Fiquei ali durante um bom tempo, ate que tocou o sinal para o recreio. Olhei para o céu e esta nublado e ainda chove muito. Sou uma idiota... Por que sempre me preocupo com quem não merece?. Eles erraram, não devo ficar triste por estarem pagando pelo que fizeram.

Por que Ambre está aqui e não na prisão? Será que o pai dela pagou a fiança, mas decidiu deixar a tornozeleira nela pra ela não fazer algo de errado?... Se foi isso, então tem policiais por aqui... Olhei em volta, mas esta difícil ver algo com á chuva forte que está caindo.

– O que está fazendo aqui? – perguntou Lysandre da porta.

– Quero ficar sozinha. – falei.

– Por quê? Aconteceu alguma coisa? – ele perguntou.

– Não... Só quero ficar aqui e pensar nas coisas que aconteceram... Refletir um pouco. – falei.

– Iris disse estar preocupada quando á encontrei... – ele disse.

– É, já devia imaginar. – falei.

– Quando decidir sair da chuva, vai falar com ela. – ele disse.

– Tudo bem. – falei e suspirei.

Então Lysandre fechou á porta. Quero tanto sumir, sinto-me horrível, triste e tão culpada... Não só pela morte de Melody, mas culpada de tudo. Talvez mais tarde eu pare de pensar assim, vou na psicóloga. Talvez ela me ajude novamente... Ou talvez não, por que estou assim? O que está acontecendo comigo?.

– Sai da chuva. – disse Castiel. Virei-me e ele esta segurando á maçaneta da porta.

– Quero ficar sozinha. – falei.

– Na chuva? Você quer ficar resfriada ou com algo pior? – perguntou.

– Deixe-me. – falei e apoiei minha cabeça em minhas pernas.

– Entra. – ele disse.

– Não quero. – falei.

– Então vou ficar ai fora com você. – ele disse, fechou á porta e sentou-se ao meu lado. O olhei surpresa e ele abraçou-se de lado, apoiei minha cabeça em seu peito.

– Realmente não te entendo... Suas mudanças de humor estão me deixando muito confuso, elas estão acabando comigo. – ele disse. O olhei e ele esta olhando para longe.

– Também, ás vezes não me entendo. – falei. Ele olhou para mim.

– Não se preocupe, quando eu te entender, te falo o que descobri. – ele disse e sorriu. Ri e então ele beijou minha testa.

– Antes de começarmos á namorar, você era difícil de entender, você era muito fechado e tentava de tudo para não demonstrar o que estava sentindo... Ainda é assim, mas com um tempo, você vai amolecer e poderei ver o que se passa em seu coração. – Falei olhando á chuva cair.

Quando olhei para ele, ele esta sério, mas então sorriu e beijou-me. Foi estranho, estamos molhados e á chuva atrapalha um pouco o clima de romance. Quando nos separamos, alguém abriu á porta, é á Ambre.

– Pensei que não tinha ninguém aqui fora – ela disse.

– Mas como está vendo, tem, agora cai fora. – disse Castiel.

– Acho melhor entrarmos, estou com fome. – falei

Castiel franziu á testa, mas concordou, ficamos de pé e entramos, Ambre então sentou em frente á porta e olhou a chuva cair. Peguei uma roupa emprestada com Iris, sequei-me e depois me troquei, Castiel levou uma roupa dele, então se secou e se vestiu com ela.

N/A: É difícil imaginar o Castiel usando uma roupa do Lys ou do Nath .

Fiquei conversando um pouco com Iris, por mais que, ela me entenda ela ficou um pouco zangada comigo e está certa em se sentir assim. Depois fomos pra sala de aula, nos sentamos e prestamos atenção na aula do Professor Faraize. Não é exatamente uma aula, é uma despedida com piadas e um pouco de diversão.

– Foi ótimo estar aqui com vocês, nos vemos daqui á três semanas. - disse o professor Faraize e começaram a sair da sala, continuei sentada. Castiel, Ly e Iris disseram que me esperariam lá fora, concordei e depois que todos saíram, fui ate o professor Faraize.

– Olá Melissa, como está? – ele perguntou.

– Bem, eu acho. – falei.

– Ir á psicóloga esta te fazendo bem? – ele perguntou.

– Sim, muito. – falei.

– Que bom. – ele disse e sorriu. Sorri de volta e então o sinal tocou de novo.

– A gente se vê. – ele disse e apertou minha mão. Sorri e então o abracei, ele ficou surpreso, mas retribuiu.

– É, a gente se vê. – falei e quando ia sair da sala, ele voltou á falar.

– Tem noticias de sua mãe? – ele perguntou.

– Não. – falei triste.

Ele deu um rápido sorriso triste, então sai da sala e fui me encontrar com os outros, eles já estão dentro do meu carro e Castiel esta no banco do motorista, me esperando.

Entrei, ele ligou o carro e então quando íamos sair do estacionamento, lá esta Ambre sentada na escada perto da porta, ela olha pra frente triste e os alunos que passam por ela nem percebem sua presença e isso fez-me sentir estranha.