Último Suspiro escrita por Marlbora


Capítulo 6
DIA 5


Notas iniciais do capítulo

Oi meus amores, como vocês estão? Eu estou bem, obrigada. rs
Quero desejar as boas-vindas a linda da Tori Costa ♥ obrigada pelos reviews, amores. E também agradecer a todas vocês que sempre mandam comentários e fazem essa autora aqui feliz :')
Sky Atera, sua linda, morri de rir com os seus reviews! Sério, na boa. Quando eu tava lendo, a minha mãe veio aqui no quarto ver porque eu ria tanto rs eu os amei ♥
Well, o capítulo ficou UMA BOSTA, por isso não me matem. Mas ele era necessário por causa do próximo capítulo, sabe? ha.
FELIZ ANIVERSÁRIO ATRASADO para a linda da Ana Lima! Parabéns amor, e o seu presente vai vir no próximo capítulo!
Hey, alguém aqui vai ir ao Rock in Rio? *o*
Boa leitura e até quarta-feira!



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5 de dezembro de 2012

Ponto de vista Anne McBride

DIA 5

Levou um bom tempo até que eu conseguisse convencer Riley de que ele tinha escorregado no chão, batido forte com a cabeça e desmaiado. Não foi fácil, mas como ele estava invulnerável e com uma puta ressaca, ele acabou acreditando no que eu dizia.

Eu não havia ficado com nenhuma marcada do tapa – estava só um pouco vermelho na região. Riley não havia percebido e tenho certeza que ele não se lembraria de mais nada a noite.

Já James disse que, assim que ele fosse embora, ele reaparecia novamente para conversarmos.

Era errado, eu sei que era, mas talvez eu estivesse vendo o meu ídolo de uma maneira diferente. Ele era tão carinhoso e atencioso comigo que eu me amaldiçoava todas as noites por não tê-lo conhecido antes da sua morte.

Apesar de muitas pessoas – principalmente posers – criarem um enorme boato dizendo que James era galinha e tudo mais, ele me provava a cada dia ao contrário.

Acho que ele teria sido um daqueles namorados que levava flores em dias comuns, ligava pra dizer que amava a garota no meio da noite… essas coisas.

Mas por outro lado, parecia que ele não se abalava muito fácil.

Decidi que já era hora de acabar com o meu banho e girei o registro. Coloquei o meu roupão e segui para o meu quarto.

–Você fica muito sexy com esse roupão de patinhos.

Me deparo com James sentado na minha cama.

Apenas rolei os olhos e fui em direção ao guarda-roupa.

–Eu sei disso. Não precisa me lembrar.

Ele gargalha alto e se vira pra mim.

–Posso escolher a sua roupa?

Ok, eu não esperava por isso. Me virei com uma sobrancelha erguida pra ele.

James salta pelo meu quarto e em questão de segundos, ele estava ao meu lado. Percebi o quanto ele ficava alto perto de mim. Eu ficava praticamente na altura do seu peito – se não mais pra baixo.

Ele revira os meus cabides fazendo eles se baterem.

[sugestão de música para o momento: #coloquem uma música bem fofa]

–Você não é como o Riley – digo e ele para imediatamente. Jimmy olha pra baixo procurando o meu rosto e me puxa para um abraço inesperado que durou menos de três segundos.

–Eu não sou um… covarde que nem ele – diz ficando olhando dentro dos meus olhos.

Não era certo nós estarmos numa proximidade tão perigosa. E também não era certo ele ser tão lindo.

–Eu sei que não – digo sorrindo.

Ele começa a alternar os seus olhos dos meus lábios para os meus olhos, se aproximando cada vez mais.

De repente, ele pega o meu queixo com uma das suas mãos e eu inclino levemente a cabeça, fechando os olhos.

Sinto seu hálito bater em meu rosto assim como a sua respiração.

Calmamente, seus lábios tocaram os meus. Meu corpo todo tremeu e eu não senti mais minhas pernas. Eu nunca havia sentido aquilo antes por nenhum garoto, nem mesmo por Riley. Mas com James era diferente, ele era único.

Logo, sua língua pediu passagem que foi rapidamente concebida.

Suas mãos – grandes e macias – seguravam o meu rosto uma de cada lado, enquanto meus dedos brincavam com uma mecha do seu cabelo.

James distribua caricias pelo meu rosto enquanto nossas línguas travavam uma batalha lenta, aproveitando cada segundo.

As nossas línguas não disputavam por espaço, apenas o compartilhavam.

O beijo foi diminuindo até chegar a leves selinhos.

Nos afastamos e ficamos nos encarando por alguns segundos antes de ele falar.

–Me… eu não sei o que me deu – ele disse voltando a sua atenção as roupas, como antes.

Eu continuei ali, parada, o encarando. Dentro de mim, alguma coisa vibrava. Caralho, o meu ídolo tinha me beijado! E não foi no rosto como a maioria. Jesus!

–Então, o que você acha desse vestido? – perguntou sem olhar para o meu rosto.

Depois de eu ter colocado o vestido que James escolheu – e de ter passado o momento tenso pós- beijo – nós nos sentamos na minha cama e começamos a discutir sobre o dia da morte dele.

–Me conta tudo o que aconteceu naquele dia – pedi calmamente e ele puxou o ar.

–Tudo bem, lá vamos nós.

Ponto de vista James Sullivan

24 de novembro de 2012 - Huntington Beach, CA , 0:33.

–Beleza Jimmy – Brian disse massageando as suas têmporas enquanto eu entrava no meu carro – nos vemos amanhã na casa do Matt. Não se esqueça: meio dia lá na frente.

