Zumbis, Garotos E Armas! escrita por Andy


Capítulo 16
Com licença! Sr. Zumbi.


Notas iniciais do capítulo

Novidade: Um novo personagem do AD surgir na historia.
Espero que gostem.



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– Boa sorte! - exclamei abraçando a cada uma das meninas e garotos também. O clima que se estendia no ar era igual de um velório. Desconfortável e sufocante. Com sentimento de perda.

– Lysandre, Ken me ajudem aqui! - exclamou Castiel. Nath e Leigh empunhavam a arma mirando na porta. Cassie vinha logo atrás fazendo o mesmo que os dois com sua submetralhadora. Rosalya apertava minha mão. E Bea estava com seu olhar cravado na porta, enquanto controlava sua respiração. Suas mãos empunhavam a Beretta que no momento estava com o cano mirado para o chão.

Cas, Ken e Lysandre afastaram toda a barreira que havia na porta. Castiel pegou uma granada e olhou para Ken que acenou com a cabeça. Colocando sua mão na maçaneta.

– No três. - bradou Cas. Contei mentalmente. 1...2...3.

Ken abriu a porta completamente e Castiel atirou a granada. Que caiu a alguns metros perto de um carro. Ken fechou a porta apressadamente e depois o som da granada explodido ecoou. Booom!

– Agora! - gritou Castiel empunhando sua M45D Shotgun. Leigh foi para o seu lado e ele abriu a porta já saindo atirando indo para o leste á sua esquerda. Nath também saiu e Rosalya me abraçou rapidamente antes de seguir atrás de Cassie. Ambos pegaram a direção contraria de Castiel atirando nos zumbis que estavam em seu caminho. Lysandre foi o próximo com Bea em seu encalço.

– Se cuida. - disse Ken beijando minha testa e depois saindo. - Por favor, não faça nenhuma loucura. - exclamou antes de fechar a porta.

– Não posso prometer isso. – exclamei pegando a Katana e então correndo para cozinha. Vesti minha o blazer de couro preto e então me dirigir para a janela da cozinha. Abri a mesma e em seguida pulei para a escada de incêndio.

Havia um lugar que eu não revelei a ninguém. Algo que precisaremos. Que se duvidar, era a coisa mais importante.

Algo que pudéssemos usar para mostrar para o mundo o que aconteceu com a nossa cidade. Por isso, decidir que iria até o Jornal Sweet News.

Desci a escada de incêndio e corri pelo beco que havia entre algumas latas de lixo no lado do hotel. Segundo meus cálculos, eu deveria chegar até a pracinha Botânica, atravessar uma ponte antiga de tijolos marrons por onde corria o lago Cristal e então seguido pela direta era só chegar até a entrada do metro, que o prédio do jornal estaria bem no lado.

Olhei ao meu redor que não havia sinal de zumbis. Talvez por que eles estavam atrás dos meus amigos. Empunhei a Katana e sair correndo em direção á pracinha.

Árvores, trilhas cascateando a grama verdinha, bancos, um parquinho para crianças e muito mais árvores e verde. Ainda bem que era uma pracinha. Pois parecia um pedaço de floresta no meio da cidade.

Dei alguns passos hesitantes, seguindo por uma das trilhas. Ouvi um grunhido. Parecia distante. Continuei meu percussor sentindo um arrepio e no momento seguinte virei. Um zumbi se jogou em cima de mim me fazendo cair.

Quando dei conta, estava com minhas mãos no ombro do zumbi impedindo que o mesmo cravasse sua boca em meu pescoço.

– Argh... Argh... – grunhia tentando se aproximar de mim. Há essa altura meu instinto por sobrevivência e medo misturou-se a adrenalina em meu sangue e quando vi, em um ato rápido quebrei o pescoço do zumbi.

Assustada e com meu coração a mais de mim, recuei para longe do zumbi. E então ouvi mais grunhidos. Peguei a katana no chão e a pendurei no arreio em minha costa.

Retirei a pistola semiautomática do coldre e sai correndo. Não queria que aquelas coisas chegassem perto de mim, nem por um minuto a mais.

