Chamamento De Sangue escrita por Melanie Blair
Notas iniciais do capítulo
Adorei os reviews que vocês me mandaram- deixaram-me muito feliz. Mas acho, que depois de vocês verem o comprimento deste capítulo, vocês vão-me matar. :(
A rapariga olhava-me com uma expressão algo estranha. Observei-a com atenção. Era parecida com Zero. Demasiado parecida até. Tinham os mesmos olhos e cabelos cinzentos, a mesma expressão assustadora, sem qualquer emoção presente.
Maria sorriu-me e, com a rapidez normal de um vampiro, chegou ao local onde eu estava. Fitou a minha cara e logo percorreu o meu corpo.
– Tens um aspecto apetitoso!- exclamou. E, para enfatizar a ideia, passou a língua, lentamente, nos lábios.
Sem demoras (e enquanto todos os presentes nos olhavam), Aidou colocou-se à minha frente, protector.
Por fim, Ichijou aproximou-se dela e murmurou-lhe:
– Maria… As regras da academia não permitem…
Ela interrompeu-o com uma gargalhada.
–… não permitem o acto de beber sangue de humanos, não é?- perguntou, retoricamente, ela.- Sim, eu já sei desse facto.
Voltou-se na minha direcção.
– Mas não deixa de ser triste.- disse ela.- Um cheiro tão bom…desperdiçado.
Senti o corpo de Aidou a retesar-se.
– Maria já chega!- murmurou uma voz masculina.
Ao perceber que a voz pertencia a Kaname, compreendi, parcialmente, o poder de um puro-sangue. Ele não tinha falado alto, porém todos tinham parado perante a força das suas palavras.
Maria, ao ver o líder, pulou escada a escada até, finalmente, o abraçar. O ambiente da entrada estranhamente piorou. Olhei para Ruka, que observava o casal que se abraçava com alguma fúria, talvez até com…inveja? Será que Ruka gosta de Kaname-senpai?
– Ayame,- trouxe-me Aidou à terra.- Acho que é melhor ires-te embora.
– Oh, sim. Tens razão.- consegui eu gaguejar.
Aidou, elegantemente, levou-me à porta e, antes de fechar-me a porta Maria gritou:
– Prazer em conhecer-te Ayame-san.
– Desculpa.- tentou Aidou.
– Não há problema.- sorri-lhe e gritei.- Igualmente Maria-senpai.
*Aidou Pov-On*
Fechei a porta e enfrentei a multidão furiosa que se encontrava atrás de mim. Com um suspiro virei-me e tentei encaminhar-me para as escadas, uma tentativa desesperada de ignorá-los. Porém, um braço fino interrompeu o meu caminho.
Ao olhar para a dona deste, percebi o que viria a seguir: uma tonelada de dores de cabeça.
– Ruka.- sussurrei-lhe- Deixa-me passar, por favor.
O braço dela não se moveu um centímetro. Sem esforço, envolvi-lhe o membro superior atrás das costas- posição propícia para dores de um braço partido. Era mais velho que ela, logo mais forte. Ruka não teria chances de me vencer.
– Aidou.- Kaien colocou-me a mão no meu ombro, tentando acalmar-me.
Lentamente, larguei-a e ele puxou-a para detrás dele. Mesmo assim, a cabra começou a berrar.
– Estás a trair-nos porquê? Por ela? Ela não vale nada!
Ignorei-a. Subi o primeiro degrau, antes da animal se colocar, novamente, à minha frente.
– Ruka, deixa-o.- aconselhou Kaien.
Ela continuou a não fazer, nem o que eu lhe ordenava, nem que o que ele lhe pedia.
– Kaien, não percebes?- começou ela.- Ele, ao proteger aquela peste, está a colocar-nos todos em perigo!
Ruka estava a começar a enervar-me. Encarei-a e explodi:
– Que mal fez-te ela? Que fez Ayame para a tratares assim?
– O problema não é o que ela fez. Mas sim o que ela poderá vir a fazer.- pela primeira vez Shiki falou.
O ruivo, como se a conversa fosse do seu maior interesse, começou a explicitar a sua opinião.
– Eu sei que és um Guardião dela, Aidou. Mas tenta perceber o nosso ponto de vista.
Com o seu olhar de profunda compreensão e tristeza, não consegui dizer não ao pedido de Shiki. Sentei-me no sofá em L que ocupava quase toda a extensão da entrada.
– Elucida-me Shiki.- pedi-lhe.
– Pensa Aidou. Ela é uma criatura nunca vista antes no mundo. Metade vampira, metade mortal. Não sabemos o que ela se pode tornar, o que poderá vir a fazer.
Inspirou e expirou, enquanto Ichijou tomou a sua palavra.
– O que o Shiki está a tentar dizer Aidou é que, mesmo que Ayame seja uma boa pessoa, a vida pode trazer-lhe complicações e ela pode mudar.
Ruka interrompeu-o e disse-me:
– Tal como tu a tens de a proteger, nós também temos de proteger Kaname-senpai. Se ela se tornar um perigo…não hesitaremos em matá-la.
Levantei-me com aquela ameaça. Olhei para todos e percebi que estava sozinho. Quando falei, fitei Kaname que ainda estava aprisionado pelos braços de Maria.
– Se assim for…terei que voz matar a todos. UM A UM!- exclamei.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Pequeno, né? Mas prefiro deixar o capítulo ser, maioritariamente, do Aidou porque ele também merece, não acham?
Data do próximo? Não sei...talvez no fim de semana ou, mais tardar, no principio da semana.