Mikki-chan escrita por Kah Chan


Capítulo 1
One-Shot


Notas iniciais do capítulo

Essa é a minha primeira Fic, e ela é um presente para a Mikki-Chan que se tornou uma grande amiga minha!
Espero que você goste!



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Mais um dia normal no parque... Mikki sabia que já havia passado por ali. Desde seu acidente ela se sentia um pouco deslocada na maioria dos lugares. Mas ali ela se sentia confortável...

Ela estava andando com o seu amigo Dave, quando eles viram um casal que estava conversando em uma mesa. Mikki e o garoto se encararam por alguns segundos e ela desviou o olhar.

-Hey! Mikki-chan, você o conhece? –Dave perguntava enquanto se colocava de frente para ela.

-Eu acho que não. Não consigo me lembrar.

-Vamos lá perguntar então! –Dave disse começando a puxá-la.

-O que? Não! Dave não! Não... Por quê? –Ela dizia choramingando enquanto era praticamente arrastada para onde o casal estava.

-Com licença? Vocês conhecem essa garota? –Dave perguntava enquanto virava o rosto dela para que eles vissem.

-Eu acho que não. –O garoto falou olhando para o lado.

-Ryuki? Ela não é a garota que sempre vem aqui?

-Acho que você esta confundindo ela.

-Não! Não estou! É a garota que você ficava conversando aqui!

-Você me conhece garota? –Ele perguntou olhando para Mikki.

-E-eu não sei... –Ela disse quase sussurrando.

-Está vendo não é ela.

-É você deve ter razão. –A garota disse desistindo da discussão.

-Vocês são namorados? Ah! Desculpe intromissão assim. Mas vocês são? –Dave perguntava tentando puxar assunto.

-Não ele é meu irmão. –A garota disse rindo.

-Então você não se importaria se eu pedisse o numero dele não é? –Dave dizia olhando pro garoto.

-Dave! Então é por isso que você me trouxe até aqui? Você só queria namorar? -Mikki dizia tentando arrastá-lo.

-Não! Que isso! Eu vim tentar fazer com que você recuperasse a memória, mas já que você não o conhece não vejo o problema de pedir o numero dele. Afinal venhamos e convenhamos, ele é um gato!

-Dave às vezes eu penso por que ando com você. –Mikki dizia revirando os olhos.

-Por que você me ama... E principalmente por que eu compro Cokkies para você.

-Na verdade eu não te amo não. –Mikki disse rindo.

-Não? Então por que anda comigo?

-Por que eu amo cokkies!

-Você ama mais os cokkies do que a mim?

-Amo! –Mikki disse isso e saiu correndo.

Dave começou a correr atrás dela, eles corriam e círculos em volta da mesa. Até que Mikki foi em direção a caixa de areia, tropeçou e caiu na areia. As criancinhas começaram a rir dela.  Ela estava um pouco tonta pela queda, mas tinha a sensação que aquilo já havia acontecido antes.

-Mikki!  -Ela ouviu alguém chamar seu nome e logo ela foi levantada.

Ryuki  a pegou no colo e a levou até onde a irmã dele estava. Ele a ajudou a se limpar. De repente Mikki começou a chorar.

-Mi-chan! Você está bem? Se machucou? – Ryuki perguntava preocupado.

-Mi-chan... –Mikki resmungou enquanto chorava. -Por que você fingiu que não me conhecia Ry-Kun?

-Por que você me abandonou. –Ele disse se afastando um pouco.

-Eu te abandonei? Desde quando foi isso?

-Há dois meses. Você sempre vinha aqui. Toda a semana e há dois meses você sumiu e não me deu mais noticias suas.

-Ry-kun, nos estávamos namorando? –Mikki perguntou parando de chorar.

-O que? Não! Claro que não! – Ryuki dizia ficando vermelho.

-Então isso quer dizer que é impossível nós dois estarmos namorando?

-N- não é isso... É que nunca namoramos oficialmente...

-Como assim?

-Bom quando eu ia te pedir em namoro você sumiu...

-Entendo.

-Mikki-chan! Ali perto tem um mercado que vende cokkies, você não quer ir até lá com o seu amigo? –Dave perguntava mostrando uma nota de dez reais para Mikki.

-Quero sim! –Ela respondeu pegando a nota. –Vamos Ry-kun ai você aproveita e me conta mais sobre o que eu fazia aqui no parque.

Ryuki e Mikki foram enquanto Dave e a irmã de Ryuki procuravam um banco para se sentar.

