As crônicas de Nárnia - Feiticeira verde escrita por Isa Holmes


Capítulo 1
Vamos ao Circo!


Notas iniciais do capítulo

Minha primeira fanfic. Boa leitura, Narnianos!



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O sol parecia pesar em suas costas, mesmo com o céu desenhado no nítido do cinza, e o vento cantando como tal, avisando que um grande pé d'água chegaria em poucas horas. Edmundo Pevensie estava no centro da cidade de Londres, Inglaterra. Seus planos giravam em torno de passar no correio e ir direto para casa dos tios, onde estava hospedado mais uma vez, na companhia de seu irmão mais velho, Pedro, e sua irmã mais nova, Lúcia. E assim foi feito. Passou no correio e ficou aliviado por sua saída não ter sido perca de tempo, pois lá estava uma carta esperando-o. Uma carta assinada por sua segunda irmã, Susana Pevensie. Esta estava na companhia dos pais, deliciando-se das maravilhas da América do Norte novamente.

Assim que saiu do correio, mais apressado do que nunca, bateu os olhos em uma grande tenda escarlate, que brilhava do outro da rua. E o garoto não deixou aquilo despercebido. Deixando escapar um sorriso malicioso, atravessou o pavimento e dirigiu-se à bilheteria próxima.

— Quatro ingressos, por favor — pediu ao bilheteiro, que o olhou de cima a baixo com a cara amarrada.

— Cada ingresso, vinte xelins — respondeu o homem, ainda carrancudo.

Edmundo hesitou, mas o fez. Pegou suas moedas e as entregou ao homem, que fez a troca justa, dando-lhe os bilhetes para o espetáculo que brevemente aconteceria de baixo daquela grande tenda avermelhada. Satisfeito seguiu o seu rumo até a casa dos tios, e, chegado lá, depositou seu casaco no cabide da entrada, seguindo em seguida ao encontro dos irmão e primo.

– Lúcia, Pedro, Eustáquio! — dizia ele, enquanto subia as escada de dois em dois degraus — Tenho uma carta da Susana — anunciou aos demais, que estavam conversando animadamente no quarto de Lúcia —, uma carta da Susana e quatro ingressos para uma apresentação de circo.

– Ora, então abra essa carta Edmundo! — empolgou-se a garota, abrindo espaço para que o irmão sentasse ao seu lado.

E sem mais delongas, o segundo mais novo abriu a carta, lendo-a em voz alta aos demais ali presentes.

"Queridos irmãos,

Quero que saibam, que em primeiro de tudo, sinto saudade de vocês. Uma saudade totalmente forte, que me trás o grande desejo de voltar para a Inglaterra a cada dia que se passa. Estou escrevendo para relatar o que se passa, porém adimito não ter algum assunto produtivo.

Acreditem. Nova Iorque é uma grande maravilha, e os eventos que mamãe, papai e eu vamos são muito produtores. Acho que voltaremos por volta de cinco meses. Espero que esteja ocorrendo tudo bem na casa da tia Alberta, apenas da grande complicação que acontece entre ela e nosso tio.

Agora irei. Há um jantar que teremos agora, e se eu não me aprontar em pouco tempo nos atrasaremos. Sinto muito por não ter mais palavras. Prometo escrever com maior calma na próxima carta.

Até logo,

Susana Pevensie."

– Também sinto muitas saudades dela, como sinto saudades de Nárnia. – disse Lúcia, pegando a carta das mãos do irmão. Seu desejo era ler aquilo novamente.

– Verdade Lú, todos nós sentimos saudades de Nárnia. Mas acho que Susana não, ela nem mencionou em lá. Antes quando viajava Pedro e ela, Susana sempre mencionava em suas cartas. Desta vez foi diferente. – argumentou o segundo mais novo.

– Talvez ela lembre Edmundo, só deve ter se esquecido de mencionar — disse Pedro, levando-se do chão amadeirado — Mas mudando de assunto, que mais você tem aí, hein?

