Eu Sempre Serei Sua... escrita por Duda


Capítulo 41
Capítulo 41 - Quer me fazer companhia?


Notas iniciais do capítulo

Oi gente! Quem já estava com saudade?
Eu já tinha alguma!
Novo capitulo pra vocês.
Boa leitura...



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POV DIOGO

Tinha minha mão entrelaçada com a de Sophia e fazia meus dedos escorregarem entre os seus. Estava sentada entre minhas pernas, enquanto eu apoiava as costas na cabeceira da cama. Ia beijando seus ombros e meu pescoço enquanto riamos juntos de besteiras que no meio do papo vinham á tona.

Parei de rir e olhei sério aquele rosto que tanto me fascina, que mostra rebeldia e beleza, e que esconde aquele seu lado sensível e inocente, que encobre aquela menina que também tem sentimentos. Passei de leve a mão por ele e sorri de canto ao sentir sua pele macia entrando em contacto com meus dedos. Ela também sorriu e centrou suas pérolas caramelo em meus olhos.

_ Sabe que eu te amo? – falei.

_ Sei! – ela passou sua mão por cima da minha e fechou o olho. Encostei meus lábios em sua testa e deixei um leve beijo no entro dela, afaguei seu cabelos e depois ganhei coragem de falar pra ela.

_ Sei que vou parecer um idiota falando isso mas…

_ Mais idiota do que aquilo que já é? – ela me interrompeu se fazendo de engraçada. Sorri de leve porém sem comentar esse sua opinião deplorável e recíproca.

_ Eu não estou brincando, Sophia! Em pelo contrário. Estou falando bem sério. – ela me encarou doutro jeito encarando o lance de outra forma e percebendo que eu não iria falar besteiras ou bobagens. – Sei bem que você fica brava quando eu tenho ataques de ciúmes, como hoje mais cedo, mas eu só tenho dessas coisas porque eu mais que tudo amo você e não suporto saber que abutres como Guilherme pairam á sua volta. Eu juro que eu não queria sentir o que sinto quando sei que você vai estar a menos de dez metros de distância dele. Isso me põe louco da vida. Saber que posso perder você de uma hora pra outra, me…

_ Mas isso, nunca vai acontecer! Já falei pra você mais do que uma vez que isso é ridículo e que tem que começar a dar mais ouvidos ao coração do que propriamente á sua mente. Eu quero você e não pense que é por eu estar uma hora ou duas com um garoto que vou passar a gostar dele. As coisas não são assim e você sabe isso tão bem como eu.

_ Mas.., - ela não deixava eu falar e sempre que eu tentava abrir a boca ela cortava por cima.

_ Mas nada! Você pode até nem ligar muito! Pode até nem dar bola pra isso, mas você foi o primeiro garoto que ouviu sair de minha boca um “Eu te amo!” Eu nunca falei isso pra mais nenhum outro menino. Pense bem eu podia ter escolhido Guilherme, mas não, foi em você que eu confiei essas palavras com tanto significado e que na maioria das vezes não é dado o devido valor! Mas foi a você o típico menino idiota, encrenqueiro, vagabundo, sem futuro, problemático, insensível, rabugento, instável, desajuizado, maluco, pegador, famoso, babaca, que persegue todas as garotas e que é seguido por todos os garotos, riquinho e sem coração, que o que mais quer é se ver livre do colégio e o resto é boa vida, é curtir, é prazer. – ela se virou de frente pra mim e agarrou meu rosto, erguendo meu olhar e o penetrando com o seu. – É a ultima vez que eu vou falar isso pra você: deixa desse ciúme idiota seu gato gostoso, bobo e tudo de bom! – nossa não é que eu gostei de ser tratado desse jeito!!

_ Prometo que vou tentar me controlar, nas próximas vezes! – falei por fim, enquanto ela puxava meu cabelo pra trás e descobria minha testa.

_ Qual foi a parte de que não vai haver próxima vez que você ainda não entendeu?

_ Tá bom! Eu vou me controlar!

