A Estranha Vida De Beggy escrita por Ana


Capítulo 8
Capítulo VIII


Notas iniciais do capítulo

Eu voltei mais rápido que tudo. A ins(piração) voltou.

Boa leitura!



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Shaka e eu vamos nos casar. Vamos nos casar. Casar em segredo. Eu, ele e o bebê. Irei abandonar Miho e Eiri e rumarei ao desconhecido novamente. Ou melhor, ao que eu acho que conheço. Onde eu estava com a cabeça quando aceitei... Aquela bebida do Afrodite.

Enfim chorar pela a bebida derramada não me adiantara de nada. Então agora tenho de me concentrar em fingir que está tudo normal na base do possível. Tenho que olhar Miho e Eiri e fingir que daqui a alguns dias (ou meses vai saber) estarei casada e morando longe delas.

...

Era um domingo feliz e eu não estava com Shaka como costume. Eu costumava arrumar minhas coisas na sexta e passar o final de semana junto dele. Só que desta vez ele teve que ir a uma social dos amigos e como nosso relacionamento era secreto eu fiquei (acho que nem Mu sabia direito o que nós tínhamos).

Miho se surpreendeu por me achar em casa.

- Nossa o príncipe gay te despejou cedo hoje? – Bom eu podia tentar entender a hostilidade dela, eu estava me afastando das minha grandes amigas que me acolheram aqui na Grécia.

- Na verdade cheguei ontem a noite beeem tarde. Eiri não estava aqui e você já estava dormindo. – O relacionamento da Loira ia de vento em poupa não me surpreenderia se ela se casasse com Hyoga antes de mim e nos deixasse.

- Eiri com o Hyoga e você com o Shaka. E eu aqui. – Eu entendia que toda aquela hostilidade e ataque com o meu loiro (se é que eu podia me apossar dele assim) era só ciúmes. E medo. Medo de ficar sozinha, afinal ela tinha tido um pequeno romance na adolescência com o Seiya que não havia dado certo. E mais tarde outro com o Ikki, que durou tão rápido quanto um piscar de olhos (Foi só Esmeralda, a namorada de Ikki, dizer que queria voltar que ele largou tudo).

- Miho eu sei que sua vida amorosa é uma droga. A minha também era, ou é, ainda não sei se isso é bom. Veja minha situação estou grávida, de um cara que todos suspeitam que é gay. Bom ele esta em duvida sobre isso. Trabalho na parte mais fofoqueira da empresa e ele é uma personalidade publica. – Bom a ideia de ir a terapia não era uma ideia tão bicha assim. Eu realmente estava precisando. Bom, tinha que comunicar isso ao Shaka.

- Desculpa, mas vocês estão indo embora, progredindo e eu vou ficar sozinha. Tenho medo disso, sabe? Ficar sozinha, sem nem ter onde morar e virar mais piada do que já sou. – Verdade ela era uma piada desde que Ikki havia a largado. E nós dividíamos o aluguel. O custo de vida aqui era alto.

- Miho isso é tudo questão de sorte. Veja Eiri doida para dizer pro mundo todo que o Hyoga é dela e ele vive um relacionamento aberto sem nem ter a cara de pau de apresenta-la como interesse romântico. – Eu fiz minha cara de seria.

- Tá ruim para todo mundo, mas é o que dizem a grama do outro é sempre mais verde. – Ela riu triste e ficamos abraçadas no sofá.

O resto do domingo foi tranquilo, Eiri chegou, tomamos sorvete, esclarecemos as coisas. Como se nós fossemos aquelas garotas que começavam a morar juntas há três anos.

...

“ – Alô – Meu celular raramente toca, então nunca sei exatamente de quem devo esperar uma ligação.

- Advinha quem é? – Voz máscula, ligando na hora do almoço e não é meu pai.

- Algum cobrador de dívidas ou pode ser um loiro irritante. – Eu estava em um restaurante e em pleno público não podia falar o nome dele. Causaria no mínimo uma virada de cabeças no pessoal ao redor.

- Nossa loiro irritante, muito bom saber que ando em alto nos seus pensamentos. – Ele riu suavemente, como um deus. – Tenho que conversar com você, já que arranjei um medico de confiança para ficar de olho na sua gravidez e temos assuntos para resolver. – Odeio ficar curiosa, ele podia ter adiantado o assunto.

