Caminhos De Sangue. escrita por Wallas Reis


Capítulo 2
Falso Anjo.


Notas iniciais do capítulo

Aqui o segundo cap, puts tava louco pra postar logo *--*
Espero que gostei.. Boa leitura =D



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Quando voltei pra casa não conseguia tirar o nome Miguel da minha mente, os meus olhos não paravam de olhar para o telefone com uma vontade imensa de ligar, mas tinha algo que me impedia de fazer isso. Deitada na minha cama fiquei ali pensando por horas e horas no que fazer e o motivo pelo qual eu não conseguia, e uma voz embolada me fez perceber. Eu ouvi muito bem quando o doutor falou “você e seus pais”, mas eu não podia passar vergonha levando uma mãe que bebe feito uma louca, sem contar no meu pai que iria falar que preferia ter um filho menino do que uma menina, mas tinha algo que era mais forte que isso tudo, apenas um nome, Miguel será que o filho dele faz juiz ao nome que tem? Espero que sim, e do nada tive uma ideia que iria me ajudar muito mais antes tinha que enfrentar algo que há muito tempo decidir não enfrentar a “sociedade”, mas que se dane no fim de tudo eu ia me dar bem mesmo, pelo menos assim eu espero.

Me arrumei, coloquei a melhor roupa que tinha, o que era nada, mais era meu. Agora pronta precisava achar uma desculpa para sair já que eu não saia muito e logo levantaria suspeitas.

- Saindo, e antes que fale que “milagre é esse” foi tudo recomendação do tal doutor – falei rapidamente e já saído.

Eles não falaram nada e nem esperei que falasse também e sair, mais tinha um porém, onde ele morava? Tinha o seu telefone mais se eu ligasse ele poderia pedir pra falar com meu pai e ai iria tudo por agua a baixo, teria que ser esperta. Pensei e pensei, até ter uma brilhante ideia, iria ser bastante cansativo mais no fim iria valer a pena então comecei a andar até o meu destino que naquele momento era o consultório aonde o doutor Rafael trabalhava era ainda de tardizinha e por sorte ou destino mesmo encontrei uma mulher saindo de lá, parecia que tinha acabado de limpar.

- Boa tarde senhora.

- Boa tarde.

- A senhora pode me ajudar com uma informação? – perguntei torcendo para que ela me ajudasse.

- Pode falar, que se eu souber lhe ajudo – disse ela com um sorriso.

- Sabe me informa aonde o doutor Rafael mora?

- Por sorte sei sim.

- Uffa’ – desabafei – é que ele me convidou para jantar lá, e eu acabei esquecendo de pergunta-lo onde morava – expliquei, para que não achasse confuso.

- Típico do senhor Rafael – disse ela rindo – mas ele não lhe deu o numero do telefone? – perguntou ela, falando em seguida – que estranho.

- Sim ele me deu, mas quero lhe fazer uma surpresa.

A simpática mulher que estava em minha frente pegou um pedacinho de papel e em seguida uma caneta que estava no seu bolço e escreveu nele me entregando.

- Aqui esta minha querida – disse ela me dando o papelzinho – o endereço dele está ai.

- Muito obrigada à senhora me ajudou muito.

- De nada – disse ela com seu simpático sorriso.

Olhei direito aquele pedaço de papel que ela tinha me entregado e percebi que era um pouco longe e as horas conspiravam ao meu favor, fui até um ponto de ônibus, e depois de incansáveis minutos apareceu um, ele parou então entrei e percebi que aquele não seria o melhor ônibus a se pegar, mas não podia esperar então foi aquele mesmo. Enfim chegou ao ultimo ponto e eu desci, percebi naquele momento que se pegasse o ônibus certo ele me deixaria mais próximo do meu destino, então comecei a andar já estava anoitecendo e queria chegar a tempo, mas não podia correr e ficar toda suada e desarrumada, demorou e mesmo muito cansada cheguei era 18h44min estava em tempo, eu acho, e agora de frente à casa minha mão estava na campainha mais não conseguia toca-la o medo tomava conta de mim, então pensei que tudo aquilo era loucura e o doutor não ia me aceitar ali sozinha sem meus pais, provavelmente iria mandar voltar outro dia...

