“Um Terrível Pesadelo”

 

Kyuu ainda estava adormecida. Crescente? Acordou, já bem curada, mas no rosto, formara uma cicatriz, no qual, SoulEater cuidava. Eu já me preocupei. Será que a Mari colocou a injeção certa, não a errada? Se tiver colocado a errada, eu vou matá-la!

 

~~~~~~~Kyuubi POV On~~~~~~~~

 

—- FIQUEM LONGE DE MIM!

 

—- “Você deu seu braço para um cara que mal conhece.”

 

—- “Olá, aberração.”

 

—- “Pra que precisamos de uma mestiça na família? Vá embora, Larissa.”

 

—- “MORTE AO DIABO! MORTE AO DIABO!”

 

Eu corria. As vozes, todas eram passadas. A primeira foi de Lupus, a segunda de Lin, a terceira foi do meu pai no dia que ele me botou para fora de casa e por muitos anos não me deixou entrar. A 4° foi num vilarejo de Humanos que temiam outras espécies e as queimavam. Quanto mais eu corria, mais eu me sentia pesada e as frases mais perto.

Coloquei mais força na minha perna e voltei a tentar correr. Eu não conseguia nem que eu tentasse. Cai dura no chão.

 

—- “ Morra, diabo!”

 

—- “O charme dele é tão grande para dar o braço?”

 

—- “Diana, algum problema em sua família nos originou essa impura para ser irmã da Lin, mate-a.”

 

—- “Querida, o Lupus é meu, pode morrer que eu cuidarei bem dele.”

 

Coloquei as mãos nos ouvidos e gritei:

 

—- PARA COM ISSO! PARA!

 

[Música no momento: The Suicide Circus – Inicia as 00:20]

 

Eu gritava loucamente. Até estava perto de chorar. Coloquei minha testa no chão, enquanto estava de joelhos.

 

—- LUPUS!

 

Por mais que eu gritasse por ajuda, nada vinha me salvar ou ajudar. Gritei muito. As vozes me infernizavam. Até que as lágrimas viram. Normais? Não, saia um liquido preto de meus olhos, mas não me cegava. As gotas pequenas tocavam o chão, tornando o que era preto numa espécie de espaço cheio e estrelas. Me levantei, pois as vozes pararam. Andei por um tempo pelo infinito lugar.

 

—- Kyuu, onde você vai, sua Haros inútil?

 

Olhei para trás e vi Cazeaje, maior, mais forte que antes. Corri, tentando-me livrar dela. Por mais que eu corresse, ela me alcançava. Até ela me colocar em sua boca cheia de dentes. Tentei resistir, segurando a mandíbula para sair. Coloquei meu braço fora, mas, Cazeaje colocou mais força, fechando a boca e arrancando meu braço fora. Desci pela sua garganta, até em vez de chegar em seu estomago, cheguei noutro lugar escuro.

Tentei caminhar em frente, para achar a saída, mas uma espécie de luz me iluminou. Da escuridão, surgiu Lupus, com as scarlets em mãos. Seu doce sorriso virou um sorriso macabro e escuro, cheio de enormes dentes afiados.

Eu não tinha armas, então comecei a correr. Quanto mais eu corria, parecia que Lupus podia ter o dobro da minha velocidade. Passei por uma alavanca, onde quando Lupus chegou nela, se agachou numa velocidade incrível e a acionou, fazendo-me cair em outro lugar vazio. Parei de andar, e gritei: “CHEGA! EU NÃO AGUENTO MAIS! ME DEIXEM EM PAZ!”

Após isso, o lugar todo se iluminou. Em vez de escuro, era claro, branco e infinito. Levantei-me, pensando que estaria tudo bem e caminhei em frente. Quando dei meu 9° passo, algumas mãos surgiram do chão e seguraram meu pé esquerdo, me fazendo cair.

 

—- Droga!...

 

—- Precisa de ajuda, senhorita?

 

Olhei para frente e vi um garoto de pele meio roxa, orelhas estendidas, olhos vermelhos, cabelo castanho, um traje de mordomo. Ele estendeu a mão para mim. Hesitei num estante. Mas quando vi o Lupus Demoníaco correndo na sua velocidade sobrenatural, segurei a mão do garoto, se me levantou e com uma faca, cortou as mãos que prendiam meu pé. O Lupus Demoníaco parou ainda corcundo no chão, com seus olhos completamente vermelhos a encarar o garoto. O sorriso que formava em seu rosto (:D macabro) agora era uma cara de desaprovação raivosa ( D:< - macabro).

 

—- Bom, parece que seus pesadelos incluem este jovem demoníaco.

 

—- Pesadelos?

 

—- Efeitos Colaterais da droga que infelizmente colocaram em você.

 

—- ...Droga?

 

