Zero p.o.v

Yuuki estava sentada na cama. Eu me sentei do seu lado, com a comida na mão. Ela já aprendera a comer sem ajuda, desde que perdeu a visão.

Ela começou a comer, e eu fiquei apenas observando. Já se passara 6 meses, e nada do ataque de Shouto Isaya.

Yuuki terminou de comer, e deixou o prato na escrivaninha do lado. Eu dei um beijo no rosto dela. E vi os olhos descoloridos tomarem uma cor vermelho-sangue. Extendi meu pescoço e ela adentrou suas presas nele.

Estava com sede mesmo, pois não parou tão cedo.

- Zero... - Chamou ela, depois de se afastar. Fiquei preocupado, ela tinha congelado. - Sinta...

- O que? - Ela pegou minha mão, e puxou para seu ventre. Eu sorri, dava para se sentir chutes. - Nossos gêmeos... - Ela sorriu alegremente. - Espero que eles não puxem o gênio da mãe. - Eu disse, brincando, e pondo ela deitada em meu colo.

- Ei! - Reclamou. Depois ela abriu aquele sorriso lindo, e riu. - É... Acho melhor também! - Ela riu junto comigo.

Foi quando escutamos um barulho de paredes quebrando.

- Yuuki, deve ser o Isaya Shouto. Olha, fique aqui dentro, não saia. Eu vou trancar, ta? - Ela concordou com a cabeça. Eu peguei a Bloody Rose, sai do quarto, tranquei a porta. Eu estava certo, era o Isaya.

Yuuki P.O.V.

Zero me deixou no quarto, eu escutei a tranca. Me sentei na cama, meio desesperada. Eu queria proteger os bebês, mas... Eu não enxergava. Chorei de pavor, quando escutei um barulho da sala ao lado.

Eles não podem me alcançar, Zero, me ajude!

Escutei um barulho vindo da sacada, me encolhi perto da porta. Então escutei um tiro. Espero que Zero tenha matado ele! Ele me quer, mas eu não vou me entregar! Não com os meus filhos...

Do outro lado da porta, pude escutar a voz do diretor.

- Papai! Me ajude! - Exclamei, escutei as vozes do diretor pararem. E ele abriu a porta, devia ter pegado a chave. Então trancou de novo.

- Yuuki, minha filha... - Ele me abraçou. - Eu vou te proteger. - Ele ficou em minha volta, eu fiquei com medo. Não queria que nada acontecesse com meus filhos. Abracei a barriga, protegendo-os dos estilhaços. E pararam quando o diretor ficou em minha frente.

- Isaya! Saia daqui! - Escutei a voz do diretor. Na hora meu coração quis parar de medo. Senti a presença de Zero, e escutei um tiro.