-Eu ainda não sei seu nome... –Dave disse olhando para ela.

-Yuki. –Ela disse em um sorriso.

-Eles ficam tão fofos juntos não é Yuki-san?

-Ficam... Você já sabia que eles se conheciam?

-Mais o menos. –Dave suspirou. –Eu estava ajudando a mãe dela depois do acidente...

-O que aconteceu?

-A Mikki estava sendo intimidada por umas garotas idiotas que não sabiam que eu era gay. As garotas começaram a perturbá-la achando que eu e ela estávamos juntos. Um dia uma garota esbarrou nela na escada e ela caiu, bateu a cabeça e perdeu completamente a memória. Com o tempo está voltando, mas ainda precisa de alguns estímulos...

-Como assim?

-Ir a lugares conhecidos, rever pessoas conhecidas... Coisas assim...

-E como você sabia que eles já se conheciam?

-Eu li os diários dela, vi os desenhos e depois do acidente ela fez um desenho que se parecia muito com esse garoto. Mas ele não é o Ryuki não é mesmo?

-Tem razão. Ele não é, nem eu sou irmã dele. Mas você não está preocupado com a Mikki-Chan? –Ela dizia em um tom irônico.

-E por que eu deveria me preocupar Ema?

-Como sabe o meu nome? –Ela dizia se levantando.

-Eu sei muito sobre você e o idiota que eu deixei ir com ela. Mas sabe por que eu o deixei ir com ela?

-Não faço a menor idéia... –Ela ia tentando se afastar.

-Não precisa correr de mim. Eu não vou fazer nada. Ryuki que vai e não vai será a você... Eu se fosse você ficaria bem quietinha aqui.

-O que você vai fazer comigo? –Ema perguntava enquanto se sentava ao lado de Dave.

-Eu já disse que não vou fazer nada. Mas alguém precisa carregar o idiota, ou ele vai acabar indo parar em um hospital como indigente.

-O que vocês vão fazer?

-Sabe Ema-Chan. –Uma garota veio de trás deles falando. –Somos amigos da Mikki-chan e sinceramente odiamos pessoas que querem fazer mal a ela. Então o melhor é fingir que não sabe de nada. –Ela dizia mexendo no cabelo da garota.

-Kah-Chan! Já disse que assim você assusta as pessoas. –Dave dizia enquanto Kah se sentava ao seu lado.

-Ops! Foi mal. Ter que esperar aqui é muito chato. Eu quero ir lá ver a ação.

-Mentirosa. Você está preocupada! –Dave dizia rindo.

-Mas é claro! Você pode conhecê-lo há muito tempo. Eu não, eu o conheço há um mês. Não confio nele ainda.

-Pode ir lá. Só cuidado para não acabar com a ação tarde demais. Queremos que ela se lembre dele e não que ela tenha um enfarte.

-Eu vou tomar cuidado...

Enquanto isso no mercado...

-Mi-chan! Eu conheço uma padaria ótima aqui perto. Vem comigo. - O garoto que se passava por Ryuki dizia enquanto a levava em direção a um beco.

-Mas Dave está nos esperando.

-Ele vai entender. E eu acho que chegamos. –O garoto disse e a empurrou para um beco sem saída onde dois outros caras esperavam.

-Não! Me deixa ir embora! Você não é o Ry-kun! –Mikki gritava desesperada.

-Você tem razão. Eu não sou o Ry-kun. Ela até que é bonitinha. Vocês não acham?

-Bom eu acho que ela serve... Mas eu quero experimentar antes.

No parque...

-Ema, por que você foi se envolver com pessoas desse tipo? –Dave perguntou para tentar matar o tempo.

-Bom eles me pegaram um dia. Eu sou do interior e fui arrastada até aqui. Aquele garoto me protege. Do jeito dele, mas me protege. Se não fosse por ele eu já teria morrido.

-Entendo. Mas na maioria das vezes eles levam para fora do país. Por que você ficou por aqui?

-É por que eu sou órfã então ninguém vai dar por falta de mim. Mas por que você está me perguntando isso?

-Nada eu só estou cansado de ficar parado. Mesmo sendo gay eu ainda gosto de ação. Mas eu tenho que ficar aqui e tomar conta de você... Se você quiser eu posso te ajudar a sair disso.

-Como? –Ela perguntava séria, agora olhando dentro dos olhos de Dave.

