New Year, New Feelings escrita por Naslir


Capítulo 1
Capítulo único


Notas iniciais do capítulo

Está ai! One-shoot de quem? Ah meu povo, leiam e descubram! Boa leitura!



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                Já se passou quase um ano desde que confessamos nosso amor um pelo outro. Eu me lembro de cada palavra, cada toque e cada arrepio que vinham junto com eles.  Sim, uma sensação muito boa, mas que foi interrompida. Ele tinha me prometido mais, e como um homem de palavra, fez acontecer.

                Pois é, mas logo após isso, brigas e mais brigas. Eu tenho uma personalidade muito forte, sou difícil de aturar e como ele mesmo diz: uma filhinha de papai.

                Todos diziam que iria dar certo “Nossa, vocês foram feitos um para o outro!” ou comentários do tipo. Tsc, mal sabiam que não acabaria como em um conto de fadas, lindo e perfeito com nós dois correndo em direção ao pôr-do-sol e selando o dia com um beijo aconchegante e encantador.

                O tempo foi passando até eu perceber que nosso relacionamento não poderia passar de mais um de seus desejos irritantes. Claro, não nego que também gosto disso, mas acho que como uma dama, mereço ser tratada como tal, não como apenas um pedaço de carne que estará sempre disponível quando ele bem entender. Regressamos ao ponto em que o chamo de “Bobalhão”, ele usa seu apelido predileto em cima de mim e minha cadelinha mordia sua canela.

                Mas voltando aos dias de hoje, final de ano. Fui obrigada pelo resto daqueles imbecis a ficar e “curtir” a virada do ano juntos.

                - Feliz ano novo! E muitas felicidades para os dois! – era Lire. Seus lábios com a forma de um sorriso amigável se voltavam para mim e ao ser insignificante ao meu lado.

                - Quantas vezes vou ter que repetir – revirei os olhos. – eu nunca iria ficar com um ser sem classe alguma. – bufei e cruzei os braços.

                - Não foi o que você falou para mim enquanto...

                - Cale a boca Dio. – falei tampando sua boca com força o bastante para fazer ele se machucar com as próprias presas. Ele tirou minha mão com brutalidade.

                - Ora. – bufou indignado.

                - Vocês não vão parar nunca com isso? – a ruiva disse acompanhada do de cabelos azuis, que ainda não tirei minhas conclusões de ser uma garota ou o contrário. – É véspera de ano novo, e eu só consigo ver vocês calmos quando passam uma noite juntos. – um sorriso travesso surgiu em seu rosto, eu grunhi e revirei os olhos.

                - Isso é uma coisa em que você não deve se meter, ruiva. – disse levantando-me com o nariz empinado. – Já não é o bastante cuidar da vida dessa criatura, agora tem que ficar cuidando da minha? Ah, faça-me um favor queridinha. – joguei meu cabelo por sobre o ombro e caminhei para fora.

                - Como assim criatura? – perguntou Ronan confuso.

                - Ela é a criatura por aqui, esse mau humor só está aumentando... – a voz visivelmente irritada, dava a entender que a garota já estava começando a ficar mais vermelha que o próprio cabelo. – Você deveria resolver isso de uma vez por todas Dio!

                - Eu faço o que bem entender, e ela também, minha cara Elesis. Não tem como mudar um ser que recebeu tudo o que quis na vida de uma hora para outra, isso leva tempo. Tempo que não estou disposto a servir. – os passos do garoto iam em minha direção e quando vi, já estava sendo arrastada para outro canto fora da visão de todos ali.

                - O que ouve com aquele papo de “Tempo que não estou disposto a servir”. – sussurrei irritada fuzilando-o com os olhos.

                - Sim, não quero te modificar, mas nada me impede de brincar com você. – ele me prendeu à parede. Não ia aceitar aquilo novamente.

                - Basta! – o empurrei com brutalidade. – Não sou um brinquedo seu idiota!

                - Pare com isso Rey, sei que gosta disso também. – ele revirou os olhos impaciente. – Ainda não vi você reclamar disso.

                - Pois agora está vendo. – lhe dei um tapa, transferi todo meu ódio e amargura naquilo. Suspirei tentando retomar a calma. – Dio, eu definitivamente não queria que fosse assim. Você sabe que meus sentimentos em relação a você já foram verdadeiros. O problema, é que todos mudamos. – parei para respirar fundo. – Agora é só... Você tem que reconhecer que como uma dama da alta sociedade não posso simplesmente me entregar do jeito que você quer.