Edmundo abaixou os olhos, encontrando os bilhetes que recém comprara.

– Ah, sim! — entregou-os ao irmão — São ingressos para um circo que veio para a cidade. Pelo que percebi ele tem um parque de diversões. Que acham?

– Magnífico, maravilhoso, fantástico! – Lúcia empolgou-se, já ignorando a carta da irmã. – Então? Quando iremos?

– Podemos ir depois do almoço Lú. – Edmundo sorriu — Mas, lembre-se. Nós que devemos estar a disposição do espetáculo, e não o espetáculo a nossa disposição.

A menina deu de ombros, não entendendo bem o que o irmão queria dizer

Quando terminaram a refeição, os irmãos Pevensie e seu primo, Eustáquio Mísero, pegaram um bonde para o circo de tenda escarlate que lá decidira se apresentar. Assim que chegaram, foram rapidamente ver o espetáculo. Palhaços, malabaristas, mágicos e bailarinas. Tudo e mais um pouco tornava aquela grande tenda cada vez mais fantástica. Edmundo ficou feliz por tal coisa valer a pena.

Ao acabar a apresentação, todos se dirigiram ao parque. E que parque! Era tão grande, vasto, único. Parecia dar duas daquela tenda que haviam acabado de entrar. Talvez até mais! Lá havia brinquedos que mal Eustáquio conseguia distinguir os nomes e utilidades. Com toda certeza aquilo valera a pena. Desta vez Edmundo havia confirmado. Tal divertimento era muito melhor do que sentar-se em uma poltrona, apenas para escutar um rádio chiar.

As crianças então, depois de examinar cada detalhe daquele lugar, decidiram se separar. Pedro e Eustáquio seguiram para a montanha russa, já Edmundo e Lúcia preferiram uma sala de espelhos que ali havia.

– Isso é magnífico, não acha Edmundo? – A garota perguntou, assim que entrou naquela sala. Estava boquiaberta, naturalmente maravilhada. Não tão maravilhada igual ao dia em que conheceu Nárnia, mas assim estava.

– Magnífico e confuso, isso sim – riu o irmão — São muitos espelhos em um lugar só. Está facilzinho, facilzinho de nos perdermos aqui.

– Ora essa, deixe de ser bobo! – disse Lúcia, logo lembrando dos outros dois parentes. O grande desejo de que todos estivessem juntos bateu, e então a menina disse: – Queria que Eustáquio e Pedro vissem isso.

– Então não vai esperar por muito tempo. – Uma voz, bastante conhecida, ecoou entre as paredes da sala de espelhos. Pedro, seguido de Eustáquio, entraram na vasta sala – Estamos aqui!

– Vocês não iam para a montanha russa? – perguntou a menina, confusa. Afina, eles iam, não iam?

– Íamos sim, Lúcia, só que... – começou Eustáquio, mas foi interrompido, por ninguém mais, ninguém menos que Edmundo. Este estava pronto para zombar do primo. E assim fez.

– Não me diz que você ficou com medo. Ficou, Eustáquio? – o garoto sorriu maliciosamente.

– Não, Edmundo. Apenas começou a chover. Uma chuva forte, por sinal – explicou o mais velho.

– Ora, que maravilha! Agora todos nós podemos explorar essa sala juntos, não é? – Lúcia sorriu, como sempre entusiasmada.

Todos concordaram, e sem mais delongas, começar a explorar. Explorar, rir, brincar, tudo junto e misturado. Foi que fizeram, e por um longo tempo. Os respingos da chuva ficavam cada vez mais forte ao longo do tempo, mas não havia nada que os impedissem de degustar de toda diversão. A não ser...

Meninos! Acabou a brincadeira. Venham aqui, depressa!


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Notas finais do capítulo

Para quem não sabe 20 xelins é igual a uma libra, sendo assim uma libra três reais e pouco no nosso país. Bom. Minha pesquisa deu nesses resultados, se estiver errado, peço o perdão de todos ^w^