Diário De Um Pseudopsicopata escrita por Ramon Leônidas


Capítulo 23
Quer uma mãozinha? - Capítulo XXII (+18)




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Não vou revelar algo desse porte a uma desconhecida. Desculpe-me, passei a noite em claro e preciso dormir. Tenha um bom dia, Bessie. — Ela ficou me observando subir as escadas e caminhar até um dos quartos que estavam vagos. Fiquei pensando durante horas. Precisava planejar minha vingança, mas agora seria mais difícil ainda, eu estava sob os holofotes de todos na cidade. Qualquer coisa que acontecesse aos meus inimigos, iriam culpar-me imediatamente. Tive uma ideia. Iria forjar minha própria morte, assim, poderia me livrar dos meus inimigos, sem que fosse procurado. Precisaria de um nome falso e de alguns milhões em uma conta bem longe daqui, para que quando a minha vingança estivesse completa, eu pudesse fugir. Era isso que iria acontecer, Richard iria morrer para que outro homem pudesse nascer.

Não notei quando adormeci, acordei com a Alice deixando uma bandeja cheia de comida para mim. Ela trajava um roupão branco felpudo. A moça sentou-se a minha cama, alisou minha cabeça e disse: - Passamos por maus bocados, você precisa se alimentar, Richard. — A bandeja havia vários tipos de frutas e aperitivos. Sorri para ela, alisando seu rosto e respondi: - Me desculpe por ter matado o Brian. Sei que você gostava dele... — Ela tirou minha mão do seu rosto, se levantou rapidamente e foi pra janela observar a paisagem que dava para uma lagoa do condomínio. Com uma voz aguda provocada pelo choro, ela indagou: - Não importa agora. O importante é que você está aqui comigo. Por favor, Richard, me diga que nunca vai embora. Por favor, não me abandone como os demais. — Abaixei a cabeça e respondi em um tom baixo e preocupado: - Me desculpe, Alice. Terei que ir embora. Tenho uma vingança para colocar em prática, preciso fazer todos aqueles que me atormentaram, pagarem por suas maldades. Isso inclui meu irmão e seus amigos. Vou matar um por um. Ela fechou as cortinas da janela, virou-se para mim e disse: - Você não pode se vingar deles, Richard. Essa história já teve mortes demais. Não bastam todos aqueles enfermeiros que morreram em nosso nome? Em nome da nossa fuga daquele lugar? Saí dali para recomeçar. Pensei que você tivesse fugido e feito o que fez pelo mesmo motivo. — Levantei-me da cama, abracei-a enquanto alisava seus cachos volumosos e negros. Beijei sua bochecha e simplesmente saí do quarto. Peguei um suéter um chapéu que estavam no cabide da sala, fui até a cozinha e peguei uma faca de açougueiro, e coloquei-na em meu suéter. Ela descia as escadas rapidamente e perguntou: - Para onde você vai? — Levantei as sobrancelhas em sinal de insatisfação por estar dando satisfações e respondi: - Preciso fazer uma visitinha á minha antiga escola. Posso usar seu carro? — Ela tirou umas chaves do bolso do roupão e disse: - Cuidado com o que você vai fazer. Não faça nada que me faça sentir vergonha de ti. — Dei um beijo na testa dela e falei: - Obrigado pelo carro.

Na hora que apertei o botão da garagem, havia um Audi R8 me esperando. Sorri para mim mesmo e andei em direção ao carro. Na hora que estava com a chave na ignição para sair, Bessie apareceu atrás do carro fazendo um sinal para que eu não desse ré para ir. Essa foi por pouco, outra dessas e ela acabará embaixo do carro. A senhora caminhou até a janela do meu carro e disse: - Você não vai ser uma pedra no sapato da minha filha. Ouvi toda a conversa. Desça desse carro agora. Só quero que saia desse condomínio se for de uma vez para todas, se for pra praticar o mal, não saia. Você não vai envergonhar a família McClain. Ou o que restou dela. — Estirei o dedo para a velha e apenas dei ré para sair. Na hora que dei partida, observei que ela estava de braços cruzados me observando. Seus olhos semicerrados indicavam seu descontentamento com a minha presença ali. Não poderia matar ela, se fizesse isso a Alice me denunciaria na certa. Era um domingo ás 7h da matina. Uma moça de cabelos longos e castanhos me chamou a atenção. Ela estava no telefone e parecia despreocupada com algumas sacolas de compras de supermercado. Andei mais um pouco para que pudesse ver esse rosto e... Bingo! Aqueles cabelos castanhos não me enganariam, era a Annie Richards, a garota que ajudou a me espancar no colégio.

Estacionei o carro em um meio fio e esperei que ela passasse pelo meu carro, caminhando. Na hora que ela passou, coloquei um ray-ban totalmente preto e a segui com as mãos no suéter. Ela desligou o telefone e entrou em um beco que tinha entre um mercadinho e uma loja de bebidas. Na hora que ela pegou o celular para realizar outra ligação, tirei a faca de dentro do suéter e a surpreendi arrancando sua mão em um golpe só. O celular caiu no chão, juntamente com a sua mão. Ela segurava o membro amputado com a outra mão, apavorada. Na hora que foi identificar quem havia feito aquela brutalidade, se surpreendeu: - Richard? Seu irmão falou que você havia morrido! — Segurei-a pelos cabelos e bati no seu rosto com meu joelho, jogando-a no chão em seguida e respondi: - Vaso ruim não quebra vadia. — Dei um chute nos seus peitos e em seguida dei outro em seu rosto. Ela sentia tanta dor que mal conseguia gritar, apenas chorava. Arrastei-a pelo beco, até que chegássemos á floresta que tinha logo no final daquela ruela que estava cheia de poças d'água com a chuva da noite anterior. Arrastei-a até um local onde não pudéssemos ser vistos. Tirei as roupas dela e rasguei-as para que pudesse usa-las para amarrar ela em um tronco de árvore. Dei uma tapa no rosto dela para que ela permanecesse acordada e falei: - Annie, eu sempre quis me vingar de vocês. Todos vocês. Eu ia te deixar por ultimo, juntamente com a Julie. Mas, na hora que eu te vi foi irresistível, sabe? Tinha que te matar. E vou te matar! — Ela sussurrava implorando por piedade. Sua boca ferida pelo meu chute fazia-a cuspir sangue enquanto falava. Peguei um pedaço de pano e amarrei sua boca. Alisei seus cabelos e sussurrei em seu ouvido: - Quer que eu degole você aqui mesmo, ou prefere esperar que eu vá comprar gasolina para queimar-lhe viva? — Ela chorava com a corda na boca, gesticulava com a cabeça negativamente. Alisei seu rosto e disse: - Como pensei. — Logo após falar isso, dei um forte golpe no seu pescoço e puxei sua cabeça do restante do corpo pelos cabelos, esquanto puxava o cabelo dela, dava mais e mais golpes no mesmo local para que facilitasse. Na hora que finalmente consegui arrancar sua cabeça, percebi que um senhor estava me observando na floresta. E ele parecia apavorado.


Continua...


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Notas finais do capítulo

Personagens no capítulo:
Richard Rhodes (Protagonista)
Annie Richards (Melhor amiga #1 de Julie)
Vanessa McClain (Psiquiatra do manicômio em Westview)
Alice McClain (Irmã de Vanessa McClain / Paciente do manicômio)
Bessie Andrews (Governanta da mansão McClain / Mãe de Alice McClain)

Lugares:
Westview (Cidade Natal do Richard)
Alameda das Mansões (Condomínio Luxuoso da Alice)
Floresta de Westview



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