-Como você mesma disse é órfã e ninguém vai sentir sua falta. Se eu fizesse documentos novos para você, você mudasse de aparecia e se tornasse uma prima minha... Eu te ajudaria a viver.

-E você não ia querer na em troca?

-Bom eu preciso de alguém para limpar a casa, eu não gosto de arrumar a casa. A e eu também não cozinho.

-Mais nada?

-Você ainda não percebeu que eu sou gay?

-Mas se você sabia quem eu era por que a trouxe aqui?

-Ela tem uma memória parecida. Você fez parte dessa memória.

-Eu fiz parte?

-Sim... Você não se lembra?

-Não.

-Já me basta a Mikki. Agora você! Eu mereço! –Ele disse erguendo os braços para o alto. –Você vai ter que se lembra sozinha.

-Mas vocês a arriscaram apenas por uma memória?

-Não é apenas uma memória... É tudo sobre o Ryuki... Ela o apagou completamente e já fizemos de tudo para que ela se lembrasse dele, mas nada adiantou. Toda vez que ela o via ficava com medo e não tinha coragem de falar com ele. Então aproveitamos que o “idiota” - Ele fazia aspas com os dedos. –Se parecia com ele. E já que ela não teve medo de chegar perto dele... Já sabíamos o que iria acontecer... Do mesmo jeito que estavam nos observando, estávamos observando vocês... Ou melhor, Kah estava...

Na entrada do parque...

Kah corria e procurava alguém... Ela já sabia que ali ia ficar movimentado em pouco tempo. Ela pegou o celular e digitou alguns números.

-Alô? Eu tenho uma denuncia... Estão tentando violentar uma garota em um beco aqui perto da onde eu estou. Eu estou com medo... Não, eu sei... Não senhor! Eu não sou idiota...  Acho que eles me viram... Ai minha nossa! Socorro! Por favor, me ajudem. Eu vou esconder o celular em algum canto antes que eles me peguem. –Ela disse isso e continuou andando.

Ela subiu no telhado de uma casa próxima do parque. Ela estava procurando Mikki de cima dos telhados. Quando ela a viu, desceu em um lugar próximo e deixou o celular. Ela se escondeu e ficou observando.

No telhado...

Um garoto ágil estava acompanhando a cena do telhado. Ele sabia que logo seria sua vez de entrar em cena. Mas tinha que esperar. Se ele agisse no momento errado podia estragar tudo. Era um plano arriscado, mas já haviam tentado quase tudo antes e nada adiantou.

No beco...

Um dos caras seguro os braços dela para trás, ela se debatia o quanto podia, mas o cara era muito mais forte que ela. O outro tentava se aproximar, mas estava tentando evitar ser atingido pelos chutes dela.

No canto...

“Mas que droga aquele garoto está pensando?” Kah pensava enquanto se preparava para entrar em ação. Mas não precisou.

No telhado...

O garoto estava com medo de agir na hora errada, então esperou o maximo que pode para entrar em cena. Ele se jogou do telhado em cima do cara que não segurava Mikki. O cara que a segurava a soltou enquanto o garoto que se passava Ry-kun tentava sair sem chamar a atenção, só que ele não esperava que tivesse alguém de olho nele. Assim que ele saiu do Beco Kah estava lá se alongando e estralando os dedos. Ela o olhou com um olhar assassino e partiu para cima dele. Kah era muito mais rápida e forte do que o garoto pudesse esperar. Ele tentou escapar dela, mas ela o pegou facilmente e o jogou em outro beco. Enquanto isso Mikki não entendia direito o que estava acontecendo, mas sabia que aquilo já havia acontecido há algum tempo atrás, há um pouco tempo atrás. Ela conhecia aquele garoto que a ajudava, mas ainda não sabia quem era.  O garoto era mais rápido que o cara, e estava dando uma bela surra nele. Assim que o cara caiu desmaiado ele tentou pegar a mão de Mikki para correr com ela, mas a garota havia paralisado naquele canto.

Mikki se lembrava daquele rosto familiar, mas da ultima vez aquilo não havia terminado assim. Agora ela começava a se lembrar, aquele era Ry-kun... Eles se conheceram um dia no parque, ela havia caído na caixa de areia e ele a ajudou, depois eles se tornaram amigos... Até que um dia...

No parque...

