Te Esperaré escrita por Gabs


Capítulo 25
Capítulo 25


Notas iniciais do capítulo

Como o capítulo anterior teve muitos comentários (e isso me deixou bastante feliz) aqui está o capítulo. Espero que gostem e se houver algum erro ortográfico ou de concordância, me avisem!



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— Violetta, me deixa ver se entendi seu plano. — Pablo falou ainda com os olhos na estrada.

Estava quase cochilando, porém, ele me despertou. Bocejei e levantei a cabeça, indicando que ele continuasse.

León estava dormindo, então tentei não me remexer muito, para não acordá-lo. Ele precisava mesmo descansar, pela forma com a qual acordou mais cedo.

Já eu, não podia dormir. Estava preocupada demais.

— Você quer aparecer repentinamente na casa dos LaFountaine e sair vasculhando a casa, à procura da Angie? — Pablo ergueu as sobrancelhas.

— Achei que já tinha aceitado esse plano. — comentei.

— Ainda não me conformo. Violetta, não vai dar certo.

— Ai Pablo, deixa de ser negativo! — exclamei. — Claro que vai dar certo.

— E se a Angie não estiver lá? — insistiu.

— Tenho certeza de que está. É o único lugar para onde levariam ela.

— Se você diz... Ainda acho um mau plano.

— E que outra escolha nós temos?

— Esperar a polícia resolver tudo? — Ele afirmou em forma de pergunta, ainda com as sobrancelhas arqueadas. — É a lógica.

— Eles jamais saberiam por onde começar. — falei com um ar cansado.

— E você sabe?

— É óbvio, Pablo! Se eu estou pedindo para você ir à casa deles! — Não entendia porque era tão difícil de entender isso.

Bufei já irritada. Ele ergueu as mãos para o alto, como quem se rende, e colocou-as de volta no volante, mantendo os olhos na estrada.

Aconcheguei-me ainda mais nos braços de León e tentei ficar calma com o som de sua respiração. Seria uma longa viagem, pois eles estavam morando em uma cidadezinha do interior e nem estávamos na metade do caminho.

Fechei os olhos, na tentativa de dormir um pouco, e por um milagre, funcionou. Aprofundei-me ainda mais na inconsciência, estava exausta e ficar cansada não ajudaria em nada, pelo contrário, só atrapalharia.

Senti alguém sacudindo o meu ombro. Abri os olhos preguiçosamente e vi o rosto de León a centímetros do meu, com um sorriso meigo estampado.

— Hm? — perguntei ainda desorientada.

— Chegamos, amor.

Olhei através do vidro e estávamos em frente à uma pequena casa. Era um tanto cômico e irônico tudo aquilo. Jade e Matias sempre se passaram por ricos e poderosos, e agora moravam em um casebre no interior com o seu pai.

Eles até tiveram sorte por meu pai não tê-los denunciado por todas as mentiras e dívidas. Porque se tivesse o feito, estariam em uma cela fria e desconfortável agora.

Pablo já estava do lado de fora do carro. León me ajudou a descer e me guiou para o lado de Pablo.

— E então, o que você pretende agora? — perguntou fitando a casa.

— Vamos entrar. — falei, como se fosse a coisa mais óbvia do mundo.

— Ah, claro. — Ele falou com sarcasmo. — Oi Jade, oi Matias, se nos derem licença, viemos buscar a Angie. — debochou.

— Não vamos bater na porta.

— Não vamos? — León e Pablo perguntaram em uníssono, perplexos.

— Claro que não! Nunca daria certo! — Bufei, impaciente. — Vamos, me ajuda. — falei para León.

— Espera aí! Você pretende entrar escondida?

— Mas é claro. Vocês achavam que entraríamos de que forma?

— Não sei, de forma mais civilizada.

— Eles não merecem civilização. — Revirei os olhos e puxei o braço de León, indicando que ele me ajudasse a ir até a porta.

— Violetta, eles vão nos ver. — afirmou, sem dar um passo sequer.

— Não vão! — insisti.

— Eu não vou entrar aí. — Pablo disse, voltando ao carro.

— Ah Pablo, você vai sim. — lancei-lhe meu olhar mais determinado à ele. — Pensei que se preocupasse com a Angie.

— E me preocupo, mas isso é insanidade.

Depois de muita discussão e relutância, Pablo acabou concordando e fomos em direção a porta.

Virei a maçaneta e empurrei-a, tentando abri-la. Porém, não foi possível. Estava trancada.

— Está trancada! — exclamei.

— Mas um motivo para não irmos. — Pablo continuava a insistir nessa desistência e isso já estava me dando nos nervos.

— Só precisamos de um arame. — Eles olharam para mim em duvida, então tratei de explicar. — Para colocar na fechadura e abrir a porta. Vocês estão meio lerdinhos hoje, não?

León balançou a cabeça e tateou os bolsos, a procura de algo que pudesse nos servir. Tirou um pequeno grampo. Abri um imenso sorriso e coloquei-o na fechadura.

— Isso não vai funcionar.

— Cala a boca, Pablo! — Grunhi.

Foram necessárias várias tentativas, mas por fim consegui. León abriu a porta vagarosamente, provocando um rangido irritante.

Olhei para os lados, aflita, temendo que alguém tivesse escutado. Por sorte, ninguém estava presente no ambiente. O silêncio era penetrante e comecei a suspeitar disso. Estava silencioso demais, quieto demais.

Minha perna dificultava um pouco nossa sutileza. Maldito gesso! Senti vontade de arrancá-lo, mas é claro que isso não era possível.