- Assuntos sobre? Adianta aí, não pode me matar de curiosidade! – Eu ri enquanto admirava o belo prato verde de alface que eu tinha pegado. Bebê a bordo missão: Saudável Parte 1 – Comer Bem.

- Sobre você vai saber na hora, não é nada de suma importância. Medico amanhã às três da tarde. Pega dispensa aí. Tenho que resolver meu trabalho aqui te ligo mais tarde. – Que grosso nem havia dado tempo d’eu dizer tchau.

Como assim ele tinha marcado um medico em plena semana, numa terça feira, sem minha opinião nas minhas costas e ainda queria que eu saísse mais cedo. Lá ia eu falar com minha chefe sobre me dispensar amanha já que eu teria um “exame de rotina”. Como aquele loiro indiano podia estragar um almoço tão bom (Um fato sobre mim: odeio alface).

...

Terminei minha jornada de trabalho pensando seriamente sobre deixar aquele emprego. Não que eu não amasse meu emprego, ele era bom, remurava bem. A ideia de ser sustentada pelo Shaka ainda me parecia muito desconfortável. Mas eu tinha que acompanha–lo (ou melhor, o deixar acompanhar), não por mim, mas pelo bebê. Ele queria participar desta gravidez e estava. Meu único empecilho era o trabalho e as complicações que ele estava gerando. Não podia sair à hora que eu queria, eu tinha que estar lá, cumprir agendas e tabelas. Isto sem falar que o meu setor era rodeado de cobras fofoqueiras e venenosas que adoravam falar da vida alheia.

Era natural que uma hora eu desse prioridade a uma coisa. E imagina que gafe, uma funcionaria estar namorando outro funcionário, falta de ética grave. Não que a empresa da senhorita Kido tivesse normas rígidas, mas nas outras que eu estagiei era assim.

...

Cheguei em casa e fora de costume fui mexer no computador comunitário da casa, que quase nunca era usado. As vezes por falta de tempo ou apenas por nosso desinteresse em tecnologia.

Fazia um tempo que eu não olhava meus e-mails, foi inconsciente chegar e me deparar com o contrato de casamento lá. Enviado pelo Shaka em anexo e dizia para eu enviar para um advogado de minha confiança para checar. Lá continha o e-mail do advogado dele e que era para o meu advogado tratar com o dele depois.

Eu não me sentia bem fazendo isso. Era como se nosso casamento fosse mais comercial. E depois quando me lembrava do motivo casar era mais para o bebê do que uma decisão nossa de convivermos juntos. Batia uma leve depressãozinha que logo passava. Agir sem pensar muito ajudava a desviar o sentimento.

Eu enviei o contrato para o primeiro ex-marido de minha irmã, ele era advogado. Os dois tinham se conhecido na faculdade, ele entrando com 18 anos e ele saindo. Amor instantâneo. Seis meses de namoro e um casamento de três anos. Tom Todd apesar do divorcio, ele continuou a amizade com minha louca família e ele era como um irmão mais velho. Expliquei resumidamente o por quê do casamento (sem contar da gravidez e como aconteceu) e pedi sigilo já que era um casamento secreto.

...

A manha de terça passou rápido e eu como estava tão concentrada e empolgada com meu trabalho que tinha colocado tudo em dia e ainda havia adiantado serviço. Isso tudo para espantar a ansiedade de ver o loiro irritante.

Como tinha andado tão rápido resolvi almoçar e ficar vadiando ate o Shaka me buscar. Vadiando fora do serviço. Sai mais cedo do que o previsto. E como curiosa que sou fui ate uma loja de noivas e resolvi experimentar uns modelos.

Escolhi um bem simples, acima dos joelhos, decote imperial (abaixo do busto), em branco, mangas japonesas e flores bordadas em renda. O caimento havia ficado perfeito. Passei meu cartão e quase estourei o limite, mas valia a pena. Era ótima para tarde e para civil, bem simples discreto.

Agora eu tinha que encontrar Shaka e esconder meu vestido dele. Eu era uma noiva supersticiosa.


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Notas finais do capítulo

E aí girls Begônia começou a aceitar a ideia de casamento. #quemadoravestidodenoiva

Vejo vocês nos comentários.

;*



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