Behind These Hazel Eyes escrita por MahhLeal


Capítulo 12
Capítulo 12




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Quinn e Puck sentaram-se em uma mesa do lado de fora de uma lanchonete e começaram a devorar dois enormes lanches acompanhados de batatas fritas, eles pareciam fechados em seu mundo, sempre sentiam-se assim quando estavam juntos, uma calma invadia os pulmões e os pensamentos do casal. O moreno mergulhou uma batata no katchup e sujou o nariz da loira enquanto ria da expressão indignada que ela fazia, ele então com um beijo demorado sugou o molho que a sujava e começou a distribuir selinhos apertados na garota, que muito esperta sujou a bochecha próxima a boca do moreno de mostarda. Ela ria abertamente e ele sorria divertido e encantado com o riso da garota.

– Não é justo – ele aproximou mais seu rosto do dela – Não posso ficar assim sujo

– Mais vc tá lindo assim – ela ria mais enquanto passava maionese nos lábios dele

– Você não quer me limpar gatinha? – ele sorriu safado enquanto ela balançava a cabeça negativamente e ria – Então vou ter que pedir ajuda pra outra pessoa

Quinn parou de rir na hora, esse safado conseguia deixa-la com ciúme apenas com uma brincadeira, e quando Puck fez menção de levantar para buscar ajuda a loira foi mais rápida, segurou ele pela gola da jaqueta e o puxou acabando com a distancia entre eles, o garoto sorria satisfeito enquanto ela colou seus lábios no rosto dele e começava a traçar um caminho de beijos demorados e intensos acompanhados pela língua macia e quente que limpava delicadamente cada parte da bochecha e dos lábios sujos dele. Ela chupou demoradamente cada um dos lábios do moreno e mordiscou o lábio inferior, o enlouquecendo de vontade de tomar-lhe os lábios em um beijo mais profundo. Puck então colocou sua mão sobre a coxa da loira e a apertou arrancando um sorriso mais tímido dos lábios dela, ele voltou a beija-la intensamente mais mantendo um ritmo lento dos lábios sincronizando com a necessidade de suas línguas se explorarem. Ela terminou o beijo entre selinhos e despejou beijos por todo o rosto do moreno que sorria acariciando a cintura dela.

O moreno se virou para tomar mais um gole de seu refrigerante quando foi atingido por um garoto aproximadamente 4 anos mais novo que jogava bola na rua com um amigo, o menino caiu por cima de Puck que derramou seu refrigerante em um dos braços de Quinn. O Menino se assustou, pegou a bola e ao se virar para sair correndo foi surpreendido pelo moreno que estava em pé o segurando com o braço bom pela gola da camiseta, quase o erguendo do chão, atitude que deixou a loira assustada.

– Tá maluco muleque? – o moreno chacoalhava o menino pra frente e pra trás

– Não senhor, desculpa, eu tropecei e .. – ele estava assustado tentando se soltar

– É pra minha namorada que vc tem que pedir desculpas muleque – Puck soltou a gola do menino quando sentiu as mãos da loira o puxando pra trás

– De..desculpa moça – o pequeno menino se desculpou e saiu correndo com a cabeça abaixada

– Droga, agora vc tá toda molhada e ta ventando – o moreno ainda respirava um pouco alterado e tirava o casaco da garota

– Noah se acalma – ela colocou as duas mãos no peitoral do moreno – Não tem pq vc se alterar assim, foi só na manga, não estou molhada

– Ah Quinn

– Por que vc ficou tão bravo? Quase bateu no menino, ele era quase uma criança

– Por isso mesmo, tem que aprender cedo as coisas – ele ainda mantinha a expressão fechada

– Não desse jeito – ela passou as mãos alisando os ombros do moreno

Ele assentiu com a cabeça, não conseguia encontrar palavras pra argumentar com a loira naquele momento, ela parecia ter razão, e o toque leve dela o estava mantendo calmo, era uma sensação diferente, ele era estourado, briguento e ninguém nunca o havia acalmado tão rápido. Ele se lembra de momentos em que seus amigos, principalmente Brittany, Sam e uma outra amiga de sua cidade, tentavam acalma-lo e demoravam para conseguir, muitas vezes Sam tinha que usar a força para manter Puck longe de confusões maiores, mais com Quinn era diferente, seu toque leve parecia ser como um imã, o mantinha no chão preso, sua voz doce o acalmava e seu pedido parecia uma ordem, mais essa ordem não o impedia de ser um pouco teimoso.