_ Assim está melhor, muito melhor! – ela se aproximou de mim e depois grudou seus lábios nos meus dando inicio a um beijo, que eu não queria que tivesse fim…

Abri o olho e olhei em volta. Sophia dormia a meu lado, sobre meu travesseiro. Dormia angelicalmente e sossegadamente. Me levantei com cuidado sem a querer acordar e ela se mexeu um pouco dando sinais de que podia perfeitamente despertar a qualquer momento, porém se virou na cama e voltou a se aconchegar.

Fui no banheiro e tomei um banho. Peguei na gilete e a passei pelo queixo, passei creme e depois substitui a toalha prendida em minha cintura por uns jeans e cobri meu peito com uma T-Shirt.

Quando voltei para o quarto, Sophia ainda ressonava, de manso foi até ao pé dela e me abaixei, apoiando minhas mãos no colchão. A provoquei ao abanar com sua orelha e ao brincar com seu cabelo pra ver se ela acordava e depois mais perto de seu ouvido falei:

_ Bom dia dorminhoca! – ela se mexeu se encolhendo, ao sentir o impacto de minha voz em seu ouvido. Depois abriu o olho e sorriu.

Sorriu, mas com o objetivo de ser brindada com o beijo. E foi o que aconteceu a surpreendi com um beijo.

Quando a larguei ela franziu a testa e fez beicinho, queria mais carinho.

_ Não. Chega. Vamo se levanta dessa cama e corra pro chuveiro. É domingo!

_ Por isso mesmo! Domingo é o dia do pijama! – ela falava agarrada a meu pescoço, tentando a todo o custo me fazer voltar a deitar ao seu lado, com a voz que nem de criança.

_ Dia do pijama?

_ Sim! Dia do dormir até tarde e de ficar umas horas mais agarrada no travesseiro.

_ Não. Eu não quero ficar agarrado ao travesseiro. Eu quero abraçar o dia e aproveitar ao máximo o fim de semana.

_ Ué a gente pode aproveitar o dia na cama!

_ Não a gente não pode. Agora vá mas é pro chuveiro, que eu estou morrendo de fome! E não quero descer sozinho pra comer!

_ Pois, mas eu acho que é isso que vai acontecer eu não tenciono largar o colchão já, nem em hora próxima por isso…

_ Tá bom! Quer ficar para aí mandriando tudo bem, só não vem pedir depois pra mim pra eu ir comer com você, nem coisas do gênero.

Peguei meu skate colado na parede e quando estava chegando na porta ela falou:

_ Onde vai? – acho que perguntou isso pois estranhou eu sair com o skate na mão

_ Aproveitar meu domingo. – saí e fui até ao pátio atrás do colégio onde os skatistas se costumavam reunir.

Já não me equilibrava em cima de um skate fazia tanto tempo que nem sequer sabia mesmo se ainda sabia andar nele.

Quando cheguei no ponto de encontro onde em tempos sempre me reunia de manhã, os caras de sempre estavam conversando e fazendo acrobacia em cima de seus skates. Sempre eram os mesmo, com mais um num dia, com menos um no outro, mas sempre eram os de sempre. Cumprimentei todos os que lá estavam e me juntei a eles nas habilidades com o skate.

Passou um tempo e o pessoal começou vazando, uns porque já tinha passado da sua hora, outros porque a estava na altura do café da manhã e outros porque já estavam cansados de se divertirem.

Olhei á minha volta e no lugar que antes estava com umas vinte ou trinta pessoas agora apenas estava eu e mais dois caras. Que passado algum tempo também acabaram por ir embora me deixando sozinho.

Estava cansado suor escorria por meu corpo, mas mesmo assim não queria parar, fazia tanto tempo que não andava de skate que agora depois de matar a saudade não conseguia parar. Andar de skate desde sempre que me dava uma sensação libertadora e agora depois de tanto tempo sem ousar me por em cima de um skate a sensação era híper mega libertadora.

Senti uma mão me tocar e me virei de relance. Qual foi meu espanto quando vi a figura de Rita atrás de mim.

_ Você? – ela perguntou admirada.

_ Você? – eu perguntei do mesmo jeito que ela, admirado também.

_ O que faz aqui? – ela perguntou segurando um skate na mão.

_ Isso pergunto eu? Acha que isso é lugar pra uma garota vir? Principalmente num domingo de manhã? È que num sei se sabe mas isso aqui costuma ser inundado de garotos deslizando num skate indo pra lá e vindo pra cá!

