Fix You 2: Dark Paradise. escrita por Amanda Mina


Capítulo 10
Capítulo 10


Notas iniciais do capítulo

Oioi gente! Agradeçam à Talita que me lembrou por meio de um review que eu tinha que postar em Dark Paradise. Eu estava para fazê-lo, mas então me pediram um Conto Romitri de Valentines Day e eu acabei acatando ao pedido -- por falar nisso, aqui está o link: http://fanfiction.com.br/historia/333177/Say_You_Will/ em parceira com a Anita, que é minha sis.
Então vamos ao cap! :D



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-- Mas o que está acontecendo, afinal? – Talita perguntou impacientemente enquanto eu tentava assimilar tudo o que sabia. Que esse sequestro poderia ser feito por alguém que tentava me encontrar, não era surpresa. Mas ouvir assim, principalmente que eram dhampirs era uma coisa nova.

Dhampirs. Dhampirs Opositores sequestraram Dimitri. Mais de um. O que significava que mais de uma pessoa estava atrás de mim – ou para me matar, ou para me torturar, ou para tentar conseguir alguma coisa. Alguma informação sobre Lissa, suponho, uma vez que nem todos sabiam que nosso laço havia se rompido.

-- Você tem alguma localização? – Perguntei a Ian, gesticulando para que Talita esperasse. O que me surpreendeu foi que ao invés de bufar, como eu teria esperado devido as suas atitudes anteriores, ela apenas assentiu e continuou a me encarar.

-- Vitória é uma cidade que é tida como um ponto de referência, sendo assim, a maioria das cidades ao redor são bem movimentadas. Você pode excluir muitos pontos do seu mapa, se possível.

-- Ian. Eu não tenho um mapa. – Lembrei.

-- Falando figurativamente, Americana. – Ele avisou. – Tem alguém por perto? Alguém que conheça a área? – Olhei para Talita instintivamente.

-- Tem.

-- Ótimo. Posso falar com essa pessoa? – Perguntou. – É um lugar que apesar de ser conhecido e tudo mais, é meio afastado e difícil de chegar.

Suspirei e então passei o telefone para Talita, que pigarreou como se não usasse sua voz há muito: -- Sim? – Perguntou. E então começaram a falar de um modo que eu não entendia, em parte porque Talita falava mimicamente, apenas gesticulando ou dizendo coisas monossilábicas. Até pegar um velho caderninho que estava dentro da sua mochila e consultar uma trilha de palavras. Com uma canetinha preta, foi riscando metade dos nomes daquela lista.

-- Ok. O mais provável agora é Jerônimo Monteiro. – Ela murmurou após algum tempo. – Mas você tem certeza? Quer dizer, quais são as chances de levarem justamente para ?

-- As mesmas de Rose pensar do mesmo jeito que você. – Essa foi uma parte que eu consegui ouvir porque ela colocou no viva-voz, afim de tentar ter a minha opinião a seu favor. – É uma cidade que ninguém acreditaria que seria usada para fins de sequestradores, então... Pois é, eles pensaram nisso.

-- E como você sabe? – Ela argumentou, um tanto desconfiada e mal-humorada por ter sido contrariada.

-- Eu já fui um Opositor, ok? – Ele suspirou. – Sei como eles pensam e agem e no momento, mesmo que todos achem que essa cidade seja a mais improvável, algo em mim diz que essa não é somente a mais provável, mas também a certa. Você pode, por favor, parar de ser uma cabeça dura e começar a agir? – Mesmo que ele tentasse ser gentil, o tom letal o entregou. Vi Talita se arrepiar ao meu lado pelo tom de voz que mais se parecia com um sibilo, e então apenas afirmou alguma coisa de que começaria a procurar.

Tirei do viva-voz e coloquei o telefone na orelha, soltando um suspiro: -- Então é isso?

-- Parece que sim. – Ele murmurou. – Não vou deixar que essa menina faça todo o trabalho sozinha. Já comecei a rastrear os possíveis esconderijos desde que consegui um nome.

-- Inferno. – resmunguei. – Acho que sou a única que não estou fazendo nada.

-- Não veja por esse lado, Rose. – Ian advertiu, o tom bem mais descontraído. – Veja como se você estivesse se preparando para a batalha, porque eu sei que, por mais que você tenha aliados, tentará fazer tudo sozinha. Lidará como se fosse algo pessoal.

-- E não é algo pessoal? – Desdenhei.

-- É. Mas você, no fim, tentará lutar contra tudo. E vai ver todos os outros dhampirs que estão por perto como pessoas a serem protegidas. – Fez uma pausa. A essa altura, eu já estava cansada demais para argumentar. E em parte isso se devia porque Ian estava certo. – Eu conheço você, Hathaway.

-- Ás vezes me surpreendo com a facilidade com que você e seu irmão conseguem me entender. – murmurei sem pensar. Ian não pareceu ofendido, apenas se divertiu com aquela confissão.

-- Você é fácil de lidar, Rose. Só precisa se deixar levar. Agir naturalmente. – Comentou. – E não se deixar moldar pela fama de guardiã extremamente requisitada e justiceira.

-- E se eu quiser me deixar moldar por essa fama?

-- Então não será a Rose que eu passei a amar. – Refletiu. – Você é só uma garota presa pela dor do abandono, Rose. Não é como se isso fosse matá-la, mas é como eu falei uma vez para Dimitri. – Mesmo que Ian não tivesse falado o que ele havia falado, porque ele e o irmão, certamente, tiveram muitas conversas, eu sabia ao que ele se referia.

