Little Dark Princess escrita por Lady Iris


Capítulo 1
Meu Diferente Conto de Fadas


Notas iniciais do capítulo

Aaaah, então, tudo bem?
Estou ótima se você quer saber.
Lá vai meus pensamentos obscuros, depressivos e um pouco sanguinários.
:)



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O barulho na sala de aula estava insuportável. E não. Eu não estou falando daquela baderna que os alunos fazem quando o professor está fora. Muito pelo contrário. O mesmo estava ditando algo que eu não compreendia, ou pelo menos não queria compreender. A voz dele me irritava. Não só a dele. Aquelas outras garotas no fundo da sala cochichando algo incompreensível para mim ou aqueles garotos que riam incontrolavelmente também me estressavam.

Talvez tenha agido sem pensar, mas não me importo. Peguei a minha faca - aquela que levava todo dia para a escola - e uma folha do meu caderno com as palavras durma bem, e fui em direção ao professor. Tentei esconder a faca, que foi meio difícil, mas não impossível. Aproximei do senhor de meia idade que permanecia em pé de costas para o quadro negro.

– Senhorita Jefferson, volte para seu lugar e sente-se imediatamente.

De cabeça baixa, entreguei-le o papel e antes que pudessse perguntar o que significava aquilo, cravei a faca em seu peito, fazendo-o jorrar sangue e manchando meu uniforme com o mesmo líquido vermelho.

O corpo caiu no chão sem vida e pude sentir os olhares em minha direção. Caminhei ainda de cabeça baixa até aquelas garotas que a pouco tempo estavam sussurrando segredos e agora estavam me encarando como se eu fosse um demônio. Sentei-me perto delas esperando-as dizer alguma coisa mas o silêncio reinava na sala.

– Você é um monstro. - disse uma menina, quebrando o clima pesado.

Ouviu-se um pequeno estalo e logo senti minha bochecha formigar. Como aquela vadia teve a ousadia de me bater? Encarei a garota e dei-lhe um soco no rosto. Ela caiu gemendo de dor. Segurei-a pelos cabelos e bati com força na parede. Ela escorregou até ficar inconsciente no chão. Subi em cima dela e perfurei seu peito.

Mais sangue em meu uniforme.

E agora os olhares se dividiam entre eu e o corpo. Mas ninguém se atrevia a gritar ou a me parar. Eles sabiam. Todos sabiam. Agora que eu tinha começado, eu era incontrolável.

Levantei e me dirigi até um garoto que estava apoiado na parede. Não era um garoto qualquer. Era o garoto. O meu garoto. O cara que eu gostava desde o ano passado, e meu melhor amigo.

– Mel, por favor, pára. Não faz isso Melissa. Por favor Mel. Larga essa faca e se acalma.

Eu me aproximei mais dele. Eu segurava a faca na mão esquerda, e com a direita toquei seu rosto pálido. Ele estava frio.

Selei nossos lábios lentamente com um beijo. Sua boca estava fria e quase não fazia movimentos, diferente da minha. Minha mão direita estava em sua nuca, e suas mãos seguravam minha cintura prendendo nossos corpos. Separei-me dele e sussurrei em seu ouvido, desculpe. Ergui a faca até sua garganta, e antes que ele pudesse fazer alguma coisa, cortei-lhe o pescoço. Perfurei suas costelas duas ou três vezes.

Ele foi escorregando na parede, sujando de vermelho a mesma, até cair sentado no chão, com os olhos sem vida. Agachei-me do seu lado, e disse, Boa noite meu anjo, e dei um último beijo em sua testa.

Olhei a minha volta. Os alunos ainda estavam paralisados com a cena. Alguns idiotas tentavam manter a postura de valentão e ficavam na frente das garotas - que agora choravam silenciosamente - pensando que podiam protege-las.

Fui em direção a porta e cheguei em outra classe. Eu não queria matar ninguém dali. Abri a porta e olhei para todos. A professora não falou nada, apenas me encarou. Como a maioria dos alunos.

Apontei a minha faca para uma pessoa. Ele. Ele era o garoto mais sanguinário, pscicopata e violento que eu conhecia. Um ótimo par, não?

Sem dizer nada, ele veio até a mim. Segurou-me pela cintura e me beijou, Foi um beijo diferente daquele outro. Foi quente, e dessa vez, as duas bocas se movimentavam. Não foi tão longo quanto eu queria, mas foi bom.

– Quer ver a festa que eu dei? - perguntei com um leve sorriso no rosto. Ele assentiu com a cabeça.

Levei-o até a minha sala de aula. E ao contrário do que pessoas normais fariam, ele apenas sorriu. Não demonstrou surpresa ou medo. A verdade é que nem eu sabia o que aquele sorriso significava. Ele era indecifrável.

A chuva começou a cair.

Fomos em direção ao pátio do colégio, onde tinha uma grande árvore. Ficamos debaixo dela por um longo tempo. Apenas encarando um ao outro.

Logo nos beijamos novamente. Um beijo na chuva.

Mas a chuva não é aquela dos filmes. Era um tempestade com raios e relâmpagos. Nuvens escuras cobriam o céu, e ameaçavam granizo.

A chuva perfeita do meu conto de fadas.


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Notas finais do capítulo

Adorei *u*
E respondendo a pergunta de vocês, sim, eu sou uma pessoa com pensamentos psicopatas e depressivos. Na maioria deles eu uso um vertido curto tomara-que-caia preto com babados/renda (não sei o nome daquilo u-u) e acabo matandando pelo menos duas pessoas.
Aah, mas enfim, o que acharam?
Quem mais aí é um psicopata sanguinário/serial killer? o/
Brincadeira tá gente, não precisa ter medo '-'
Oou me denunciar pra polícia...
Ou prum hospital psiquiátrico...
Sei la..
....