—- Bom, depois eu explico melhor, acompanha-me, senhorita?

 

Acompanhei ao seu lado durante a enorme sala infinita e branca.

 

—- Bom, neste seu sonho infelizmente pareço ser um mordomo colocado aqui por meu chefe.

 

—- Quem é seu chefe?

 

—- Uma pessoa forte, mas, eu não posso dizer quem.

 

—- ...

 

—- Meu nome é London. Sou um asmodiano que foi expulso da minha dimensão, e você?

 

—- ...

 

—- Não confia em mim o suficiente para me dizer de onde vem?

 

—- Sou uma Haros.

 

—- Isso eu posso ver perfeitamente.

 

—- Kyuubi.

 

—- Hum...belo nome.

 

—- ...

 

C-como?! Meu coração batia já um pouco anormal?! Eu pertencia a Lupus! O que aquele cara estava fazendo?

 

—- Quem é você de verdade e qual é seu objetivo?

 

—- Meu nome é London e meu objetivo é tirá-la deste lugar que a aprisiona.

 

—- ...

 

—- Hum... deixe-me ver sua história. Lass também a conhece, não é? Mas não contou isso para Lupus.

 

—- ...

 

—- Bom, você era uma Haros qualquer mestiça, filha de um Deus e uma Deusa, mas de um desejo da deusa, você virou de uma aparência de Haros, mesmo sendo metade deusa e metade Haros. Seu poder de Deusa é a Chama Dourada, não é? As lendárias chamas do dragão. Bom, como podemos dizer, Quando os pais abandonaram as duas, você conheceu um outro Haros, cujo se casou com ele aos nove anos. Quando ele partiu, você...foi carbonizada? Thanatos lhe amaldiçoou, dizendo que a renasceria cinco vezes. Essa foi uma delas, não é? Então sua alma trocou de lugar com a de uma garota que se chamava Trevas, então assumiste o corpo dela, que acabou com o tempo tomando sua forma original, de um Haros. Bom, foste pega pelo Circo dos Pesadelos, certo? Lá, você era a “Parceira” de Lass. Você era obrigada a tirar peças de sua roupa de acordo com o publico para eles, obrigando-a a ficar nua completamente. E então, Lass entrava em cena. Ele fazia o que o publico pedia, como, por exemplo, lamber suas feridas e cicatrizes? Mas quando eram coisas que envolviam sua virgendade e a dele, ele fingia fazer para satisfazer as pessoas e o Mestre das Cerimônias. Depois, você fugiu com ele, onde se separaram em Ellia, lugar onde Cazeaje possuiu o garoto e lhe machucou seriamente, onde fez a cicatriz que você tem em diagonal nas costas. Bom, ainda tens a cicatriz do Circo dos Pesadelos, os chicotes nas suas costas. Bom, vamos continuar, depois disso, morreste de novo? Mas, o corpo da garota Trevas estava vivo ainda, então sua alma não saiu dele. Essa foi a segunda vez. Então, conheceu Lupus, o garoto Haros, que ao longo do tempo, descobriu que era seu amigo de infância, ou seja, seu marido. Mas quando você se aproximava dele, sua irmã lhe impedia. Até que ela lhe matou, essa foi a terceira vez. Mari, a tecnomaga a ressuscitou atravéz da eletricidade. Ai, seu corpo foi recuperando-se, e tomando a forma de Haros, como eis agora. Ao longo do tempo, virou novamente intima de Lupus. Agora, teve o Festival Kingdom Heart, onde você ficou ainda mais intima dele e conheceu sua arma, SoulEater, a arma da andarilha Gabriela Zephyrum e ela própria, Crescente. Depois, entrou para a Grand Chase. Perdeu o braço dando-o para sua arma. Agora, teve uma briga com Lupus, fazendo-a viajar com SoulEater. Por causa de Crescente, voltaste. Mas, agora, no meio da viajem, foste capturada por uma Elfa Negra e bem, injetaram em você sangue negro, onde estava cheio de magia negra e sentimentos negativos. Isso fez você lutar contra Lupus, Mari e os outros. Crescente ficou muito ferida no rosto, Lupus no braço direito, Sieghart na perna. Agora, estais aqui, será que errei alguma coisa que eu não saiba?

 

—- N-não, você acertou tudo.

 

Ele realmente acertou tudo. Minha maldição, tudo! Arregalei os olhos e quase perdi minha sanidade, pois...alguém alem de mim sabe minha história inteira. Quase chorei.

 

—- Por favor, não chore, me da gastura.

 

—- ...

 

—- Bom, acorde agora, veja Lupus e fale isso para ele.

 

Assim, ele tocou com o indicador em minha testa, onde fez tudo ficar escuro.

 