_ Meu bem, venho pra cá sempre e pelo que estou vendo nessa hora não tem garoto nenhum!

_ Eles vazaram mesmo agora! – falei a informando caso não soubesse.

_ Eu sei! – ela pousei o skate no chão e subiu nele andando com ele e depois fazendo a famosa acrobacia do salto.

_ Sabe andar? Fala sério?– perguntei surpreendido com a forma habilidosa com que fez o movimento.

_ Eu sei fazer muita mais coisa do que você imagina, Diogo! – ela me lançou um olhar desafiador. E se era competir que ela queria então que sei desejo se realizasse.

_ Será que sabe mesmo, Rita?

_ Quer que eu te mostre? Então me apanha!

_ Pode crer que apanho mesmo. Em cima de um skate ninguém me vence!

_ Até você saber de minha existência!

Fiquei competindo e desafiando ela por um tempo e a verdade era que ela dominava um skate e sabia fazer certas coisas que muitos garotos apenas sonhavam fazer. Mas mesmo assim eu era melhor que ela, modéstia á parte!

_ Chega! – ela falou calcando a ponta do skate e o fazendo encaixar em sua mão.

_ Já cansada?

_ Não me canso assim com tanta facilidade! Mas não, já chega, por hoje é o suficiente! – ela falou rindo animada.

_ Fraca.

_ Não me provoca, Diogo!
_ Tá bom eu paro. – queria zoar, mas com Rita sem chance!

_ Aí, você já tomou o café da manhã? – ela perguntou ainda ofegante e recuperando o folego.

_ Não e você?

_ Também não! Quer me fazer companhia?

_ Não sei se estou em muito boas condições pra acompanhar uma donzela na sua primeira refeição do dia! – fiz expressão e voz de gente importante.

_ E porque não!

_ Tresando a suor! – dessa vez não tive qualquer cortesia nas palavras e a fiz gargalhar.

_ Acho que não me importo se tomar um café da manhã com um criado!

_ Criado?? – o que ela queria dizer com esse criado? Eu não sou criado de ninguém!!

_ Geralmente criado e trabalhador é que cheira a sovaco.

Ri do que ela falou, que já estava bem distante do que eu, pois foi esperta e usou como meio de transporte o skate me alçando uns bons metros.

Pegamos nossos tabuleiros e sentamos numa mesa.

Queria que pegasse assunto e não que estivéssemos os dois pra lá sem falar nada. Mas o pior era que eu não sabia que assunto devia puxar pra conversa e só depois lembrei de um mesmo a calhar.

_ Falei com Sophia! – afinal tinha sido Rita que me incentivou a fazer isso, devia ao menos uma justificação pra ela.

_Falou?

_ Falei! – esperava que ela perguntasse e como foi? ( pergunta que todo o mundo faz), mas ela se limitou a assentir e a roubar mais um pedaço do croissant que segurava na mão e que estava empenhada a devorar. – Não vai perguntar como foi? – já que ela não perguntou nada porque não puxar pro ela pra perguntar?

_ Não me diz respeito isso! E ainda pra mais não tou pra ouvir suas histórias! Já basta ter que resolver e atuar as minhas!

_ Estou vendo que não é muito metida!

_ Não sou mesmo! Gosto muito do meu espaço e pra ouvir as histórias deprimentes dos outros estudaria psicologia, ou então ia mesmo pra freia!

_ Nossa que feitio! Já percebi porque se dá tão bem com Sophia!

_ Sou como sou e com muito prazer e quem não gosta que se vá foder.

_ Calma! – Para além de ser complicada como Sophia também tinha frases fortes!!

_ Calma? Porquê calma? – E por falar em Sophia, ela apareceu se sentando de meu lado com o seu tabuleiro.

_ Só agora levantou da cama, piolho?

_ Só agora mesmo! Mas me diga porque estava pedindo calma a Rita?

_ Sua amiga aqui é que tem frases muito significativas! – olhei pra Rita trocando um olhar provocador e com um pouco de convencionalismo com ela que me desprezou e virou o rosto pró outro lado da cantina. Sophia enquanto isso ria da cara da amiga!

_ Quem tem frases significativas? – dessa vez foi o atrasado no tempo do Tomás que falou.

