Além Da Amizade escrita por Renan
Notas iniciais do capítulo
Esse capítulo se passa após os acontecimentos do filme "Prólogo do Céu".
Seiya abriu os olhos devagar. Não se lembrava de nada que havia acontecido recentemente. Levou alguns segundos até abrir os olhos completamente e enxergar tudo à sua volta. Estava deitado numa cama de hospital e ouvia médico à sua volta dizendo coisas como “o paciente recobrou a consciência” e “diga para os amigos dele subirem”. Era tudo muito confuso. Mal lembrava quem era, onde estava, e o que tinha acontecido.
Levou uns cinco minutos para se dar conta de boa parte do que estava acontecendo e de quem era. Três rapazes conhecidos entraram naquele quarto do hospital. Eram Hyoga, Shiryu e Shun.
- A... amigos ? São vocês ?
- Sim, somos nós. – disse Shiryu.
- O que aconteceu ? O que estou fazendo aqui ?
- Nós estivemos em perigo por ir contra os deuses. – Foi dizendo Hyoga. – A nossa última ameaça era Apolo. Você e a Saori estiveram diante de Apolo, lembra-se disso ?
- Sim. Eu lembro que tentei lutar contra Apolo. A última coisa de que eu me lembro foi de ter elevado meu cosmo mais do que nunca para acertá-lo com um golpe. Depois disso, eu não lembro de nada.
- Você ganhou, Seiya. Você conseguiu vencer Apolo com apenas um golpe. – disse Shun.
- É mesmo ?!
- Sim, mas aquele golpe exigiu demais de você, e você entrou em coma.
- E a Saori ? O que aconteceu com ela ? Ela foi punida por outros deuses ? A humanidade ainda corre perigo ?
- Não, está tudo bem. – disse Shiryu. – Atena teve uma longa conversa com Zeus, e ele resolveu que iria perdoar a ela e a toda a humanidade.
- Mais uma vez você deu um jeito em tudo.
Todos se viraram para encarar o dono daquela voz. Era Ikki, que havia entrado no quarto.
- Ikki, você não mudou nada. Continua chegando sempre depois de todo mundo. – disse Seiya, em tom de brincadeira, apesar do cansaço.
- Eu estava dando um telefonema para uma pessoa.
Um enfermeiro apareceu trazendo uma bandeja com sanduíche e suco para Seiya, pois ele precisava se alimentar. E foi comendo enquanto conversava com os outros cavaleiros sobre os últimos acontecimentos.
- Ah, e a Saori não pôde vir, mas mandou darmos um recado. – foi dizendo Hyoga. – Ela disse que iria dar a benção dela para o seu casamento, e que você não precisaria mais ser cavaleiro se não quisesse.
- Eu não tenho vontade de deixar a vida de cavaleiro, pois me orgulho de lutar por Atena, porém, a Minu ficaria muito preocupada se eu continuasse sendo cavaleiro. Eu vou ter que pensar bastante nisso.
- A Minu é a sua noiva, não é ? – perguntou Shiryu.
- Sim, é ela.
- Com licença. – disse um médico, entrando na sala. – Há uma visita para o paciente, que diz que quer ficar a sós com ele.
Com exceção de Seiya, todos os cavaleiros puderam ver Minu do lado de fora do quarto.
- Então vamos, amigos. Acho que só iríamos atrapalhar aqui. A pessoa que eu chamei para vir aqui já chegou. – avisou Ikki.
- Bom descanso, Seiya. – disse Hyoga, saindo junto com os outros.
- Obrigado.
Fora da sala, Minu viu a maioria dos cavaleiros seguir para outro corredor, mas quando estava praticamente na porta, foi parada por Shun.
- Cuida bem do Seiya, tá bom ? Você promete que vai cuidar bem do Seiya ?! – perguntou ele, com os olhos úmidos.
- Claro que sim. – respondeu ela, com um sorriso. Shun subitamente a abraçou.
- Cuida bem do Seiya, tá ?!
- Tá bom. – disse ela, dando dois tapinhas leves nas costas dele, sem saber direito como reagir diante de tamanha preocupação.
- Anda logo, Shun, eles querem ficar sozinhos! – disse Shiryu em tom alto, do outro lado do corredor. Shun atendeu ao chamado e se foi com os outros.
Minu entrou na sala, com as mãos entrelaçadas na altura da cintura.
- Seiya!
- Minu! Quanto tempo!
Minu foi até o lado da cama do Seiya.
- Fiquei preocupada, Seiya. O que aconteceu com você ?
- Ah, é uma história longa.
- Tenho todo o tempo do mundo. Mas eu tenho que saber o que aconteceu com você.
Seiya então começou a falar da batalha contra Hades, e que havia ficado paralítico por causa de um ataque. E também que depois houve uma batalha contra antigos companheiros e contra o deus Apolo.
- Mas agora você se sente bem ?
- Sim, Minu. Ainda estou cansado, mas acho que vou receber alta ainda essa semana, e depois, cumprirei a promessa que fiz a você.
- Vai ser o dia mais feliz da minha vida, Seiya. – disse Minu, com os olhos úmidos olhando ternamente para o rapaz.
- Você sofreu muito na minha ausência ?
- Foi muita saudade. Mas eu não queria chorar de tristeza por sua causa, eu só quero chorar por você se for de alegria.
- Eu te amo, Minu.
- Eu também te amo, Seiya.
Os dois se beijaram, e ainda dariam quantos beijos fossem necessários para compensar o tempo perdido.
***
Finalmente chegou o dia de o Seiya receber alta. Minu estava esperando por ele na frente do hospital. Depois de alguns minutos, ele apareceu.
- Minu, olá! – disse ele, acenando e chamando a sua atenção.
- Seiya!
Minu foi até ele e o abraçou.
- Estou muito feliz que agora nós dois podemos finalmente ficar juntos, Seiya. – disse ela, tentando conter lágrimas.
- Eu também, Minu. Agora nada mais poderá nos separar. Agora nós poderemos ficar juntos para sempre. – desfez o abraço e a olhou nos olhos. – Eu não me esqueci da promessa que eu te fiz. Mas acho melhor eu fazer do jeito clássico.
- Como assim ? – perguntou ela, sem saber do que ele estava falando.
Seiya se ajoelhou e segurou a mão dela.
- Você quer casar comigo ?
- Ah Seiya, como você é bobo! Mas é claro que eu quero!
Os dois começaram a rir e saíram andando de mãos dadas. Uma caminhada que durou apenas alguns minutos, até chegarem ao orfanato. As crianças estavam brincando. Umas de amarelinha, outras de futebol, outras de pega-pega.
- Ah, isso traz tantas lembranças. – disse ela, encostando a cabeça no braço do Seiya.
- É. Nós já fomos exatamente assim. – disse ele, sorrindo.
As crianças logo notaram a presença deles e formaram uma multidão diante deles, todos querendo saber como o Seiya estava.
- Hahaha. Eu estou bem, vocês sabem que eu sou de ferro.
- Você e a Minu vão se casar ?! – perguntou uma das crianças, em tom de brincadeira.
Minu corou, olhando para outra direção. Seiya passou seu braço envolta do pescoço dela.
- Sim! Nós vamos nos casar! – disse ele, com sinceridade.
- Vão mesmo ?! – perguntou outra criança.
- É claro! – disse ela.
Ao ouvirem a confirmação da notícia, todas as crianças começaram a bater palmas e a gritar comemorações. Enquanto o casal era aplaudido, caminhava rumo ao interior do orfanato, para começarem a planejar o casamento. Eles estavam mesmo muito felizes.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
O próximo capítulo será provavelmente o último.