A Dama da Morte escrita por namisa


Capítulo 16
XVI


Notas iniciais do capítulo

"Eles gravaram em sua boca
Rabiscaram a verdade com suas mentiras
Seus pequenos espiões."
— Crush Crush Crush, Paramore.



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Alice chamou Tiago para uma grande mentira que ele iria acreditar pelo resto da vida. Ela apenas tinha pegado um livro da cidade e depois colocado uma folha avulsa com o mesmo material e editado no próprio computador colocado a foto do assassino do irmão de Hannah. Assim, claro que Tiago iria cair feito um peixe na rede.

Hannah estava lá, ouvindo a conversa cheia de mentiras entre Alice e Tiago em cima de uma estante alta. Mentiras após mentiras Hannah teve vontade de pular em cima do pescoço de Alice e no mesmo instante rasgar aquele lindo pescoço deixando sangue jorrar pela biblioteca inteira.

A garota não queria mais ouvir aquilo, e depois se lembrou de que era hora de um pequeno compromisso que ela deveria comparecer, sorriu e direcionou-se até o corredor com aquela aparência de menina ingênua, fraca e tímida que passara para todos e até para seu irmão. No começo ela era assim, mas o seu passado muito doloroso a fez se transformar naquele monstro de coração gelado.

Ei garota! Venha cá! gritou Catherine pegando no seu braço com força e um sorriso mais falso do que nota de três reais Quero ter uma palavrinha com você...

Hannah se aproximou da menina, curiosa, mas suspeitando do que Alice combinara com ela, sabia perfeitamente de que a menina de cabelos vermelhos era capaz sempre soube que acabar com a vida dela com as próprias mãos não era satisfatório, Alice sempre tinha que ter cúmplices, uma carta na manga.

Depois de se aproximar o suficiente da garota loira de olhos azuis Catherine a empurrou contra a parede fazendo Hannah gemer de dor um pouco, como aquela garota podia ser tão forte assim? Ah, claro, as aparências enganam e Hannah sabia exatamente o que aquilo significava.

Catherine colocou as mãos entre a cabeça de Hannah apoiando-se na parede. A menina abriu a boca fazendo o hálito fresco de menta entrar pelas narinas de Hannah que tremou só de sentir aquele cheiro que depois de tantas sujeiras que saía daquela boca, continuava com aquele hálito. Depois a menina loira a jogou no chão e ficou olhando para ela com um sorriso mais falso do que o anterior.

De repente uma voz. Uma voz que Hannah conhecia bem, a voz de Alice ecoou entre aquele corredor cheio de gente gritando para brigarem e acontecer algo de interessante pela primeira vez naquela escola pacata.

Alice começou a discutir com Catherine, que ótimas atrizes eram. Optaram em deixar o diálogo mais interessante e adicionaram palavrões e palavras horrorosas para deixarem mais emocionante aquela briga encenada. Depois de três minutos retiraram aquelas palavras e adicionaram mais emoção agora digno de puxões de cabelo e chutes, se tivesse um diretor de teatro assistindo aquela cena, com certeza as duas ficariam no topo do pódio e seriam dignas de aplausos ensurdecedores, mas no lugar deles havia gritos e pessoas numa tentativa inútil de separar as duas.

Por trás daquela multidão Scott puxou Hannah e andaram calmamente até aquele depósito imundo. Empurrou Hannah para dentro daquela mini sala e ficou por cima dela acariciando aqueles cabelos sedosos, depois a beijou colocando um sonífero na boca dela.

Hannah cochichou no ouvido dele quando começou a tirar suas roupas e a cair em um sono:

– Você. Morre. Hoje. - e desabou no chão o deixando perplexo e depois escapando daquele lugar.

Tiago corre desesperado depois de ouvir o barulho estrondoso de Scott ao abrir a porta e deixar bater com força. Ao encontrar Hannah caída surpreendeu-se ao vê-la naquele estado, chamou a inspetora descabelada depois de uma briga próxima.
–----X-------

Naquela mesma noite Hannah saíra para acabar com a vida de Scott como ela mesma disse quando estava naquele depósito imundo. Pegou seu canivete e partiu pelos telhados de casa em casa até chegar ao seu destino.
Lá, Scott brincou com a princesinha que ele chamava e ela também. Matar era como se fosse um brinquedo, um brinquedo divertido onde você poderia escolher aquele que mais gosta e no mesmo dia brincar com ele. Ver o sangue sendo jorrado era como uma Barbie pintora ou colorir o cabelo dela de diferentes cores, ver as pessoas sofrerem era como um boneco que falava mais de quinze frases diferentes, o som de carne esmagada era como o barulho de uma bolinha de cachorro... Brincar com eles era diversão, era motivos de risadas e alívios. Um passatempo gostoso.

Depois de brincar com o brinquedo de Hannah a mesma ouviu o celular dele soar naquele quarto sem nada. Hannah olhou aquele aparelho e viu quem estava ligando para ele naquele instante, escrito em letras grandes estava Alice. A garota sentiu um calafrio ao ver aquele nome escrito e saltou para fora daquele quarto vazio e imundo.
–-----X-------

– Mas que merda!- gritou Alice jogando o celular na cama e no mesmo apoiando-se na janela e vendo pessoas se drogando ou roubando velhinhas indefesas que passavam por lá debaixo de um céu completamente escuro e estrelado.

Jogou o cabelo para trás e bufou dizendo:

–O maldito do Scott não atende a porcaria do celular! A não ser que... -abriu um sorriso e deu um riso- Own, a menininha ficou com raiva dele e decidiu matá-lo? Que meigo, não é Hannah? - aquele quarto pequeno se completou por uma risada maléfica e cheia de vingança - Hannah, Hannah. Você não tem jeito nenhum mesmo não é?!


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