~~~~~~~~~~~Lupus POV On~~~~~~~~~~~~

 

Eu já estava meio cansado e fraco de tanto olhar Kyuu e ela não se mexer. Até que ela ficou pálida e sua sanidade abaixou muito. Ai eu fiquei preocupado. Depois de alguns segundos, ela abriu as pálpebras e estava trêmula. Sua pupila estava muito pequena, menor que meu dedo. Segurei sua mão e disse:

 

—- Kyuu?

 

Isso a fez dar um salto para trás, onde disse:

 

—- Tudo escuro! Não enxergo nada!

 

Coloquei as mãos em seus ombros e disse:

 

—- Calma, Kyuu, sou eu, Lupus...

 

Ela se debateu contra mim e correu para o corredor. SoulEater, Eu e Crescente corremos atrás dela.

 

—- SoulEater! Pode olhar o que ela vê?

 

—- Sim, me dê um segundo.

 

Ele sentou no chão, fechou os olhos e ficou imóvel. Não demorou muito para ele abrir os olhos, cuja a pupila estava quase igual a de Kyuu. Ele estava trêmulo.

 

—- T-trevas! Muitas trevas! Pesadelos! Coisas ruins! Ela está tentando fugir.

 

—- Como é as trevas?

 

—- Eu me sentia estar sendo seguido por toda a Grand Chase Demoníaca, todas as coisas ruins do mundo tentando sugar minha alma, e olha que eu devoro almas.

 

—- ... Precisamos ajudar Kyuu!

 

Corremos pelo caminho que ela deixou. Mas aos poucos, eu via pingos negros no chão. Até ficarem maiores e eu ver Kyuu batendo nas paredes com tanta força que ficava um pouco de sangue nelas.

 

—- Kyuu!

 

Ela ia correr mais rápido, mas eu a segurei nos ombros e me joguei para trás. Cai no chão com ela se debatendo muito. Mari correu até nós com Sieghart, Rey, Dio e os outros. Mari pegou uma injeção e pediram para eu deixar o braço dela imóvel. Era difícil com ela se movendo. Foi difícil,mas conseguimos. O sangue não era vermelho, era preto, fazendo Mari se assustar.

 

—- O sangue está se multiplicando e se espalhando muito rápido! Deve ser de Berkas! Segurem-na! Vou trazer a do sangue branco, o sangue normal!

 

E ela foi correndo. Virei Kyuu e a abracei, mesmo ela se debatendo.

 

—- Calma Kyuu...

 

Ela colocou os braços atrás de mim, e conseguiu me arranhar fortemente, furando minha pele. Não gritei, mas me segurei.

 

—- Calma, calma, sou eu, não precisa disso.

 

Mas não adiantou. Ela tirou os braços da minhas costas e começou a rasgar meu peito. Ela se sujou de meu sangue, mas ainda continuou sem parar. Só parou quando Mari chegou com uma carga maior e colocou a injeção nela, ai sim ela parou. Mesmo imóvel, eu continuei abraçando-a.

 

—- Kyuu, você tem que ser forte, sei que a Kyuu boa luta contra a Kyuu mal, por isso essa “Escuridão”, mas você vai melhorar, eu prometo.

 

Virei ela e beijei sua testa. Sua expressão suavizou. Eu tinha certeza, que a minha Kyuu ainda estava ali.