Querido Paciente escrita por Dul Mikaelson Morgan


Capítulo 21
Capítulo 21


Notas iniciais do capítulo

OOOOOOOOOOI gente postando mais um capitulo que infelizmente ta chegando cada vez mais proximo do fim , mais enquanto não chega aproveitem esse que ta bom demais boa leitura ;p



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― Você é a garota com quem Kol que­ria se casar. Ele a trouxe aqui na­quele verão ― Klaus falou devagar como se não pudesse acre­ditar nas próprias palavras. ― Carol Forbes.

Ele baixou os braços e seu rosto, antes cheio de adoração, tornou-se frio e contraído.

O coração de Caroline batia descompassadamente. Julgava-se preparada para aquele momento, mas nem nos seus piores temores havia imaginado que Klaus pudesse fitá-la com aquele olhar sombrio e incompassível. Ela levantou-se.

― Sim, eu sou Caroline Forbes, a quem Kol cha­mava de Carol.

― Meu Deus! ― ele murmurou, atônito.

De repente, ficou de pé, cambaleou e segurou no criado-mudo para não cair. Caroline apressou-se para ajudá-lo, mas ele em­purrou o braço dela.

― Não! Afaste-se. Quero olhar bem para você.

Ela ficou imóvel apenas observando-o, esperando a raiva dele passar. Aquela reação era natural, mas certamente ele iria acalmar-se e tudo ficaria bem.

Esperou por longo tempo sem ver nos olhos dele um sinal de abrandamento. O medo foi aos poucos apoderando-se dela, deixando-a gelada.

― Você disse que voltaria para se vingar. E voltou mesmo ― disse ele, finalmente.

― Não! Voltei, mas não foi por vingança! ― ela protestou, indignada.

― Por que foi, então? Que chance maravilhosa para sua vin­gança! O tempo todo você me manteve à sua mercê, não foi assim?

― Nunca pensei nisso. Para mim você era um paciente como os outros ― ela assegurou, muito pálida.

Klaus emitiu um som de descrença. Cada vez mais deses­perada, Caroline constatou que a reação dele estava sendo muito mais violenta do que ela imaginara. Havia acreditado que o amor e a compreensão que os unira amenizaria aquele momento da verdade. Mas se enganara.

― Posso lembrar-me perfeitamente do seu rosto cheio de ódio quando você se debruçou na janela daquele trem e gritou que voltaria.

― Eu tinha motivo para odiá-lo. Você me destruiu porque me considerava indigna da sua família. Eu disse que iria provar que você estava enganado e que iria voltar. Mas não falei em vingança. Eu queria que você reconhecesse o meu valor e ad­mitisse que cometera um erro ao julgar-me.

Klaus encostou-se na parede, determinado a enfrentar de pé aquele momento.

― Se foi assim, por que não disse desde o início quem você era? Para mim é revoltante descobrir só agora que estive o tempo todo nas suas mãos, sem saber que você me considerava um inimigo. É insuportável a simples idéia de que você devia zombar de mim.

― Eu nunca disse nada pelo seu próprio bem. Você já vivia sob pressão, estava angustiado; eu não tinha o direito de au­mentar seu sofrimento.

― Por favor, não me tome por um idiota! ― ele esbravejou. ― Estou decepcionado com você. Se teve coragem de vir até aqui para vingar-se, por que agora tenta esquivar-se? Diga abertamente que está feliz! Mostre-se exultante! Que boa vin­gança, não? Confiei em você, contei-lhe coisas que jamais disse a ninguém e o tempo todo você exultava com a minha inge­nuidade e a minha desgraça.

― Como ousa fazer essas acusações? Está fazendo um julga­mento errado a meu respeito e cometendo o mesmo erro do passado. Posso jurar que eu não queria este emprego. Recusei-o, mas uma outra enfermeira não pôde aceitá-lo e fui obrigada a substituí-la. Não fosse isso, a menor distância que eu gostaria de manter entre mim e o poderoso Klaus Mikaelson seria de uma milha.

― E o que você diz, mas não perdeu a chance de me ver arrasado, não foi isso? ― Havia uma terrível amargura na voz dele.

Virando-se, ele andou com dificuldade até a janela. Queria olhar para fora, para qualquer lugar, menos para o rosto que o observara o tempo todo sem que ele tivesse conhecimento disso. Pensou nas noites em que ela ficara sentada do seu lado ouvindo-o falar de coisas tão íntimas.

Justamente ele, que sempre achara muito mais fácil agir do que falar, na presença dela as palavras fluíam; palavras de solidão, de desejos, medo e vulnerabilidade. E durante o tempo todo...

Klaus gemeu alto só de pensar que expusera sua alma para aquela mulher.

