Doce Pesadelo escrita por Paçoca 3


Capítulo 49
Capítulo 49


Notas iniciais do capítulo

Ei, até que não demorei tanto certo?
Vish acho que me abandonaram.... Fiquei tanto tempo sem entrar que, agora ninguém mandou um review :c
Mas ok, continuarei postando. Boa leitura (;



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– A culpa é toda minha! Caio me odeia! E não tem como mudar isso – ela chora sem parar.
– Ok, acalma-se. E diga o que houve! – tento tranquilizá-la, assim não tem muitos rodeios e eu fico sabendo logo.
– Hoje na escola eu estava com o grupo de amigos, só que era só meninos. E quando Caio chegou, ele viu o meu ex me abraçando, e bem... Eles não se dão bem, mesmo antes de me conhecer! E logo ele correu, com raiva. Eu fui atrás dele, para dizer que foi só um abraço, mas ele não me escutou, ou fingiu. As aulas se passaram, e no intervalo ele não falou comigo, e nas seguintes aulas, ele apenas ficava de cabeça baixa escrevendo e desenhando, de vez em quando dava um olhada rápida em mim... E então... – ela pausa, e eu espero ela terminar – Na hora que saímos da escola, eu tentei mais uma vez falar com ele, eu ficava sempre atrás dizendo que não foi nada, foi só um abraço, um cumprimento, e daí ele se irritou, e começamos a discutir... No final das contas ele saiu tão irritado, que me deixou falando sozinha, pegou o skate e foi correndo... E não viu que passava uma moto, e foi atropelado.
Ficou perplexa. Por um instante não digo nada, simplesmente engulo a própria saliva e sinto minha garganta seca.
– A culpa não é a sua! – finalmente digo – Caio é temperamental, e mesmo que vocês tivessem brigado, ele devia ter prestado atenção na rua. Ele devia ter se acalmado, antes de sair por aí e acontecer essas besteiras! Mas acho que é de família, também sou assim.
– Mas eu o conheço, ele não vai querer mais me olhar – ela seca as lágrimas com a manga da blusa.
– E eu o conheço há mais tempo ainda! Relaxe, vocês voltaram ao normal. Vou ir ver como ele está, então toma uma água, e depois veremos ok?
– Ok! – ela sai totalmente encurvada, como se carregasse o mundo nas costas.
Entro no quarto de Caio, e vejo que seus olhos estão ainda fechados.
– Ei será que dá pra me ouvir? – pergunto.
– Lógico né Madson, não fiquei surdo, apenas fui atropelado – ele ri de leve, porque provavelmente não pode se esforçar.
– Idiota! Você me assustou. E a Larissa também – tento puxar assunto.
– Por favor Mad, não quero falar sobre ela. Não quero vê-la, ela me magoou muito. E agora estou quebrado tanto por fora como por dentro! – ele vira a cabeça para o lado. – Provavelmente já deve ter te contado o motivo de eu estar assim, certo?
– Sim. Mas Caio pense bem... – começo, mas ele me interrompe.
– Por favor Madson! Não tem mais nada! Ela estava muito satisfeita com o abraço do “amiguinho” dela, como a própria disse. Talvez ela não perceba, mas eu sei como aquele inútil faz aquilo de propósito, só para me provocar! – ele trinca os dentes.
– Qual o seu problema com ele? – já que estamos aqui, o que custa matar uma curiosidade?
– Simples! Ele é um invejoso, só porque sou bom em algumas coisas, ele tem que ficar me humilhando. Ele sabia que eu gostava da Larissa, e pediu-a em namoro! Ele rasgou um desenho que eu havia feito pra ela, eu ia entregar, mas ele descobriu e rasgou. Foi no dia que ia lhe confessar tudo, e nesse mesmo dia, por “coincidência” ele pediu-a em namoro – ele sorri ironicamente.
