Imprinting escrita por Ana Flávia Mello
Notas iniciais do capítulo
EIIIIIIIIIIITAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA | ADOREI ESSE CAPÍTULO, SE PREPAREM. Boa leitura, não esqueçam de comentar.
Tanya abriu as cortinas da porta de vidro do meu quarto e voltou-se para mim.
- Chega de depressão – Sorriu. Seu cabelo cacheado estava preso e ela tinha feito uma espécie de pintura em forma de onça ao lado de sua sobrancelha. Acho que tinha visto aquilo em alguma cantora de reality show, talvez. – Hoje você vai tomar sol.
- Que sol? Eu só vejo neve e nuvem.
- Isso é detalhe. – Tanya balançou a cabeça. – Amanhã é véspera de Natal!
- E eu com isso?
Tanya bufou. Irina e Kate invadiram o quarto e me derrubaram da cama.
- Eu não aguento mais vê você aí, cara – Kate disse.
- Precisava me derrubar da cama?
- Sim, eu poderia ter sorte de você cair de cabeça e esquecer tudo.
- Vai se foder.
- A escola é só daqui a duas semanas. Espere um pouquinho.
Estirei a língua para ela.
- Não queremos ver você desse jeito, anjinho – Tanya passou a mão pelos meus cabelos. – Nada é culpa sua.
Do jeito que Tanya falava eu iria rapidinho começar a chorar de novo. Comecei a fungar e ela parou.
- Você precisa de um banho. Estaremos lá embaixo. – Dizendo isso ela puxou as duas irmãs mais novas pelos cabelos e saiu do quarto as arrastando junto.
Entrei na banheira com a água pelando. Com minha pele fria, parecia que eu tinha entrado em uma banheira fervendo.
Eu estava decidida a retomar as coisas com Jacob. Ele não ia me escapar assim. Não depois do tempo que demorei a consegui-lo. Eu iria falar com ele hoje, nem que fosse a marra. Simplesmente não podia ficar sem ele. Não agora.
Como eu ia fazer isso, não sei na verdade. Jacob do jeito que saiu ontem daqui – e do jeito que eu o conhecia – não ia querer falar comigo nem tão cedo. Ele era movido pelas emoções, não pelos pensamentos. Lembro-me de quando ele terminou com Leah, e o quanto ele ficou com de cara com o mundo inteiro, estando apenas com raiva dela e de Sam. Leah. Será que ele tinha ido se consolar com ela ontem? Eu duvidava. Toda vez que alguém tocava no nome de Leah, ele só faltava socar a pessoa. Ele provavelmente ficou rodando de carro ou andando pela praia até de madrugada. Talvez tenha bebido muito. Isso parecia algo que ele certamente iria fazer.
O caso era, onde eu poderia encontrá-lo? Se eu desse as caras na casa dele provavelmente seria enxotada. Mas eu não sabia onde começar a procurar, e a sua casa me parecia um bom começo. Mesmo que ele não estivesse lá.
Bom, então estava decidido. Eu iria começar a caça ao Jacob pela casa dele. O pior que podia acontecer era alguém da família dele podia fazer era me xingar por causa do meu pai, e eu sei que eles vão fazer isso. Eles com certeza irão me reconhecer. Todos na cidade sabiam quem eram os Cullen. Bom, todos menos Jacob até um dia atrás.
Vesti-me e saí do quarto procurando minhas chaves. Depois me lembrei de que Kate as tinha pegado para fazer sei lá o quê ontem.
- Katy? – Gritei, no vão da escada. Não obtive resposta. Merda.
Desci a escada aos pulos. Katy não estava em lugar nenhum. Então escutei sua voz do lado de fora, no jardim de trás.
- Graças a Deus, onde está a chave do meu carro? – Perguntei a ela.
Por azar meu, Edward apareceu do meu lado.
- Onde você vai?
- Não interessa.
- Renesmee Carly Cullen, você tem de me respeitar.
- Você não merece meu respeito. – Disse com rispidez. Estendi a mão e Kate me entregou as chaves. Ela não olhou para Edward. Fingiu não notá-lo. Acho que não era a única aqui que estava com ódio dele.
Atravessei os jardins e tirei meu carro da garagem, cantando pneus ao sair. Não demorou muito para eu estar na autoestrada de novo. Disparei a 110km/h, tentando ser o mais rápida o possível. O céu acima de mim estava baixo e pesado. Iria chover. Será que ia chover granito?
Quando cheguei à casa de Jacob as janelas estavam abertas. Eu conseguia ouvir as vozes dentro da casa. Uma feminina, não duas, porém eram iguais, e uma grave masculina. Uma das vozes femininas disse que ia ver quem tinha chegado.
Uma garota de uns 21 anos parou na porta e arregalou os olhos. Era ela tão bonita! Os cabelos lisos pretos eram repicados e os olhos eram cor de amêndoa. Ela devia ser uma das irmãs gêmeas de Jacob. E ela parecia ter me reconhecido, porque seu rosto saiu de um semissorriso para uma expressão séria.
- Bom dia – disse numa voz seca.
Comecei a ficar desconfortável.
- Ahn...
- Rachel, quem é? – Gritou a voz masculina. Devia ser Billy, pai de Jacob.
- Ah, pai, vem cá ver. – Ela colocou a cabeça para dentro da porta de novo.
O um senhor em cadeiras de rodas e longos cabelos pretos e grisalhos apareceu na porta. Ele franziu o cenho e depois suspirou.
- Rachel, vá para dentro.
- Mas...
- Rachel. – Ele disse. Rachel bufou e entrou. – Bom dia, você é...
- Renesmee Cullen – caminhei em direção a ele e estendi meu braço.
Cuidadosamente ele estendeu o braço também e apertou minha mãe.