                - Pare com esse papo idiota Rey. – ele me cortou.

                - Pelo que você mesmo me disse, me amava. – Dio agora estava sério. – Não irei tolerar esse tipo de coisa e se me der licença, e tenho alguns assuntos a resolver. – o deixei ali. Sai sem realmente não ter nada a fazer, era apenas uma desculpa para me distanciar daquele imbecil.

                Logo as duas da tarde chegaram. De acordo com Amy, estava na hora de todas as garotas começarem a se preparar para o festival que terá no final da noite. A clássica queima de fogos.

                Seguindo a tradição local, fui enfiada em um quimono que utilizavam as cores escuras desde preto ao roxo. Dizendo Amy, aquelas cores combinavam comigo.

                - Esse sempre foi meu estilo. – falei enquanto vislumbrava meu reflexo no espelho de corpo inteiro. – Por que tenho que usar isso mesmo?

                - Ah Rey! Deixe de ser chata! Você está linda com esse quimono! – ela sorriu enquanto dava os últimos toques no visual. – Garanto que o Dio vai adorar! – ela deu uma risadinha.

                - Não toque neste nome. – grunhi.

                - Está bem, está bem... – a voz dela era infantil. – Por que não dá uma chance pra ele amiga?

                - E por que deveria? – a encarei com uma sobrancelha erguida. – Ele não merece minha atenção, muito menos meus sentimentos.

                - Rey, todas aqui sabemos que você sente algo a mais em relação a ele. – comentou Lire repousando sua mão direita sobre meu ombro.

                - Se eu tivesse a chance, agarra o garoto que gosto e não soltava mais. – Lin disse fazendo como se segurasse algo no ar, apertando e chacoalhando de leve.

                - Uh, dessa eu não sabia! – gritou Arme chegando mais perto da garota. – Diga quem é...

                - Q-quem? Não sei do que você tá falando sua boba... – ela ria sem graça e ia ficando vermelha aos poucos enquanto a atenção das meninas se voltava para ela.

                - Não seja tola. – disse ríspida. – Eu duvido que Lupus sinta a mesma coisa por você querida.

                - Hã?! – agora seu rosto fervia como se ela estivesse com febre. – C-como você?!...

                - Leio mentes. – sorri sarcasticamente e me virei para sair da sala. Parei no meio do caminho e respirei fundo. – Vão na frente.

                - Bobagem! – a rosada deu um pulo para minha frente. Segurou minhas mãos e olhou firme para meus olhos. – Não se preocupe, a tia Amy vai arranjar um homem que terá os sentimentos verdadeiros por você! – ela sorriu. Retribui com um sorriso amarelo, força era o que me faltava para negar ou ao menos desviar a conversa. – Vamos meninas! Temos uma missão! – ela disparou porta a fora sendo seguida por todas ali.

                - Ela é louca. – Elesis parou ao meu lado antes de sair. – Mas tem boas intenções, de vez em quando. Você deveria aprender com ela. – e saiu porta a fora seguindo o resto das meninas. Como assim aprender com ela? Estou começando a achar que a louca aqui não é a Amy, mas sim a estressadinha aqui.

                Essas últimas palavras ocorreram próximas às sete da noite de forma que já estávamos saindo para podermos aproveitar o festival o máximo possível.

                Enquanto andava, o que a ruiva falara ficou na minha cabeça como uma praga. Meu único modelo de vida era eu mesma, sendo decidida, e teimosa para alcançar meus objetivos que na maioria das vezes, não beneficiariam a conta bancária de meu pai. O que me custaria ter uma visão mais ampla das pessoas? A resposta é bem simples: minha paciência.

                Eu detesto festivais. Estão sempre cheios, são muito barulhentos e a comida é péssima. E para piorar as coisas, o garoto de cabelo laranja fica puxando todos nós para tudo quanto é tipo de barraca. Argh, o que eu não daria para estar na minha casa sentada à frente da enorme janela de meu quarto tomando um dos melhores champagnes observando os fogos estourando no céu. Aquilo sim é o que chamaria de noite razoável, às vistas que está sendo uma das piores de toda a minha vida.

