Uma e meia. Estava conversando com uma amiga minha sobre algumas abobrinhas, via Skype. Amanhã é o aniversário dela, e ela fará uma festa. Convidou-me. Fiquei feliz, porque ela havia me falado, algumas semanas atrás, que não iria fazer nada. Eu, minha outra amiga e uns amigos dela vão na casa dela também. Acredito que será divertido.

Acordei cedo hoje. Comparado aos outros horários que estava acordando... Onze e meia. Bom horário, não? Eu fiquei satisfeita.

Logo quando acordei, pude ouvir meus pais conversando, e meu pai dizendo algo parecido com “chegou algo pra ela”. E adivinhem? Era um de meus CDs, o “Hybrid Theory”, do Linkin Park! Olhem como ele é lindo.

Não o ouvi ainda, e poucas horas depois fiquei sabendo que ele era de nu metal. Eu não gosto de metal, mas eu gosto das músicas do Linkin Park. Acreditem ou não, eu até chorei ao saber disso. 28 reais gastados num CD que tem possibilidade de eu não gostar. Mítico.

Descobri também que... Bem... É estranho dizer, mas eu tenho uma pequena queda pelo vocalista, Chester Bennington. Não, ele não é bonito. Ele é o típico badboy maloqueiro que adora hip hop e ao mesmo tempo um bom hard rock. Triste...

Mas hoje não estou para falar sobre isso. Quero dizer algo importante.

Já faz alguns dias que eu escrevo isso, como vocês sabem. Eu sempre adorei escrever e sempre ouvi as pessoas falarem que sou uma boa escritora. Escrevo desde os onze anos (hoje tenho quase catorze, não é uma grande evolução, mas tudo bem) e, de cara, me apaixonei por esse mundo.

No início, eu escrevia apenas alguns poemas de rimas bobas. Lembro que quando terminei de escrever meus primeiros dois poemas, fui toda animada à minha mãe, mostrar pra ela o que eu havia escrito. Ela gostou. Minha vizinha, que estava conversando com ela, também leu e gostou segundo minhas memórias. Como na escola eu precisava escrever redações, fui me aprofundando nisso. Foi nessa época que eu li minha primeira fanfic.

Quando completei 12, eu comecei a escrever mais textos. Textos fictícios. Meu tema principal era romance e algumas amigas minhas até me zoavam por causa desses textos. Lembro-me de um texto que escrevi, onde a personagem principal se apaixonava por um cara chamado Robert, e lembro que minhas amigas me infernizaram até o fim daquele ano, por causa daquele personagem. Vida de escritora não é nada fácil...

Todos que liam meus textos diziam adorar. Eu ficava contente e torcia para eles não estarem mentindo nem nada parecido. Na época, não havia pensado na possibilidade de ser escritora. Era só uma atividade boba, que fazia por diversão.

Estava enganada.

No mesmo ano, precisei escrever poemas escolares para um livro que fizemos para um Chá Literário na escola. Eu adorei escrever aqueles poemas.

Ano passado (isso é, 2012) eu me dediquei um pouco mais a contos falando sobre minha vida, por mais monótona que ela fosse. Adotei o cabeçalho como o título. “São Paulo, 4 de janeiro de 2013”, por exemplo.

É claro que escrevi umas boas ficções, principalmente em redações temáticas do Simulado, uma prova que preciso fazer todo bimestre. Algumas delas eu escrevi por causa de sonhos ou coisas que li, pois nada que escrevo por diversão é por acaso.

Em outubro, criei minha conta no Nyah, e no início eu apenas acompanhava fanfics. Fiquei cerca de dois meses sem entrar na minha conta, quando resolvi dar uma passada para ver se as fanfics que leio haviam sido atualizadas. No final, eu virei usuária compulsiva daqui.

Comecei a escrever minha primeira fanfic – digo ideia para fanfic, pois eu tenho mil outras ideias para livros e outros – em dezembro desse ano. A história vem de um texto que escrevi para a escola, e eu fiquei com a ideia na cabeça durante semanas. O resultado hoje é bem agradável, embora eu seja um pouco ambiciosa e espere mais.

Vou explicar, agora, o conceito dos “Contos da Madrugada”.

 Meu notebook havia quebrado e eu estava sem Word. O que significava que não poderia betar minha fanfic e, portanto, não poderia postar nada. Fiquei desanimada. Havia sido um Natal um pouco ruim. Estava conversando com uma amiga por Skype (mas apenas por texto), e estávamos vendo algumas fanfics ridículas por aí. Resolvemos escrever uma fanfic idiota, só por diversão. Fiquei sem ideias do que escrever, porque tudo em que pensava era bonitinho. Eu queria escrever algo...

Eram quase duas da manhã, e eu já havia parado de falar com essa minha amiga. Havia começado a escrever duas fanfics e gostei do resultado. Estava cansada, com calor e dor nas costas. Então, eu comecei a escrever um texto falando sobre qualquer coisa.

Decidi publicar no Nyah. Não sei por que, mas decidi. No início, recebi apenas um favorito, e era pra ser apenas um conto. Uma one-shot. Mas eu senti que deveria publicar mais. Bem mais.

Eu publiquei o segundo conto na madrugada seguinte, e recebi dois leitores. Daí eu não parei mais. Escrevo toda madrugada um conto, e se estou sem tempo ou inspiração, eu pego algo que já escrevi e posto.

Eu fico feliz que as pessoas gostem do que eu escrevo. Minha vida é tão monótona e chata, eu só sei reclamar, falar mal da própria televisão e ficar com dor nas costas. Pareço uma velha. Mas eu tenho pensamentos eternos, que fazem com que eu ache algo para falar sobre. Já vi algumas coisas interessantes na vida, e elas fazem com que eu escreva o que escrevo. E o apoio de vocês me faz ficar mais feliz ainda.

Quero agradecer a todos que leem isso daqui. Vocês são importantes para mim.

Esse capítulo, eu dedico ao FlyerKris, que me mandou uma recomendação e se inspira um pouco em mim. Obrigada, você já me fez sorrir bastante com suas reviews.

Basicamente, é isso. Até o próximo conto.