Puck então tirou sua jaqueta, com um pouco de dificuldade pelo gesso no braço e colocou nas costas da loira com um leve sorriso nos lábios. Ela sorriu balançando a cabeça e deu um selinho leve e demorado nos lábios do garoto.

– Obrigada – ela ajeitou seus braços e vestiu totalmente a jaqueta – Está um pouco grande mais eu gostei

– Você está ainda mais linda

Ela sorriu o encarando com aqueles olhos que sempre o hipnotizavam, ele então deu-lhe um selinho, envolveu sua cintura e os saíram caminhando em silencio. Um silencio relativamente confortável, ambos estavam com os pensamentos a todo vapor, Quinn pensava em como o moreno havia a chamado de namorada, ela sorria pensando em como o empurrãozinho que seu colega Hunter pareceu resolver essa questão implícita de rótulos, ele a chamou de namorada, então eles eram namorados. Ao mesmo tempo que essas atitudes um pouco estouradas do moreno a assustavam, as outras vezes que ele estourou para protege-la ela entendia, eram contra Dave, mais agora foi um acidente, ele não precisava se exaltar, ela deixou então os pensamentos vagarem. A cabeça de Puck rodava nesse mesmo assunto, ele a chamou de namorada, no instinto, porque é assim que ele se sente em relação a ela, como um casal de namorados, ele gosta de estar com ela e só quer estar com ela todo o tempo, então sim, eles estavam namorando e não precisavam de um pedido ou alguma cena, era simples, estavam juntos.

Eles caminhavam com passos lentos pela rua quando uma chuva grossa começou a cair, o moreno deu de ombros olhando um pouco receoso para a garota que deu uma gargalhada gostosa e começou a correr com os braços abertos na chuva. Ele se surpreendeu e começou a correr atrás dela sorrindo. A loira, cansada de correr, encostou-se em um poste, sorrindo e com a respiração acelerada, ela encarava Puck que vinha devagar sorrindo em sua direção. Ele parou em sua frente e encostou o braço imobilizado acima da cabeça da loira, mantendo seu corpo colado no dela e a encarando fundo nos olhos com um sorriso leve no rosto, com a outra mão segurou cuidadosamente a cintura dela. Ela o encarava com um sorriso travesso no rosto e nos olhos e então abraçou forte o corpo do garoto, ainda estava um pouco sem fôlego, o que não o impediu de roubar-lhe um beijo acelerado, a loira foi pega de surpresa com a intensidade e rapidez com que seus lábios foram tomados e tentava acompanhar o ritmo enquanto sentia o braço do moreno envolvendo seu corpo e a mantendo colada nele.

Ouviram algumas buzinadas e em questão de segundos estavam cobertos de lama, presente de uma caminhonete que passou em uma poça em alta velocidade os sujando de propósito. Puck sentiu o sangue subir para a cabeça, limpou a lama do rosto, pegou uma pedra da calçada e atirou com toda força atingindo de raspão o pneu da caminhonete. Quinn o puxou com um pouco de força pelo braço parando com as mãos na cintura olhando seria pra ele, que apenas balançou a cabeça.

– Meu braço, a água parece estar derretendo isso aqui, e agora está tudo sujo

– Vamos tirar esse gesso hoje, essa sujeira dentro pode infeccionar alguma coisa, e já íamos tirar amanhã mesmo

– Iamos? – ele sorriu de leve – Que bom então

Quinn o olhou seria com uma expressão que ele não sabia desvendar, fechou o casaco dele que estava usando, cruzou os braços e começou a caminhar com passos rápidos. O moreno passou o braço em volta de seu ombro e caminhava na mesma velocidade que ela, incomodado com o silencio.

– A chuva pelo menos limpa o barro

O garoto sorriu meio amarelo pois não obteve nenhuma resposta, apenas uma aceno de cabeça. Caminharam então até o hospital da universidade embaixo de chuva, ao chegarem Quinn conversou com um dos enfermeiros e caminhou pra dentro, pedindo para o moreno que a esperasse ali, que ela voltaria para buscá-lo. Ele concordou e sentou em um dos bancos da recepção, era noite de sexta-feira, pós provas, a sala de espera estava cheia de estudantes em sua maioria bêbados com pequenos acidentes.

Passados 10 minutos a loira voltou envolvida por uma enorme toalha branca e conversando animada com o enfermeiro que a tinha levado para dentro. Ele então se dirigiu ao moreno.