Ema estava tentando se concentrar para se lembrar de Mikki... Agora ela começava a lembrar o que acontecera com Mikki... Alguns caras a cercaram e arrastaram para um beco e Ryuki pulou do telhado acertando um deles... Ele mandou que Mikki corresse, Ema estava por perto, ela sabia que se a menina não corresse iriam ir atrás dela... Ela esperou que a menina saísse do campo de visão dos caras e a ajudou a fugir...  Agora ela se lembrava de onde havia conhecido Mikki...

No beco...

-Mi-chan? Você está bem? –Ry-kun dizia enquanto a olhava nos olhos.

-Eu não sei... Quem é você?

-Eu sou o Ryuki... Você não se lembra de mim?

Mikki começava a se lembrar de tudo, até do que ela queria esquecer. Ry-kun era muito popular e algumas garotas do parque davam em cima dele e algumas chegaram a intimidar Mikki.

-Eu não sei se quero lembrar...

-Mas Mi-chan!

-Eu estou com medo.

-Medo de mim?

-Não de você...  Mas eu estou com medo...

-Mi-chan não se preocupe, eu não vou deixar que ninguém te machuque... Podemos ir agora.

Ela concordou com a cabeça e eles saíram dali.

Eles andaram até encontrar Kah que parecia aliviada ao vê-los. Eles foram até a calçada mais próxima e esperaram a policia.

No parque...

Dava para ver alguns carros de policia passando pela rua que havia ali perto. Dave se alongou e se levantou olhando para Ema.

-E ai? Você vem? –Ele perguntou estendendo a mão.

-Vou. –Ela disse pegando a mão e andando ao lado dele. –Mas para onde vamos agora?

-Estamos indo pegar minhas filhas...

-Suas filhas? –Ela perguntou assustada.

-Eu tenho a tutela delas. Mikki se mudou para mais perto do hospital e seus pais aproveitaram para fazer viagens de trabalho... E Kah deu tantos problemas que os pais iam mandá-la para a adoção. Eu cuido delas desde então. Mas Kah é uma negação na cozinha e Mikki simplesmente não gosta de cozinhar...

-Você acha que a Kah vai me aceitar?

-Kah? Ela é um doce de pessoa!

-Um doce?

-Bom ela não mostra esse lado para quase ninguém, mas ela é uma pessoa muito amável... Se você se tornar amiga dela, sempre que ela puder, ela vai te ajudar... Às vezes ela faz até mais do que ela pode.  

-Acho que a policia já os encontrou...

-Prepare-se para horas dentro de uma delegacia.

Na calçada...

Ryuki e Mikki estavam abraçados em um canto e Kah estava falando com os policias explicando o que aconteceu e levando-os até os caras que estavam desmaiados no beco...

Todos foram levados para a delegacia, e Dave e Ema os acompanharam.

Dois meses depois!

O parque parecia estar em um dia normal... Mas em um pequeno canto havia uma comemoração...

Os caras que tentaram fazer mal a Mikki foram condenados. Ema agora era parte da família, ela e Kah eram grandes amigas, mas agora ela não se chamava mais Ema, agora ela se chamava Yuki e os seus cabelos que antes eram pretos agora estavam ruivos. Kah, Mikki e Dave tinham um trabalho de meio período para sustentar a casa e Yuki apenas estudava e arrumava a casa... Dave começou a namorar um dos policiais que ele conheceu na delegacia.

Mas o mais importante ainda não havia acontecido...

Mikki e Ryuki estavam cada vez mais próximos e no meio da pequena comemoração ele a puxou para um canto...

-Mi-Chan. –Ry-kun sussurrou. –Tem algo que quero te pedir a algum tempo...

-O que foi Ry-kun? –Mikki perguntava curiosa achando toda a situação engraçada.

-Bom você... você Go-gostaria  de de...

-Mikki ele gostaria de namorar com você! –Kah disse aparecendo do nada.

-Kah-san por que você fez isso? –Ele perguntava bravo.

-Ah! Agora você volta a falar! Então aproveita e pede ela em namoro logo. –Kah disse isso e saiu de perto deles.

-Então Mi-Chan. –Ry-kun recomeçava. –Você gostaria de namorar comigo?

-Mas é claro que sim! –Mikki disse abraçando-o.

Eles se beijaram, um beijo doce e delicado, um beijo que Mikki jamais esqueceria...

Mikki ainda não se lembrava de algumas coisas... Mas eram apenas detalhes sem importância, por que afinal, agora eles estavam juntos!

                                             -Fim-


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Notas finais do capítulo

Obrigado por ler a minha história espero que tenham gostado! *-*



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