Half-blood Princess escrita por Clara de Col


Capítulo 11
Pontos de interrogação


Notas iniciais do capítulo

COMO ASSIM 2 RECOMENDAÇÕES? *-*
Nem sei como agradecer as duas lindas 'Tiucafenge' e 'Hermione Dias'... Minhas primeiras recomendações... Que emoção...
E é claro, á todos e todas que estão comentando (:
Estou cada vez mais empolgada *-*
Esse capítulo não ficou aquelas coisas, mas é para refletirem um pouco...

Nos vemos lá em baixo...



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/311323/chapter/11

Lucy não sabia o que dizer. Não estava completamente surpresa, mas ouvir as palavras saindo da boca de alguém era um tanto assustador. Ela colocou as duas mãos sobre a mesa de Dumbledore.

— Creio que já esperava essa reposta Lucy. — disse ele, — A decisão de Jane em se tornar uma Comensal da Morte foi totalmente repentina. E, eu sinto muito por ela.

Lucy ainda estava processando tudo na sua cabeça. E as palavras reconfortantes de Dumbledore não estavam lá ajudando muito. Jane virara Comensal da Morte apenas por Snape. Por que não podia ficar sem ele. Como assim? Tudo bem que ela já estava grávida, mas... Lucy não entendia por que ela tomou uma decisão que mudaria a sua vida por... Snape. Que pioraria sua vida, Lucy adicionou. Ficara bem claro para ela que ser um Comensal da Morte não era brincadeira, nem muito menos algo legal.

— Eu só não compreendo por que... — ela balançou a cabeça, frustrada. — Porque ela largou tudo por...

— Severo? — o diretor completou a pergunta.

Ela suspirou, como se dissesse sim... E como se lamentasse por isso.

— Ah Lucy... Você já amou de verdade? — Dumbledore perguntou sonhador.

É... Com certeza aquela pergunta não era o que ela esperava. Mas ela não tinha duvidas.

— Amar do jeito que o senhor de refere... Não. — ela nem precisou refletir. Nunca tivera experiências românticas, acabara de completar 15 anos. — Nunca.

Ele deu isso como explicação. Mesmo assim, Lucy não entendia. Severo era sínico, frio e totalmente rude. E sua mãe...

— Como minha mãe era? — ela perguntou, de repente cheia de curiosidade.

Dumbledore sorriu e sua expressão se suavizou.

— Apaixonante. — disse ele — Ela era carismática, inteligente e encantadora. Conseguia ver a beleza até nos lugares mais improváveis.

Estou vendo. Lucy sentira então uma vontade esmagadora de conhecê-la, de estar com ela. Afinal, ela estava em algum lugar por ai...

— O senhor não faz ideia de onde ela esteja? — ela perguntou antes que pudesse se segurar.

Ele suspirou.

— Eu tenho meus palpites. — disse ele, se levantando. Lucy se desesperou. Ele não diria mesmo? Mesmo que fossem só palpites?

— Mas... Professor eu quero saber... — ela se levantou também, mas como uma criança mimada, resmungando.

Dumbledore abriu a grande porta para ela sair. Provavelmente tinha assuntos mais importantes a cuidar, Lucy o seguiu sem querer ser mal educada.

— Tudo no seu tempo, querida Lucy. — disse ele — Tem coisas que você não pode saber, se não ficara comprometida, entende? Eu só te peço uma coisa, querida. — ele fez uma pausa — Não vá atrás de coisas com que não poderá lidar com, tudo bem?

Lucy anuiu, desnorteada. Dumbledore abriu um ultimo sorriso carismático e fechou a porta acenando para ela.

~

A primeira coisa que estipulou é que não contaria nem para o seu próprio reflexo. Primeiro por que aquilo não era um segredo seu, e sim de Jane e Snape. E depois, que qualquer um que soubesse a trataria como um dementador. Pensou em Violet. Precisava contar pelo menos sobre Snape para ela. Não estava mais aguentando segurar tudo aquilo para si mesma.

Ela foi direto para o Corujal. Precisava mandar uma coruja para sua mãe desesperadamente. Ela quase tropeçou várias vezes correndo pela escada e quando chegou lá, rapidamente pegou uma pena, tinta e um pergaminho.

“Querida Mamãe,

Estou te escrevendo para contar sobre algumas descobertas minhas aqui nos meus últimos meses em Hogwarts. Eu ainda estou processando tudo com calma, mas acho que a senhora vai querer vir aqui falar comigo e Dumbledore pessoalmente. Quando a senhora disse que eu encontraria meu caminho em Hogwarts, nunca imaginei que esse caminho teria tais proporções. Descobri quem são meus pais biológicos. E não sei como lidar com isso de verdade, porque um deles é um professor carrancudo de Poções, e a outra está desaparecida há muitos meses. E tudo o que estou descobrindo sobre eles só me deixa mais apreensiva e um tanto assustada, devo admitir.

