My New Addiction escrita por wtfmonchelevato
Notas iniciais do capítulo
Tô muito feliz em voltar a escrever. Espero que vocês gostem do capítulo. Fiz ele bem grandinho hahahah
PS: mudei meu user no twitter, se ainda quiserem me encontrar por lá, o user novo é @wtfmonchelevato. Sigo todo mundo de volta)
Santana e o pai de Rachel preparam um café de aniversário pra ela, cheio de coisas que Rachel gosta, todas vegans, é claro. Santana entra no quarto e entrega o seu presente com uma cara engraçada. Rachel olha a sacola bem desconfiadamente e as duas riem.
- Tô com medo do que está aqui dentro, sério. – Rachel brinca.
- Você só vai descobrir o que é se abrir. – Santana rebate, mas não consegue se aguentar e ri.
Rachel abre a sacola com bastante cuidado e toma um susto.
- Santana!
- O que? Vai que você precisa? – Ela se finge de indiferente.
- Uma lingerie vermelha? Sério? – Rachel tenta parecer ofendida, mas as duas caem na gargalhada.
- Aposto que o Finn vai me agradecer algum dia desses. – Rachel abre a boca pra repreendê-la e ela faz um sinal pra Rachel ficar quieta. – Toda garota que se preza tem uma lingerie vermelha. Eu tenho um monte. Agora só falta te arrumar uma cinta liga, mas ainda vou dar um jeito.
- Santana! – Rachel ri, envergonhada. – É a sua cara fazer uma coisa dessas.
Sant apenas levanta os ombros como um sinal de “que culpa eu tenho?”
- Posso entrar, meninas? – Hiram, o pai de Rachel, bate na porta e a filha esconde rapidamente o presente da amiga.
- Claro papai.
- Como tá indo o dia da minha aniversariante favorita, ahn? – Ele a abraça. – Parabéns, meu anjo.
- Vou deixar vocês sozinhos. – Santana se dirige a porta.
- Sant, me espera no carro. Já estou descendo.
- Ok. – A amiga assente, pega seus materiais e sai do quarto.
- E então, o que a minha princesa tá pensando em fazer hoje? Olha, só não vai achando que porque agora a senhorita tem 17 anos que pode sair por aí entrando em qualquer boate e bebendo até cair, ok? – Hiram parecia sério, mas Rachel sabia que ele estava brincando. Ele sempre fora assim sério, mas seu jeito meio carrancudo ia embora sempre que se tratava de Rachel.
- Você sabe que eu nunca faria isso. – Rachel riu, ao imaginar a si mesma bêbada.
- Eu sei que não. E sou muito grato por você ser assim. Mas agora vamos pular a parte emocional e vamos direto ao presente, que eu sei que é o que você quer, não é mesmo? – O pai ri. – Bom, não é um presente daqueles de parar quarteirões, mas juro que é de coração.
- Você sabe que eu vou amar, independente do que seja. – Rachel pega a mão do pai. Ele sorri, e lhe entrega uma pequena caixa. Rachel abre e se deslumbra. Dentro da caixinha está a mais delicada e linda corrente de ouro com um pingente de estrela dourada.
- A estrela é você. Essa grande e brilhante estrela dourada que ilumina a minha vida. – O pai a encara, visivelmente emocionado.
- Oh pai, é linda! Muito obrigada! – Rachel abraça o pai. –Eu te amo, tá? Muito mesmo.
- Também te amo, minha princesa. – O abraço se transforma em lágrimas dos dois lados. Depois de algum tempo naquele momento só dos dois, eles se soltam.
- Pai?
- Sim querida?
- Eu sei que o senhor tá fazendo de tudo pra não mencionar o que nós dois sabemos, mas a gente tem que aceitar.
- Não. – E o Hiram sério e frio estava de volta. – Eu já perdi a sua mãe, não vou te perder também. – Ele diz, em um tom forte.
- Mas pai, não há nada que a gente possa fazer. E o senhor sabe disso. – Rachel não queria falar sobre isso, mas sentia que não era justo fingir que nada estava acontecendo.
- Não importa o que aqueles médios estúpidos disseram, a gente vai a outros, a gente vai procurar outra saída.
- Pai, não tem outra saída. Minha doença não tem cura. E eu já tive sorte demais de ter vivido até hoje. – Só Rachel sabia o quanto era difícil falar sobre isso com o pai.
- Rachel, eu sei que o seu médico disse que você viveria até no máximo os 17 anos, mas eu não quero e não vou aceitar isso. Nós vamos a outros médicos. Não podemos desistir. – O pai parecia forte, mas Rachel via nos olhos dele o seu desespero. Então ela achou melhor esquecer esse assunto por enquanto.
- Tudo bem papai, tudo bem. – Ela o puxou pra outro abraço. – Agora preciso ir, senão vou me atrasar pra escola.
