Zumbis, Garotos E Armas! escrita por Andy


Capítulo 22
O mar não está pra peixe, correção o mar não está pra gente!




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— Esquerda! - gritou Castiel.

— Direita! - retorquiu Katherine. Ambos lançavam um olhar acirrado para o outro. O ruivo recuou um pouco, já no auge do stress. Que garota teimosa!

— Vamos! - exclamou ele. - Pela esquerda. - complementou olhando para Katherine que semicerrou os olhos.

— Já disse que há um meio de sair pela direita, é a porta de entrada dos funcionários, ou era. Mas enfim, vamos pela direita e ponto final. - declarou com autoridade. Castiel levou sua mão á testa, enquanto se controlava para não fazer nem uma loucura com aquela garota mimada. Ela podia até ser bonita, mas seu gênio era terrível.

Não te lembra de alguém? – acusou sua mente.

— Mas que abusada. - reclamou Castiel. Katherine cruzou os braços e deu um sorriso debochado, como se quisesse realmente arrancar aquela atitude dele, como se o conhece e dissesse explicitamente com seu sorriso “Sou seu pior pesadelo, e prepare-se é só o começo”. E Castiel odiava-se por se sentir atraído por esse lado obscuro da garota. Mas aquele sorriso... Foi à gota d’água.

— Leigh, vamos. - Bradou ele engatilhando sua arma e já começando a ir na direção que falara.

— Espera, deixa-me ir com você! – implorou Elie com voz chorosa, desde que conheceu Castiel, criou um afeto por ele, o colocando na posição de seu anjo da guarda, no meio daquele caos. Ao ouvi-la o mesmo deteve-se e voltando até a garotinha e se ajoelhando apoiando apenas em uma perna para ficar em tamanho proporcional a ela.

— Vai ficar tudo bem, Elie. Você e sua irmã vão sair deste lugar e então poderão viver salvas em algum lugar muito melhor que este. E quem sabe, poderemos nos reencontrar novamente. Mas especificamente em algum aeroporto por ai pra ser exato. – concluiu sorrindo gentilmente para a garotinha. Ele gostava de fato dela. Elie desviou seu olhar para o chão entristecida. Não queria se separar de Castiel, ou então... Aconteceria o mesmo que ocorreu com seus pais.

Flash back

— Rápido querida! Não temos muito tempo. – dizia Paige, apresando suas duas filhas a descerem a enorme escadaria na fachada da mansão. Apesar de demostrar tranquilidade em sua voz, estava terrivelmente assustada e desesperada por dentro. As autoridades não haviam explicado nada, apenas mandaram os moradores deixarem a cidade, e os que não tinham como, permanecessem em sua moradia até segunda ordem.

— Mãe e a Mia? – perguntou Elie que respirava com dificuldade, já sem folego. Foi então que a Sra. Salvatore lembrou-se do animalzinho de estimação da filha, uma filhote da raça Chow Chow.

— Não dá tempo, querida. Quando chegamos à Nova York compramos outro. – gritou seu pai da porta do sedan esportivo XLS Platinum.

— Mas papai, eu quero a Mia! – relutou Elie inconformada já se aproximando do carro com os olhos marejados.

— Tenho que concorda com a baixinha, não pra encontrar outra bolotinha de pelo igual a Mia. – apoiou Katherine aproximando-se por detrás da irmã e colocando a mão em seu ombro.

— Okay! Okay! – exclamou o pai das garotas Dean saindo do carro. – Eu vou busca-la, mas promete que vai parar de ficar me olhando com essa cara de cachorrinho que caiu da mudança? – diz se dirigindo a Elie, que rapidamente abri um sorriso de orelha a orelha e meneia que sim com a cabeça. Seu pai dá uma gargalhada com vontade, devia ganhar um troféu de “O pai mais manuseado do mundo” por sempre fazer o que for preciso para agradar e dá o melhor a suas duas joias preciosas. Mas não é essa a função dos pais? – pensou começando a subir a escadaria.

— Vamos meninas, melhor esperamos no carro. – dizia sua mãe apressando novamente às duas que obedeceram. Elie e Katherine sentaram-se no banco de trás, enquanto que sua mãe ficou no de passageiro ao lado do assento do motorista. – Espero que Dean não demore tanto. Ninguém diz algo objetivo, e chega a ser irritante não saber o que temer.

— Só pra constar: Inventaram algo chamado rádio. E adivinha? Uma das funções dele é nós atualizar sobre informações cotidianas ao nosso redor. – disse Katherine que observa pela janela o lago ao lado da mansão, em sua voz estava presente uma falsa simpatia descaradamente notável.

