The Twilight Saga: Sunset escrita por Ludymila Leal


Capítulo 4
Passe Livre


Notas iniciais do capítulo

Novo lobo para vocês, meninas!
Derek White
Aproveitem a leitura!



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Liberty Wright

-Espera...-eu gritei tarde de mais. Ela já havia corrido para sabe-se lá onde.

-Lib, vamos atrás dela!-Nate gritou, correndo para fora.

-Hãn?

Eu estava realmente confusa, poxa!

Como essa garota conseguira ler nossos pensamentos sem nos tocar?

Esse lado “Volturi” dela começava a me assustar.

-Para onde acha que ela foi?-eu gritei a ele, agora do lado de fora, tomando uma baita chuva.

Valeu Evelyn!

-Sei lá, vou seguir o rastro dela antes que a chuva apague.-o sabichão gritou para mim.

-E se ela foi pra La Push?-eu parei de correr e ele fez o mesmo.-Quer dizer, se ela conseguiu desenvolver essa coisa de ler mentes, pode conseguir jogar o cheiro para um lado e ir pro outro, ou sei lá.... Ela pode ter conseguido cobrir o rastro dela pra direção certa de algum modo e foi pra La Push matar os lobos!-gaguejando, tremendo ou sei lá o que, eu me desesperava. Dela, eu esperava tudo.

-Lib, não é possível.

-Estamos falando de Evelyn!

Ele ponderou. Sabia que eu estava certa e que se demorássemos mais dez segundos, a encontraríamos, talvez, fazendo malabarismo com cabeças de lobisomens.

Pobres garotos! Em La Push haviam preciosidades.

Como o loirinho que eu vira nos observando no dia do penhasco. Ele estava de longe, sentado com um skate na mão, observando atentamente meus movimentos. Era diferente dos bronzeados garotos de La Push... Era meio loiro, bem alto e branco.

Mas era gato, definitivamente!

-Liberty! Volte à realidade!

-Ok, ok... Siga o rastro dela, eu vou para La Push!-voltei à realidade num pulo e sugeri.

-“Tá louca”? Não vou deixar você ir para lá!

-Se ela estiver lá, só vai ME ouvir, Nate. Sabe disso.

Ele sabia.

-Se algo acontecer com você ou ela, eu mato esses lobos imbecis, e depois mato vocês de novo, e depois ME mato!-bufando, o espertalhão correu, seguindo o rastro deixado pela chata/dramática/extremamente séria e brava Evelyn, nossa líder.

E eu, é claro, morta de medo, corri para La Push.

Não sabia ao certo se era mesmo adrenalina ou veneno, mas algo borbulhava em minhas veias, me deixando extremamente animada e assustada.

Correndo o máximo que eu podia, eu me enfiei mata adentro e após correr alguns quilômetros, eu cheguei ao limite dos territórios.

O rio sem graça continuava lá. Mesmas pedras, mesmas árvores. A paisagem normal.

-Evelyn!-eu gritei, ecoando na floresta, do meu e do outro lado.

Sem resposta.

-Eve, sua vagaba, apareça! Vamos conversar!-sorrindo, eu tentei xingá-la descontraidamente. Talvez ela aparecesse, tentasse me matar e nós conversaríamos.

Ou ela me mataria de verdade.

Preparei-me para entrar em território inimigo, afinal, eu tinha que me certificar de que eles não a haviam machucado, ou ela não havia machucado eles.

O que seria estranho, porque ela adorava cães!

Tinha três!

Um casal de husky siberiano, chamados Zeus e Hera, e também a filhote dos dois. A bagunceira Atena que destruía coisas sem fim.

Ela amava aqueles cães, talvez mais do que a nós. E os tratava como filhos, talvez por ser uma vampira, estar paralisada, congelada e sem poder evoluir e desenvolver um barrigão de gestante.

Ela definitivamente era mãe daqueles cães.

Não podia ser igual com os lobos? Gostar um pouquinho, pelo menos, da raça?

Me pouparia de entrar de madrugada no território inimigo.

Parecia filme de terror humano.

-Evelyn Wright! Apareça agora, temos que conversar!-eu insisti, mas se ela estava ali, não vinha até mim.

Ela não, mas um lobo realmente enorme, batendo com as descrições dadas por ela em sua história de terror vampiro com Pierre.

Branco, com os olhos claros, ele parecia um Husky.

Mas diferente de Zeus, Atena e Hera, que adoravam brincar comigo, esse queria a minha cabeça.

