The Future Princess escrita por Cici, Moon and Stars


Capítulo 7
Capítulo 6


Notas iniciais do capítulo

Postando aqui. Eu não sei se eu gostei muito desse cap não, mas a Claudia disse que ficou legal, então...
Por favor, me digam o que acham
Beijos, boa leitura, e até lá em baixo



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Cai de joelhos no chão de madeira, cobrindo o rosto com as mãos, e deixando os soluços escaparem da minha garganta. Por um tempo, ficou tudo assim. Somente o barulho dos meus soluços ecoando pelo sótão e, uma vez ou outra, uma batida na porta, seguida pela voz de Anthony pedindo para que deixassem ele entrar. Depois de alguns minutos, Anthony se silenciou do lado de fora, mas eu tenho certeza que ele ainda não tinha desistido de entrar lá. Provavelmente estava planejando alguma coisa. 
Uma mão encostou de leve no meu ombro, me fazendo dar um pulo. Celeste estava parada alguns passos atrás de mim, a mão esticada, me olhando com uma expressão que eu conhecia muito bem e detestava. 
-Ah, não me olhe assim. –Murmurei, entre os soluços. –sabe, pena é um senti....
-Um sentimento inútil e não vale ser sentido. –Ela completou. Eu sempre detestei que as pessoas me olhassem com pena. “Coitada dela, não pode sair do castelo.” “Coitada, tão nova e já é privada de tantas coisas.” Eu sempre ouvia coisas assim. Múrmuros silenciosos entre os empregados do palácio, e os professores que vinham me dar aula em casa. Por isso eu gostei tanto de Elliot desde o principio. Ele nunca me olhou com pena. Nunca, nem uma vez. 
Julian ainda estava parado no mesmo lugar, com a mesma cara, e os braços cruzados na frente do peito. 
-Você realmente espera que eu acredite nisso? –Ele perguntou, sem desviar os olhos do meu. Encarei o chão, deixando as lágrimas rolarem do meu rosto. Ele deu alguns passos para frente, me fazendo instantaneamente recuar. Eu estava preste responder, a gritar, que eu não esperava nada dele, e que se ele não queria acreditar, o problema era dele, quando a porta se abriu. Anthony estava parado, com alguns grampos na mão e com um sorriso travesso enfeitando o rosto. Meu Deus, esse menino era bom. 
-Funciona toda vez. –Ele falou, rindo orgulhoso, mas o sorriso desapareceu quando ele pousou os olhos em mim. Ele me encarou por um segundo, depois olhou para Julian, que eu não conseguia entender se ele estava surpreso ou irritado, e depois correu na minha direção, me abraçando pelo pescoço. –Julian! Você fez ela chorar!
-Pare de falar besteira menino, eu te falei pra esperar lá fora. –Ele respondeu, frio. 
-NÃO! VOCÊ NÃO MANDA EM MIM! VOCÊ NÃO TEM O DIREITO DE FAZER A MINHA AMIGA CHORAR! SAI DAQUI AGORA! EU TE ODEIO! –O menininho gritou, lágrimas enchendo seus grandes olhos verdes. Para a minha surpresa, Julian parecia realmente machucado com as palavras do menino. Ele recuou um passo, incerto. 
-Anthony... –Ele murmurou. 
-SAI DAQUI! EU TE ODEIO! SAI DAQUI AGORA! –Ele falou, me abraçando e escondendo o rosto no meu ombro, provavelmente pra não deixar Julian ver que ele estava chorando. Eu estava sem reação. 
-Anthony, querido... –Celeste começou, dando um passo na nossa direção. 
-EU NÃO QUERO FALAR COM VOCÊS! VOCÊS SÃO MALVADOS! –Ele falou, com a sua pureza de criança, como se malvado fosse a pior coisa que ele pudesse pensar. –EU NÃO QUERO! SAIAM DAQUI! 
Celeste e eu trocamos olhares por um instante, e eu entendi o que ela estava dizendo silenciosamente. “Converse com ele. Ele só vai ouvir você agora.” Concordei com a cabeça. 
-Julian, vamos. –Celeste falou, decidida. 
-Mas, vossa majest... –Ele começou, desviando os olhos de mim, e olhando para ela, confuso. 