— Sério? Essa é nova. – respondeu sua mãe revirando os olhos. Já estava acostumada ao humor irônico da filha, até mesmo por que foi dela que a garota herdará. – Acho que preciso de um Upgrade. – comentou, ligando o rádio e não encontrando nem uma estação, apenas um enorme chiado concluiu. – Sem sinal.

— Ótimo. – respondeu Kathy irritada, com seu sacarmos de sempre. – Agora sim podemos embarcar em uma linda viagem como uma alegre e tradicional família, para “não sei aonde” por causa de “não sei o que” e no final nós...

— Katherine! – exortou sua mãe virando-se para trás. A ruiva deteve-se lançando seu olhar para a mesma direção que sua mãe. Elie encontrava-se encolhida em seu canto, com um medo claro expresso em seus olhos verdes cintilantes que já estavam cheio d’água. Katherine logo entendeu que fez burrada e não devia descontar seu descontentamento com a situação nas pessoas que considerava as mais importantes de sua vida.

— Hey baixinha! – sua voz saiu doce e em um tom maternal. – Você sabe que o que falei não é verdade não é mesmo? – Elie continuou a olhando duvidosa. Katherine bufou e revirou os olhos e disse rindo. – Por favor, diga que não que eu admita que falo bobagens! – um sorriso chantagista começou a surge nos cantos dos lábios de Elie e que acenou que sim com a cabeça.

— Argh! Sorte sua de ser minha irmã mais nova. – exclamou Kathy rindo em seguida tendo uma ideia. – Okay eu admito, falo bobagens! – dizia se aproximando de Elie. – Só que eu conheço alguém que fala muito mais que eu... – Katherine começou a fazer cocegas em Elie que ria sem parar, implorando para irmã parar em meio a gargalhadas.

— Pronta, aqui está! – disse Dean entrando no carro, bem na hora que a ruiva parou de fazer cocegas em Elie. O Sr. Salvatore entregou Mia a filha mais nova que rapidamente abraçou a bolinha de pelo. Logo eles deu a partida no carro e arrancou com o mesmo dando a volta na fonte que se encontrava no pátio da mansão e então saindo na rua que o levaria a avenida principal. Duas motos e um outro carro escoltava a família.

Não demorou muito e logo o carro virou na esquina entrando na avenida. O ceu encontrava-se cinzento e carregado de nuvens, os enormes arranha-céus pareciam desabitados, o som de sirenes ecoavam por todos os lados, ora de ambulâncias, ora da policia. Pessoas desesperadas corriam pela rua esbarrando em carros que se moviam lentamente por conta do grande congestionamento. Era um caos total.

— Parece que todos tiveram a mesma ideia que a gente. - afirmou Dean com humor. Paige bufou, e Katherine e Elie se viam interessadas em observar o que acontecia ao seu redor. Uma enorme gritaria se deu inicio acompanhada de pessoas correndo para todos os lados desnorteadas, algumas caiam e logo eram esmagadas por uma massa de gente correndo, família abandonavam a segurança do carro e se juntavam a eles. Mas havia algo pior, do qual Katherine teve que semicerrar os olhos se quisesse enxergar melhor. Algumas pessoas estavam atacando as outras, com mordidas. Não, elas estavam... Comendo?

— Pai... - balbuciou Katherine temendo o que se aproximava do carro deles. Dean e ela se entreolharam antes do mesmo da a ré, e entrando em uma rua a direita, inutilmente pois a mesma rua estava pior que a outra. Mesmo assim Dean permanecia tentando sair do meio do tumulto, quando um homem pulou no para-brisa do carro, ele perdeu o controle com o susto e o automóvel derrapou batendo em um poste. Não ouve ferimentos sérios graças ao cinto de segurança mais o susto esse sim causou danos.

— Estão todos bem? - perguntou Paige preocupada, levantado a cabeça e olhando para trás.

— Elie, Katherine! - chamou Dean que tinha um corte no supercilio. - Pra fora do carro, agora! - logo elas obedeceram e todos saíram. Paige puxou as filhas para perto de si, perdida em meio a multidão que corria na rua. Dean abriu a porta luva e pegou uma pistola semiautomática, sua Beretta, puxou dois pentes de munição e saiu do carro. Olhou para o caos na rua e viu as criaturas que algumas pessoas haviam se tornado. Pareciam selvagens carnívoros e desumanas. Três deles se aproximavam de sua família, Dean não hesitou em atirar na cabeça dele antes de se aproxima da esposa.