– Vamos para a ala ortopédica Sr Puckermann

Puck olhou confuso para o rapaz que chamava seu nome enquanto Quinn mantinha-se um pouco atrás, na porta da entrada dos médicos, olhando a cena com uma sombra de diversão nos olhos. Ele então asssentiu e seguiu o enfermeiro, que se identificou como Kurt Hummel. Entrou na sala de procedimentos acompanhado por Quinn e Kurt e deu de cara com o mesmo residente que o havia engessado.

O medico então começou os procedimentos de remoção com a ajuda do enfermeiro, enquanto conversava animadamente com Quinn, que ria dos comentários do residente sobre os professores que lhe aplicaram as provas. O celular da loira então tocou rapidamente avisando que uma mensagem havia chegado, ela torceu os lábios enquanto lia o conteúdo e guardou novamente o aparelho na bolsa. O moreno mantinha-se calado e agora prestava atenção em seu braço que estava sendo limpo por Kurt. O enfermeiro parecia um garoto simpático e dizia coisas engraçadas, Puck estava simpatizando com ele e ria de alguns comentários que o enfermeiro fazia de seu plantão.

Três espirros seguidos foram ouvidos e os três homens se viraram para olhar a loira que passava uma das mãos na testa e apertava os olhos. O medico residente prontamente parou em frente a ela e começou a examina-la, o que fazia os olhos do moreno faiscarem, ela claro o interesse que ele demonstrava por sua garota, ela tirou a toalha e a jaqueta das costas, ficando apenas com uma camiseta fina enquanto o medico escutava sua respiração com um estetoscópio, aproveitando para toca-la alem do necessário. Quinn sorriu um pouco sem graça quando percebeu que o medico estava a encarando com uma expressão maliciosa descendo o estetoscópio gelado por seu colo. Ela encarou os olhos de Puck, que agora estava em pé atrás do médico seguindo com os olhos atentamente os movimentos que ele fazia na pele da garota, ele então colocou a mão com seu braço livre do gesso no ombro do médico com um pouco de força

– Obrigado, a partir de agora eu assumo – ele puxou o ombro fazendo com que o medico virasse de lado e tirasse a mão de sua garota

– Eu sou medico, estou examinando ela – ele respondeu em tom desafiador

– Ela não pediu, e vc já examinou – ele estendeu uma das mãos para a loira, ela então a segurou e caminhou para o lado dele, entrelaçando seus dedos nos dele

– Quinn vc está ficando resfriada – o medico insistia – Volte aqui quando precisar

– Ela não vai precisar – Puck deu as costas para o medico e estendeu a mão sorrindo para o enfermeiro apertar – Muito obrigado Kurt, vc foi muito atencioso e gentil

– De nada querido – ele sorriu dando dois beijinhos na bochecha do moreno e dois beijinhos na bochecha de Quinn – Depois conversamos sobre aquele assuntinho

Puck riu e concordou, então olhou pra trás encarando com a expressão fechada o medico que ainda mantinha uma expressão desafiadora olhando para o moreno, segurou firme a mão de Quinn e saiu da sala. Ela tinha uma expressão divertida de confusão no rosto.

– Conversinha com o Kurt? – ela sorria parando na porta do hospital ao lado do moreno

– Estou com um esquema em mente – ele riu da confusão ainda maior na expressão da loira – Vou chama-lo para a próxima festa, acho que seria bom para o Blaine conhecer alguém

– Espera, o Blaine é mesmo gay ? Bem que a Santana falou

– Ele é mais amigo do Sam, mais somos amigos também e gosto dele, não sei, ele parece infeliz e não existe ninguém nessa universidade pra ele

– Kurt é um cara legal

– Eu percebi isso, vale a pena tentar

– Não reparei vcs conversando sobre isso – a loira olhava para os lados percebendo que a chuva não pararia tão cedo

– É porque vc estava ocupada demais – ele despejou as palavras com um pouco de acidez

– Eu só estava conversando – ela o encarava seria

– Eu não disse que estava fazendo outra coisa mesmo – ele agora era quem encarava a chuva – Seu celular, vc torceu os lábios quando leu a mensagem, tudo bem?

– Santana, avisando que iria levar o Sebastian pra casa – ela ajeitou a toalha em seu ombro na tentativa de se aquecer mais

– Vamos pra minha casa – ele então fez sinal para um taxi e abriu a porta para a loira entrar


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Notas finais do capítulo

gostei desse, espero que vcs gostem ..



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