- Eu sou Billy Black. Suponho que está procurando pelo Jacob?
- Bem, na verdade, é sim. O senhor sabe onde posso encontrá-lo? Ou ele está aí dentro?
- Jacob saiu cedo. Acho que ele foi para a praia como sempre.
- Ah. Obrigada. Desculpe... por ter aparecido assim. Eu não queria causar nenhum aborrecimento – dava para escutar os xingamentos de Rachel em alto e bom som.
- Não, está tudo bem. Rachel só é muito... Digamos que ela é levada mais pela emoção.
- Conheço gente assim – sorri. – Bom, obrigada de novo. – Me virei na direção do carro.
- Espere... Posso te perguntar uma coisa?
- Claro. – Levantei as sombrancelhas.
- Você é a nova namorada do Jacob?
Surpreendi-me com isso. Jacob tinha contado de mim para o pai?
- Eu acho que sim. – Sorri.
- Então foi um prazer conhecê-la. – Billy sorriu gentilmente. Não poderia dizer o mesmo de Rachel. Ela agora estava me chamando de filha de uma puta.
- Também foi um prazer.
Entrei no carro e dirigi até o estacionamento de pedras da praia. O carro de Jacob estava exatamente estacionado ao lado do meu. Suspirei.
Um trovão estourou acima de mim enquanto eu descia a encosta de areia. Senti alguns pingos de chuva caindo em meus braços, mas continuei firme em minha busca. Fui até as piscinas naturais, mas Jacob não estava ali. Rodei a parte da floresta, mas também não o encontrei. Voltei à caminhada para a praia de novo. A maré estava cheia, e já era noite. Não sei exatamente quanto tempo eu ficara procurando por Jacob.
Então eu o vi. Jacob estava parado, sentado em uma pedra gigante.
- Jake? – Chamei. Ele se virou para mim.
- Mas o que você está fazendo aqui?
- Jacob, não me trata assim.
- Me deixa – Ele se levantou e começou a andar na posição contrária.
- Jacob, por favor – meus olhos começaram a se encher de lágrimas. – Não vai. Não me deixa aqui.
Ele parou e virou. Seus olhos escuros estavam semisserrados.
- E que eu esqueça que seu pai matou minha mãe?
- Não estou pedindo para esquecer. Mas eu não tenho nada haver com isso.
- Eu não consigo...
- Jacob! – Eu já estava chorando rios. – Eu não sou ele! Não sou ele. Por favor.
- Toda vez que eu vejo seu rosto eu me lembro do dele.
- Porque você só tem isso em mente! Eu não sou ele. Eu sou Renesmee. Tente me ver como você me via antes. Eu não mudei.
- Não consigo. – Ele virou e começou a caminhar. A chuva caiu forte sobre a praia inteira, arrastando toda a neve.
- Jacob – solucei –, por favor, não me deixe aqui sozinha. – Engasguei. Eu não tinha mais palavras. Parte da minha mente se lembrou de Riley. Como eu ainda conseguia pensar em Riley? Deve ser porque eu também o amava. Talvez porque eu o fizera passar pela mesma coisa. Isso não fazia bem a mim. Mas naquele momento e sempre, eu queria estar feliz com Jacob.
Abaixei os olhos e comecei a chorar. Eu já estava totalmente encharcada. Minha roupa de frio não funcionava bem.
Senti mãos levantarem meu rosto e depois os lábios de Jacob estavam nos meus. Não foi um beijo feliz, foi um beijo triste. Um beijo que continha tanto sofrimento por trás.
- Não vou te deixar, eu juro – Ele me abraçou. – Me perdoa. Por favor.
- Não tem o que ser perdoado – falei.
Não sei quanto tempo ficamos ali, abraçados. Quando comecei a tremer de frio Jacob sussurrou em meu ouvido:
- Vamos lá para casa.
Não sei bem se estava com cabeça para isso. Mas simplesmente peguei a mão dele e fomos juntos para a casa dele no carro dele. Quando chagamos lá Jacob me deu toalhas secas e me levou para seu quarto. Lá era pequeno, porém aconchegante. Tinha uma janela enorme que dava para uma varanda privativa atrás da casa.
Jacob entrou no quarto só de short e balançando os cabelos molhados. Eu tive que lembrar como se respirava.
- Você tá bem? – Ele riu.
- É difícil, hã, pensar quando você está... – pigarreei – seminu perto de mim.
- Eu te deixo nervosa? – Jacob me puxou pela cintura e começou a beijar meu pescoço. – Nervosa...
Eu comecei a perder meu autocontrole. Jacob descia beijos na base do meu pescoço e nos meus ombros. Puxei seu rosto e comecei a beijá-lo rapidamente. Ele tirou meu casaco e caímos na cama. Eu passava a mão pelo corpo escultural de Jacob, que perfeição.
Viramos e eu fiquei por cima, num rápido movimento joguei minha camisa e no chão. Jacob fez cara de surpresa, mas rapidamente voltou a me beijar. Senti seus dedos beirando o botão de meus Jeans. Giramos e ele ficou por cima, descendo beijos por cima dos meus seios e da minha barriga. Eu gemi. Jacob voltou a beijar minha boca, nossos lábios urgentes. Tirei o meu sutiã, e Jacob começou a beijar meus seios. Ele jogou sua bermuda no chão e começou a desabotoar minha calça, então parou.
- Não... – ele falou baixinho.
- Sim – eu disse com firmeza.
- Tem certeza?
- Absoluta. – Jacob jogou meus jeans e no chão e deitou sobre mim.
Eu sabia bem o que eu queria, e dessa vez eu não iria parar.
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FINALMENTEEEEEEEEEEEEE!!!!!!!!!!!