-Cãozinho bonzinho!-eu disse trêmula enquanto o encarava. Ele tinha dentões!

-Puta merda!-xinguei quando ameacei dar um passo e ele saltou em minha direção, com o pelo do dorso ouriçado.

Parecia Zeus quando alguém tentava pegar sua comida.

Isso não era bom.

-Desculpe totó, mas eu realmente tenho que achar minha irmã!

E em milésimos de segundos, eu saltei em cima da cabeça do grande lobo, forçando-o a fechar a boca e a cair no chão, dando-me um tempinho de vantagem para correr desesperada e morta de medo.

O que me consolava era o fato dele parecer um filhote, trombando em tudo, capotando as vezes... Que nem eu!

Nunca havia esbarrado em nada, mas aquele totó estava mexendo com meus extintos de fuga.

-Evelyn, é melhor aparecer, ou vão me fazer de ração!-eu gemia enquanto fugia do cão,  lançando meu corpo para o topo de uma árvore.

Ele ficou rosnando lá de baixo.

Ótimo que ele não era meio que um puma e escalava as árvores.

Pumas faziam isso? Eu não sabia, mas em minha mente, sim!

De qualquer jeito, o filho da mãe não deixou barato e começou a dar cabeçadas na árvore, tentando derrubá-la.

-Isso é injusto, fora das regras!-grite a ele que latiu para mim.

Ele deveria estar me xingando.

-Merda de cachorro pulguento!-murmurei enquanto saia da árvore e me jogava no solo, correndo como louca, agradecendo que ele era o único cachorrão alí.

Êpa, será?

Apertando o passo, eu corri mais do que podia.

Pra nada.

Dei de cara com uma parede de pedra.

Quando freei, haviam alguns rochedos pontiagudos próximos as árvores... E quando olhei pra cima, lá estava, a enorme e assustadora montanha.

Vista de cima, por humanos, ela deveria ser bem assustadora.

Para mim, vê-la por baixo era ainda pior.

Eu poderia escalá-la facilmente e me livrar do animal, mas eu estava paralisada.

Aquela montanha me lembrava de minha quase-morte.

A dor dos ossos quebrados, as pedras pontiagudas que haviam transpassado meu abdome. Os ralados por todo meu corpo, o gosto de sangue, a dor de cabeça miserável...

Tudo isso me distraiu o suficiente para só lembrar do lobo quando ele já estava saltando em minha direção, caindo em cima de mim. Prendendo-me no solo, com as patas em meus ombros, com aquela boca enorme aberta, encarando-me com seus olhos azuis.

Encarando-me olhos nos olhos.

Foi ai que eu fiquei sem entender nada.

Eu tive uma espécie de tontura e senti algo como meu coração acelerar, se é claro, isso fosse possível.

E ele saiu de cima de mim, parado, me olhando sem piscar, ele voltou a forma humana.

Ele era o loirinho do skate.

E estava nú!

-Uau!

Não pude deixar de murmurar, dando uma bela analisada naquele garoto em minha frente que agora caíra de joelhos de frente a mim.

-Ok, agora não estou entendendo nada.-verbalizei meus pensamentos enquanto ouvia passos.

Dois lobos surgiram e um humano no meio deles.

-Vampiros idiotas.-ele gritou, transformando-se no ar, no mesmo momento que o tal loirinho fazia a mesma coisa.

Protegendo-me.

Após uma conversa de rosnados, os outros dois lobos correram, parecendo irados, uivando como loucos... E o que chegara humano transformou-se em humano novamente, junto com o loiro.

Os dois, igualmente sarados, NÚS!

-Ai cacetada!-gemi, me forçando a tampar os olhos.

Eu deveria ao menos, fingir que eu era decente.

-Não é possível...-o segundo cara reclamou, chocado.

-O que?-o loiro perguntou.

-O que?-peguei carona com ele.

-Ele, ele... Teve um imprinting com você.-quase com nojo, o outro lobo disse fazendo uma careta.

Grande informação, amigo! Grande!

-Ah, imp o que?

-Droga, estamos nús!-ele se deu conta.-Droga, Derek, se transforme e traga a sua vampira. Precisamos de um conselho de emergência!

Dito e feito, os dois voltaram a ser lobos e ao que e me parecia, enquanto o outro corria, Derek, o loiro, aproximou-se de mim como um cãozinho manso, abaixando a cabeça, mostrando submissão.

-Que é?!

Ele grunhiu baixo, fazendo um sinal com a cabeça para seu dorso.

