da explosão. Quando a encontramos, ela já estava morta, porém não havia muito sangue.

(Yuudai): Isso nos leva a concluir que, quando chegamos, o assassino ainda estava próximo à cena do crime. Mas o que causou a explosão?

(Policial): Chefe! Foi encontrada uma prova nos destroços da residência! Ao que parece, havia um aparelho celular com uma gravação destinada ao Serviço Secreto, dentro de uma panela velha de ferro.

(Yuudai): Ela teve tempo de pensar em algo assim? Colocou dentro de um recipiente de ferro, que não poderia ser destruído. Parece importante. Tanaka-sama, poderia nos dar licença?

(Tanaka): Entendo, trabalhem a vontade.

Então, ele e o outro policial se retiraram e nos deixaram lá.

(Gravação) "Yuudai, pessoal, parece que não me resta muito tempo. Vou relatar brevemente o que aconteceu. Enquanto eu lia a carta, um dos policiais, o mais velhinho, estava aqui comigo. Foi ele quem pegou o telefone da minha mão e o desligou. Depois disso, o rosto dele virou outra pessoa, um careca com uma barbicha pontuda. Ele também é como vocês, não é? Eu sabia, não porque eu vi, mas porque senti. Às vezes eu também sentia essa energia boa nas crianças. Mas ele era maligno. Ele sacou uma adaga comprida e tentou me golpear. Estou falando isso enquanto corro e tento escapar. Se achar isso, provavelmente estarei morta. Só peço para que ache os dois e, por favor, se puder, cuide deles pra mim. Depois que a mãe deles morreu, eu era sua última familiar. Então, tenha essa gravação como prova e contrato. No final da carta deixada por Isuke dizia que ele também estava seguindo o rapaz que o estava perseguindo. Ele viu esse rapaz e mais um levar algumas caixas daquele barracão para onde vocês foram até um navio, que estava ancorado próximo ao lugar. Não haviam maiores detalhes, mas eu peço q..."

(Yukihana): Acaba aqui.

(Yuudai): Provavelmente ela teve que esconder rapidamente depois disso. Mas ela teve muito tempo para falar.

Então, eu levantei da cadeira. Uma lágrima insistente quis descer do meu rosto.

(Yuudai): Yukihana, por favor, congele isso. É uma prova valiosa.

Obrigado, Masara-san. Graças a você, eu acabo de concluir o caso. Eu salvarei as crianças, custe o que custar.

Pessoal, eu já sei o que está acontecendo!