— Para o apartamento. - bradou enquanto ambos corriam para lá. Um grupo de infectados os perseguia enquanto corriam entre os corredores dos prédios. Quando chegaram ao final de um corredor sem saída, entraram na primeira porta que viram.

Dean fechou a porta, colocando uma cadeira virada com seu apoio na maçaneta para atrapalhar os zumbis. Paige olhava para tudo assustada, ate correr a janela e abrir a mesma.

— Rápido meninas! - gritou. Katherine puxou Elie que foi a primeira a pular para o beco que ficava do outro lado da janela.

— Kathy... - balbuciou Dean. - Filha, pegue! - ele então pegou a Beretta e jogou para a ruiva que a pegou um pouco desajeitada.

— E só você duas agora. - sentenciou sua mãe, com olhos marejados. Kathy não acreditava no que ouvia, e não aceitava.

— Não, vocês não vão ficar aqui.

— Cuide da Elie. - pediu Dean. Paige a empurrou para fora, fazendo Katherine caiu. Sem perder tempo a mãe da ruiva ligou todas as bocas do fogão que se encontrava ali e procurou por uma caixa de fosforo. Não ia permitir que aquelas coisas triscassem um dedo sequer em suas filhas. Ela olhou para Dean quando terminou que balançou positivamente a cabeça apoiando sua ideia. Paige se juntou a ele abraçando-o, exclamou que o amava e então pegou o palito de fosforo jogando no fogão. Não demorou muito para o fogo consumir tudo.

Flash Back off

Castiel fitou o rosto inocente de Elie, sabia que muita coisa ruim aconteceu com ela até aquele momento. Sentia a necessidade de protegê-la, mesmo que tivesse uma irmã meio difícil de aturar.

— Okay! Vamos. – exclamou levantando ela que apoiou-se em seu braço para conseguir andar.

— Não tá doendo tanto assim. – exclamou Elie vendo que conseguia dá alguns passos mancando. Estava dolorido o pé machucado mais aquilo já não chegava a incomoda-la como antes.

— Então, vão mesmo seguir pela direção errada? – perguntou Kathy inconformada.

— Sim! – responderam Elie, Castiel e Leigh em uníssono. Katherine bufou, sabia que estavam fazendo besteira e seria perigoso permanecer mais tempo no prédio, mas já que era minoria teve que aceitar a vontade dos demais.

— Isso é motim sabia? – resmungou tomado a frente no corredor. Elie olhou para Castiel com um sorriso cumplice e este piscou para ela.

O grupo seguia pelo corredor, quando começaram a ouvir o barulho de algo arranhado a parede não muito longe deles.

— O que é isso? – perguntou Elie assustada. O som era endurecedor e chegar a doe em seus tímpanos.

— Seja o que for não quero descobrir. Não mesmo. – afirmou Kathy. Eles dobraram a direita no corredor e L e se deparara com dois snakes bem a frente dele. Com o susto, todos empunham suas armas mirando na criatura.

— O que é isso? – indaga Castiel que até então nunca havia visto a criatura.

— O que não queríamos descobrir. – respondeu Kathy, efetuando os primeiros disparos em direção as criaturas que erguera suas mãos onde cada dedo tinha garras afiadas e correu em direção ao grupo. Uma batalha se deu inicio. Castiel estava encosta rés a parede protegendo Elie enquanto tentava derrubar os snakes com tiros enquanto Kathy mantém um combate parcialmente corporal com uma das criaturas, Leigh fugia dos ataques de outra.

— O que eles são? Imortais? Estamos apenas fazendo cócegas neles. – gritou Kathy descarregando o ultimo pente de munição que havia em sua arma. E ao se encontrar se nem um modo de deseja e com o snake vindo em sua direção, ela pegou o extintor próximo a ela na parede e esperou. Não sabia exatamente o que fazer com aquilo até ter uma ideia. Tirou o lacre do mesmo e quando a criatura pulou em sua direção ela despejou uma nuvem de CO2 bem na boca do snake que levou as garras até a cabeça segurando a mesma e balançando-a de um lado para outro atordoado. Kathy aproveitou o momento de distração e transferiu outro golpe em sua cabeça o animal caiu e parecia incapacitado.

— Ei feioso!? – gritou a ruiva para a outra criatura que rapidamente correu em sua direção. – Se eu fosse você não faria isso! – exclamou e esperou até o snakes abrir sua boca para então colocar a mangueira do extintor em sua boca e lançar um jato de branco garganta abaixo. E foi isso que fez, derrotando a criatura.