–Pode deixar man, eu não vou esquecer – digo enquanto abaixo o vidro para poder vê-lo melhor.

Brian ergueu a sobrancelha esquerda e eu gargalhei.

–Que foi? Você acha que eu não sou capaz de acordar até às 11 horas da manhã?

Brian bufou antes de tragar a sua bebida.

–É mesmo pra responder James? – disse depois de empinar a garrafa de Heineken na boca.

O céu estava escuro, sem nuvens, sem estrelas, sem lua. O beco estava deserto, sem nenhuma alma viva para contar história. Talvez fosse porque a maioria das pessoas estavam assistindo o show do Iron Maiden agora.

É, a meteorologista errou quando falou que o céu iria estar estrelado e que não tinha nenhuma chance de chuva hoje a noite.

Pisei no acelerador do carro e logo um estrondo fez com que Brian pulasse.

–Jimmy, por favor, não inventa de correr. Olha – ele apontou para o céu – vai cair um temporal daqui a pouco. Tem certeza que você não quer esperar e ir comigo...

–Brian, não começa. – digo enquanto encaro aqueles olhos castanhos e o cabelo de Sonic dele – você fala como se eu fosse uma criança imatura de 5 anos que não sabe se comportar.

Brian puxou o ar e abriu a boca para falar, mas logo a fechou. Ele fazia isso quando não tinha palavras ou quando estava magoado. Sei disso porque ele era o meu melhor amigo desde a infância. Nós crescemos juntos, bebemos juntos, até moramos juntos.

Ele sussurrou alguma coisa que eu não entendi, e deixei por isso mesmo.

–Eu vou indo antes que o temporal comece – digo me posicionando no banco, colocando as duas mãos na direção. Não vi o que Brian fez ou deixou de fazer, apenas acelerei e fui indo.

“Se cuida, James”. Foi a ultima coisa que eu ouvi dele antes de começar a ouvir o barulho das buzinas que vinha da estrada principal.

Apesar de hoje ter sido o dia mais esperado para todos de Huntington Beach – o dia de show de rock onde estariam as bandas mais importantes -, a estrada não estava muito movimentada; parecia até um dia normal.

O primeiro trovão cortou o céu escuro e logo foi a vez de outro e mais outro. Os primeiros pingos de chuva começar a bater contra o visor do meu capacete, o deixando todo embaçado.

Um chevy vermelho ultrapassou dois carros que estavam na minha frente, ficando do meu lado. Olhei para ele. A única coisa que eu consegui ver do motorista foi a tatuagem no pescoço. Algo que começava com “I” e terminava com “U”. I love you? I miss you? Não sei.

O cara ligou o pisca-alerta para fazer uma nova ultrapassagem – do meu lado da pista -, mas não dei nenhum sinal de que iria deixa-lo passar.

A chuva decidiu aumentar e agora a estrada estava escorregadia.

O cara deu sinal de luz novamente, mas eu não cedi. Então ele me olhou feio. Não consegui ver o seu rosto direito, apenas os olhos castanhos claros que estavam ferozes.

Foi então que tudo aconteceu. Rápido demais, se posso dizer. Ele se atravessou na frente do meu carro e eu tentei freiar, mas sem sucesso algum. Alguma coisa estava errada com o freio. Eu desviei da estrada, indo em direção a uma floresta.

O barulho e vidro sendo quebrado se misturou ao de metal amassado. O meu carro capotava inúmeras vezes e, aos poucos, eu fui perdendo a consciência.

Ponto de vista Anne McBride.

–E então foi isso o que aconteceu naquela noite – ele disse encarando a cama.

Meu queixo caiu durante toda a parte da conversa. É como se eu estivesse lá, presenciando tudo.

–Então você não bebeu? Mas sim, foi praticamente expulso para fora da pista e perdeu o controle.

Ele apenas assentiu.

–Mas espera um pouco, você não disse que o seu assistente tinha levado o carro ao mecânico no dia anterior?

–Sim, ele levou. Mas ele me entregou o carro na manhã do acidente.

–Você não sabe qual foi à oficina que concertou o seu carro? – pergunto ligando as peças.

–Sim… por quê? O que você esta pensando?

–Você disse que não conseguiu freiar, certo? – ele assentiu e eu continuei – James, e se isso foi proposital?

Uma pequena saliência apareceu na sua testa.

–Ninguém teria motivos, Ann.

–James, você era famoso – lembrei.

–Mas mesmo assim, quem foi levar o meu carro foi o Jason e não eu.

Mesmo assim aquela ideia não saia da minha cabeça.

Nós ficamos em silencio por alguns segundos. Até que eu olhei para a janela e bem na hora, passou uma estrela cadente.

–Olha, uma estrela cadente! Faça um desejo. – digo sorrindo, mudando de assunto.

–Quero ter de volta a minha vida – ele diz com aqueles enormes olhos azuis pousando sobre mim.

Sorri em consolo e passei as mãos pelas suas costas, fazendo movimento de vai e vem.

Naquela noite, Riley me mandou um sms dizendo que me amava. Sim, antes que você me pergunte, ele estava bêbado.

James voltou ao meu quarto, mas eu já estava naquele estágio entre a consciência e a inconsciência do sono. Apenas senti que alguém havia me cobrido e, logo em seguida, se deitado ao meu lado.

Amanhã seria um longo, longo dia.


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Notas finais do capítulo

Ficou mega sem graça o capítulo, mas no próximo a coisa vai começar a ferver. hahaha
Hum, no que sera que a Annezinha tá pensando para "ligar os pontos"? TCHÃ NÃ NÃ NÃ.
Beijos.