Havia duas semanas que Olivia não aparecia na squad, sua mesa continuara da mesma forma como deixara – uma foto com sua mãe Serena, papéis empilhados e alguns apenas jogados sob a mesa.

Toda manha Elliot chegava á unidade com um copo de café nas mãos, na esperança de encontrá-la, torcendo para que ela finalmente tivesse voltado – foram assim durante os quatorzes malditos dias – sem ela ali, ficava tudo estranho e diferente, ele mal se concentrava nos casos que tivera e como consequência disso, o capitão Donald Cragen o chamava em sua sala algumas vezes, para certificar que ele estava apto a solucionar o caso, ao lado de Munch e Fin.

Elliot sempre dizia que estava bem para ajudar nos casos – mesmo Donald sabendo que aquilo não era cem por cento verdade –, ele se esforçava ao máximo e algumas vezes esquecia que sua parceira o deixou – mais uma vez.

Durante os quatorzes dias, ele ligava para Olivia – mesmo que receoso quanto á ligação – e deixava sempre a mesma mensagem:

‘’Liv, sou eu. Nós precisamos conversar, eu preciso falar com você.’’

Elliot não recebia uma resposta sequer, aquilo o deixava mal, sem esperanças, como se Olivia quisesse se distanciar dele, como se ela o tivesse esquecido.

Ele sempre checava seu celular, mas não havia nenhuma ligação ou mensagem de texto, era como se de fato ela começasse a esquecê-lo – ele acreditava.

POV ELLIOT STABLER

Há algum tempo eu começo a pensar em Olivia de uma forma diferente, não a vejo mais somente como parceira e amiga, começo á vê-la como mulher, uma linda e perfeita mulher. Eu a desejo mais que tudo nessa vida, é como se meu coração dependesse de estar ao lado dela para bater, e sem isso, me sinto vazio por dentro, incapaz de pensar e fazer escolhas.

Olivia faz parte de mim, a parte que tanto amo e desejo, mesmo que secretamente, eu imagino amá-la de todas as formas possíveis, tocando todo seu corpo delicadamente, beijando seus lábios macios e carnudos e suas mãos delicadas tocando meu rosto suavemente, me puxando para mais um beijo.

Nunca me senti assim antes, nem mesmo quanto estava casado com Kathy, nunca amei ninguém como eu amo Olivia, eu a desejo, como meu coração necessita bater para eu continuar vivo. Esse sentimento louco e ao mesmo tempo essencial e preciso.

XxxxxX

Elliot não entendia aqueles sentimentos e até se culpava por Olivia ter ido embora, por medo de ela ter percebido e não sentir o mesmo por ele, ou talvez por aquilo ser simplesmente ridículo e incapaz de se concretizar. Mas ele sentia, sentia o amor pulsar em seu peito, percorrer por suas veias.

De fato era um amor praticamente impossível de se acontecer, não somente pelo fato de eles serem colegas de trabalho, mas, por eles serem amigos á tantos anos. E se o relacionamento não desse certo, jogariam fora doze anos de parceria? Ou será que valeria a pena viver intensamente aquela loucura e aqueles desejos insanos e excitantes? – mesmo que por instantes.