                - Rey! Venha! – Amy me puxou de repente para frente de uma barraca. – Olhe, mire nos patinhos e boa sorte! – ela me largou e disparou para perto de Jin que a aguardava. Fazendo um sinal de positivo, ele se distanciou com a garota agarrada em seu braço.

                - Francamente, o que essa garota quer de mim.

                - Às vezes me pergunto a mesma coisa. – a voz ao meu lado me fez soltar um suspiro irritado.

                - O que está fazendo aqui? – falei com extrema raiva na voz.

                - Não é óbvio? – ouvi um tiro e vi um pequeno patinho amarelo sendo derrubado da prateleira bem à minha frente. – Aqui. – ele me entregou uma pistola sem tirar os olhos de onde mirava. – Se eu ganhar, você vai ter que fazer uma coisa que eu mandar. – ele atirou e derrubou outro patinho, que pelo número que havia escrito nele, valia quinze pontos, sendo que o máximo ali era exatamente o quinze. – Se você ganhar, te deixarei em paz o resto do ano.

                - Faltam poucas oras para o ano acabar seu idiota. Tá achando o que? Não sou mais uma garotinha viciada em competições que nem você. – cruzei os braços.

                - Dá pra cooperar? – ele largou a arma e me fitou entediado. – Você entendeu o que eu quis dizer. Topa? É sua chance de se livrar de mim de uma vez por todas. – Dio estendeu a mão e não demorou muito para eu apertá-la selando o acordo. - Certo, quem conseguir marcar trinta pontos antes, ganha a aposta.

                - Tsc, feito. – disse ajeitando a arma para que pudéssemos começar. – Nunca se engane com meus dons. Não sou apenas um rostinho bonito. – sorri com desdém.

                - E um deles é o de ser chata. Concentre-se no jogo. – ele deu o primeiro tiro e novamente acertou um pato que valia quinze pontos. – Sua vez.

                Mirei no que possuía a maior pontuação, concentrando-me o máximo para acerta-lo. Respirei fundo e alguns segundos antes de atirar, Dio espirra fazendo com que eu errasse e acabasse acertando o topo da barraca.

                - Seu imbecil! Fez com que eu errasse de propósito! – gritei fechando o punho e franzindo a testa com força, demonstrando a minha raiva.

                - Eu não fiz nada. – ele disse revirando os olhos. – Ah, esqueci de dizer, você só tem mais dois tiros. – ele sorriu perverso, o que fez com que meu sangue borbulhasse de ódio. Preparou a arma, e atirou novamente, marcando dez pontos e sorrindo com ar de superior.

                - Está certo. Você quer competir, a gente compete de verdade então. – rapidamente, mirei e acertei o de quinze pontos. – Ainda tenho chances de vencer, idiota. – lhe mostrei a língua. Cruzei os braços e indiquei a prateleira com a cabeça.

                - Se eu acertar o de cinco pontos, ganho. Você sabe que já perdeu.

                - “Você sabe que já perdeu.” – repeti com uma voz fina e debochada, fazendo com que ele revirasse os olhos.

                - Você é muito infantil. – ele atirou e acabou por acertar um pato que valia apenas um ponto. – Droga... – murmurou.

                - Rá! – apontei para sua cara e comecei a rir. – Você já perdeu. – sorri. Acertei um que valia cinco pontos. – O que quer dizer...

                - Cheque mate. – ele sorriu. – Você perdeu, minha querida Rey. – seu sorriso se alargou. – Vai ter que cumprir sua parte da aposta. – sua voz possuía um tom de deboche.

                - Eu? – comecei a rir. – Nunca que iria cumprir uma coisa tão besta, você acha que eu sou o que? – me entreguei às risadas enquanto ele apenas me observava sem tirar o sorriso do rosto.

                - Bem, de acordo com você mesma, é uma dama. E pelo o que eu saiba, uma dama deve manter sua palavra. – meu ataque de risos sessou na mesma hora. Eu rosnei e queria dar-lhe um bom soco e quebrar aquele sorrisinho.

                - Como ousa ser tão... – ele me interrompeu segurando um urso cor de rosa em meu rosto.

                - Aqui. Um prêmio de consolo. – ele soltou o urso e o segurei olhando ele me dar as costas.