— Quem são imortais agora? – debochou ao ver que havia vencido.

P.O.V. Nathaniel

Finas gotas de chuvas caiam sobre o pátio da escola. Misturando-se ao solo chamuscado pela explosão. Corpos estirados, e despedaçados encontravam-se espalhados por ali. Sangue e fogo, era disso formado aquele cenário. Mas o lugar onde o desespero abrigava-se era dentro das paredes de Sweet& Amorins.

Nath e Rosalya se encontravam de joelhos no chão, o garoto abraçava a menor segurando a mesma que apesar de saber que não seria possível, ainda sim queira ir impedir ou ajudar a Cassie. Ambos choravam, era lagrimas de dor, lagrimas de perda, lagrimas que jorravam cada vez mais e mais. Como explicar a sensação? Já se sentiu vazio? Já se sentiu com um aperto e uma grande dor no coração? Já chegou ao pior nível da saudade? Ou da perda? Caso sua resposta seja sim. Então você entende a cada um deles.

— Não Nath, não... - choramingava Rosalya. - Não! - gritou. Ele a tomou em seus braços, quase que a sufocando.

— Calma... Okay? Calma... - falava o mesmo apesar da dor e lagrimas. - Ela se sacrificou para nos salvar. Temos que sair daqui Rosalya... Por Cassie!

A garota agarrou firmemente em seu braço enquanto enterrava seu rosto no peito dele.

— Temos que ir Rosa, temos que ir. - Nath mais falava para si do que a garota. Ele era o lider do grupo ali, e não queria perde ninguém mais. Rosalya desvencilhou dele enxugando algumas lagrimas.

— Como vamos sair daqui? - perguntou com voz chorosa. A entrada principal havia sido quebrada.

— Eu tenho uma ideia. - respondeu pegando a mochila com a documentação no chao e entregando para garota. Em seguida a ajudou a levantar e ambos seguiram pelo corredor ate entrarem descerem para o porão. Nathaniel entrou puxou uma cortina da parede.

— Tem uma janela aqui. Acho que da pra gente passar. - indagou Nath pegando taco de beisebol de Rosalya e quebrando a janela em vários golpes em seguida.

— Aqui! Pra gente não se corta. - dizia Rosalya entregando a mochila a ele. Nath a colocou em cima dos cacos de vidros. Dando espaço para Rosalya subir. A garota com dificuldade e cuidado conseguiu atravessar e do lado de fora percebeu que estava no lado da escola que da para a quadra poliesportiva. Esperou por Nath que gemeu baixinho ao passar. Sua perna sangrava, havia cortando-a no vidro quando passou.

— Nath... - exclamou Rosalya desesperada

— Tudo bem. Não foi tão profundo. - disse rasgando a manga de sua camisa e então enfaixando sua perna, deu um no forte. Suportando a dor que sentia. Pegou a mochila e a balançou fazendo os cacos de vidros caírem. Levantou-se e deu a mochila a Rosalya, a mesma permitiu que ele passasse sua mão sobre seu ombro para apoia-se enquanto seguia para fora daquele inferno. Deixando para trás um rastro de dor e destruição.

P.O.V. Ken

— Esse e o hotel? - perguntou Morgana, olhando para o edifício a sua frente.

— Aham. - exclamou Ken indo ate a porta e depois de três batidas chamou pelo nome de Amy. Ao ver que não havia respostas ele tentou de novo e então parou pensativo.

— Aconteceu alguma coisa? - quis saber trina.

— Era pra ela ter abrindo a porta.

— Ela? - desta vez foi Morgana.

— Amy . - continuou Ken, ela foi escolhida para fica no hotel esperando todos chegarem.

— A sua namorada? - indagou Victor. Trina olhou para Ken arqueando uma sobrancelha.

— Eu saio da sua vida por seis meses e é isso que você apronta, Kent? - fala com indignação. Ele bufa e volta-se a porta, ela não era digna de resposta nem de pedir satisfação dele. Uma vez que deixou de ser a sua melhor amiga a muito tempo.

Ken se afastou da porta e depois com impulso se chocou com a mesma a derrubando.

— Que pratico. - exclamou Morgana em seguida. Ambos entraram no prédio, Ken em sua super velocidade já foi averiguando cada centímetro do recinto atrás de Amy. Constatando que o que temia era verdade.

— Eu disse pra ela não fazer nem uma loucura. - dizia voltando para sala.