Mas quero que a senhora saiba que acima de tudo, eu estou ótima aqui. Estou adorando Hogwarts, fiz amigos novos, e minha melhor amiga Violet está ansiosíssima para conhecê-la. Eu até ganhei um gatinho preto de aniversário... Ainda sem nome... Ah, e eu adorei o colar.

                                                                                                            Com saudades de casa,

                                                                                                                                                  Lucy.”

~

Uma das suas aulas aquele dia era de Poções. Obviamente ela estava ansiosíssima para ter longas horas nas masmorras com Snape – o que estragara a vida de sua mãe – rondando e aumento suas lições. E quando ela entregou os 2 rolos de pergaminho que faltavam da lição anterior, ele disse que estava MAL FEITO. Aquilo simplesmente não dava para continuar daquele jeito. Snape era seu pai? FODA-SE. Diferenças não podiam ser feitas entre os alunos, e Lucy presava ser uma aluna aplicada acima de tudo.

Falar com Dumbledore definitivamente não era uma opção. Lucy já o sobrecarregara demais com dramas familiares, e eles deixara bem claro que não concordava com o comportamento indiferente de Lucy e Snape. Então o jeito era se autor defender. Nem que isso custasse algumas detenções.

— Professor Snape? — Lucy esperou todos saírem do porão para conversar com ele. Nada de dramas, ela repetia. Apenas uma conversa civilizada entre uma aluna aplicada e um professor... Sínico.

Snape levantou a cabeça, parecendo ligeiramente curioso.

— Por que ainda não se retirou, Senhorita Lucy? — ele perguntou, juntando alguns livros em cima da mesa. — Tenho coisas a fazer e não gosto de encostos.

Lucy revirou os olhos.

— Não vai demorar. — disse ela, juntando coragem e um restinho de dignidade — Gostaria de saber por que está fazendo diferença comigo, dentre os outros alunos.

Ele parou. Certamente não esperava que Lucy falasse diretamente com ele. Ou esperava?

— Diferença? — ele fingiu não entender nada.

Lucy soltou um longo suspiro. Não poderia se descontrolar, não poderia de descontrolar...

— Não se faça de idiota Snape. — disse ela, com um tom acusador — É obvio que está aumentando minhas lições e passando tarefas com dificuldade avançada para mim. Pelo meu conhecimento investido, isso é errado.

 Ele levantou as sobrancelhas, e lhe deu a Lucy seu melhor olhar cético.

— Presumo que esteja insinuando coisas Senhorita. — sua voz parecida inutilizada por anos.

— E eu presumo que o Senhor deva parar com isso. — respira fundo Lucy. — Porque nenhum tipo de relação pessoal deve interferir em assuntos profissionais.

O silêncio que seguiu pairou alguns minutos. Lucy olhava diretamente para os olhos de Snape, e ele parecia estar pensando sobre o assunto. Naquele momento todos os pensamentos que Lucy estivera bloqueando a atravessaram. Sobre como Snape seria um bom pai, se ele poderia ter mais que arrogância dentro de si, se havia alguma possibilidade... De aquilo funcionar. Mas, tão rápidos vieram esses pensamentos, também foram embora. Snape finalmente quebrou o silencio.

— Tudo bem, Senhorita. — disse ele, finalmente e Lucy levou um tempo para entender.

Snape estava DANDO O BRAÇO A TORCER? Não que ela não quisesse aquilo, mas era demais para sua cabeça.

— Como disse? — ela apenas não acreditara no que escutara. Não ainda.

Snape soltou um longo suspiro, parecendo extremamente cansado.

— Eu estou dizendo que quaisquer as diferenças que existirem entre aluno e professor sumirão a partir de agora. — disse ele, colocando um ponto final na cabeça de Lucy e ao mesmo tempo um de interrogação.

Snape não implicaria mais com ela.

Mas ele, por algum momento a considerou algo mais que aluna? Filha?

Lucy assentiu e saiu. Caminhando pelas masmorras, ela se sentiu egoísta por ter tal ponto de interrogação na cabeça. Afinal... Ela considerava Snape como... Pai? 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Não demoro para postar o próximo... Tem ma surpresa para vocês...
~ MUA HAHA
xoxo



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Half-blood Princess" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.