Olhamos em todos os cômodos, mas não tinha ninguém.

— Eu sabia que a Angie não estava aqui! — sussurrou Pablo, com um semblante irritado.

Suspirei, frustrada pelo meu erro. Já ia ceder e pedir para voltarmos ao carro, mas algo no corredor chamou minha atenção.

Tinha uma pequena escada, levando ao subsolo. Deveria ser o porão do casebre. Meu rosto se iluminou de imediato e comecei a puxá-los naquela direção.

— O que foi? — León sussurrou.

— Ela deve estar no porão!

— E aqui tem porão?

Apontei na direção da escada e fomos até lá. A falta de vontade e medo de Pablo eram evidentes. Até eu estava com medo, mas tinha que ser confiante e pensar positivo. Positivismo sempre ajudava, na minha concepção.

Já León estava mais calmo e isso também me ajudava a manter o controle. Contanto que ele estivesse bem, eu ficava tranquila.

Descemos as escadas devagar, para não provocar nenhum barulho. Sem sucesso, é claro. Elas rangiam mais que a porta e o barulho era ainda mais irritante, de dar dor de cabeeça. Aquela casa era realmente velha.

O local estava muito escuro. Apalpei as paredes, tentando encontrar algum interruptor. Achei um, liguei-o e uma luz fraca se acendeu.

Haviam caixas por todos os lados e alguns objetos empoeirados. Fiquei aflita. Tinha que ter alguma porta, alguma brecha. Angie tinha que estar ali, pois se não estivesse, onde estaria?

Olhei em todas as direções tentando encontrar algo e para a minha sorte, tinha uma porta bem no canto da sala.

— Ah não, não vou até aquela porta. — Pablo já ergueu as mãos, seguindo a direção de meu olhar.

— Por quê?

— Vai que tem alguma coisa lá.

— Pablo, para um adulto, você é muito medroso. — Rolei os olhos e soltei uma risadinha, embora a situação estivesse tensa.

— Mas eu não vou até lá.

Fuzilei-o com os olhos.

— León, vai até lá. — Gesticulei para a porta.

— Eu? — Apontou para si mesmo. — Por quê?

— Porque o Pablo está com medo!

— E por que não vai você?

— Nossa, que ótimo namorado você é. — falei em um tom irônico e ele me abraçou.

— Só estou brincando, amor. — Ele soltou uma risada gutural. — Eu vou lá.

— Espera.

Segurei o seu braço.

— O que?

— Vamos todos juntos.

Mais uma vez, foi uma confusão para convencer Pablo. Entretanto, como sempre faz, acabou cedendo.

Aquele ambiente era bastante fúnebre e macabro, e eu entedia completamente o receio de Pablo. Até eu estava com um pouco de medo de tudo aquilo, mas precisava encontrar Angie.

Demos passos lentos até a porta. Estava completamente empoeirada e velha, como o restante naquele lugar.

Coloquei a mão na maçaneta e a girei.

— O que vocês estão fazendo aqui?

Alguém falou atrás de nós e minhas pernas ficaram bambas no mesmo instante.

Germán's POV.

Já estava cansado daquilo tudo e estava com vontade sair dali e ir procurar a Angie eu mesmo. Ramalho falava o tempo todo para ter paciência, mas eu simplesmente não conseguia, era impossível.

Minha amada, minha noiva, minha Angie havia desaparecido. Eu não tinha ideia de onde ela estava, de como estava, se estava bem.

Suspeitava de que Jade estivesse envolvida nisso... Não, ela não seria capaz. Ou seria? Essa duvida corroia minha mente e me deixava com náuseas.

Dei-me conta de deixara Violetta em casa desamparada e sem nenhuma informação ou explicação. Tinha que falar com ela.

— Ramalho, ligue para casa, quero falar com Violetta.

Ele, que até então escutava as palavras do policiais, voltou sua atenção para mim e tirou o celular do bolso, discando o número e pondo o telefone na orelha.

— Oi, Olga. — Ele escutou por alguns minutos, até imaginava tudo o que Olga estava dizendo. Sempre fora perdida e insanamente apaixonada por ele. — Tá Olga, eu já sei... Espaço pessoal, por favor... Mesmo que eu não esteja em casa, quero espaço pessoal... Escuta, cadê a Violetta? — Ele ouviu por alguns segundos e seu rosto assumiu um tom pálido. — Mas como você permitiu? E nem sequer perguntou para onde estava indo? Vou resolver isso, Olga, até logo.

Ele parecia pasmo e logo me preocupei.

— O que aconteceu com a Violetta? — perguntei, já nervoso.

— Germán... É... — Ele hesitava.

— Fala de uma vez, Ramalho! — gritei e atraí a atenção de alguns policiais.

— Ela saiu com o León. Olga acha que foi procurar Angie.

O desespero tomou conta de mim. Agora eu tinha dois problemas, duas preocupações.


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Notas finais do capítulo

Como minhas aulas ainda não começaram, tenho bastante tempo para escrever. Entretanto, como no capítulo anterior, só vou postar o próximo capítulo rapidamente se esse tiver muitos reviews. Eu sei que é super chato pedir, mas eu tenho 39 leitoras (segundo o Nyah) e quero que ao menos a metade comente. Portanto, COMENTEM!!!!
Obrigada por tudo, minhas lindas, amo vocês ♥
PS: Fiz um ask.fm especialmente para vocês, minhas lindas. É uma forma de nos comunicarmos melhor, saberem novidades da fic e quem sabe alguns spoilers, hahaha. http://ask.fm/TeEsperareGR aqui, mandem alguma pergunta, alguma coisa.