Aceitando o Amor escrita por Caterina Capistrano


Capítulo 22
A verdade




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POV Severo


Eu estava no fundo do poço mais uma vez, tinha novamente aberto meu coração e tinha sido trocado. Deve ser uma piada do destino, uma nascida-trouxa, grifinoria, extremamente inteligente, diz que me ama, então me troca pelo atleta, sinceramente acho que não nasci para ser feliz.

Quando estava na quarta ou quinta dose do meu Whisky de Fogo, ouço alguém tentando por abaixo a porta da minha sala. Gritei para que esperasse e muito contra vontade levantei e quando abri a porta achando que seria algum dos amigos grifinorios dela, querendo satisfações, minha surpresa foi encontrar Draco Malfoy parado a porta como se avaliasse onde seria melhor me socar.

– A que devo a hora de sua visita, Sr. Malfoy? – ele passou por mim e entrou na sala.

– Você é o maior idiota que eu já vi na minha vida, achei que esse cargo seria sempre do Weasley, mas depois de hoje você assumiu esse posto, sinceramente como pode chamar a Hermione daquelas coisas horríveis, você acha mesma que ela iria te usar, – eu assenti levemente - você e mais estúpido do que eu imaginava, só para deixar claro eu amo a Luna Lovegood é se você quiser saber a verdade, esta tudo aqui. – falando isso ele tirou um frasquinho do bolso. – Só reze para que não seja muito tarde, seu trasgo.

Então saiu batendo a porta, sem me dar a chance de responder quem ele acha que é para falar isso tudo para mim e sair assim. Por fim peguei o frasquinho e o guardei na gaveta, eu não iria olhar mais uma vez a traição dela. Por um acaso eles acham que sou sadomasoquista?

Resolvi que minha melhor opção era ir dormir, quem sabe eu acordasse amanha e não descobrisse que tudo isso foi apenas um sonho ruim.

Conforme os dias iam passando eu a via cada vez mais triste pelos corredores, por vezes a vi disfarçando as lagrimas que tentava cair, sorrindo para os amigos mesmo que esses sorrisos nunca chegassem a seus olhos, também ouvia os comentários dos professores que ela estava mais distante nas aulas, não levantava a mão o mais alto que podia assim que eu professor fazia uma pergunta, na minha própria sala, ela evita a todo custo olhar para onde eu estava.

Depois de quase um mês, tentando achar desculpas para a tristeza de Hermione, para o fato de ela ter emagrecido e se enterrado nos estudos de uma forma que ate para ela era exagerada e não ficar mais mostrando para quem quisesse ver o quão inteligente era, ter praticamente abandonado os amigos e aparecer em quase todas as aulas com terríveis olheiras, eu finalmente resolvi criar coragem e abrir a gaveta em que o frasquinho com as memorias que Draco havia me dado estava guardado.

Assim que terminei que ver aquilo me senti a pior pessoa do mundo, havia julgado de maneira cruel a mulher que amava com base em uma conversa que se quer tinha ouvido inteira, havia me deixado levar pelo ciúme e fiquei cego, não quis ouvir a versão dela sobre a historia, havia me precipitado e agora talvez fosse tarde demais para fazê-la me perdoar.

Passei a semana seguinte inteira tentando falar com ela, mas parecia que estava mais disposta do que nunca a me evitar, em uma sexta-feira eu estava passando pela frente da biblioteca e a vi saindo com uma pilha de livros maior do que ela, aposto que não estava enxergando um palmo a sua frente, então da maneira mais silenciosa que eu consegui, me postei em frente a ela, fazendo com que esbarrasse em mim, a segurei pela cintura por me importando com os livros.

Fiquei encarando aqueles lindos olhos castanho mel por alguns instantes, antes de levar minha mão e acariciar levemente sua bochecha, notando que ela estava lutando furiosamente contra as lagrimas.

– Hermione, nós precisamos conversa urgente, podemos ir ate a minha sala? – falei me maneira extremamente doce, tentando mostrar que a amava mais que meu orgulho, apesar de ter demorado para notar isso.

– Nós não temos nada para conversar professor Snape – ela disse de maneira formal, eu tinha plena consciência de que não seria nada fácil convence-la e me escutar – se que poderia me soltar, eu gostaria de ir para minha sala comunal dormir.

– Hermione, eu preciso que você me escute – estava quase implorando.

– Escutar para que, para você poder me xingar mais um pouco, aquele dia na sua sala não foi o suficiente? – as lagrimas estava quase transbordando de seus olhos.

– Não, eu gostaria de lhe explicar algumas coisas, Hermione pode me acompanhar? – ela então se debateu em meus braços ate que a soltasse, recolheu seus livros rapidamente, olhou em meus olhos e disse entre as lagrimas:

– Não, eu não sou obrigada a ouvir nada do que você tenha a dizer, eu te odeio – então saiu correndo, antes que eu pudesse falar algo.

– Hermione, por favor... – aquela frase dela pesando em minha mente, por mais que aquilo tivesse doido sabia que merecia, porem não iria desistir de fazer ela me perdoar.

– Me perdoa meu amor...


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Notas finais do capítulo

Finalmente o Snape percebeu que estava errado, só esperamos que não seja tarde demais.