_ Não ligue pra eles dois, meu bem! Parece que acordaram bem dispostos, até demais! – Rita levantando a cabeça pra cima e fazendo com os lábios a forma de um beijo, pediu um selinho a Tomás, que deu pra ela. Eu e Sophia entrando no personagem fizemos cara de enjoados e atacamos nosso café da manhã.

_ Então Diogo, a gente tem que fazer nosso trabalho de biologia! Mais bem disposto hoje? – Rita perguntou quando estávamos levando o tabuleiro para as empregadas limparem.

_ Muito mais! Vamo tratar já disso porque quero aproveitar a tarde!

_ Vamos então!


POV SOPHIA

Rita se despediu de Tomás e eu me despedi de Diogo. Vimos eles atravessarem o corredor e depois viramos um pró outro.

_ Parece que nos abandonaram!

_ O que vamos fazer? – perguntei. Não queria me enfiar no quarto sem nada pra fazer durante a manhã e tinha a certeza que Tomás também não.

Ele pegou em sua mochila e tirou de lá uma caixa de DVD. Levou a mochila no ombro e depois sorriu de canto.

_ Novo jogo pra consola! Alinha comigo? Aceita uma partida?

_ Aceito. Mas vá já se mentalizando que vai perder!...


Já estava levantada, mordi meu lábio inferior movimentava meu corpo á medida que movimentava o controle preso e seguro firme entre meus dedos. Saltava e pinchava, movia minhas mãos pra cima, pro lado, pra frente, pra esquerda pra direita, conforme a imagem que aparecia no televisor. Tomás também já se tinha levantado e agora fazia aquele famoso jogo de tentar me desconcentrar.

_ Vai, você tá atrás eu assumo a liderança e você vai perder. Vamo Sophia me passe na frente e corte essa meta! – ele falava com o olhar fixo no ecrã.

_ Se dane, seu tosco, eu vou cortar essa meta em primeiro lugar, e fazer você ficar em ultimo.

E quando estávamos já chegando na meta a imagem que se via no televisor desapareceu e um pelicula negra cobriu a área de transmissão de imagem.

_ Que reio deu nisso? Mesmo agora que eu estava cortando a meta em primeiro? – Tomás falou sem jeito resmungando e chutando qualquer coisa que apareceu na frente de seu pé.

_ Em primeiro? Você devia estar vendo mesmo mal. Eu que estava em primeiro!

_ Desculpe… - antes que ele começasse seu discurso de merda eu comecei rindo por nossa briga idiota e ele caiu na risada também. Caímos os dois no sofá ainda rindo e jogando as almofadas que por lá haviam para o chão.

_ E agora? – perguntei. Pelo que aparentava a consola tinha pifado.

_ E Agora não jogamos! – tudo o que a gente falava parecia que tinha piada, muita piada pois não conseguíamos parar de rir.

_ Tá bom e o que a gente vai fazer??

Reparei que em cima de uma mesinha que havia na cave estava pousado o caderno de desenhos de Tomás me dirigir pra lá com o intuito de o pegar e abrir porém ele foi mais rápido do que eu e o pegou antes de mim.

_ Ah, isso não vale. Deixa eu ver qual é?

_ Não. Não deixo.

_ Deixa eu ver! – ele movia os braços tentando esconder o caderno de mim e o movendo de mão em mão pra eu não por os dedos em cima. Enquanto eu também movia meus.

Parecia que ele estava escondendo o brinquedo da criança. Como os tios e avós costumam fazer quando a gente é garotinha e eles nos divertem fazendo dessas coisas. Sinceramente acho que eles se divertem muito mais que as próprias crianças.

Estávamos entrelaçados um no outro quase colados e nos movimentando e nos rindo da cena.

Porém me cheguei mais perto e…

_ Que raio venha a ser isso?


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Notas finais do capítulo

Alguém tem ideia sobre o porque da ultima frase? E quem terá falado? O que acharam do capitulo?
Falem pra mim e me tirem desse tédio.
Não se esqueçam também que um review, sempre deixa um autor feliz e contente e o incentiva a escrever mais!!!
Beijo pra todas as que lêem e não esqueçam de comentário quero saber vossos palpites. Estejam atentas na atualização da fic!! Pois quantos mais reviews deixarem masi depressa eu atualizo!!!
=)



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