A Estranha Vida De Beggy escrita por Ana


Capítulo 6
Capítulo VI


Notas iniciais do capítulo

G-chus! Ressurgi das trevas tinha teias de aranha na historia já né. Mas vida de estagiário, estudante de final de ensino médio e estudante de ensino técnico só Deus salva.

Boa leitura!



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- Suas amigas de apartamento sabem que você dormiu aqui? – Eu estava vulnerável, mas quem não estaria àquela hora da madrugada. Ainda eram nove horas da manha de uma quinta feira. Eu ia faltar serviço, fato inédito nesses três anos de trabalho, mas eu precisava de um tempo para resolver minha vida.

- Elas não são burras devem ter ligados os fatos. Do jeito que são eu acho que estou ate isenta de ir trabalhar hoje. – Ignorei o Shaka e me olhei no espelho de seu banheiro. Bom as cobras fofoqueiras da empresa  teriam o que falar de mim hoje. Dane-se o serviço.

AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAHHH! CARALHO! COMO EU PODIA ACORDAR TÃO HORROROSA E O SHAKA PARECER UMA DIVINDADE DE PIJAMAS. EU ESTAVA HORRÍVEL!

- Vamos tomar café, já que hoje você vai passar o dia comigo. – Eu não ia passar o dia com ele, como ele era prepotente. Eu precisava ir em casa colocar roupas limpas, dar desculpas a minha querida chefinha e refletir sobre meu ataque de loucura ontem a noite.

- Definitivamente não, preciso ir em casa, resolver minha vida e .... – Ele não permitiu que eu terminasse meu relato.

- Eu cancelei minha viagem de trabalho e minhas férias, anulei metade do que eu tinha para fazer para estar aqui. – Meu Deus, ele sabia agir como macho alfa de vez em quando hein. - Begônia estou disposto a embarcar nesta loucura, mas você esta? – Ele tirava uma camiseta e uma cueca do guarda roupa (é, ele não tinha um closet e ainda era modelo).

- Tem razão estou sendo egoísta. – Ele estendeu as peças roupas e eu me dei conta de duas coisas. Primeira eu estava nua e segunda ele queria que eu vestisse uma cueca. – Não acredito que você esta me dando essa cueca para vestir, você esta achando o que? – Eu fiz minha melhor cara de indignada.

- Bom eu pedi para mandarem suas roupas para lavanderia e eu não tenho peças de roupa femininas aqui e olha ate que não é desagradável saber que você esta sem nada em baixo da camisa. – Olha ele estava se saindo um pervertido de primeira.

- Chega de me olhar. Ai meu Deus, a barriga começou a aparecer. – Nesse momento Shaka parou de analisar o ‘conjunto’ e olhou para minha barriga. Não era um barrigão, parecia mais que eu estava com intestino preso, mas á eram quase quatro meses daqui para frente só aumentaria mais.

- Vamos tomar banho. Tem uma escova de dente nova para você aqui. Anda rápido que eu quero apresentar minha quase mãe. – Nisso ele foi me encostando pelado em direção ao box com uma escova de dente na mão. Se isso não era erótico deveria no mínimo ser bizarro. Vou poupar os detalhes do banho.

...

Lá estava eu numa cozinha imensa em uma cobertura maior ainda. Shaka era soberbo em algumas coisas, mas extremamente modesto em outras. Ele era uma contradição, um homem louco que ia acabar me enlouquecendo de varias maneiras.

 - Beggy quero que conheça minha quase mãe, Scarlet. - Primeiramente, ele tinha me tirado dos meus devaneios e agora me apresentava uma ruiva natural de um metro e sessenta, um corpo violão e carinha de 30. Como assim ela era uma quase mãe para ele!?

- Prazer, sou Begônia. - Dei meu sorriso confiante. Que tipo de homem louco Shaka era?

- Ele falou de você. - Ela mantinha uma postura distante e profissional.

- Scarlet como minha quase mãe gostaria que fosse a primeira a saber. Vou ser pai. - A ruiva teve uma crise de tosse. Bom ela devia gostar do Shaka, mas como ele não apreciava fruta ela deve ter imaginado um envolvimento impossível.