Virou-se para estudá-la. Sim, ela era Carol. Compreendia por­que não a reconhecera imediatamente. O que poderia haver em comum entre aquela mulher altiva, decidida e desafiadora e a garota lacrimosa que ele expulsara de sua casa seis anos atrás?

Os olhos eram os mesmos, grandes, azuis e lindos., Mas a boca era diferente; havia força e determinação nos seus lábios. Como era possível uma mulher transformar-se na outra? Vie­ram-lhe à mente as palavras saídas daquela boca, palavras que o alcançaram em meio à sua agonia e o impediram de precipitar-se no inferno. Lembrou-se de outras coisas também. Lábios roçando os seus na escuridão; ternura e compreensão que salvaram sua sanidade mental.

Mas tudo baseado na falsidade. Ele cerrou os punhos. Caroline o observava, tomada de um horror nauseante. Voltou a um outro tempo e viu a cena em que Kol a acusara sem clemência, sem querer ouvi-la. Com que facilidade pensara coi­sas terríveis sobre ela! E, agora, Klaus fazia a mesma coisa. Ambos eram bem parecidos: cruéis, insensíveis.

Mesmo sabendo disso, ela não se achava preparada para a crueldade das palavras seguintes.

― Há uma pergunta que eu faço a mim mesmo: será que você queria que eu voltasse a enxergar? ― Klaus indagou com sarcasmo. ― Sim, porque para você e seu plano, seria muito melhor que eu continuasse cego. Você percebeu que eu estava apaixonado e sabia que eu iria pedi-la em casamento. Se eu não recuperasse a visão, você não precisaria revelar quem era e continuaria a me enganar. Esse teria sido o maior motivo para você rir de mim. Mas eu voltei a ver! E como a reconheci, frustrei seu plano.

― Como ousa falar assim comigo? ― indagou, furiosa. ― Seis anos atrás você acusou-me de ter tramado casar com o seu irmão por dinheiro. Agora me acusa de ter maquinado casar com você. Como se engana! Nenhuma mulher sensata iria querer casar com um homem impiedoso e com a mente tão estreita. Acredite, Klaus, não há dinheiro no mundo que me faça casar com você. Você devia envergonhar-se do seu comportamento.

Ele reconhecia isso e sua expressão o denunciava.

― Fui longe demais ― admitiu secamente. ― Mas você não pode ficar mais aqui. É melhor para nós dois que você vá embora amanhã cedo.

― Não.

― O que você disse?

― Não irei. Você me expulsou uma vez e eu fugi daqui como um bichinho assustado. Mas agora não sou uma garota nem tenho medo de você. Ficarei até terminar o meu trabalho.

― Não vai ficar, mesmo! Basta eu telefonar para a agência...

― Telefone e terá de explicar qual o motivo de você me despedir. O que irá alegar? Que sou má enfermeira? Não, isso você não fará porque não é mentiroso.

― Você pensa que é muito esperta, não, enfermeira Forbes?

― Penso que fui contratada para fazer um trabalho e vou terminá-lo. Você pode andar um pouco, mas ainda não está curado. Quando estiver pronto para enfrentar o mundo, irei embora.

― Olhe...

― Espere, ainda não acabei. Klaus Mikaelson vai ouvir pelo menos uma vez na vida. Eu não queria vir aqui. Você era meu inimigo, mas eu não o odiava mais. Não sentia nada. Vim para fazer meu trabalho e queria fazer isso o mais depressa possível para poder ir embora. Mas você precisava de mim, e o paciente vem sempre em primeiro lugar. Se eu não revelei que era Carol, foi porque no seu estado você não suportaria ouvir a verdade. Eu não estava exultante; só pensei no seu bem. E você não pode negar que fiz bem o meu trabalho. Portanto, merecia o seu reconhecimento. Sabe que cheguei a pensar que você tinha mudado? Parecia que o homem intolerante, orgulhoso e autoritário do passado havia aprendido a ser bondoso e compreen­sivo. Mas me enganei. Você não aprendeu coisa nenhuma!

Caroline saiu do quarto, furiosa. Como fora ingénua em acre­ditar que Klaus Mikaelson tornara-se mais afável! Ele continuava impiedoso e arrogante como sempre.

Mas o que importava? Não podia mais ser ferida porque não sentia nada. Obrigará-se a ficar imune às emoções e assim vivera naqueles seis anos. Era menos arriscado. Nada mais tocaria seu coração. Nada.


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Notas finais do capítulo

E minha gente a coisa ficou feia pro Klaus o que vai ser agora em diante ? vocês veram no proximo capitulo espero que tenha gostado desse bjs e inté.
No Proximo Capitulo ...
― Está certo ― ele cedeu, mas apenas por um momento.
___________
― Amo você, Caroline ― ele começou.
huuuum o proximo promete rsrsrs' xD Comentem