Foi um tempo em que Dimitri trabalhava para Tatiana e, ironicamente, estava me caçando na Itália. E, no entanto, ele esteve prestes a conseguir colocar as mãos em mim juntamente com todo o exército se não fosse pelo confronto de Ian. Que além de dizer a ele o quão ridículo estava sendo, disse que eu precisava de um herói.

E era isso a que ele se referia – que eu precisava de alguém para cuidar de mim. E mesmo que eu me sentisse completamente independente e autossuficiente, eu, de fato, sentia falta da presença de Ian porque ele era assim.

-- Hey, Ian. – chamei. – Você disse que está amando? Foi isso mesmo o que eu ouvi? – Brinquei. – Ah meu deus, essa pessoa deve ser uma verdadeira santa.

-- Santas não me atraem... – ele comentou.

-- Ah, que bom que você sabe onde está se metendo. – provoquei. – Não aceito devoluções, Italiano.

-- E esse é o melhor. – Brincou. – Fidelidade eterna.

-- Ah, merda! – Talita resmungou. – Rose, mande seu namorado procurar ao invés de ficar conversando com você, porque eu realmente estou desatualizada.

-- Acho que você já escutou. – murmurei para Ian, revirando os olhos.

-- É, eu escutei. Vejo você em breve, Hathaway.

[...]

Amanda decidiu que como não podiam deixar Jared para trás, ela tomaria conta dele enquanto eu, Stefan, Talita, Daniele, Lucas e Gabriel atacávamos. Sydney faria parte apenas das pesquisas, e depois voltaria para casa junto conosco.

Já Jared voltaria assim que Daniele retornasse – já que provavelmente a batalha já teria terminado e Dimitri estaria do nosso lado. Eu só esperava que isso incluísse “vivo”.

Conforme o dia foi passando, Sydney e Samantha foram escolhendo os pontos. Elas pediram para analisar a estaca de Dimitri vendo se encontrariam alguma prova – e no final encontraram. Naquele momento, Sydney mais se parecia com uma investigadora do que uma alquimista, atenta para todos os detalhes. Porque, sinceramente, quem procuraria por areia em uma estaca?

Ela me disse que isso ligava a uma fazenda nos limites do município, que havia sido abandona há muito e agora haviam soterrado com areia o quintal para evitar que tivessem plantações ou animais do perto. O tipo de lugar abandonado que se torna completamente macabro devido a uma casa completamente abandonada, com portas rangendo e janelas quase caindo.

O problema era o acesso. Todas as estradas haviam sido bloqueadas, sendo que teríamos que andar por um quilômetro e meio a pé para chegar até o lugar. Considerando que todos os inimigos estivessem mortos quando voltássemos; andar não seria problema.

Daniele disse que o lugar era realmente perigoso, e nós deveríamos ser os mais sorrateiros possíveis. Havia um córrego que ligava ao lugar, então seguiríamos pela margem deste. Tentar descer pela colina que antigamente era um pasto chamaria a atenção pois todos teriam uma visão ampla de nós.

E outra observação foi que não poderíamos ficar extremamente perto da fazenda na hora do confronto. O ideal seria atrair a atenção deles para nós após algum tempo, sem cair em alguma armadilha. Segundo os relatos, a fazenda era um lugar pequeno, então isso poderia afetar Dimitri ainda mais. Se estivéssemos dentro da casa, as chances de fazê-lo de refém em poucos segundos eram mais fáceis.

Assim que acertamos tudo, e decidimos usar os dois carros, despejei todo o conteúdo da minha mochila sobre a cama, procurando abastecê-la com o que precisaríamos para cuidar de Dimitri.

Antes de sair, Olena havia me dado duas mudas de roupa para tal. Se tudo desse certo, voltaríamos logo para a Rússia, então não era preciso muitas coisas. Coloquei o sobretudo ao redor do jeans e da camisa, guardando dentro da mochila. Os próximos itens se basearam a um kit de primeiros socorros, água, e um biscoito de água e sal. Deus sabe o que ele deveria estar comendo naquele lugar.

Vesti um jeans e suéter – o clima nessa região estava pouco mais frio, e segundo o que Dani havia dito em Jerônimo seria pior ainda – e após prender o cabelo em um coque para que não interferisse na luta, joguei a mochila sobre o ombro.

Todos estavam pouco parecidos comigo quanto ao visual – e Sydney disse que me mandaria notícias por mensagens enquanto seguíamos para o lugar. Despedi-me brevemente de Syd e Amanda, deixando para que Daniele passasse mais tempo abraçada à parceira de trabalho.

-- Rose. – Amanda me chamou assim que todos estavam se distanciando do lugar. – Cuide bem da Dani. – Deu de ombros. – Eu sei que não fico muito tempo próxima a ela, mas gosto de verdade da baixinha.

-- Vamos todos voltar com um sorriso no rosto e uma garrafa de champanhe na mão. – Pisquei pra ela, prometendo. Amanda me deu um sorriso divertido e então me deixou ir, entrando no segundo carro.

Sentia uma estranha expectativa – e ao mesmo tempo um aperto no peito. As palavras de Adam eram claras na minha mente. Eu perderia pessoas que amava...

Olhei para todos dentro daquele carro. Para a expressão singela de Daniele e a severa de Talita. Lancei uma breve olhadela para Stefan, que dirigia com as mãos firmemente apertadas ao volante. Eu não queria perder ninguém, mesmo que mal os conhecesse.

E então as palavras de Ian se fizeram presente. Eu não podia proteger todos – mas poderia deixar que cada um lutasse apenas por si mesmo, o que era suficiente.

Sem dúvidas, aquela seria uma longa batalha... 


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Notas finais do capítulo

E cada dia ficamos mais quentes quanto à aproximação do Dimitri...