- Parabéns senhor Shaka. – Ela recuperou o orgulho próprio, olhou-me analisando cada detalhe que eu tinha ate medo de perceber. Por fim concluiu. – Suas roupas chegaram da lavanderia estão lá no quarto. Com licença tenho muito trabalho ainda. Boa quinta feira. – Ela saiu mantendo a pose de ruiva gostosona.

- Então você é minha hoje. – Shaka comia suas frutas naquela mesa soberba de café da manha.

- Não sou propriedade de ninguém. Vou ficar com você ate o almoço depois eu vou trabalhar. – Eu não sabia o que comia. Cereal, fruta, pão. Bom o plano era não trabalhar hoje, mas a obrigação falava mais alto. Eu não era nenhuma modelo multimilionária, ou herdeira de alguma coisa, então trabalhar era fundamental. Esquece a parte do dane-se

- Você esta com fome. – Ele sorria sincero para mim pela primeira vez. Que emoção!

- Você não imagina tenho comido feito uma fera durante esses três meses, não sei como ainda entro nas minhas calças. – Observei espontaneamente.

- Você nem é tão gorda assim. - Ele se concentrava em olhar o seu chá. - Estou preocupado. - Agora e entendia a concentração de Shaka.

- Com o que? - Ele era tão rápido me deixava confusa. Maldito Shaka quase deus.

- Com tudo. Você, o bebê, a reação dos meus amigos, a mídia, com os compromissos que cancelei, com minhas convicções de vida. Como eu já disse  estou em crise existencial. E não isso não ataque de biba. – Ele finalizou com leve humor em seu tom de voz. Taí uma coisa que nunca imaginei ver, Shaka com humor.

- Bom eu tive minha crise aos 16, quando meu pai surtou, largou o emprego de historiador aventureiro e foi seguir carreira naval. Nunca sei se ele está em terra pesquisando antigos tesouros ou no mar perdido. – Seria um problema visitar minha querida família realmente. - Bom seus amigos parecem ser bem compreensivos. – Olhando todos eles por fotos e pouco contato durante o trabalho todos eram bem legais.

- O único que falou com você foi o Camus. Ele é totalmente discreto. Ah o Mu também, alias dele já ouvi cada coisa depois que contei da minha noite maluca. – Eu não acredito que ele tinha contado, era meio que um segredo.

- E a parte dos seus affair não saberem sobre isso? – Mulher indignada agora.

- Filho. Bom não foi fertilização in vitro, nem concepção imaculada, nem barriga de aluguel, nem adoção, nem qualquer meio artificial... O que você conclui com isso? – Bom não precisava ser um gênio para adivinhar.

- Que você é ridículo, bissexual, sem família e eu sou uma louca que não fala nada que faça sentido. – Descontrair era meu lema.

- Quando vamos ver sua família? – Nossa isso não era assunto de se tratar no café da manha principalmente porque eu não tinha uma família, e sim uma reunião de pessoas loucas e estranhas.

- Eu acho o seu sofá de couro branco muito pornográfico. – Desviar assunto e soltar informações aleatórias era comigo mesmo.

- Jura? Podemos testar se você quiser? – Que pervertido!

- Cadê a parte do você não faz meu tipo? – Bom acho que eu ia topar sobre o sofá testar...

- Estou revendo minhas opções sexuais, se bem que ligação emocional afetiva é bem melhor do que sexo casual. – Ele olhava para o seu chá agora.

- Ligação emocional afetiva significa relacionamento? – Ele concordou com a cabeça. – Muito melhor, eu tive um namoradinho, bem era legal. Não tao legal quanto vir aqui e fazer algumas coisas com você, mas eu acho que união afetiva e sexo juntos deve ser maravilhoso. – Posso tentar com você o que acha? – Olhei nos olhos de Shaka e pensei o quão maravilhoso seria entortar o nariz dele.

Às vezes parecia que ele não existia de tão idiota.


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Notas finais do capítulo

Minhas sinceras desculpas agora com o período letivo em recesso espero me dedicar mais as historias e recuperar a vontade de escrever. Li um texto muito bom outro dia que dizia que para começar a escrever, bastava escrever e aqui estou praticando as palavras santas de um grande autor.

Bom eu acho que está uma droga, estou meio perdida preciso reler, preciso de luz e menos preguiça nisso aqui.

Espero que não tenham me abandonado e espero que tenham gostado. Agora por fim consigo pegar um ritmo.



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