Outsider - A Estrangeira escrita por Bruna Guissi


Capítulo 1
Chegada


Notas iniciais do capítulo

Olá à todos os lindos e lindas que podem vir a ler esta fic! Espero que vocês gostem de como vou desenvolver a história, dos personagens, dos dilemas sociais que eu quero mostrar à vocês aqui! Eu realmente estou muito empolgada com essa fic, ela vai ter um tema muito mais natural, uma vez que os personagens dessa geração serão desenvolvidos nesse meu universozinho louco!
Ela envolve a narração e o ponto de vista da personagem principal através do seu diário e de seus pensamentos que vão aparecendo ao longo da história. espero que gostem!
Boa leitura pra vocês :DD



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“Cheguei. Acabei de chegar ao tal do Caldeirão Furado, e a diretora mandou uma carta dizendo que chegaria uma carona para mim em uma hora, então achei que seria bom ter algo para fazer. Decidi dar uma volta pelo famoso Beco Diagonal, e comprei umas penas novas e esse caderno no qual eu escrevo agora. Todo meu material já foi comprado e mandado à Hogwarts, e, segundo a Diretora McGonagall, eu estou com um quarto disponibilizado somente para mim enquanto não passo pela seleção de casa.

Ela foi muito gentil, sabe? Eu estou me mudando para Inglaterra só agora, depois de um mês de muita conversa com essa senhora que, venhamos e convenhamos, é extremamente determinada. Mas, uma vez que eu não tenho mais família que me prenda no Brasil, e o fato de que McGonagall me ofereceu o curso de magia mais renomado do mundo meio que de graça, eu não via motivos para não ir; a única coisa que McGonagall me pediu foi que eu monitorasse aulas de feitiços estrangeiros. Eu aceitei.

Esqueci de contar; eu sou uma das poucas bruxas brasileiras que não tem origem indígena ou europeia direta. Parece que no Brasil a escola de bruxaria é muito recente, tem cerca de 10 anos, então os bruxos que nasciam aqui foram para o exterior, levando com eles os genes mágicos. Enfim, eu realmente acho que –“

–Senhorita Boderdad? - Interrompeu-se a garota, ao ouvir seu sobrenome por detrás da mesa.

–Ah! - disse ao ver um homem de aparência doce em frente a sua mesa - Sim, sou eu. - disse timidamente em seu inglês trouxa.

–Ah!, que grande alívio achá-la! - disse o homem - Me chamo Neville Longbottom, sou o professor de Herbologia em Hogwarts. Vim aqui para buscá-la. - disse timidamente - Tudo pronto para partirmos?

–Oh, claro que sim! - respondeu a menina - A diretora disse que minha bagagem já está toda arrumada na escola, então acho que só tenho isso para levar mesmo - disse remexendo sua mochila e colocando-a sobre o ombro.

–Então acho que já podemos ir, srt. Boderdad. - disse ele indicando a lareira mais próxima

–Acho que sim - disse ela nervosa. O Homem a olhou com olhos gentis e disse:

–É comum ficar nervosa com uma nova vida. Acredite em mim, quando digo que tudo melhora. - e sorriu

Ambos se dirigiam a lareira, pegaram cada um seu punhado de pó-de-flu e disseram seus destinos:

–Diretoria de Hogwarts.



Durante alguns minutos a garota ficou esperando na sala redonda vazia, repleta de quadros de pessoas velhas a encarando com interesse. “Que incômodo esse número de quadros.”, pensou, ainda observando as pessoas curiosas, até que começou a circular pela sala para observá-las melhor.

–Que interessante. Esse homem parece ser o mais novo de todos. – e olhou mais para baixo para ler a legenda do quadro – Diretor Severo Snape... “Honra e coragem podem ser achados nos lugares mais improváveis”...- “Aquele Snape?” Pensou impressionada – Então essas pessoas são os antigos diretores...- comentou para si.

–Sim, minha cara. – respondeu o senhor de olhos gentis do quadro ao lado, assustando a garota – E a senhorita deve ser Boderdad.

Ah, Sim, sou eu – respondeu em português, por reflexo – Quero dizer, sou eu sim, senhor... Ex-Diretor Dumbledore?!? – percebeu surpresa – Como me conhece? – perguntou impulsivamente, corando com seus modos. Estava diante dos grandes diretores e não conseguia deixar de ser curiosa. “E tonta.”, pensou. “Sou uma mula por não lembrar que os quadros me ouviam. Ah!, que fiasco!”.

–McGonagall me falou de você. – disse simplesmente, sorrindo. “É... esse aí não tá de papo. Tenho tanta coisa pra perguntar”, pensou mordendo o lábio.

–Me diga o que se passa nessa cabecinha? – perguntou o idoso. Ela sorriu

–Muita coisa, senhor diretor. – disse ela. O idoso sorriu também.

–Bom, não é de se espantar, não é? – disse ele, logo seguido pelo som da maçaneta girando atrás de si. – Foi um prazer, Srt. Boderdad.

–Igualmente! – disse antes da figura simpática voltar ao seu repouso.

–Senhorita Annita Boderdad! – exaltou a senhora atrás dela – Espero que tenha feito boa viajem até à Inglaterra! Nunca tive muita curiosidade em saber o funcionamento desses avions, embora sejam encantadores.

–Sim, senhora, fiz boa viajem sim. – disse Annita pegando sua mochila nas costa da cadeira ao seu lado. – Ah, me desculpe por bisbilhotar, acho os quadros vivos uma coisa muito interessante, uma vez que são pouco comuns no Brasil.

–Não faz mal, minha cara. – respondeu a outra, cordialmente - Vamos até o seu quarto? Os elfos prepararam seu quarto, está pronto para senhorita.

–Obrigada – respondeu. A garota acompanhando a diretora até seu quarto.

Depois de voltas que pareciam eternas, elas chegaram a um corredor no qual havia um enorme banheiro, que foi identificado como o dos monitores.

–A senhorita tem um toalete próprio, então se quiser se lavar fique à vontade. – disse a diretora dando as costas à menina que admirava o quarto.

–Mais uma coisa, srt. – adicionou – Suas aulas já começaram, então você começará à acompanhar as aulas do terceiro ano amanha mesmo. Seu horário se encontra em cima da mesa. Se tiver dificuldade em achar sua sala, bata com a varinha no papel que ele lhe dará a direção para sua próxima aula.

–Ah.. Obrigada diretora – disse para a mulher – Mesmo. Por tudo.

A mulher olhou para a menina e suavizou a expressão.

–Hogwarts está aqui para isso, minha cara. Tenha uma boa noite. – e saiu.

A menina ficou parada olhando para a porta. Era muito estranho estar em um lugar tão diferente assim. Não era quente como o Brasil era no verão, não era ensolarado como o Brasil e nem tinha as pessoas do Brasil.

–Quando foi que eu mudei de mundo? – pensou em voz alta, pegando sua mochila. De dentro tirou o caderno no qual rabiscara mais cedo, e reescreveu a frase que começara.

"Enfim, eu realmente acho que – Fodeu.”



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Notas finais do capítulo

É isso pessoas! esse é o primeiro capítulo! Espero que vocês gostem da Annita tanto quanto eu. Eu prometo que aos poucos ela vai se soltar, e vocês vão aos poucos entendendo os motivos dela!
Espero que você tenham gostado, e todos aqueles que leram, por favor, comentem! Quero saber a expectativa de você para essa história, pode ser que você me inspirem e me ajudem a escrevê-la!!
Um beijo, e eu prometo tentar ser assídua ao máximo!