– Mas agora vocês tão juntos, por que isso?
– Porque Madson, bem porque não quero perdê-la de novo! Já faz algum tempo que percebo que ele está dando em cima dela, com essa de sermos só amigos, mas não digo nada porque Larissa, insisti em dizer que é loucura minha, mas hoje foi a gota d’água! E se ela não desse tanta liberdade, eu confiaria mais. Só que não é tão simples como parece!
– Caio, você deve saber só uma coisa: Ela te ama. Quando cheguei aqui, ela estava tão mal, tão ferida, com uma dor agonizante, que eu quase nem queria olhar em seus olhos. Pense bem, converse com ela, evitá-la não vai melhorar nada, só vai estar perdendo ela, fazendo o que o garanhão quer! Fica a sua decisão. – digo e me levanto.
– Aonde vai? – pergunta-me
– Tenho que saber onde está Ariel, porque ela também não voltou pra casa.
– Hm, ela deve estar na casa de suas amigas.
– É pode ser, mas é bom verificar – sorrio.
– Hey, Mad! – seu tom de voz está um pouco áspero – Valeu!
Esse valeu foi por várias coisas.
Valeu por não me abandonar.
Valeu por se importar comigo.
Valeu por me ajudar.
Valeu por ser minha irmã.
Ele não diz tudo isso, mas pelo olhar, dá para entender.
Saio do quarto, um pouco mais aliviada, ele se recupera.
– Ele está melhor? – pergunta Lari, um pouco mais calma.
– Sim, está te esperando – sorrio.
Ela sorri agradecida.
Vejo que depois o elevador voltou a funcionar entro nele, e penso:
“Depois de uma grande tempestade, sempre o Sol aparecerá de trás das nuvens.”
*****
Volto para casa, e encontro Ariel sentada no sofá.
– Achei que não voltaria para casa! Ligaram pra você... – ela sorri.
– Quem? – meu coração acelera, será que foi ele?
– Foi uma garota, acho que o nome dela era Angela, alguma coisa assim... – ela põe os pés sobre a mesinha.
Angeline!
O que será que ela quer?
– Ela disse alguma coisa? O que queria? – essa idiota me perseguiria até o ultimo instante.
– Só disse que sábado você tem que ir no parque, porque terão uma conversinha... Amiga nova Mad?
Ah claro! Tão amiga, quanto Judas.
– Uma colega de classe... Vejo depois, mas algum recado? – digo subindo o primeiro degrau da escada.
– Não que eu saiba!
– Ok, valeu! Vou subir e tomar banho, você põe o jantar? Tô cansada, tive que correr pro hospital hoje.
– É fiquei sabendo que Caio está lá, o irmão da minha amiga presenciou a cena! – disse ela.
– É, mil e um problemas.
Subo e vou ao banheiro, me despido e entro no chuveiro, aquela água morna e com um acalmante para meus nervos e músculos.
Sinto gota por gota caindo sobre meu corpo.
Depois de um relaxante tempo, desligo o chuveiro, me visto e desço para cozinha.
– Mad, papai e mamãe ligaram, avisando que vão chegar tarde, sem previsão. Posso pedir uma pizza então? – ela faz uma carinha de cachorro que caiu da mudança.
– Okay pestinha, pede! – bagunço seus cabelos.
Ela corre para o telefone, enquanto pego um copo d’água, quando vou tomar um gole, a campainha toca. Que droga! Hoje não to fazendo nada por completo, ou melhor, não me deixam fazer.
Enquanto Ariel aponta para a porta, e vai conversando com a recepcionista da pizzaria, vou e atendo.
– Hm... Oi!
Me surpreendo tanto, que fico sem reação,s sinto meu rosto se empalidecer, o coração acelerar e a respiração mais forte.
– Oi.. – respondo sem fôlego.
– Será que podemos conversar?


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Notas finais do capítulo

E aí fantasminhas, o que acharam? Quem será? hahaha



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