My New Addiction escrita por wtfmonchelevato


Capítulo 16
And The Birthday Situation


Notas iniciais do capítulo

Tô muito feliz em voltar a escrever. Espero que vocês gostem do capítulo. Fiz ele bem grandinho hahahah
PS: mudei meu user no twitter, se ainda quiserem me encontrar por lá, o user novo é @wtfmonchelevato. Sigo todo mundo de volta)



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Santana e o pai de Rachel preparam um café de aniversário pra ela, cheio de coisas que Rachel gosta, todas vegans, é claro. Santana entra no quarto e entrega o seu presente com uma cara engraçada. Rachel olha a sacola bem desconfiadamente e as duas riem.

- Tô com medo do que está aqui dentro, sério. – Rachel brinca.

- Você só vai descobrir o que é se abrir. – Santana rebate, mas não consegue se aguentar e ri.

Rachel abre a sacola com bastante cuidado e toma um susto.

- Santana!

- O que? Vai que você precisa? – Ela se finge de indiferente.

- Uma lingerie vermelha? Sério? – Rachel tenta parecer ofendida, mas as duas caem na gargalhada.

- Aposto que o Finn vai me agradecer algum dia desses. – Rachel abre a boca pra repreendê-la e ela faz um sinal pra Rachel ficar quieta. – Toda garota que se preza tem uma lingerie vermelha. Eu tenho um monte. Agora só falta te arrumar uma cinta liga, mas ainda vou dar um jeito.

- Santana! – Rachel ri, envergonhada. – É a sua cara fazer uma coisa dessas.

Sant apenas levanta os ombros como um sinal de “que culpa eu tenho?”

- Posso entrar, meninas? – Hiram, o pai de Rachel, bate na porta e a filha esconde rapidamente o presente da amiga.

- Claro papai.

- Como tá indo o dia da minha aniversariante favorita, ahn? – Ele a abraça. – Parabéns, meu anjo.

- Vou deixar vocês sozinhos. – Santana se dirige a porta.

- Sant, me espera no carro. Já estou descendo.

- Ok. – A amiga assente, pega seus materiais e sai do quarto.

- E então, o que a minha princesa tá pensando em fazer hoje? Olha, só não vai achando que porque agora a senhorita tem 17 anos que pode sair por aí entrando em qualquer boate e bebendo até cair, ok? – Hiram parecia sério, mas Rachel sabia que ele estava brincando. Ele sempre fora assim sério, mas seu jeito meio carrancudo ia embora sempre que se tratava de Rachel.

- Você sabe que eu nunca faria isso. – Rachel riu, ao imaginar a si mesma bêbada.

- Eu sei que não. E sou muito grato por você ser assim. Mas agora vamos pular a parte emocional e vamos direto ao presente, que eu sei que é o que você quer, não é mesmo? – O pai ri. – Bom, não é um presente daqueles de parar quarteirões, mas juro que é de coração.

- Você sabe que eu vou amar, independente do que seja. – Rachel pega a mão do pai. Ele sorri, e lhe entrega uma pequena caixa. Rachel abre e se deslumbra. Dentro da caixinha está a mais delicada e linda corrente de ouro com um pingente de estrela dourada.

- A estrela é você. Essa grande e brilhante estrela dourada que ilumina a minha vida. – O pai a encara, visivelmente emocionado.

- Oh pai, é linda! Muito obrigada! – Rachel abraça o pai. –Eu te amo, tá? Muito mesmo.

- Também te amo, minha princesa. – O abraço se transforma em lágrimas dos dois lados. Depois de algum tempo naquele momento só dos dois, eles se soltam.

- Pai?

- Sim querida?

- Eu sei que o senhor tá fazendo de tudo pra não mencionar o que nós dois sabemos, mas a gente tem que aceitar.

- Não. – E o Hiram sério e frio estava de volta. – Eu já perdi a sua mãe, não vou te perder também. – Ele diz, em um tom forte.

- Mas pai, não há nada que a gente possa fazer. E o senhor sabe disso. – Rachel não queria falar sobre isso, mas sentia que não era justo fingir que nada estava acontecendo.

- Não importa o que aqueles médios estúpidos disseram, a gente vai a outros, a gente vai procurar outra saída.

- Pai, não tem outra saída. Minha doença não tem cura. E eu já tive sorte demais de ter vivido até hoje. – Só Rachel sabia o quanto era difícil falar sobre isso com o pai.

- Rachel, eu sei que o seu médico disse que você viveria até no máximo os 17 anos, mas eu não quero e não vou aceitar isso. Nós vamos a outros médicos. Não podemos desistir. – O pai parecia forte, mas Rachel via nos olhos dele o seu desespero. Então ela achou melhor esquecer esse assunto por enquanto.

- Tudo bem papai, tudo bem. – Ela o puxou pra outro abraço. – Agora preciso ir, senão vou me atrasar pra escola.