-Quer que eu suba em você?

Ele abaixou a cabeça, concordando.

-Mas tentou me matar!-eu escandalizei e ele choramingou, abaixando a cabeça, quase me pedindo perdão.

-Eu vou, mas depois, vai ter que me ajudar a encontrar minha irmã.-sentindo uma estranha confiança no lobo, eu subi sem jeito no dorso do animal e corremos floresta a dentro enquanto ele latia animado, quase que gargalhando.

Logo chegamos até uma casinha, onde uma humana nos aguardava chocada. Eu desci, mais sem jeito ainda, e a encarei.

-Boa noite.

-Boa.-ela respondeu, jogando a longa trança negra em seu ombro para trás.-Derek, deixei roupas para você atrás da casa. Vá se vestir e depois vá para a fogueira.-a mulher disse.

-Ah, será que pode me dizer o que está acontecendo?-indaguei.

-Ninguém sabe, menina, mas de algum modo, você bagunçou as coisas por aqui.

Cacetada! Eu iria virar petisco de lobo mesmo.

-Não se assuste.-ela disse, lendo minha expressão de “vou morrer”.-Ninguém pode te fazer mal. Você é protegida do Derek agora, sabe-se lá porque.

Protegida do Derek? Legal.

A mulher pensou bem, mas passou as mãos por meus ombros e me guiou até uma fogueira, com meia dúzia ou menos de índios velhos e um bando de garotos sem camisa com cara de “faremos petisco de você!”.

-Sue, traga a vampira.-um dos coroas gemeu.

-Sim.-aparentemente, Sue, a bela coroa com a trança me fez sentar ao lado dela e logo Derek chegou correndo, sentando-se do meu lado.

-Me desculpe por tudo isso.

-O que é um imprinting?-nós murmurávamos.

-Eu não sei, mas não vou deixar que eles te machuquem.-ele respondeu convicto, passando o braço ao meu redor, sem medo ou arrepios.

E eu nem sentia algum mal cheiro nele.

O que era um alívio, porque a catinga no ambiente era opressora.

Logo um coroa, um tal de Billy, que estava na cadeira de rodas começou a contar a origem dos lobos, o que ela bem informativo. Contou sobre guerreiros como Taha Aki, ou algo assim, e mais alguns nomes indígenas. Falou dos frios, ou seja, eu, e finalmente falou do impriting.

Que eu entendi como um amor louco, doentio e eterno a primeira vista.

Que romântico!

-Mas... Se eu entendi bem...-interrompendo um dos garotos, ergui meu dedo indicador como uma colegial e Derek sorriu, puxando-me mais para seu abraço.

Aquilo era assustador e bom ao mesmo tempo.

-Se entendi direito, Billy, a teoria diz que os lobos tem imp...Isso ai... Tem isso com as moças que podem ajudar a fabricar mais lobo e eu... definitivamente não posso dar lobos a vocês.

-Bem menina, a única coisa que justifica isso, são as raízes estrangeiras de Derek. Ele não é totalmente índio.-ele fez uma pausa, buscou ar e voltou a me explicar.-Derek é filho de uma escritora britânica com Airê, um velho guerreiro da tribo, já falecido e primo distante de Sue.

Ela, a britânica, veio passar um tempo conosco para escrever um livro e ele se apaixonou por ela. Teve seu imprinting com ela, então dessa união, nasceu Derek que foi criado na Europa, mas veio passar uns tempos na casa da tia que tanto gostava na infância. Dessa vez, o gene lobo dele se manifestou quando vocês invadiram nosso território semana passada.

-Derek não é um lobo “de raça”.-sem jeito, o avô de um dos garotos, bem velhinho, contou sorrindo.-Sua mãe é estrangeira e não uma Quileute, o que faz dele, metade cara-pálida.

Vira-lata. Cara pálida.

O velho era maneiro.

-Bom, provavelmente, Derek nunca irá ajudar a gerar um próximo lobo, o que o permitia ter um imprinting com qualquer criatura.

Criatura.

Menos um ponto, vovô!

-Tá, vamos a questão central: o que isso significa?-Sam, meu conhecido Sam, indagou.

-Liberty terá passe livre em nossas terras e ninguém irá ferí-la, afinal, ela é o alvo do imprinting de Derek. Felizmente ela não é como os frios naturais, ela luta contra isso, então... Tem acesso as nossas terras... E Derek, se desejar, poderá lhe buscar sempre que quiser. Falaremos com os Cullen, eles não irão se colocar contra isso.-Billy decidiu com cara de insatisfeito e os garotos protestaram em murmúrios.