                - Ei! O que você quer que eu faça? – perguntei com raiva.

                - Por enquanto, ainda não sei. – ele parou. Mãos no bolso e costas levemente curvas para frente. Ele virou apenas o rosto.  – Quando souber, te procuro. – com olhos desconfiados de sempre, seguiu em frente. O que ele pensa que está fazendo? Se ele tentar fazer alguma coisa para me prejudicar, esgano ele.

                Observo-o se distanciar, o vento fazendo com que seus cabelos meio longos balançassem enquanto caminhava. Quando o perdi de vista, olhei para o urso. Olhos azuis, sorriso largo, nariz negro felpudo e segurando um coração vermelho com a palavra clássica: “Love”. Tsc, que coisa brega.

                Mesmo assim, não joguei a pelúcia no lixo ou mesmo rasguei sua cabeça como havia pensado em fazer. A abracei e senti meu coração palpitar por um segundo. “Vamos Rey, se recomponha.” Pensei fazendo meus batimentos voltarem ao normal na mesma hora. Suspirei fechando meus olhos, mas logo os abri ao perceber que cena patética era aquela.

                Certo, uma hora para o ano que vem e eu ainda não recebi minha “punição” por ter perdido em um jogo tão besta. Ao invés de me preocupar com isso, fui andar para ver se conseguia esfriar a minha cabeça, acabei topando com Elesis e Ronan que conversavam em meio a risos e uma maçã caramelada.

                - Ah, oi Rey. Aproveitando o festival? – disse o azulado após dar uma mordida na maçã, reparando no urso que trazia junto comigo.

                - Humpf, festival. Eu já to enjoada de ficar no meio dessa muvuca. – rosnei escondendo o urso atrás das costas e olhando para o lado. – Continuem o que estavam fazendo. – me virei e antes de começar a andar, Elesis me chamou:

                - Você ainda tá emburrada? – me virei de volta, seu rosto levemente corado. – Sabe por que você deveria aprender com a Amy? – um silencio tomou conta da atmosfera. Fiquei sem entender o que ela estava querendo dizer, apenas continuei erguendo a cabeça, dando ar de superior. – Ela é positiva, e por mais que as coisas estejam horríveis, ela vai lá e procura um jeito de concertar. Né Ronan-kun? – ela soltou uma risada e o abraçou.

                Suspirei. De certa forma, ela estava certa. Pelo menos um dia na vida, tenho que fazer as coisas de uma maneira para não apenas me beneficiar.

                - Ronan, é melhor você tirar esse saquê da Elesis. – falei enquanto ela tomava mais um gole da bebida e começava a rir. Me afastei de lá e ouvi gritarem meu nome. Sim, é ela mesma.

                - Achei! – ela chegou perto de mim ofegante. – Rey-chan!

                - O que é garota? O que você achou? – perguntei revirando os olhos esperando ela retomar o fôlego. – Desembucha menina.

                - Achei o homem que você precisava! – ela colocou uma mão na cintura e com a outra fez um sinal de positivo, com um grande sorriso no rosto. Bufei.

                - Eu não vou ver homem nenhum, rosada. Por que insiste tanto? – franzi o cenho e vi ela abaixar a cabeça e começar a soluçar. Ah não, ela tá chorando. Pra que chorar meu Deus? – Tá certo, tá certo. Me apresente a ele. – tentei sorrir, mas o máximo que consegui foi dar um sorriso amarelo. Mas foi o bastante para seu rosto se iluminar por completo, ela me segurou pela mão e começou a guiar-me no meio da multidão até me afastar completamente da multidão, em um local alto, abaixo de um pessegueiro.

                - Eu disse que a tia Amy ia te ajudar, então vai lá garota! – ela me empurrou e eu quase caio indo na direção da silhueta.

                Não estou nem um pouco nervosa, não sou do tipo de garota que fica eufórica com a possibilidade de conhecer um cara novo.

                - Eu não acredito que ela conseguiu mesmo te trazer para cá. – tabom, agora meu coração disparou de vez.

                - O q-que está fazendo aqui?! – perguntei exaltada escondendo o urso atrás das minhas costas.

                - Sabia que é a segunda vez hoje que você me pergunta isso? – ele se aproximou, segurou minha mão e me guiou para mais perto da árvore.