- Vai sim. Aproveita o dia, meu anjo. Te amo, tá? – Rachel já estava na porta do seu quarto quando seu pai a alcançou e a deu um beijo na testa.

- Tenha um bom dia no trabalho, papai.

Rachel desce as escadas e entra em seu carro, onde Santana e ela seguem pra escola. Finn não está onde ele geralmente fica pra encontrar com Rachel e ela estranha. Hoje os dois não tinham nenhuma aula em comum, então Rachel não o vê e começa a se preocupar. Liga pro celular dele, mas cai na caixa de mensagem. Ela deixa um recado. Ela encontra com Kurt na saída da escola, e ele a enche de abraços e lhe entrega uma blusa maravilhosa que ela havia visto no shopping e comentado com ele sobre ela.

- Muito obrigada Kurt, eu amei! – Ela o abraça.

- Eu ia na sua casa te entregar ela, odeio fazer essas coisas aqui na escola, mas acontece que hoje a tarde vou acompanhar o meu pai na cidade ao lado.

- Tudo bem. Não se preocupa com isso. Hey, você viu o Finn por aí? Não consegui encontrar com ele hoje.

- Vi ele lá pelos lados do estacionamento a uns 5 minutos atrás. Ele deve estar lá ainda.

- Ai, muito obrigada Kurt. Vou lá. Muito obrigada mesmo. Eu amei!

Ele a joga um beijo e ela segue para o estacionamento, onde encontra Finn escorado em seu carro. Seu coração se dispara loucamente, assim como toda vez que ela o vê.

- Olha quem resolveu aparecer. – Ela brinca. Onde você esteve? Te liguei feito uma doida, deixei recado e tudo. Fiquei preocupada. – Ela faz um biquinho bem encenado.

- Não faz esse biquinho. – Ele parece hipnotizado pelo biquinho de Rachel e ela gosta desse efeito que causa nele.

- Eu tive que ir na cidade do lado com a minha mãe e o pai do Kurt. Você deve ter ligado quando a gente tava na estrada. Me desculpe.

-Tudo bem, mas não faz isso de novo. – Ela vira o rosto. Ele sorri, chega cada vez mais perto dela e a beija apaixonadamente.

- Feliz aniversário, meu amor. – Ele não a solta, e ela ama isso.

- Ora, muito brigada senhor. – Rachel brinca. – Ai Deus, a Santana! Onde aquela doida está, a gente precisa ir pra casa.

- Relaxa, a Santana pegou uma carona com a Tina. – Rachel estranha.

- Ué, mas por que?

- Porque eu pedi. – Finn ri.

- E por que você fez isso? – Rachel sorri de volta.

- Porque quero ter você só pra mim hoje a tarde.

Eles vão para o parque de Lima, onde eles se divertem, tomam sorvete e tem uma tarde maravilhosa. Quando o sol está se pondo, eles sentam-se em um banquinho pra assistir.

POV Rachel

- Cara, eu gosto muito de você. – Finn diz, e eu sorrio.

- Também gosto muito de você. –Me aproximo e o beijo.

- Eu nunca senti isso por ninguém. – Ele me encara, com um olhar tão fulminante que não consigo dizer nada. – Eu quero me casar com você. Quero ter filhos com você. Quero viver minha vida toda ao seu lado.

Parece que perdi de vez todo o ar em meus pulmões. Não consigo acreditar no que acabei de ouvir.

Tudo que eu consegui fazer foi me levantar daquele banquinho e correr o máximo que pude. O problema é que Finn é bem maior que eu, e não teve nenhuma dificuldade pra me alcançar.

- O que foi Rach? Eu te assustei com esse papo de casamento e filhos né? Tá bom, esquece o que eu falei. – Ele já tinha pegado o meu braço. Não consegui me segurar e caí no choro. Não é justo com ele, não é justo.

- Ai meu Deus, me desculpa. – Ele me abraça. – Esquece que eu te disse isso. Nossa, como sou idiota. Me desculpa Rach, esquece isso.

Não aguento mais. Preciso tirar isso de mim de uma vez por todas.

- O problema não é você, sou eu! – Explodo. – Você é a pessoa mais maravilhosa que eu já conheci, e não há nada nesse mundo que eu queria mais do que passar a minha vida toda ao seu lado.

- Mas então qual é o problema, meu amor? – Finn parece confuso e preocupado ao mesmo tempo.

Respiro fundo. Chegou a hora.

- Eu estou chorando porque não posso passar o resto da minha vida com você. Porque não posso te dar filhos. – Ele tem uma expressão indecifrável no rosto. Respiro novamente. Agora que comecei, preciso terminar. – Não posso viver ao seu lado porque estou morrendo.

Finn parece que levou um soco no estômago.

- Eu tenho AIDS, Finn.


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Notas finais do capítulo

reviews? *-*