-Já está decidido.-obediente, Sam manifestou-se e eles se calaram.

Sam, Billy, Derek e eu: 1

Lobos implicantes: 0

-A reunião está encerr...

-Espere, espere! Billy, tenho algo a falar.-eu fiquei de pé e os lobos também.

Que bestas, achavam que eu era tão mal assim?

-Minha irmã. Meus pais... Eu e meu irmão não contamos nada a eles sobre vocês, já que eles acham que são monstros. Alguns de vocês já atacaram minha irmã no passado, matando o parceiro dela e ela guarda mágoas. Hoje ela descobriu que omitimos isso dela, e está desaparecida. Não sei, ela pode ter vindo para cá...

-Nenhum vampiro passou dos limites hoje. Apenas você e isso apenas porque era a primeira vez de Derek cobrindo o perímetro.-o vovô informou.

Valeu Derek!

-Um momento.-meu celular, que milagrosamente permanecera em meu bolso depois da perseguição, começou a gritar Katy Perry em meu bolso e eu atendi veloz.-Nate!

-Eu a encontrei.

-Onde?-perguntei urgente.

-Perto de casa. Já conversamos. Ela está querendo nos matar, mas desistiu de ir embora.

Isso era bom. Eu tinha novos amigos agora e um loiro muito lindo bem afim de mim alí.

Particularmente, ele me interessava.

-Onde está?

-Ah, longa história, mas estou bem... Jajá chego ai.-e desliguei.-Bem, eu tenho que ir... Mas obrigada pela noite, esclarecimentos, e por não me matarem.

Billy sorriu e me mandou ficar despreocupada.

Despedi-me dos educados, mandei uma língua para Paul e subi na garupa da moto de Derek.

Ele me levaria até os limites e depois iria até os tais Cullen para explicar o acontecido.

-Quem são eles?-indaguei enquanto cruzava os braços, encarando Derek, sozinhos mais uma vez.

-Não sei bem, mas pelo pouco que sei, são vampiros como você. Não matam gente. São legais.-ele sorriu.-E moram aqui perto, então devo explicar que apenas você pode ir a nossas terras.

-Vampiros aqui além de nós? Uau!

-Poisé,... Bom, boa sorte com sua irmã.-ele disse inclinando-me para beijar minha testa.

O calor dele era maravilhoso.

-Obrigada. Boa sorte com os tais Cullen e seus amigos. Vai precisar.

-Precisaremos.-ele suspirou e subiu na moto, acelerando.

Eu acelerei os passos e logo cheguei em casa.

-Ela está furiosa... E que catinga é essa?-Nate fez careta.

-Vou contar a todos juntos.-anunciei, entrando em casa e encontrado uma Evelyn carrancuda na cozinha, cozinhando, como sempre faziam quando estava irada.

-Lib, ficamos preocupados!-Laurie apareceu no segundo andar, me abraçando.

-Nate nos contou tudo e disse que foi a La Push. Tudo bem?-Joseph perguntou e eu me senti mal por estragar a noite “vampiros no motel” dos dois.

-Tudo bem... E eu sei que estou fedendo. Tenho que contar algo.-eu disse e imediatamente Evelyn quebrou algo na cozinha.

A vaca provavelmente se adiantara e vasculhara minha cabeça.

-Ela está apaixonada por um lobo... E ele por ela.-ela rosnou.

-Não é bem assim...-eu tentei.

-Explique a sua maneira. Vou subir. Boa noite.-e batendo o pé até chegar no segundo andar, ela entrou em sua suíte.

Ouvimos o barulho do chuveiro abrindo. Logo ela tomaria um banho e iria hibernar, como Nate chamava o nosso “dormir”. Não era bem dormir, mas depois de muitas pesquisas e tentativas, Nate chegou a conclusão que podíamos fazer como um computador hibernando. Não apagávamos totalmente, mas se nos esforçássemos para desligar os pensamentos e a realidade, poderíamos entrar em uma espécie de relaxamento total ... e hibernar.

Mais humanos que nós, impossível.

-Bom, sentem-se, eu tenho muita história pra contar.-sorrindo, convidei meu irmão e meus pais para a sala de estar, ignorando Evelyn no andar de cima.

Teríamos uma longa e, para mim, animada conversa.


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Notas finais do capítulo

Aguardo a opinião de vocês ^^



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