-Vamos Julian! –Ela falou, firme. Ele soltou um suspiro, antes de seguir Celeste para fora do sótão e batendo a porta atrás dele. Coloquei meus braços em volta de Anthony, um pouco incerta do que fazer, e ele me abraçou com mais força. 
-Eles não tinham direito de fazer você chorar. Eles não tem direito de fazer ninguém chorar! –Ele falou, meio um grito, meio um choramingo. 
-Anthony... –Falei, passando a mão pelo cabelo bagunçado dele. Ele se afastou de mim, o suficiente para me olhar nos olhos.
-Eles não podem te mandar embora, Alicia. Eu não vou deixar. –Ele falou, os olhos brilhando com determinação. Sorri, limpando a lágrima que escoria na bochecha dele. –Eu vou te proteger. –A determinação dele quando ele falou a última frase foi tão grande que eu não pude deixar de sorrir. 
-Então você vai ser meu príncipe encantado? –Perguntei, fazendo ele rir. 
-Algo assim. –Ele respondeu, concordando com a cabeça. 
-Está bem então. –Falei, enquanto ele me abraçava de novo, apoiando a cabeça no meu ombro. –Você deixou o Julian triste...
-Por que você se importa? Você nem gosta dele. 
-Mas você gosta. –Respondi. Ele levantou a cabeça, me encarando. –Ele não fez nada Anthony. 
-Ele te fez chorar. Ele não pode fazer isso. –Ele respondeu, teimoso. Meu Deus, era como se eu estavesse lidando com os ataques de teimosia do Lion outra vez! 
-Ele estava tentando te proteger, pequeno. –Falei, acariciando o cabelo dele. 
-Ele não está me protegendo te atacando! –Ele exclamou. 
-Ele está tentando te manter seguro, é só isso. –Falei. Ele deitou no chão, apoiando a cabeça no meu colo e cruzando os braços. 
-Eu não preciso dele. –Anthony falou, mas era claro na voz dele que ele tinha dúvidas quanto a isso. Ele deve ser uma criança tão solitária quanto eu fui . As vezes eu esqueço que estou conversando com uma criança de 6 anos quando eu estou falando com ele. 
-Mesmo que não precise, -Falei, adotando uma velha tática que eu tinha criado para convencer meu irmão a fazer as coisas. –Ele precisa de você. 
-Não precisa não. –Ele falou, irritado. –Por que ele precisaria de um menininho de 6 anos que só sabe criar problemas? 
-Eu não conheço esse meninho. –Falei, rindo do bico que o pequeno armou. –Quem é?
-Sou eu! –Ele falou, irritado, meio rindo da minha falsa cara de desentendida. 
-Mas você não sabe só criar problemas. Você sabe outras coisas também. Por exemplo... você sabe um lugar perfeito para esconder um sapato. 
-Isso não conta! –Ele falou, rindo. 
-Claro que conta! –Falei, rindo junto. –Ele só quer o melhor pra você, pequeno. Não fique bravo com ele por causa disso. E definitivamente, não fique bravo com ele por minha causa. 
Mesmo que eu não gostasse muito de Julian, eu vi que ele gostava muito de Anthony, e eu, sabendo muito bem o que é ser uma pessoa solitária, entendo que Julian precisa tanto de Anthony quando Anthony precisa dele. 
-Está bem, está bem. Eu falo com ele. –Ele finalmente cedeu, depois de 20 minutos. Ele continuava deitado com a cabeça no meu colo e eu continuava brincando com o cabelo vermelho fogo dele. –Mas só se você for comigo. 
-Anthony, eu não acho que seja uma boa ideia... –Murmurei, mas ele simplesmente se sentou, cruzando os braços. 
-Esses é minha condição. –Ele falou, a teimosia forte em sua voz. 
-Está bem. Se é assim, eu não vejo outra opção. –Suspirei dramaticamente, fazendo ele rir. Anthony levantou, estendendo a mão para me ajudar. 
-Depois de você, senhorita. –Ele falou, fazendo uma reverencia engraçada. Peguei a mão dele, e seguimos juntos porta a fora.


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Notas finais do capítulo

Então gente, o que acharam? Deixem reviews
Beijinhos da Cici



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