— Nada da garota? - perguntou Victor.

— Não... Temos que sair daqui. Vou deixa-los na mansão e depois vou procurar ela. - respondeu pegando na caixa com armas um taco de beisebol e uma katana jogando-os para Viktor e Morgana.

— E eu? - reclamou Trina.

— Fica sem. - respondeu Ken sorrindo irônico para a garota. Em seguida ouviu o som de disparos e correu para porta, vendo ao longe Nath e Rosalya se aproximarem, ele não via Cassie.

— Esperem aqui! - bradou ao grupo enquanto ia ajudar seus amigos.

Nath derrubou um zumbi próximo e atirou em outro que se lançava nele, havia apenas dois pojáveis na arma. Rosalya fazia seu melhor com a katana, desferindo golpes em locais estratégicos, como os membros inferiores e superiores e a cabeça.

— Precisam de uma ajudinha? - ouviram antes de Ken aparecer e acabar com boa parte dos infectados próximos. Pegou Rosalya no colo e junto com Nath saiu correndo na velocidade humana, desviando dos mortos-vivos ate a porta, adentram o lugar e Morgana e Victor arrumaram a posta colocando o que podiam na frente para barrar o local.

— Estão todos bem? - perguntou Morgana virando-se para eles. Ken já havia soltando Rosalya que se sentou no sofá e fincou seus braços na perna mergulhando seu cabelo nas mãos.

— Cadê a Cassie? - perguntou Ken, já presumindo o que havia acontecido.

— Não... - começou Nath, desviando seu olhar em seguida e então suspirando. Não queria ter que terminar a frase. Ken virou-se para a parede atrás de si encostando-se nela com um braço apoiado na mesma. E em seguida fechado a mão em punho deu um soco na parede assustando a todos. Não queria que ninguém morresse. Logo Cassie?

Ele lembrou de quando encontrou a garota na escada de incêndio. Do quanto ela o ajudou quando estava conturbado com o fato de ter se transformado vampiro.

— Cadê a Amy? – foi Rosalya que perguntou notando a falta da amiga ali.

— Não está aqui! - respondeu Morgana por Ken. Ela observava os jovens que havia chegando com certo interesse. Eles pareciam familiares.

Isso tá acabando comigo. Um encontro e desencontro torturante! Quando tudo está dando certo, as coisas começam a desandar. Sei que ela precisa de mim agora, algo me diz isso! Que raiva! Se eu tivesse ficado, nada disso estaria acontecendo. Meu pai está certo, sempre esteve. Preciso ter a atitude de um líder! – pensava Ken. Sua cabeça esta conturbada com a circunstancia. E pra iterar Trina aparecia novamente em sua vida. Agora sim tudo está perfeito! Todos há rumo de um buraco no abismo. Estava cada vez mais difícil sobreviver, ao ponto que a morte parecia uma boa saída. Cassie deve está melhor agora, sem ter que sofrer ou passar pela mesma coisa que eles.

— Kentin... – chamou Nath fazendo o garoto deter-se no que fazia e então fitasse o loiro. – Se a Amy não está aqui, esta aonde? – Nath ficou de pé, mostrando-se preocupado. Conhecia Amy há muito tempo para saber que loucuras era capaz de fazer.

— Eu não sei... – respondeu Ken.

— Quem é essa tal de Amy? – perguntou Trina. – Será que daria para parar de falar nela um pouco, só pra variar? – arfou a garota.

— Ignorem ela. – dizia Ken indo até a porta e abrindo a mesma.

— Aonde vamos? – perguntou Viktor. Rosalya se levantou enxugando uma lágrima declarou:

— Encontrar os outros.

Amy abriu a porta se deparando com duas beliches, cada uma estava presa a parede. Uma escrivaninha e um armário, os moveis e a parede branca como tudo ali. Ela havia seguido as direções de Sophi, e encontrado os dormitórios.