- Vai sim. Aproveita o dia, meu anjo. Te amo, tá? – Rachel já estava na porta do seu quarto quando seu pai a alcançou e a deu um beijo na testa.
- Tenha um bom dia no trabalho, papai.
Rachel desce as escadas e entra em seu carro, onde Santana e ela seguem pra escola. Finn não está onde ele geralmente fica pra encontrar com Rachel e ela estranha. Hoje os dois não tinham nenhuma aula em comum, então Rachel não o vê e começa a se preocupar. Liga pro celular dele, mas cai na caixa de mensagem. Ela deixa um recado. Ela encontra com Kurt na saída da escola, e ele a enche de abraços e lhe entrega uma blusa maravilhosa que ela havia visto no shopping e comentado com ele sobre ela.
- Muito obrigada Kurt, eu amei! – Ela o abraça.
- Eu ia na sua casa te entregar ela, odeio fazer essas coisas aqui na escola, mas acontece que hoje a tarde vou acompanhar o meu pai na cidade ao lado.
- Tudo bem. Não se preocupa com isso. Hey, você viu o Finn por aí? Não consegui encontrar com ele hoje.
- Vi ele lá pelos lados do estacionamento a uns 5 minutos atrás. Ele deve estar lá ainda.
- Ai, muito obrigada Kurt. Vou lá. Muito obrigada mesmo. Eu amei!
Ele a joga um beijo e ela segue para o estacionamento, onde encontra Finn escorado em seu carro. Seu coração se dispara loucamente, assim como toda vez que ela o vê.
- Olha quem resolveu aparecer. – Ela brinca. Onde você esteve? Te liguei feito uma doida, deixei recado e tudo. Fiquei preocupada. – Ela faz um biquinho bem encenado.
- Não faz esse biquinho. – Ele parece hipnotizado pelo biquinho de Rachel e ela gosta desse efeito que causa nele.
- Eu tive que ir na cidade do lado com a minha mãe e o pai do Kurt. Você deve ter ligado quando a gente tava na estrada. Me desculpe.
-Tudo bem, mas não faz isso de novo. – Ela vira o rosto. Ele sorri, chega cada vez mais perto dela e a beija apaixonadamente.
- Feliz aniversário, meu amor. – Ele não a solta, e ela ama isso.
- Ora, muito brigada senhor. – Rachel brinca. – Ai Deus, a Santana! Onde aquela doida está, a gente precisa ir pra casa.
- Relaxa, a Santana pegou uma carona com a Tina. – Rachel estranha.
- Ué, mas por que?
- Porque eu pedi. – Finn ri.
- E por que você fez isso? – Rachel sorri de volta.
- Porque quero ter você só pra mim hoje a tarde.
Eles vão para o parque de Lima, onde eles se divertem, tomam sorvete e tem uma tarde maravilhosa. Quando o sol está se pondo, eles sentam-se em um banquinho pra assistir.
POV Rachel
- Cara, eu gosto muito de você. – Finn diz, e eu sorrio.
- Também gosto muito de você. –Me aproximo e o beijo.
- Eu nunca senti isso por ninguém. – Ele me encara, com um olhar tão fulminante que não consigo dizer nada. – Eu quero me casar com você. Quero ter filhos com você. Quero viver minha vida toda ao seu lado.
Parece que perdi de vez todo o ar em meus pulmões. Não consigo acreditar no que acabei de ouvir.
Tudo que eu consegui fazer foi me levantar daquele banquinho e correr o máximo que pude. O problema é que Finn é bem maior que eu, e não teve nenhuma dificuldade pra me alcançar.
- O que foi Rach? Eu te assustei com esse papo de casamento e filhos né? Tá bom, esquece o que eu falei. – Ele já tinha pegado o meu braço. Não consegui me segurar e caí no choro. Não é justo com ele, não é justo.
- Ai meu Deus, me desculpa. – Ele me abraça. – Esquece que eu te disse isso. Nossa, como sou idiota. Me desculpa Rach, esquece isso.
Não aguento mais. Preciso tirar isso de mim de uma vez por todas.
- O problema não é você, sou eu! – Explodo. – Você é a pessoa mais maravilhosa que eu já conheci, e não há nada nesse mundo que eu queria mais do que passar a minha vida toda ao seu lado.
- Mas então qual é o problema, meu amor? – Finn parece confuso e preocupado ao mesmo tempo.
Respiro fundo. Chegou a hora.
- Eu estou chorando porque não posso passar o resto da minha vida com você. Porque não posso te dar filhos. – Ele tem uma expressão indecifrável no rosto. Respiro novamente. Agora que comecei, preciso terminar. – Não posso viver ao seu lado porque estou morrendo.
Finn parece que levou um soco no estômago.
- Eu tenho AIDS, Finn.
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reviews? *-*