Corri sem parar e sem olhar para trás. Alguns zumbis eram lentos demais, enquanto eu só esquivava deles. Eu apenas disparava naqueles que avançavam em minha direção. Quando já conseguia ver a ponte notei que na mesma havia um grupinho de zumbis. Suspirei.

Parei um estante para tomar o folego e depois me dirigir para lá.

– Hey! Sr. Zumbi! – gritei já empunhado a pistola e mirando. – Sabe onde fica o jornal? – perguntei. Ele grunhiu e correu em minha direção. Tomei folego novamente, bloquei minha respiração e apertei o gatilho. O projétil se alojou bem na testa do zumbi. Sorri vitoriosa. Estava pegando o jeito!

Continuei com minha postura e então mirei um a um dos zumbis que trotavam em minha direção, fazendo disparos que segundo o Nath era chamado de acompanhamento.

Um cartucho caiu no chão. O último. Os zumbis estavam todos mortos. Removi o pente vazio da pistola.

Coloquei novas balas no mesmo, pressionei para prender o cartucho e inseri novamente o pente na arma. Engatilhando a mesma em seguida para transferir uma bala para o cano, puxei o carregador e deixei que ele voltasse para frente.

Pronto. A pistola estava recarregada.

Nath teria orgulho de mim.

Empunhei a H&K e continuei correndo, passando pela ponte e virando a direita. Não demorou muito para encontrar a entrada do metro. E logo atrás do mesmo no centre de cruzamento, erguia-se um prédio espelhado com os dizeres “Sweet News” em um azul chamativo.

Finalmente. Dirigir-me para o local e ao entrar fui surpreendida por alguns zumbis que estavam na recepção disparei no que estavam mais perto de mim e chutei outro que chegava por trás. Guardei a arma no coldre e comecei a golpeá-los com a katana. Olhei ao redor vendo um extenso corredor. Os zumbis que se encontravam na recepção já estavam mortos, então adentrei o corredor em forma de T.

No final do mesmo havia uma escadaria de cada lado. Escolhi a que ficava a direita e subir com cautela a mesma. Ao chegar ao segundo andar havia outro corredor, mas, a escada que eu subi continuava. Como um zig-zag.

Subi mais alguns lances de escadas, e quando já não tinha força para continuar andando, encostei meu corpo na parede e puxei um pouco de ar para meu pulmão.

Foi então que meu olhar recaiu sobre uma palavra escrita em uma porta de vidro no corredor que parei para descansar.

“Almoxarifado”.

Levantei-me apressada e então andei até a porta dupla de vidro. Empurrei a mesma e vi várias escrivaninhas uma próxima da outra. Era como se fosse uma sala de escritório popular. Dei mais alguns passos em direção à porta e então ouvi os grunhidos. Zumbis de todos os lados começaram a aparecer. Corri pelo centro da sala até um porta de madeira em tom creme.