                - Olha Dio, se você tá pensando que eu vou cair na sua ladainha pra satisfazer o que você quer, está enganado, muito enganado! – esbravejei de costas para a árvore. Ele negou com a cabeça sorrindo e dando uma risadinha. – Diga o que você quer. – falei séria.

                - Me desculpar. – não pude deixar de ficar surpresa, mas resisti.

                - Não me venha com papo mole, sei de suas verdadeiras intenções e não vou permitir tal coisa. – virei meu rosto para o outro lado, empinando o nariz.

                - Rey. – começou. – Sei que bem lá no fundo, nem que agora esteja enterrando sobre concreto, você ainda gosta de mim. – parei de olhar para o nada e o encarei. – Eu não estou nem aí que seja mentira, que você negue, tanto faz. Mas sabe o quanto é difícil para mim ficar sem a pessoa que amo?

                - Ah-há, eu entendo sim. – falei sarcástica cruzando os braços.

                - Não estou falando disso! – esbravejou franzindo o cenho. Ele me segurou pelos braços e olhou profundamente em meus olhos. – Sua idiota! Eu te amo, não percebe?! Aquilo era... Eu sei lá o que era aquilo! Mas sei que não era o que eu queria! – ele me largou. – Pode me chamar de idiota, bobalhão, trouxa, retardado e tudo o mais. Mas uma coisa que não vai mudar é o que sinto por você. Quanto mais você fala essas coisas, mais a gente passa tempo juntos e mais eu gosto de você! Não importa o que sente por mim, mas eu sei o que sinto por você. – respirou fundo. – Viu? Eu to parecendo o maior imbecil do mundo me declarando pra uma garota desse jeito. – Dio levou a mão até sua testa.

                - Quer mesmo que eu acredite em você? – chamei sua atenção. Ele virou para mim e sorriu. Uma lágrima brotou de meu olho, e depois dessas, várias outras vieram. Por que estou chorando? Eu não faço ideia, sei que estava e que também tentava limpa-las o mais rápido possível.

                Ele me abraçou. Uma reação inesperada para um ato inesperado: eu retribui o abraço e chorei mais ainda, escondendo minha cabeça entre seu ombro. Ele acariciava minha cabeça de um jeito tão doce, que eu podia dizer facilmente ser outra pessoa que estava ali.

                - Rey. – ele disse ainda me abraçando e afagando minha cabeça gentilmente. - Você já percebeu que eu ganhei a aposta e que você tem que fazer uma coisa que eu mandar? – engoli em seco e ele se separou de mim. – Tá, agora eu criei coragem. – ele parecia meio nervoso, mas ainda não estava entendendo o que ele queria dizer.

                A contagem regressiva começou: dez.

                - Como assim? – limpei as lágrimas. Nove, oito.

                - Vai ser assim mesmo. – o tom nervoso continuava em sua voz. Sete.

                Ele se ajoelhou. Seis, cinco.

                Vasculhou o bolso da jaqueta. Quatro.

                 – Rey. – ele pegou uma caixinha negra. Três.

                Abriu-a e lá dentro estava: um anel de diamante com o aro de ouro brilhava ao luar. Dois.

                – Casa-se comigo. Um.

                Fogos e um anel em meu dedo anelar.

                Balancei a cabeça em afirmação. Rosto completamente corado e sendo tomado novamente pelas lágrimas, dessa vez, não lágrimas carregadas de tristeza, mas de felicidade. Ele se levantou e pulei em seus braços.

                - Sim, sim! – ainda chorava. E com isso, um beijo com a trilha sonora de vários fogos de artifícios colorindo o céu, indicando mais um ano mais perto do que nunca estive de Dio.

                - Feliz ano novo, minha linda noiva.


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Notas finais do capítulo

Gente, chorei. Que coisa feia, a autora chorando com a própria fic, não pode... Não resisti e tinha que colocar a ultima cena debaixo de um pessegueiro *-*. Será que ficou legal?... Eu achei até fofinho --'. EU SEMPRE QUIS FAZER ELES SE CASAREM! Ashuashuashuashua *dando a louca aqui*. Ah, por favor, imaginem, ia ser tão kawai *O*. Tabom, chega de dar a louca né ^-^'. Então? Comentem! Quero saber o que acharam ;)
Lady-chan saindo aqui o/