— Realmente preciso de um banho. - disse olhando-se no espelho do banheiro. Se dirigiu para o box e ligou o chuveiro. Em seguida estava tomando uma ducha quente e refrescante.
O contato de sua pele com a agua foi um alívio, sentia-se limpa. Não demorou muito ali, não poderia se dá esse luxo. Saiu apressadamente se enxugando com uma toalha que encontrou.
Dentro do armário encontrou algumas roupas femininas vestindo-se com uma camisa social branca, uma meia calça preta e um short marrom escuro, finalizando com o blazer marrom que encontrou.
Suspirou, antes de calçar novamente as botas de camurça e sair dali. Caminhou no corredor branco, ate chegar o final do mesmo. Onde havia uma escada espiral, Amu subiu temerosa com as novas descobertas, encontrou a porta e adentrou a mesma vendo vários monitores nas paredes, e um ponto de controle. A sala era escura e ao lado dos monitores havia um mapa 3D do laboratório em representação holográfica. Amy teria indo ate a mesma se não tivesse ouvindo a voz de Dake.
— Não tio, está louco. Não tem ninguém comigo. - dizia. Amy se sentou na cadeira e prestou atenção na conversa.
— Mas... Tem certeza? Eu acho que vi alguém.
— Tenho. Somos os únicos aqui.
— E a equipe, está vindo? Consegui contata-los?
— Sim tio Boris, eles estão a caminho. - a câmera ficou em Dake, ao que indica o mesmo também tomou banho, pois ao contrario da roupa branca, ele vestia uma calça jeans, camisa gola V azul escura e um blazer preto.
Amy não podia negar que ele estava bonito. Mas ainda assim não mudava o fato de ele esta escondendo algo.
— E as amostras? - perguntou Dake.
— Na maleta com as vacinas como o combinado. - respondeu Boris que olhava algo pelo telescópio.
— Onde foi que conseguiu isso? - perguntou o homem assombrado.
— Funcionou?
— Bem mais que isso, parece que o portador desenvolveu uma resistência ao vírus.
— Isso quer dizer, que nos encontramos uma cura?
— Possivelmente sim.
Amy parou pensativa. Depois de todas as revelações que Sophi fez a ela, não conseguia confiar mais Dake. Devia pensar cuidadosamente no que faria aparte de agora. Ate então tudo que queria era sair daquele laboratório. Porem, não poderia esquecer a maleta, onde estava documentos que ela necessitava para provar e alertar as pessoas sobre o virus e seu risco. A ruiva deixou a sala que estava e descendo a escada em espiral seguiu pelo corredor, dirigindo-se ate os dormitórios masculinos. Se Dake havia trocando de roupa é sinal que tinha tomado banho também, e consequentemente, levado a maleta para o quarto.

Dito e certo. Amy não demorou encontrar a instalação de Dake, entrou em seu quarto e com cuidado pegou a maleta em cima da cama, congelando em seguida.

— Por que ver você aqui na o me surpreende? - ouviu, e devagar virou-se para frente de Dake.

— Eu já sei de tudo. - declarou, fazendo o loiro franzir a testa. - Sobre o vírus.

— Eu estou enganado, ou você acabou conhecendo certa cientista?

— Não fuja do assunto.

— Não estou. - exclamou. - E já que você descobriu tudo, então deve saber que estamos desenvolvendo uma cura, certo?

— Sim, também sei que vocês não tem ela aqui.

— É por enquanto. Acabamos de fazer uma grande descoberta sabe? Eu e você, naquele elevador.

Amy ficou calada. Não gostou nem um pouco das palavras de Dake, já que fazia aquelas cenas voltarem em sua cabeça.

— Não estávamos apenas nos beijando Amy. Eu sei que esta infectada, soube desde o momento que a vi no jornal. Minha pergunta é: Como não se transformou? Depois da contaminação do príon-5, a manifestação do vírus em seu corpo dura minutos e se tiver metabolismo lento, uma hora. Mas parece que isso não se aplica a você. Amy, seu organismo desenvolveu uma defesa para o vírus ou isso, ou o príon esta em estado lisogênico. O que eu duvido para um R.N.A. como.

— Quer dizer que... Eu tenho resistência ao príon?

— Parece que sim.

— E... O que isso significa exatamente? – perguntou Amy espantada. Ela achava que já tinha ouvido de tudo, mas estava redondamente enganada.

— Que temos uma cura.

— Eu?

— Seu sangue, pra ser exato.

— Mas pra sabermos se funcionar, precisaríamos fazer teste, ver se sofreu alguma alteração no seu D.N.A. Por isso o beijo. Eu estava dando alguns amasso em você, estava coletando D.N.A.

— Você não presta Dake Evan! – grunhiu Amy sentido uma enorme repugnância pelo homem a sua frente. Ele apenas ria debochado.

— Sabe, até que eu gostei. – Amy não conseguiu se segurar, avançou para cima de Dake batendo em seu peito, até cerrar os punhos e lhe dá um soco. E para sua surpresa ele foi jogando para trás com o impacto. Ela olhou para seus punhos e depois para ele no chão desacordado, sem entender nada.


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