Chefe de edição Thompson. Era o que estava escrita nela. Não pensei duas vezes Entrei no escritório do Sr. Thompson e fechei a porta atrás de mim. Em seguida abaixei as persianas da janela de vidro ao lado da porta. Caminhei em direção à escrivaninha e sentei na confortável poltrona de couro, ligando o computador a minha frente. Era a minha chance.
– Não vai encontrar o que quer ai. - ouvi uma voz masculina exclamar. Levantei meu olhar para a porta no lado oposto ao meu. Um homem loiro de olhos verde turquesa e jaleco branco se encontrava ali. Seu olhar estava cravado em mim. Os cantos de sua boca puxados para cima formando um sorriso enigmático, que poderia chegar a ser meio simpático ou irônico.
Desviei minha atenção dele para a arma que tinha no coldre em minha perna e em seguida respondi:
– Não sabe o que eu procuro. - minha voz saiu decisiva. Apesar de eu estar um pouco nervosa com a presença dele.
– Ah, eu sei sim! - continuou ele rindo com uma autoconfiança que chegava a assustar. E em seguida caminhou em minha direção. Sentando-se na cadeira em frente à escrivaninha.
– Meu nome é Dakota Evans. Mas pode me chamar só de Dake. - disse ele estendendo o braço. O cumprimentei meio relutante.
– Amy Sullivan. - respondi. Ele deu de novo o sorriso assustador. Pigarreei.
– Disse que sabe o que eu procuro... - indaguei, minhas mãos estavam cruzadas sobre a mesa de maneira que eu me apoiava nelas para inclinar meu corpo para frente. Dake pareceu perceber isso, pois, fincou seu cotovelo esquerdo no braço da cadeira e levou sua mão ate o queixo mantendo uma postura observadora. Odiei esse ato com todas minhas forças. Odiei mais ainda quando ele ergueu uma sobrancelha.
– Eu disse que tenho? - questionou. E depois sorriu. Levantou-se da cadeira e então foi ate um arquivo que havia próximo a porta de onde ele surgiu. Dake derrubou o arquivo para o lado, o som metálico do objeto de encontro ao chão ecoou alto. Por segurança eu peguei a pistola do coldre e me levantei da escrivaninha olhando fixamente para a porta por alguns minutos e depois me voltando a ele.
O arquivo escondia atrás de si um cofre. Esse foi o motivo de Dake ter derrubado o mesmo.
– Sabe a senha? - perguntei.
– Sei ate como te levar para o paraíso. - respondeu ele rindo maliciosamente para mim em seguida.
Juro que nessa hora senti vontade de mirar o cano da pistola nele e disparar ate o pente de munição acabar, mas me controlei.
– Ficar me olhando não vai fazer o cofre abrir sozinho. - falei ríspida. - Sem falar que graças a sua genial ideia de usar a força bruta, com certeza atraiu zumbis para cá!
Dake revirou os olhos e depois bufou. Voltando-se ao cofre e minutos depois um "crack" ecoou na sala e o cofre foi aberto. Dake pegou uma maleta preta com senha e a abriu, depois foi ate o cofre e retirou algumas pastas de lá, um CD e por ultimo um pen drive. Colocou na maleta, digitou uma senha e depois de travar a mesma, levantou-a.
– Isto e o que procura! - respondeu. E no minuto que me distrai olhando para ele a porta foi arremessada para dentro da sala. Dake me puxou para onde estava bruscamente, salvando-me da porta assassina. Um rugido ecoou.
– Um SN4. - exclamou Dake encarando a sala do almoxarifado. Alguns zumbis se dirigiam para o lugar que estávamos, e no meio deles se encontrava uma criatura igual aquela do posto de gasolina.

– Ferrou! - continuou ele, em seguida ergueu uma submetralhadora, e me passando a maleta, mandou uma rajada de disparos com uma sub que eu não havia reparado em direção à criatura que ele chamou de SN4.
– Vamos! - gritou me levando para a porta que ele havia saído outrora. Abri a mesma e entrei correndo, ela dava para outro escritório.
– Me ajuda aqui! - gritou Dake, larguei a maleta em cima da escrivaninha daquela sala e o ajudei a empurrar uma estante cheia de livros e outras coisas para frente da porta, a fim de evitar que o SN4 entre.
– Ainda tem muita munição?
– 15 no gatilho e mais um pente no coldre. - respondi pegando a maleta e seguido Dake ate a porta que daria entrada a sala que estávamos.
– Okay. Acho que junto com isso daqui, da conta do recado! - exclamou Dake com aquela confiança assustadora mostrando uma granada. - Se prepara. - disse ele.
E logo eu ouvi a estante que colocamos para barrar a entrada da criatura começar a ceder. Dake me puxou para perto dele.
– Ao meu sinal, a gente vai para o corredor e sai correndo como loucos, ta bem? - perguntou ele.
– Acenei com a cabeça.
TUM, TUM, TUM. Baques e mais baques na porta. A estante caiu e a porta voou. O SN4 rugiu. E entrou no recinto que estávamos. Sua língua serpenteava de um lado para o outro. Ele subiu na parede de maneira assustadora. Ficando no canto da sala. Lancei um olhar desesperado para Dake quem matinha as mãos na granada e observava a criatura.
SN4 rugiu novamente e logo em seguida pulou. Eu gritei e dei alguns disparos em sua direção. Dake jogou a granada estrategicamente dentro da boca do SN4 e depois abriu a porta me empurrando para fora e fechado à mesma antes de se jogar por cima de mim.
BOOM!

Pedaços de madeira voaram para todos os lados.


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Notas finais do capítulo

Surpresas?
E ai, o que achou do Dake entrar no meio do apocalipse?