- Laura?! – uma voz me fez sair dos meus pensamentos.

 E quando olhei para porta era o doutor, parecia surpreso e ao mesmo tempo feliz em me ver, já eu estava totalmente sem graça.

- Entre, estou tão feliz porque veio – disse ele fechando a porta atrás de mim – porque não me ligou teria ido te buscar.

- Eu quis fazer uma surpresa. – disse olhando como era linda a casa dele.

- Daiane! – ele gritou – ponha mais um prato, temos visita.

 - Está certo querido – falou uma voz que saia da cozinha.

- E seus pais Laura, porque não vieram com você?

- É que eles não poderão vir.

- Ei Rafael pode me ajudar aqui com a mesa – falou Daiane.

- Eu posso lhe ajudar se a senhora quiser – disse querendo ser útil.

- Que bom – falou sorrindo – toda ajuda é bem vinda, vem!

Então ajudei a ela a por a mesa enquanto isso o doutor estava sentado no sofá assistindo um pouco de TV, enfim tínhamos terminado de arrumar-la.

- Onde fica o banheiro, quero lavar minhas mãos?

- Fica no andar de cima querida – falou me mostrando o caminho com a mão – você sobe aqui e a segunda porta é o banheiro.

- Está bem – falei com um pouco de vergonha.

E assim eu fui, subi a escada e passei por uma porta que estava entreaberta, tentei dar uma olhada mais a mesma foi fechada com tal força que me assustei então achei a segunda porta e entrei, como ia só lavar as mãos deixei a porta aberta.

- Quem é você? E o que faz aqui? – disse alguém me assustando.

Eu fiquei parada me olhando para o espelho completamente sem ação, não sei o que tinha me acontecido.

- Você é surda ou muda? – perguntou a pessoa grosseiramente – anda me responda.

- Foi o doutor Rafael que me convidou– falei com a voz quase falhando – então você que é o Miguel? – perguntei temendo a resposta.

- Sim sou eu.

- Eu não te imaginava assim...

- Assim? Assim como?

- Assim tão... Grosseiro e sem educação – falei dessa fez lhe olhando – com licença.

- Eu sou do jeito que sou e me orgulho disso – falou me segurando pelo braço – então você se corta não é?

- Como você sabe disso? Ele lhe contou?

- Não idiota, acabei de ver as cicatrizes no seu braço – falou me soltando - me diz, qual doeu mais o corte ou a marca da cicatriz que vai te fazer lembra sempre o motivo disso.

- Não enche o saco garoto, eu pensei que você seria, mas...

- Mas o que? Fala – provocou – tipo mais certinho, bonzinho e outras coisas, eu não sou assim como o meu pai fala.

- É eu percebi.

- Garota se toca e vai embora, e se poupe de constrangimentos futuros.

- Como assim? – perguntei-lhe – não entendi?

- Continue aqui e você vai ver – ele ameaçou.

Não pude negar que fiquei com medo, mas o que iria fazer quando falasse que ia embora, que o filho deles me ameaçou? Eu de fato ia ser tachada de louca e isso eu não queria, então decidir enfrenta o “falso anjo”, eu estava ainda sem entender porque ele tinha me tratado daquela forma como se tivesse feito algo ruim, comecei a temer a hora do jantar e como medo do que ele poderia fazer, acabei tomando um susto quando a mãe dele o gritava pra vim jantar. Eu e o doutor Rafael fomos pra mesa e nos sentamos e logo em seguida a Daiane, e por fim chegou ele não mostrando felicidade ainda em me ver na mesa com seus pais.


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Notas finais do capítulo

E então gostaram..? *--* Reviews?



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